O PARAFUSO DE ARQUIMEDES | Gabriel Cury Perrone 

Apesar de ser atribuida a Arquimedes, os primeiros registros de máquinas com este tipo de sistema de transporte são do Egito Antigo e datam de três séculos antes de Cristo. Foi Diodoro da Sicília, historiador grego que viveu entre 90 a.C. e 30 a.C., que atribuiu a invenção desta máquina a Arquimedes, pois foi este que introduziu esta técnologia na Grécia após uma visita ao Egito.

Há pesquisadores que sugerem que bombas de parafuso similares seriam utilizadas para irrigar os Jardins Suspensos da Babilônia, representados nesta obra criada por Martin Heemskerck no século XVI, uma das sete maravilhas do mundo antigo que teria existido no século VI a.C.. Esta afirmação se apoia em uma interpretação de uma inscrição cuneiforme assíria, corroborada pelo historiador grego Estrabão, que descreveu os Jardins sendo irrigados por grandes parafusos.

Ao longo da história, a bomba de parafuso evoluiu muito, com a alteração da força motora manual, para animal ou mecânica utilizando de cataventos ou rodas d’água, até motores modernos. Seus usos também foram variados, como irrigação de partes mais altas, drenagem de minas, drenagem de pôlders na Holânda, entre outros. Hoje, esta mesma técnica ainda é utilizada para tratamento de esgotos e transporte de grãos, assim como o processo reverso é utilizado em pequenos geradores de energia hidroelétrica.

Pesquisa: Gabriel Cury Perrone; Físico UFRGS / Novembro 2019

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