Bairros “sensíveis”, políticas insensíveis. Carta semanal de Rui Tavares | 25 de outubro de 2024

Se pensássemos a Cova da Moura (e todos os outros bairros que a Cova da Moura emblematiza) não como um caso de polícia, nem sequer como um bairro sensível, mas simplesmente como parte da nossa comunidade, merecendo políticas atentas ao território e a quem lá vive, não tenho qualquer dúvida de que o símbolo da Cova da Moura poderia ser agregador e motivo de orgulho para todos nós, dentro e fora do bairro.

Infelizmente, este parece ser o tempo em que são premiados os políticos incendiários que querem agravar o estigma que pesa sobre estes bairros e glorificar a violência que, como no caso de Odair Moniz, resulta em filhos órfãos e no agravar do ciclo de exclusão e preconceito.

O que falta na Cova da Moura não é mais estado sob a forma de polícia, e menos em tudo o resto. O que falta a nós todos é ouvir as soluções que as lideranças no terreno já conhecem há muito tempo, e que precisam de apoio.

One thought on “Bairros “sensíveis”, políticas insensíveis. Carta semanal de Rui Tavares | 25 de outubro de 2024

  1. A nossa Fundação Geolíngua está a aguardar uma reunião com o Rui Tavares, solicitada ao vivo e por e-mails, há mais de uma década. Temos várias opções para este e, outros problemas, porem, o Rui se recusa a nos receber e, nem responde aos e-mails que lhe são enviados.

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