OS SIGLOS DE UN CLÁSICO DE LA LITERATURA | Qué es lo que más te gusta de ‘Orgullo y prejuicio’, de Austen? | Por: Winston Manrique Saboga in “Papeles Perdidos”

pride“Es una verdad universalmente aceptada que un hombre soltero en posesión de una notable fortuna necesita una esposa”. Así empieza Orgullo y prejuicio, de Jane Austen (1775-1817), a la sazón uno de los comienzos más populares y memorables de la literatura. Una obra que hoy cumple 200 años (en la imagen primera página de la edición del 28 de enero de 1813), con muchos seguidores y unos cuantos detractores, y a la que EL PAÍS le dedica hoy un especial que puedes ver AQUÍ. Pero sin duda, Austen es una escritora que con sus pocas novelas contribuyó a fomentar la lectura en su época, a popularizar la novela como género en el siglo XIX y a crear las pautas de la comedia romántica moderna.

Ciertos sectores han infravalorado o subestimado a la escritora británica y la han acusado, entre otras cosas, de banal, intrascendente y de falta de hondura o compromiso con su entorno. Sin embargo, creo que las obras de Austen relatan y describen historias cotidianas y personales que solo en apariencia son triviales; su mirada es certera y fotográfica y sus palabras aceradas dando como resultado un buen retrato, como pocos, de la sociedad de la época y los sentimientos, aspiraciones, sueños y emociones. Me gusta Austen y también Tólstoi y Stendhal y Nabokov y Faulkner y Dickens y Victor Hugo y Woolf y Mann y Brontë y García Márquez, por citar novelistas clásicos, sin establecer ahora un ranking. Y todos conviven felices en mi imaginación y memoria.

http://blogs.elpais.com/papeles-perdidos/2013/01/dos-siglos-de-orgullo-y-prejuicio-de-jane-austen-que-e-slo-que-mas-te-gusta-de-la-novela.html … (FONTE)

A História de Che Guevara | Lucía Álvarez Toledo

cheBiografia de Che Guevara retrata o “sofrimento” do homem que escolheu a guerrilha

Lucía Álvarez Toledo, autora do livro “A História de Che Guevara”, que vai ser publicado na Argentina defende que, ao contrário da imagem que se popularizou, o revolucionário argentino viveu “um profundo sofrimento”.

A autora do livro que se publica na altura em que se assinalam os 45 anos sobre a morte de Che Guevara afirma ter dados da infância e da juventude do revolucionário sul-americano que lhe permitiram escrever uma biografia que “oferece uma imagem mais aproximada e mais íntima”.

“Este personagem é muito conhecido pela sua gesta guerrilheira mas eu queria dar a conhecer outros aspetos da personalidade dele que nunca foram destacados porque ficamos sempre presos aos assuntos relacionados com a guerrilha, o marxismo e a luta armada”, explica a autora argentina, residente em Londres, em entrevista à agência EFE.

“Descobri o sofrimento deste homem. Ele tinha uma missão, tinha uma ideia do que tinha que fazer. Fez uma escolha e escolheu a luta armada”, diz Lucía Toledo.

Apesar de na juventude Ernesto Guevara ter lido Gandhi, “compreendeu muito cedo que o problema dos latino-americanos só podia ser resolvido através da luta armada”, afirma a escritora.

“Toda a gente acredita que quando tomou a decisão passou a usar uma boina e partiu pelos caminhos do mundo, mas não foi assim: sofreu muito por ter feito essa escolha, mas o sofrimento não foi registado nem compreendido”, sublinha a biógrafa de Che Guevara.

Para se aproximar da figura do guerrilheiro e oferecer, segundo as suas próprias palavras, uma “visão mais íntima”, Lucía Toledo recorreu à própria memória, falou com amigos de infância de Ernesto Guevara, consultou documentos e deslocou-se a Cuba para conhecer a viúva, Aleida March, os filhos e percorreu os caminhos do revolucionário na Bolívia.

“Há uma carta dirigida à mulher em que Che escreve que o que toda a gente pensa que ele não passa de um robot que tem de lutar, mas que, na verdade, tem sentimentos, e que sofre muito por não ver crescer os filhos”, conta Lucía Alvarez.

“Guevara esperava que os filhos o pudessem recordar caso fosse morto, e por isso escrevia-lhes cartas e contos. Nunca vi essa faceta exposta de uma forma clara e que complementa o retrato total do homem”, disse.

A autora não esconde uma espécie de “paixão” juvenil pela figura de Che Guevara cuja participação na revolução cubana chegaram muito cedo aos ouvidos dos jovens burgueses do Bairro Norte de Buenos Aires, na Argentina.

“Eu tinha 18 anos quando os jornais publicavam e escreviam títulos de primeira página sobre ele”, recorda a escritora, que acrescenta que o Exército Argentino não o chamou para cumprir serviço militar porque “não tinha boa saúde”, mas que acabou por ser comandante em Cuba numa “gesta impressionante”.

“Era um homem carismático, bonito, simpático, na linha de Carlos Gardel”, continua a autora, que durante a preparação do livro encontrou um velho bilhete de entrada para um jogo de rugby em que participou Ernesto Guevara.

“Dei-me conta de que o tinha visto durante um jogo no clube San Isidro, mas ainda não era o Che, era o Ernesto Guevara. E nada podia prever que eu ia passar parte da minha vida a investigar a vida dele”, diz.

Ernesto Guevara foi morto no dia 09 de outubro de 1967 pelo Exército boliviano, mas para a autora desta nova biografia Che “continua entre nós”.

Brasil(is) América(s) do Sul: fronteiras e comarcas do frio e do úmido | Vicente Franz Cecim

Ligia Chiappini

– uma dimensão simbólica para a Amazônia, como em Viagem a Andara oO livro invisível
– lugar da desmesura, a floresta inspira o poético e o fantástico, aproximando a literatura brasileira da hispanoamericana
– para Vicente Franz Cecim é preciso sonhar mais para ser digno do mundo mágico que os escritores amazônicos querem expressar. Por isso, Andara, que designa o lugar onde se encena uma viagem interminável pela Amazônia e pela vida: Andara, é um nome inventado, como Macondo, de Gabriel García Marques. Esse lugar, sendo a Amazônia, é, simultaneamente, como o sertão de João Guimarães Rosa, o mundo. Metáfora da vida sonhada, que corrige pelo mito as mazelas da vida real, o Livro Invisível quer repor o mistério da natureza, nos convidando a melhor respeitá-la.

[fragmentos do texto integral]

Vicente

Do Rato e dos homens por FERNANDA CÂNCIO in “Diário de Notícias”

Não fossem os portugueses ainda com emprego ficar mesmerizados com os recibos do ordenado de janeiro, o PS encenou, esta terça-feira, um grandioso espetáculo no Rato. Coisa shakespeariana: um rei fraco rodeado de lugares-tenentes aos gritos de deslealdade e conspiração ante o anúncio de uma pretensão ao trono, uma reunião à porta fechada e um final em que o monarca, depois de chamar e deixar chamar tudo a quem possa pô-lo em causa, abraça o concorrente que não chega a sê-lo e assume o compromisso de com ele trabalhar em prol da união do reino.

Em Shakespeare, como em geral, o pano nunca cai depois de uma cena destas. É só o princípio da intriga e de sangrentas congeminações que inevitavelmente nos revelam a natureza das personagens e da sua relação com o poder. E que sabemos nós das personagens? Comecemos pelo rei. Há um ano e meio no trono, não só tarda em mostrar o seu projeto e valor no campo de batalha como se rodeia de uma corte apagada e sem chama que, na noite de terça, mostrou também (com raras exceções, como a de Zorrinho) ser vil. É um monarca que não hesita em recorrer ao insulto, à ameaça e a insinuações de conspiração – chama desleais aos que com ele não concordam e que o consideram inadequado, fala ou deixa que por ele falem de “limpar o partido e o grupo parlamentar” (atribuído pela SIC, na noite de terça, à direção socialista), acusa quem o defronta de “querer regressar ao passado”, dando alento aos boatos que dizem ser o rei anterior a comandar, do exílio, a sublevação. Para, numa entrevista na noite seguinte, fazer de magnânimo e amnésico, cumulando de elogios o adversário da noite transata.

Quanto a este, alcaide valoroso e respeitado, com legítimas aspirações ao trono, renunciou a bater-se por ele quando ficou livre. Desde a coroação, porém, não perde uma ocasião de demonstrar o seu desagrado e até desprezo pelo ora rei. Era, pois, previsível que aglutinasse a esperança dos que consideram estar o reino mal dirigido e veem nele a esperança da vitória contra o inimigo e a salvação do povo. Como explicar, pois, que na famosa noite, quando todos esperavam que se perfilasse como candidato ao trono – o que só pode decorrer do facto de o ter confirmado aos próximos – se tenha ficado? Faltou-lhe a coragem, as ganas? Percebeu que não estava garantida a vitória e só quer arriscar não arriscando? Habituou-se ao conforto de criticar, na sua cátedra da SIC, sem correr o risco de provar que sabe e quer fazer melhor? Sentiu-se traído, na hora H, por aqueles de quem esperava apoio? Ou, como alguns aventam, recuou para tomar balanço, fazendo do recuo (o acordo da união) repto? Seja qual for a resposta certa (senão todas), sabemos, como sabem os protagonistas, isto: que na noite de terça algo se partiu no PS, e não há pantomina de união que o disfarce. O trono pode ter sido segurado, mas o reino está longe de seguro.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3028285&seccao=Fernanda+C%E2ncio&tag=Opini%E3o+-+Em+Foco … (FONTE)

Gonçalo M. Tavares nomeado para o Prémio Literário Europeu na Holanda | com Aprender a Rezar na Era da Técnica

aprender-a-rezar-na-era-da-tecnicaO escritor Gonçalo M. Tavares foi nomeado para o Prémio Literário Europeu 2013 para o melhor romance europeu traduzido para holandês no ano transacto, com Aprender a Rezar na Era da Técnica, editado em Portugal pela Caminho, anunciou a Fundação Holandesa para a Literatura.

Publicado na Holanda pela Querido, Aprender a Rezar na Era da Técnica (Leren bidden in het tijdperk van de techniek ) foi traduzido por Harrie Lemmens.

Entre os vinte finalistas contam-se nomes como Martin Amis (com Lionel Asbo), Javier Marías (com Os Enamoramentos), Emmanuel Carrère (com Limonov), Hilary Mantel (com Bring Up the Bodies) e Ian McEwan (com Sweet Tooth).

O Prémio Literário Europeu é uma iniciativa do Centro Académico Cultural SPUI25, da Fundação Holandesa para a Literatura.

Este galardão literário vai já na sua terceira edição, tendo distinguido Marie NDiaye, com Três Mulheres Poderosas (Teorema), e Julian Barnes, com O Sentido do Fim (Porto Editora), em 2011 e 2012, respetivamente.

O autor da obra vencedora receberá 10 mil euros e o tradutor 2,5 mil euros.

A obra Aprender a Rezar na Era da Técnica de Gonçalo M. tavares, que tem sido aclamada internacionalmente, está também nomeada para o IMPAC Dublin Literary Award 2013 e já venceu o Prémio para Melhor Romance Estrangeiro em França em 2010, tendo sido finalista, nesse mesmo ano, do Médicis e do Femina.