E se a Ucrânia não ganhar a guerra? | Major-General Carlos Branco, in Jornal Económico, 24/02/2023

EM ADENDA | COMENTÁRIO DE João Gomes in Facebook, na págna de Carlos Fino, de onde foi retirado o texto principal.

A pior solução para os europeus é não considerarem a Ucrânia um interesse vital e acabarem por ter de morrer por ela. Washington sabe o que quer e o que está a fazer. Os dirigentes europeus nem por isso.

A esmagadora maioria dos comentadores nacionais afirma de modo convicto e determinado que “a Ucrânia vai ganhar a guerra”, “a Ucrânia tem de vencer”, como se a insistente oralização de uma vontade fosse suficiente, e a capacidade para a concretizar um aspeto de menor importância.

Questionar o dogmatismo subjacente a esta certeza tornou-se sinónimo de apoio e alinhamento com as posições de Moscovo.

Entenda-se por ganhar a guerra, o regresso dos territórios presentemente anexados pela Federação da Rússia ao controlo de Kiev, Crimeia incluída, com a consequente expulsão das forças russas do território ucraniano, ao que se juntará a adesão de Kiev à NATO e à União Europeia (UE).

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A poesia como reflexo de um cenário de perdas | Tal Nitzán | por Adelto Gonçalves

Segundo livro da poeta israelense Tal Nitzán publicado no Brasil traz poemas que constituem libelos em favor da paz no Oriente Médio

Adelto Gonçalves (*)
I
            Pessoa extremamente sensível, que coloca a sobrevivência da espécie humana acima de todas as possíveis divergências étnicas ou políticas, o que a leva a lutar há anos pelo fim do domínio de Israel sobre as terras conquistadas na guerra de 1967, a poeta israelense Tal Nitzán (1961) acaba de ter publicado o seu segundo livro no Brasil, Atlântida (Belo Horizonte, Ars et Vita Editora, 2022), que reúne 40 poemas tirados de obras já publicadas, majoritariamente traduzidos pelo jornalista Moacir Amâncio, doutor em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (USP) e professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) daquela instituição. Com esse livro, a autora conquistou o Prêmio da Universidade de Bar-Ilan (Tel Aviv), em Israel.

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O OCIDENTE TENTOU ISOLAR A RÚSSIA – MAS NÃO FUNCIONOU | Por Anton Troianovski, Lauren Leatherby, Weiyi Cai e Josh Holder | New York Times

Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, o Ocidente formou o que parecia ser uma coligação global esmagadora: 141 países apoiaram uma moção das Nações Unidas exigindo que a Rússia se retirasse incondicionalmente.

Em contraste, a Rússia parecia isolada. A Coreia do Norte foi um dos quatro únicos países que apoiaram a Rússia e rejeitaram a medida.

Mas o Ocidente nunca conquistou tanto o mundo quanto parecia inicialmente. Outros 47 países se abstiveram ou perderam a votação, incluindo Índia e China. Muitas dessas nações “neutras” desde então forneceram apoio económico ou diplomático crucial à Rússia.

E mesmo algumas das nações que inicialmente concordaram em denunciar a Rússia veem a guerra como um problema que não é seu – e desde então começaram a orientar-se para uma posição mais neutra.

Um ano depois, está ficando mais claro: embora a coligação central do Ocidente permaneça notavelmente sólida, ela nunca convenceu o resto do mundo a isolar a Rússia.

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10 “estratégias de manipulação” através dos média | NOAM CHOMSKY

NOAM CHOMSKY: “A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO SE DÃO CONTA DO QUE ESTÁ ACONTECENDO DE FATO E SEQUER SABEM QUE SÃO IGNORANTES A ESSE RESPEITO”

Em sua obra necessária e contundente, o filósofo estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através dos média:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neuro-biologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

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Conceções do Mundo | Carlos Matos Gomes

Qualquer entendimento do mundo deve partir de reconhecimentos basilares: o homem é um ser vivo que se encontra determinado pela natureza e esta engloba o seu próprio corpo como o mundo exterior.

A dependência, ou existência do seu corpo, com os impulsos animais que o governam, determinam o seu sentimento vital de sobrevivência e a sua consciência dota-o de uma conceção do mundo. O mundo é o meio onde o homem existe. Meios distintos originam diferentes conceções do mundo. «Na fome, no impulso sexual, na velhice e na morte, o homem vê-se sujeito aos poderes da vida natural. É natureza.» Os tipos de conceção do mundo, Wilhelm Dilthey

Perceber a realidade exige conhecer as conceções do mundo dos homens e das sociedades em presença. Nós, os portugueses e os europeus em geral como membros da civilização que mais se difundiu pelo planeta devíamos ter aprendido a indispensabilidade de conhecermos as conceções dos outros para nos relacionarmos de forma vantajosa. A realidade da história, de hoje, demonstra que nada aprendemos, ou então que mantemos a convicção de que é o confronto e a imposição da nossa conceção a atitude que mais nos convém e que a arrogância supremacista é a marca da nossa civilização.

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O que é “vencer” uma guerra na contemporaneidade e em 2023? | por João Gomes

O que é “vencer” uma guerra na contemporaneidade e em 2023? A Arte da Guerra de Sun Tzu diz que: “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”. Ora, isso é o que tentam fazer os países ocidentais, ao entregar à Ucrânia a incumbência de aceitar a luta contra a Rússia, para o que andaram a prepará-la durante mais de 9 anos.

Fornecem-lhe os meios e os financiamentos e deixam que a sua população mais jovem se mate nesse envolvimento. Por enquanto são os homens entre os 16 e os 65, mas já há jovens mulheres a seguir o mesmo caminho. Ou seja, o ocidente tenta derrotar a Rússia sem lutar. Mas Sun Tzu – considerado o melhor estratega e filosofo de guerra de todos os tempos – também diz: “Aquele que se empenha a resolver as dificuldades resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos triunfa antes que as suas ameaças se concretizem”.

Ora, isso foi o que a mesma Europa não fez pois – confessadamente – enganou a Rússia para armar e preparar a Ucrânia no lugar de decidir obrigar a Ucrânia a cumprir os Acordos e Tratados de Paz de 2014/15.

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UM ANO DE ESTUPIDEZ HUMANA | Miguel Sousa Tavares in Expresso, 24-02-2023

Um ano depois, a Ucrânia, sobretudo as suas pequenas cidades e aldeias do interior, continua a ser paulatinamente devastada e nem Putin conseguiu a rápida vitória que teria previsto nem a NATO conseguiu, por interposto Zelensky, correr com os russos da Ucrânia.

No terreno, a guerra de artilharia levada a cabo incansavelmente por ambos os lados, e sem saída militar à vista, é mantida, do lado russo, pelo envio constante de cada vez mais soldados para a morte e, do lado ucraniano, por uma tão persistente exigência de mais armas ao Ocidente que se atingiu a situação jamais vista de exaustão de munições nos arsenais da NATO.

Entretanto, a continuação da guerra devora economicamente a Europa e num só dia gasta-se 10 vezes mais em armas na Ucrânia do que aquilo que seria necessário para acorrer a oito milhões de sírios que dormem ao relento e morrem de fome e frio, sem auxílios internacionais, depois do terramoto de há três semanas.

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Palavras de guerra | Viriato Soromenho Marques | Opinião / DN

Apulsão de morte liberta-se, com particular exuberância entre os intelectuais, nas vésperas de guerra. A maior matança política em Portugal, em mais de século e meio (200 mortos e mais de mil feridos), ocorreu em maio de 1915 nas ruas de Lisboa, na insurreição que derrubou o governo de Pimenta de Castro e afastou o presidente Manuel de Arriaga.

O objetivo fundamental dos golpistas, como Afonso Costa e João Chagas — que as suas milícias ecoavam na rua sob o lema “Viva a guerra!” — foi o de envolver Portugal na frente europeia da I Guerra Mundial, e não apenas em Angola e Moçambique e sem declaração formal de guerra à Alemanha, como defendiam Brito Camacho e Bernardino Machado.

A turba armada, incitada por muitos publicistas, conseguiu o que queria. Um quarto de século antes, em janeiro de 1890, gente exaltada insultava o jovem rei D. Carlos I por este, depois da imposição do Ultimato britânico, ter poupado os portugueses do fogo mortífero da Armada britânica. O enorme serviço que o Rei prestou ao interesse nacional seria pago com juros de chumbo no regicídio de 1908.

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Pensamientos De cine | Ava Gardner

Poucas atrizes na história do cinema possuíram a força e a energia que Ava Gardner desprendia. Um olhar do “animal mais lindo do mundo” podia fulminar homens, mulheres e animais e sua maneira de andar fazia parecer que a grama não ia voltar a sair por onde ela tinha passado. Gardner era uma mulher que fazia o que quisesse numa época em que o normal era que elas estivessem aos pés dos seus amados e amantes.

Ela deu a volta e colocou Hollywood inteira e todos os homens do momento a seus pés. Homem que a conhecia numa festa, homem que se apaixonava perdidamente por ela. Que digam a Frank Sinatra, que a perseguia pelo mundo inteiro e a recolhia das suas terríveis ressacas numa relação tempestuosa que acabou em casamento e depois em divórcio. Os ataques de ciúmes do ator, suas ameaças de suicídio, as broncas constantes, os abusos com álcool e as fugas da Ava tornaram o casamento um protagonista habitual das revistas do coração. Nos anos 50, a Ava manifestou o seu abastecimento à vida estereotipada de Hollywood. Mudou-se para Madrid, onde encontrou, apesar das restrições do franquismo, maior liberdade. Sua vida daqueles anos, com episódios tão famosos como o caso com o toureiro Mario Cabré, que desencadeou a ira de Sinatra, está bem documentada em Beber a Vida: Ava Gardner na Espanha Aguilar, 2004, de Marcos Ordóñez, e foi também evocada na série Arde Madrid, dirigida em 2018 por Paco León.

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Nós somos a soma das nossas desilusões e das nossas alegrias | João Gomes

Nós somos a soma das nossas desilusões e das nossas alegrias. A força do Amor é sempre a resposta à força do ódio, mas nenhuma delas é capaz de se anular por si só e, a prova, são as sociedades atuais e o ódio crescente que abafa o Amor falado pelas religiões e pelos melhores pensadores filosóficos de todos os tempos. Na aparência de não existirem soluções imediatas de paz para o momento atual que atravessa o nosso Mundo, não nos devemos considerar perdidos ou a caminho do caos.

Não existe caos quando existe Fé e, mesmo que os povos atravessem momentos de loucura mais ou menos coletiva, devido à escolha que fazem os dirigentes políticos, que marcam os seus objetivos políticos mais pelos seus objetivos pessoais do que pelas necessidades do Mundo, é possível deixar o pó dos tempos assentar e ter esperança que outros dias virão, em que um Homem olhará para outro Homem e não lhe desejará mal, porque esse Homem não tem razões para se considerar diminuído nos seus direitos, nas suas razões e na sua própria paz.

Não desistamos nunca de procurar esclarecer as nossas dúvidas sobre os acontecimentos e usemos todas as ferramentas que são colocadas à nossa disposição e que são de lados diferentes. Acreditar só num dos lados da barreira é cair na tentação de acreditar no que esse lado nos diz, sabendo nós que também mentiríamos se estivéssemos no lugar dele.

João Gomes

A Guarda e o Padre Isidro | Carlos Esperança

Crónica (7463 carateres) – Texto definitivo para o novo livro

O padre Isidro, feita a 4.ª classe, saiu de Vila Cova à Coelheira para entrar no seminário. Ordenado padre pelo eterno bispo da Guarda, D. José (III) Alves Matoso (1914 / 52), pastoreou Panoias de Cima onde levou o latim e a palavra do Senhor aos paroquianos do Barracão, Cerdeiral, Panoias de Baixo, Panoias do Meio, Póvoa de São Domingos, Prados e Valcovo, anexas da sede de freguesia, ampliando ainda o exercício do múnus a Gata, Monte Barro Sequeira e outras aldeias cheias de crianças e de fé.

Aguentou durante anos a chuva, o vento, a neve e as confissões nas aldeias paupérrimas onde levou o viático a moribundos, tornou cristãos os neófitos, celebrou missas, deu a comunhão, casou nubentes, fez procissões, cantou nos enterros e encomendou as almas dos que se finaram a aspergir-lhes o caixão com água benta derramada do hissope.

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Frederica von Stade – Can’t help lovin’ that man – Showboat

E. Goldie

I’ve heard Lena Horne sing this, Ella Fitzgerald sing this, Julie London, and Ava Gardner (from the 1951 movie) sing this, and NO ONE belts out this song with more enthusiasm, verve, raw energy, and great musical range, than Ms. von Stade here. Her jazzy rendition here makes the blood surge with joy, and makes you want to get up and dance! Bravo!! I look forward to discovering more of Ms. von Stade’s works like this and you should too!

Flicka & Friends – Frederica von Stade, Jerry Hadley & Sam Ramey – Operatic Arias/Duets/Trios (1990)

In memoriam Jerry Hadley (June 16, 1952 – July 18, 2007) https://en.wikipedia.org/wiki/Jerry_H… * “Nobles seigneurs, salut” from “Les Huguenots” – von Stade * Duet from Act I of “Cherubin” – von Stade & Ramey * “Pourquoi me reveiller” from “Werther” – Hadley * “Le veau d’or” from “Faust” – Ramey * Prayer and final trio from “Mignon” – von Stade, Hadley & Ramey * “Vedrai, carino” from “Don Giovanni” – von Stade * “Dies Bildnis ist bezaubernd schön” from “Die Zauberflöte” – Hadley * “Non piu andrai” from “Le Nozze Di Figaro” – Ramey * “La ci darem la mano” from “Don Giovanni” – von Stade & Ramey * “Una furtiva lagrima” from “L’Elisir d’Amore” – Hadley * “Sorgete, sorgete” from “Maometto Secondo” – Ramey * “Nacqui all’affanno” from “La Cenerentola” – von Stade

Timidez | Cecília Meireles, em ‘Viagem’ (1973)

BASTA-ME um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…

– mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…

– palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,

– que amargamente inventei.

“A hegemonia dos EUA e os seus perigos” | Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China

Conteúdo | 2023-02-20 |

Introdução

I. Hegemonia política – jogando seu peso ao redor

II. Hegemonia Militar – Uso Arbitrário da Força

III. Hegemonia Econômica – Saques e Exploração

IV. Hegemonia Tecnológica – Monopólio e Supressão

V. Hegemonia Cultural – Espalhando Narrativas Falsas

Conclusão

Introdução

Desde que se tornou o país mais poderoso do mundo após as duas guerras mundiais e a Guerra Fria, os Estados Unidos agiram com mais ousadia para interferir nos assuntos internos de outros países, perseguir, manter e abusar da hegemonia, promover a subversão e a infiltração, e deliberadamente travar guerras, trazendo danos à comunidade internacional.

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25 Best Opera Arias – favourites from Puccini, Verdi, Mozart and more

25 Best Opera Arias 00:00:00 Puccini: Gianni Schicchi – O mio babbino caro 00:02:36 Rossini: Il barbiere di Siviglia: Largo al factotum (Cavatina) 00:07:09 Mozart: Die Zauberflöte – Queen Of The Night 00:10:13 Puccini: La Bohème – Mi chiamano Mimì 00:14:58 Donizetti: L’Elisir d’Amore – Una furtiva lagrima 00:19:50 Verdi: Rigoletto – La donna é mobile 00:22:02 Puccini: Tosca – E lucevan le stelle 00:25:14 Mozart: Le nozze di Figaro – Non più andrai 00:29:06 Bellini: Norma – Casta diva 00:35:52 Verdi: Un ballo in maschera – Ma se m’e forza perderti 00:40:47 Puccini: Turandot – Nessun dorma 00:44:56 Leoncavallo: Pagliacci – Vesti la giubba 00:48:51 Verdi: La Traviata – Sempre libera 00:52:33 Saint-Saëns: Samson and Delilah – Mon coeur s’ouvre à ta voix 00:58:19 Puccini: Tosca – Vissi d’arte 01:01:37 Bizet: Les pêcheurs de perles – Au fond du temple saint 01:06:11 Mozart: Le nozze di Figaro – Cinque… dieci… Venti (No. 1 Duettino) 01:08:56 Verdi: Rigoletto – Ella mi fu rapita…Parmi veder le lagrime 01:13:51 Puccini: Manon Lescaut – Donna non vidi mai 01:16:30 Massenet: Werther – Pourquoi me réveiller 01:19:26 Offenbach: Tales of Hoffmann – Barcarolle 01:23:11 Verdi: Luisa Miller – Quando le sere al placido 01:28:45 Puccini: Gianni Schicchi – Firenze è come un albero fiorito 01:32:02 Verdi: Il Trovatore – Ah si’ ben mio coll’essere 01:35:05 Giordano: Andrea Chenier – La Mamma Morta

O melhor de Verdi | 150 minutos de música clássica


TRACKLIST:
00:00:00 – La Donna E Mobile (Rigoletto) 00:02:21 – Chorus Of The Hebrew Slaves (Nabucco) 00:06:20 – Overture (La Forza Del Destino) 00:09:27 – Un Di Felice (La Traviata) 00:12:55 – Merce, Dilette Amiche (I Vespri Siciliani) 00:16:27 – Brindisi (La Traviata) 00:19:24 – Di Quella Pira (Il Trovatore) 00:21:18 – Anvil Chorus (Il Trovatore) 00:23:58 – Stride La Vampa! (Il Trovatore) 00:26:26 – Ritorna Vincitor (Aida) 00:33:51 – Dio, Che Nell’alma Infondere (Don Carlo) 00:38:29 – Prelude (La Traviata) 00:42:20 – Caro Nome (Rigoletto) 00:48:15 – O Don Fatale (Don Carlo) 00:52:56 – Celeste Aida (Aida) 00:57:57 – Ernani, Involami (Ernani) 01:00:35 – Di Tu Se Fedele (Un Ballo In Maschera) 01:03:54 – Morro, Ma Prima In Grazia (Un Ballo In Maschera) 01:08:35 – Quando Le Sere Al Placido (Luisa Miller) 01:12:11 – Grand March (Aida) 01:17:08 – Dies Irae (Messa Da Requiem) 01:19:30 – Pace, Pace, Mio Dio! (La Forza Del Destino) 01:25:06 – Questa O Quella (Rigoletto) 01:27:01 – Bella Figlia Dell’amore (Rigoletto) 01:30:58 – Ave Maria (Otello) 01:35:47 – Parigi, O Cara (La Traviata) 01:40:07 – Ah, La Paterna Mano (Macbeth) 01:42:35 – Squilli, Echeggi La Tromba Gerriera (Il Trovatore) 01:45:22 – O Carlo, Ascolta (Don Carlo) 01:49:32 – Ingemisco (Messa Da Requiem) 01:53:04 – Come In Quest’ora Bruna (Simon Boccanegra) 01:56:39 – Brindisi (Macbeth) 02:00:05 – O Patria Mia (Aida) 02:05:29 – La Mia Letizia Infondere (I Lombardi) 02:07:51 – Lo Sguardo Avea Degli Angeli (I Masnadieri; soprano: Montserrat Caballé) 02:11:45 – Solenne In Quest’ora (La Forza Del Destino) 02:15:59 – Patria Oppressa (Macbeth) 02:20:52 – Tacea La Notte (Il Trovatore) 02:24:32 – Dal Piu Remoto Esilio…O Dio Solo, Ed Odio Atroce (I Due Foscari) 02:29:27 – Auto-Da-Fe Chorus (Don Carlo)

Paróquia de Fátima acaba de se associar à Vigília de Oração pela Vítimas de Abusos Sexuais na Igreja, amanhã na Igreja Paroquial

Paróquia de Fátima acaba de se associar à iniciativa nacional de oração pelas vítimas de abusos sexuais na Igreja, que se realiza à mesma hora em várias cidades de Portugal Continental e Ilhas. Será amanhã, Quarta-Feira de Cinzas, dia 22, entre as 21:00 e as 22:00.

Em Fátima, a Vigília terá momentos de oração e de silêncio e decorrerá num lugar muito simbólico da Igreja em Portugal, a Igreja Paroquial, onde os Três Pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, foram batizados.

Traga a sua vela!

Fátima, 21 de fevereiro de 2023, 23:00

Guterres exorta EUA e Rússia a retomarem acordo sobre armas nucleares | in RTP, 22-02-2023

Os Estados Unidos e a Rússia devem retomar sem demora a plena implementação do New START. O New START trouxe paz não só aos Estados Unidos e à Rússia, mas também a toda a comunidade internacional“, disse à imprensa Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.

De acordo com o porta-voz de Guterres, “um mundo sem controlo de armas nucleares é muito mais perigoso e instável, com consequências potencialmente catastróficas“, razão pela qual reiterou a necessidade de não poupar esforços para regressar ao diálogo.

É vital que o compromisso de alto nível entre as duas potências nucleares mais poderosas do mundo continue e é por isso que apelamos a um reatamento da plena implementação do Tratado New START por todas as partes“, disse Dujarric aos meios de comunicação social.

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A Vida Adorada de Dom Perdigote | Paulo Moreiras

Paulo Moreiras regressa ao género pícaro, em que é mestre, para nos oferecer uma obra-prima de rigor e divertimento que já fazia falta à nossa literatura. Sublime.

«A Vida Airada de Dom Perdigote» é um retrato muito divertido, passado no período histórico do domínio filipino e cujas aventuras e desgraças vão certamente cativar os leitores.

O livro já está disponível nas livrarias e em leyaonline.com

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto 2015 | Vozes Solistas – Celina da Piedade, Paulo Ribeiro e Bernardo Espinho Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa. Acompanhados por: Antonio Bexiga – Viola do Alentejo a Viola Campaniça. Carlos Menezes – Contrabaixo Filipa Ribeiro – Percussões portuguesas Armando Carvalhêda – Voz Off Luis Filipe Gaspar – Fotografias projectadas João Paulo Nogueira – Som frente Nuno Rebocho – Som de palco Miguel Ramos/Tela Negra – Luzes Alex Gaspar / Uguru – Produção apoios: RDP Antena1, Associação Mutuaria Montepio, Casa da Musica e Câmara Municipal de Serpa. Realização – Jorge Meneses / zoomvideo

O que está a acontecer no Congo? | João Melo, 21 Fevereiro 2023 | in DN

Oleste do Congo Democrático é palco há trinta anos de um conflito alimentado por milícias rebeldes (atuam na região mais de uma centena de grupos armados), o que já causou mais de 10 milhões de mortos, além de um sem número de atrocidades de que os cidadãos são alvo todos os dias. A ONU destacou para a região uma missão de paz com cerca de 14 mil efetivos, a qual, entretanto, se tem mostrado absolutamente ineficaz.

O Papa Francisco esteve recentemente na região e, num dos seus encontros, esteve com alguns dos sobreviventes desse trágico conflito, alguns dos quais exibindo as marcas das sevícias de que foram alvo. O líder máximo da Igreja Católica não poupou nas palavras para acusar os interesses estrangeiros que tentam dividir o referido país, a fim de continuar a explorar criminosamente as suas enormes riquezas. “Há uma noção — que sai do inconsciente de tantas culturas e pessoas — que África deve ser explorada. Isso é terrível. A exploração política deu lugar a um ‘colonialismo económico’ e igualmente escravizador”, disse ele.

“O veneno da ganância manchou os diamantes [da RDC] com sangue”, afirmou o Papa Francisco, para depois fazer um apelo que deverá calar fundo no coração e na mente de todos: — “Parem de sufocar África: não é uma mina a ser explorada, nem uma terra a ser saqueada.” O Sumo Pontífice não tem dúvidas: o que se passa na República Democrática do Congo é “um genocídio esquecido”.

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Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni | Rui Simplício

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni faleceu em Roma a 18 de fevereiro de 1564, mais conhecido simplesmente como Michelangelo ou Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta, anatomista e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.

Desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. A sua carreira desenvolveu-se na transição do Renascimento para o maneirismo, e o seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do humanismo e do neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança.

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Preocupada com conflitos na Ucrânia, China convoca diálogo entre comunidade internacional

A China está “profundamente preocupada” com os conflitos na Ucrânia, que estão “escalando e até ficando fora de controle”, disse o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, em Pequim nesta terça-feira (21).

Tendo isso em vista, o país vai buscar “trabalhar com a comunidade internacional para promover o diálogo e as consultas, responder às preocupações dos envolvidos e buscar uma segurança comum”, discursou o ministro em uma conferência de segurança global.

Às vésperas do aniversário de um ano da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, Qin comunicou que a China vai “continuar promovendo negociações de paz”.

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Rússia suspende participação no tratado de desarmamento nuclear | in DN/AFP, 21 Fevereiro 2023

O Novo START, assinado pelo então presidente Barack Obama em 2010, restringiu a Rússia e os Estados Unidos a um máximo de 1.550 ogivas nucleares estratégicas implantadas cada um – uma redução de quase 30% em relação ao limite anterior estabelecido em 2002.

Vladimir Putin anunciou esta terça-feira que Moscovo vai suspender a sua participação no último tratado de controlo de armas entre as duas principais potências nucleares do mundo, a Rússia e os Estados Unidos.

Este anúncio deverá ser visto por analistas como uma grande tentativa de aumentar as apostas no confronto da Rússia com o Ocidente. “Tenho a anunciar que a Rússia está a suspender a sua participação no novo tratado START”, disse Putin no seu discurso sobre o Estado da Nação. “Não está a retirar-se do tratado, mas está a suspender a sua participação”, disse o presidente russo. “Ninguém deve ter a ilusão de que a paridade estratégica global pode ser violada”, disse Putin.

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Qual é a opinião dos europeus face à guerra? Primeiro as pessoas pensam com o coração, mas depois com os bolsos e com a boca | Sofia Marvão | in TVI, 20-02-2023

Há precisamente um ano, a agenda mediática deu lugar àquele que seria considerado o maior confronto militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. “Uma operação militar especial na Ucrânia”, chamou-lhe o governo russo. Outros países foram mais diretos no termo utilizado: é uma invasão.

“Houve uma simpatia geral em relação à Ucrânia, essencialmente porque defendia os valores europeus e ocidentais”, observa o historiador António José Telo. Além disso, “era uma situação típica de um país grande que ataca o país pequeno”.

As forças de Volodymyr Zelensky acabariam por mostrar uma inesperada e eficaz capacidade de defesa, contrariando as previsões da Rússia. Numa primeira fase, a sua tática foi elogiada, sem que este tivesse logo em conta as consequências que o arrastamento do conflito lhe traria: uma gigante onda migratória, a crise alimentar, o aumento do preço dos combustíveis e a inflação.

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O FIM DA GUERRA NA UCRÂNIA | Carlos Branco | Opinião/ DN

(…) o que pode sugerir a existência de um acordo entre Washington e Moscovo, não só sobre a forma como devem decorrer os acontecimentos, mas também sobre o futuro do conflito. As conversações de alto nível em Ancara entre o diretor da CIA William Burns e o seu homólogo russo poderão ter servido esse propósito (…)

Comentários de altos funcionários da Administração Biden na Comunicação Social de referência sugerem-nos algumas pistas sobre o que poderá ser um possível fim da guerra na Ucrânia. Nessa linha, o Financial Times refere que o secretário de Defesa Lloyd Austin “foi bastante claro quando disse que temos uma janela de tempo reduzida para ajudar os ucranianos a preparar uma ofensiva.”

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A poesia como devoção aos deserdados da terra | Autor: Vera Lúcia de Oliveira | por Adelto Gonçalves

A poesia como devoção aos deserdados da terra
Novo livro de Vera Lúcia de Oliveira reúne poemas inéditos e outros já publicados, mas todos trazem a marca de um espírito franciscano  
Adelto Gonçalves (*)


I
            Professora universitária, ensaísta, crítica literária e poeta reconhecida no Brasil e na Itália, Vera Lúcia de Oliveira, paulista de Cândido Mota, acaba de lançar mais um livro que vai enriquecer a sua já vasta obra: Esses dias partidos (São Paulo, Editora Patuá, 2022), coletânea de poemas que vem dividida em duas partes – a primeira, “O tempo denso”, formada por poemas inéditos, escritos no período mais crítico da pandemia de coronavírus (covid-19), em 2020, quando a Itália foi o país mais atingido, depois da China, e viveu o confinamento absoluto; e a segunda, “Antologia poética”, com textos selecionados pela autora, que reúne poemas recolhidos de seis livros publicados entre 2004 e 2016 (Pássaros convulsos,Entre as junturas dos ossos, No coração da bocaA poesia é um estado de transe, O músculo amargo do mundo e Minha língua roça o mundo).

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Guerra, desinformação e democracia | Carlos Branco, Major-general e Investigador do IPRI-NOVA 17 Fevereiro 2023

Para além da verdade, também a democracia está a ser vítima desta guerra. A divergência de pensamento transformou-se em delito de opinião.

Tornou-se banal admitir que a verdade é a primeira vítima da guerra. Na maioria dos casos, é um reconhecimento pouco útil porque não ajuda a aumentar as defesas contra a mentira. Não nos coloca de sobreaviso. Não eleva os níveis de alerta. Isso aplica-se ao processo comunicacional relacionado com o conflito na Ucrânia, que nos envolveu nos últimos meses.

Passado quase um ano de hostilidades, é tempo de confrontarmos os factos com os discursos. Este exercício deve ser feito independentemente de convicções pessoais, ou do apoio que se dê a uma ou à outra fação. O facto de a esmagadora maioria da comunicação social estar do lado da causa ucraniana, por muito justa que seja, não legitima nem justifica a promoção sistemática de propaganda.

Qualquer declaração do Governo ucraniano, assim como de algumas outras fontes, como sejam os serviços secretos ingleses, transformados neste conflito em agência noticiosa, é automaticamente considerada uma verdade absoluta inquestionável, por mais ilógica e inverosímil que seja. Fica isenta de contraditório, averiguação e certificação.

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O que é ChatGPT e por que a sua utilização tem preocupado as escolas | Por Adriana Costa (A convite do De Rerum Natura)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

O ChatGPT é o mais recente sistema de chat gratuito, criado pela empresa norte americana OpenAI baseado em inteligência artificial. Lançado há pouco mais de dois meses, essa ferramenta tem preocupado a comunidade escolar e levantado uma série de discussões sobre a utilização desse tipo de tecnologia na educação.

O facto é, que o ChatGPT possibilita ao usuário a partir de uma simples solicitação, a redação de textos, planificações de atividades, resolução de problemas, criação roteiros, artigos e composições sobre os mais diversos conteúdos, e ainda respostas para variadas questões, em qualquer idioma e totalmente inéditos. 

Para exemplificar do que estamos a falar: se hipoteticamente um aluno desejar pesquisar sobre o século de Péricles no período da Grécia Antiga, o ChatGPT apresentar-lhe-á, em poucos segundos, um completo e inédito texto referente a temática solicitada. Se for professor, e deseja tirar proveito da ferramenta, poderá solicitar ao ChatGPT que apresente ideias de como estruturar uma aula sobre a temática em causa.

Esta facilidade disponibilizada nas redes em tão curto tempo, somada à celeridade com que penetra no tecido social, tem provocado debates importantes sobre como aprender e ensinar em tempos de Chatbots. 

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A democracia nasceu sexista: de Aristóteles à arena política de hoje | Temas e Debates, Grupo Bertrand Círculo

«O homem é capaz de determinar o que fazer. A mulher, cuja faculdade deliberativa
é inválida, não sabe resolver-se. O homem tem uma inclinação para dirigir. A mulher
acomoda-se à submissão. O homem é um animal político. A mulher, um animal
doméstico.»

Lisboa – 15 de fevereiro de 2023 – Aristóteles, Tomás de
Aquino e Jean-Jacques Rousseau. Três grandes
pensadores, uma longa história de preconceito. Em O
Poder das Mulheres, que a Temas e Debates publica a
3 de março, Giulia Sissa documenta as razões da não
inclusão das mulheres na atividade democrática,
traçando uma interessantíssima história cultural que
culmina no mundo democrático de hoje.


Do ponto de vista do liberalismo moderno, a democracia
antiga é profundamente antidemocrática. A mulher da
Antiguidade não era admitida ao direito de cidadania.
Considerada impotente, irracional e imprevisível, não tinha
lugar na arena política. A sua faculdade deliberativa, afirmava
Aristóteles, era «inválida».

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Maria do Rosário Pedreira vence Prémio do festival Correntes d’Escritas 2023

Lisboa, 15 de fevereiro de 2023

É com alegria e emoção que a Quetzal informa que
O Meu Corpo Humano – o regresso de uma das grandes vozes da poesia portuguesa – foi
hoje distinguido com o Prémio Literário Casino da Póvoa, como foi anunciado na sessão inaugural da edição do festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim.
Ao fim de alguns anos de silêncio, Maria do Rosário Pedreira voltou à poesia com um
livro belíssimo, que se pode ler como uma aula ou um comentário de anatomia. A arquitetura de O Meu Corpo Humano liga cada uma das emoções, memórias e sensações a
uma parte do corpo ou a determinados órgãos: da cabeça aos rins e aos tornozelos, dos
olhos às mãos e ao coração, há uma relação entre as partes do nosso corpo – e o
sofrimento e a redenção que habitam a nossa vida, a nossa memória e as marcas que
deixamos ao passar.
Este ano, o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de vinte mil euros, foi dedicado à poesia e contou com 11 finalistas.

Sobre a autora:
Maria do Rosário Pedreira nasceu em Lisboa em 1959. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de uma breve passagem pelo ensino, ingressou na carreira editorial, sendo
hoje editora de literatura portuguesa. Começou pela ficção juvenil com duas coleções adaptadas à televisão e que venderam cerca de um milhão de exemplares. Embora tenha publicado um romance e contos dispersos em revistas e antologias, é sobretudo conhecida como poeta, tendo publicado quatro livros, hoje coligidos na sua Poesia Reunida, publicada
pela Quetzal em 2012 e distinguida com o Prémio da Fundação Inês de Castro. Está traduzida em várias línguas e publicada em volumes independentes, revistas e antologias de diversos países. É ainda autora de letras para fado e canções, e
publicou uma biografia de Amália Rodrigues para crianças. Tem um blogue dedicado aos livros e à edição, Horas Extraordinárias, que mantém desde 2010. Escreve regularmente crónicas para a imprensa, algumas delas reunidas no livro Adeus,
Futuro, publicado pela Quetzal em 2021. No final de 2022, a Quetzal lançou Esse Fado Vaidoso, antologia da poesia que
mudou a voz dos portugueses através do fado, organizada com Aldina Duarte

Catarina Martins deixa liderança do Bloco de Esquerda: “Não vou andar por aí, sou daqui” | por João Diogo Correia, in Jornal Expresso

Coordenadora do Bloco justifica decisão com instabilidade da maioria absoluta. “É o fim de um ciclo”, diz

“É o momento para que a coordenação do Bloco seja assumida por outra pessoa” – o anúncio foi feito esta terça-feira de manhã por Catarina Martins. A coordenadora do Bloco justifica a decisão com a “instabilidade da maioria absoluta” que, entrentanto, se instalou e que mudou a estratégia do Bloco que há meses tinha decidido manter a liderança e só mudar depois das eleições europeias do próximo ano.

O que mudou agora é a instabilidade da maioria absoluta“, disse a líder do Bloco que antevê a possibilidade do “fim de um ciclo político”, que justifica uma mudança de liderança no BE. A dirigente bloquista justificou o anúncio desta terça-feira com a necessidade de clarificação para dentro do próprio partido que vai começar a eleger os participantes da Convenção marcada para maio.

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London, London – Caetano e Gilberto Gil (Black Cab Session – Live London)

18/11/2015 | Se todo artista tem de ir aonde o povo está, em Londres eles vão de táxi. Mais precisamente nos tradicionais black cabs, aqueles carros pretos antigos que são uma marca da cidade inglesa. E se entram num black cab desses e saem tocando e cantando não é porque estão loucos ou subitamente inspirados, mas, sim, porque estão gravando mais um episódio do “Black Cab Session”. Recentemente, quem pegou um táxi desses foram Caetano Veloso e Gilberto Gil, quando estiverem pela Europa com os shows da turnê “Dois Amigos – Um Século de Música”. Explicando melhor, “Black Cab Sessions” é um projeto audiovisual na web que começou em 2007. A cada sessão um black cab da carona para um artista e o leva para passear pelas ruas londrinas. Enquanto está no carro, o “passageiro” canta uma música que é devidamente gravada e postada. Até hoje, já foram mais de 200 viagens!! Mais uma forma inusitada de vermos grande nomes da música tocando e cantando seus sucessos. Um simpático estúdio sobre rodas. Com Caetano e Gil não foi diferente. O black cab os pegou no hotel e partiu para o rolé. Adivinhem qual música os baianos cantaram?! Nada mais adequado que… “London, London”. O Gshow pegou carona e traz aqui a “Black Cab Session” com Caetano Veloso e Gilberto Gil!! Para pegar este táxi não precisa fazer sinal, nem usar aplicativo. Basta clicar e seguir viagem.

US blew up Nord Stream pipelines connecting Russia to Germany, journalist Seymour Hersh reports

09/02/2023

Pulitzer Prize-winning journalist Seymour Hersh reported the US government destroyed the Nord Stream pipelines that delivered Russian gas to Germany. The Biden administration approved the CIA operation, which used explosives and Navy divers, with help from NATO member Norway.

Read Seymour Hersh’s article: https://seymourhersh.substack.com/p/how-america-took-out-the-nord-stream

L’UKRAINE , le PIÈGE | ALAIN JUILLET reçoit JEAN DUFOURCQ.

27/01/2023 | 44 minutes

Dans cette nouvelle émission Alain Juillet et Claude Medori reçoivent l’amiral Jean Dufourcq pour faire le point sur l’Ukraine du point de vue de la réflexion stratégique et historique.

00:00 : Introduction 01:54 : Qu’est ce qu’un stratégiste ? 06:50 : La Russie est elle tombée dans le piège Ukrainien ? 19:24 : Une manipulation des masses à partir de l’idéologie 22:30 : Les intérêts américains avant ceux de l’Europe 24:31 : Une europe morcelée ? 28:54 : Une nouvelle guerre de l’information 32:00 : Le parallèle entre l’Ukraine et les Etats-Unis : la guerre de sécession 34:18 : Un début de négociation imposé par les Etats-Unis? 37:55 : La comparaison de la guerre d’Espagne et la guerre en Ukraine 41:06 : La conclusion d’Alain Juillet 43:33 : Nos réseaux sociaux

A propósito de manifestações e da vitória de Pirro | por Carlos Matos Gomes

Os governos europeus são hoje instrumentos das oligarquias americanas, sem excepção que se possa apontar. Em Inglaterra, que desde o governo Tatcher é o consulado geral dos EUA na Europa, está deliberadamente instalado o caos antes da imposição (natural) de uma nova ordem para criar uma sociedade que se antevê disfuncional como a dos EUA.

Porque vamos às manifestações? A pergunta coloca duas questões, uma de ação individual e imediata: pelo sentimento de estarmos a ser mal retribuídos, mal servidos, agredidos e logo exigimos aquilo a que entendemos ter direito! Outra de ordem geral, coletiva, de médio e longo prazo, de reflexão sobre as consequências do tudo e já na nossa sociedade. Em princípio todo o assalariado tem razões para se manifestar, mas os resultados não são idênticos para todos, os elementos que obtêm maior sucesso com as reivindicações são os pertencentes às corporações que prestam serviços de maior relevo social, técnicos de setores críticos. A satisfação destas corporações causa réplicas noutras, criando uma espiral do agravamento das desigualdades e causando a médio e longo prazo o enfraquecimento do Estado, que apesar das suas debilidades perante os poderes fáticos das oligarquias financeiras, ainda é o que resta aos cidadãos como local de expressar a sua vontade.

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A frente ucraniana está prestes a desmoronar? | Dmitry Orlov, escritor

Um grande desenvolvimento parece estar em andamento no lado ucraniano da lenta linha de frente. Há meses, a única razão pela qual os ucranianos conseguiram se defender contra os russos é porque seu acesso, via internet móvel, a dados de satélite da OTAN e informações analíticas tem permitido que seus sistemas de artilharia e foguetes alvejem com precisão equipamentos e tropas russas. Isso forçou os russos a agir rapidamente: rolar para uma posição, disparar uma salva contra o alvo ucraniano e fugir antes que sua posição pudesse ser alvejada. A torrente de dados é fornecido pelos terminais de internet via satélite Starlink de Elon Musk, cerca de 20.000 deles, espalhados por toda a linha de frente de 1.000 km. Como costuma acontecer, e como apontei no meu livro Shrinking the Technosphere de 2017, geralmente a forma de tecnologia mais eficiente e econômica é a contratecnologia:   dispositivos baratos, mas eficazes, que transformam tecnologia avançada e muito cara em um monte de lixo inútil. Isso é exatamente o que está acontecendo agora, graças aos esforços de jovens engenheiros e cientistas russos brilhantes que trabalham na fábrica militar de Sestroretsk.

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Um Ocidente Sequestrado? — Por quem? | Carlos Matos Gomes

Milan Kundera é um escritor estimulante, mais do que romancista ele é um pensador. Ele justifica a afirmação de Aristóteles de que se aprende mais sobre o homem e o mundo com a poesia, a ficção do que com os relatos históricos. Em 1983, um ano antes da edição do muito conhecido romance «A Insustentável Leveza do Ser», Kundera publicou o ensaio «Um Ocidente sequestrado — o rapto da Europa», que foi agora reeditado em Espanha e comentado para El País por Monika Zgustova, escritora e tradutora nascida na antiga Checoslováquia.

O texto de Monika Zgustova no El País é para mim um excelente ponto de partida para entrar no pensamento de uma elite eslava e germânica sobre a Europa e que ajuda a analisar a racionalidade ou a irracionalidade das decisões dos governos europeus nesta guerra da Ucrânia. Kundera é, como todos nós, ele e as circunstâncias. Ele é checo saíra do seu país por discordâncias políticas, na sequência da invasão da URSS. No artigo de 1983 ele polariza duas Europas, das duas capitais do cristianismo, Roma e Constantinopla. Haveria assim duas Europas, Moscovo e Paris (onde ele se exilou e Roma deixou de contar após a queda do império romano) e a tragédia europeia resultaria desta divisão e do facto de os habitantes do Oeste da Europa , a Europa Central (Polónia, Checoslováquia, Hungria) se terem visto de um dia para o outro surpreendidos por serem do Leste. E ainda que um sinal da identidade da Europa central seriam as revoltas que estes países organizarão contra os soviéticos na segunda metade do século XX: a revolta húngara de 1956, a Primavera de Praga de 1968 e as sublevações polacas que se sucediam uma ou mais vezes em cada década. Segundo Kundera terá sido o império russo que fez a Europa Central perdesse a sua identidade como território marcado pela tradição multicultural do Imperio Austro-húngaro. Kundera entendia que este Império foi uma grande oportunidade para criar um Estado forte no centro da Europa e que os austríacos estavam divididos entre seguir “o arrogante nacionalismo da grande Alemanha” e a sua própria missão centro-europeia; por isso não conseguiram construir um Estado federal de nações iguais. “O seu fracasso foi um fracasso para a Europa”. O Imperio Austro-húngaro dividiu-se em muitos pequenos países cuja fragilidade permitiu que primeiro Hitler e depois Estaline os subjugassem.

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O admirável mundo dos pastores | Carlos Matos Gomes

Tomemos à letra as afirmações das três religiões do Livro. Em todas elas o Deus é o Criador e todas têm um pastor, os judeus têm Moisés que trouxe da montanha os mandamentos, os Católicos têm Cristo e os muçulmanos Maomé. Para estas religiões a humanidade é o rebanho de um Senhor. É desta interpretação da humanidade que resultam todas as formas de domínio. Só muda a tecnologia.

Ao longo dos tempos a tarefa de pastorear o rebanho foi executada por profetas com a atividade certificada, pregadores, missionários, papas, ayatolhas, rabinos e por atores que exerciam a pastorícia por conta própria, génios, feiticeiros, adivinhos, bruxos e bruxas, videntes que com maior ou menor êxito participaram na massificação e na crença de uma verdade e de um pensamento único. Estes pastores determinavam o comportamento do rebanho, as modas, o que comer e quando, nada de porco, jejum e abstinência às sextas, ou aos sábados, o comprimento das saias das mulheres, a barba dos homens, as cerimónias dos casamentos, dos funerais, os dias de trabalho, os animais sagrados e os de companhia, nada de cães, estabeleciam interditos e aconselhavam sobre saúde e higiene, lavar as mãos e o traseiro, por exemplo, regulavam os processo de exercer a justiça do Criador e de levar as almas para o paraíso, crucificar, queimar, apedrejar, até existia um manual do torturador para impor respeito ao rebanho.

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Padre António Vieira – n. 6 de fevereiro de 1608 – f. 18 de junho de 1697 | Carlos Esperança

Há 415 anos nasceu em Lisboa um dos mais altos paladinos da língua portuguesa. Padre jesuíta, falecido aos 89 anos, longevidade rara na época, permitida pela bula do papa Inocêncio XI, que o subtraiu à jurisdição da Inquisição, foi o grande vulto literário do século XVII e o expoente máximo da parenética portuguesa de todos os tempos.

Vieira fez do púlpito tribuna, onde defendeu os índios e combateu a escravatura. Os seus sermões são um património imperecível da inteligência, da cultura e da ética, num português cuja perfeição realçava a consistência do pensamento e atingia a culminância da perfeição.

O idioma teve nele o seu expoente máximo, e os índios o defensor corajoso e lúcido que redimiu a cumplicidade da sua Igreja. O estilista e humanista legou-nos um monumento de inigualável valor na forma como cinzelou a frases e esculpiu a língua nos sermões e cartas com que fez refulgir o idioma materno.

Lembrar Vieira é prestar homenagem à língua que nos une, ao património literário cuja influência foi notória no maior orador parlamentar desta segunda República, António de Almeida Santos, e na beleza dos textos do nosso mais genial ficcionista, Saramago.

Na herança de Camões e do padre António Vieira descobrimos os alicerces da língua que nos une e serve de ferramenta à plêiade de escritores que continuam a enriquecer o seu património literário.

Retirado do Facebook | Mural de Carlos Esperança

Carlos Esperança: “Todas as religiões são igualmente falsas e nocivas” | 12 de Fevereiro de 2014

Presidente da Associação Ateísta Portuguesa questiona ligação do Estado à Igreja Católica.

O presidente da Associação Ateísta Portuguesa já foi católico e ainda não conseguiu a anulação do batismo. No entanto, o que mais inquieta Carlos Esperança, de 71 anos, ex-professor primário e reformado de uma farmacêutica, são os laços entre o Estado e as religiões.

A religião continua a ser o ópio do povo?   

Não diria que é propriamente o ópio do povo, mas é frequentemente um detonador de ódios. Teria dúvidas em usar essa frase de Marx, mas também não a repudio, mesmo sem subscrever o marxismo.

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Jimmy Dore Brings ANTI-WAR Message To Fox News

• 02/02/2023 • #TheJimmyDoreShowIt’s rare to hear a genuine, full-throated anti-war message on American television, much less on Fox News, but Tucker Carlson’s audience heard that message loud and clear thanks to the latest appearance by Jimmy Dore. Jimmy called out the corruption, the warmongering, the deception and the profiteering as the U.S. military industrial complex and its lackeys in government and media push for war with China. Jimmy and Americans’ Comedian Kurt Metzger discuss why Tucker is the only broadcaster open to sharing Jimmy’s anti-war message with his audience.

Rússia sairá da guerra como vencedor militar e político | in mpr21

A Ucrânia perdeu a guerra. É algo óbvio desde o início, mas é bom que cada vez mais se rendam ao inevitável. Agora o jornal britânico The Guardian admite que o exército russo está preparado para uma ofensiva iminente em maior medida do que o ucraniano para a defesa. A moral das tropas ucranianas, assegura o jornal, está no chão e a taxa de suicídios é muito elevada (1).

O jornal alemão Die Welt também atira a toalha: “Até que ponto é realista uma vitória ucraniana? É quase impossível que a Ucrânia saia vitoriosa desta guerra”, reconhece o jornal (2). Para Zelensky, a vitória significa a reconquista de todos os territórios ocupados, incluindo a Crimeia. Mas nas circunstâncias atuais “isso é impossível. A Rússia ocupa atualmente cerca de 18% do território ucraniano. É mais provável que este valor aumente do que diminua no futuro”, conclui Die Welt.

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Paróquia de Fátima: «Semana dos Pastorinhos» em Fátima com momentos de oração, celebração, peregrinação e testemunho | por LeopolDina Reis Simões 

«Semana dos Pastorinhos» em Fátima com momentos de oração, celebração, peregrinação e testemunho

A Paróquia de Fátima, na diocese de Leiria-Fátima, prepara um programa especial para a “Semana dos Pastorinhos”, a que coincide com o dia litúrgico dos Santos Francisco e Jacinta Marto, celebrado a 20 de fevereiro.

No dia 13 de fevereiro, aniversário da morte da irmã Lúcia, às 15h30, será realizada uma visita guiada à Igreja Matriz de Fátima. No dia 14, às 15h30, também na Igreja Matriz, a celebração da Santa Unção para os doentes.

Peregrinação a Lisboa

Para o dia 15, quarta-feira, a Paróquia de Fátima está a preparar uma peregrinação de autocarro a Lisboa, aos lugares onde Santa Jacinta viveu os últimos dias da sua doença e onde faleceu: o Mosteiro das Clarissas à Estrela (o antigo Asilo) e o Hospital Dona Estefânia. Estão abertas as inscrições, que podem ser efetuadas no Cartório Paroquial ou na Sacristia da Igreja Matriz, até o autocarro estar completo. Será uma peregrinação de dia inteiro, com saída às 8h30 e chegada às 17h00 junto da Igreja Matriz de Fátima. Após a chegada, na Igreja Matriz, às 17h00 haverá a recitação do Rosário e às 18h00 a Eucaristia.

No dia 16, às 10h30, haverá uma visita aos Valinhos e às 17h00 um tempo de adoração na Igreja Matriz.

Padre Manuel Antunes e Mons. Luciano Guerra darão o seu testemunho

A 17 de fevereiro, às 12h00, será rezado o terço na Capelinha das Aparições, e às 15h30, no Salão Paroquial de Fátima, o padre Manuel Antunes, antigo assistente nacional do Movimento da Mensagem de Fátima, apresentará uma conferência sobre o tema “Sentido da Reparação na Mensagem de Nossa Senhora em Pontevedra”.

No dia 18 de fevereiro, sábado, às 16h, também no Salão Paroquial, monsenhor Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima, dará o seu testemunho sobre o Dia da Trasladação do Corpo da Irmã Lúcia para a Cova da Iria, a 19 de fevereiro de 2006.

No dia 19, às 11h, na Igreja Matriz, será celebrada a Eucaristia com a Cáritas Paroquial e o Apostolado da Oração. Às 14h30, na Paróquia de São Mamede, terá lugar a Assembleia Sinodal Vicarial (paróquias de Atouguia, Fátima, Santa Catarina da Serra e São Mamede). 

A 20 de fevereiro, data da morte de  Santa Jacinta Marto, será celebrada, na Igreja Matriz, a Eucaristia da Festa dos Santos Francisco e Jacinta Marto, às – 18h00, com a Catequese, antecedida da recitação do Rosário, às 17h00.

06 de fevereiro de 2023

Paróquia de Fátima

Free Julian Assange: Noam Chomsky, Dan Ellsberg & Jeremy Corbyn Lead Call at Belmarsh Tribunal

672 361 visualizações 23/01/2023 #DemocracyNow | Former British Labour leader Jeremy Corbyn, Pentagon Papers whistleblower Daniel Ellsberg, famed linguist and dissident Noam Chomsky and others gave testimony Friday at the Belmarsh Tribunal in Washington, D.C., calling on President Biden to drop charges against Julian Assange. The WikiLeaks founder has been languishing for close to four years in the harsh Belmarsh prison in London while appealing extradition to the United States. If convicted in the United States, Julian Assange could face up to 175 years in jail for violating the U.S. Espionage Act for publishing documents that exposed U.S. war crimes in Iraq and Afghanistan. Friday’s event was held at the National Press Club and co-chaired by Democracy Now! host Amy Goodman. We spend the hour featuring compelling excerpts from the proceedings.

John Mearsheimer | THE US CREATES CONFLICT FOR THE WORLD

02/02/2023 | John Joseph Mearsheimer is an American political scientist and international relations scholar, who belongs to the realist school of thought. He is the R. Wendell Harrison Distinguished Service Professor at the University of Chicago. He has been described as the most influential realist of his generation.

Silêncio! Silêncio! Silêncio! | Leonardo Haberkorn, jornalista e académico uruguaio

O jornalista e académico uruguaio Leonardo Haberkorn, desistiu de continuar a dar aulas do curso de “Comunicação” na Universidade ORT de Montevideu, através desta carta que comoveu o mundo da Educação:

“Depois de muitos anos como professor universitário, hoje dei aula na faculdade pela última vez. Estou cansado de lutar contra telemóveis, WhatsApp e Facebook. Eles venceram-me. Eu desisto. Eu atiro a toalha ao chão. Cansei-me de falar de assuntos pelos quais eu sou apaixonado, para rapazes e raparigas que não conseguem tirar os olhos de um telemóvel que não pára de receber selfies.

É verdade que nem todos são assim, mas há cada vez mais a ficar assim. Até há três ou quatro anos, o apelo para deixar o telemóvel de lado por 90 minutos – nem que fosse só para não ser desrespeitoso – ainda teve algum efeito. Já não o está a ter. Pode ser que seja eu que me tenha desgastado demais neste combate, ou que esteja a fazer algo de errado.

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O Elogio do Otimismo | Carlos Matos Gomes

Os telejornais e os grandes órgãos de comunicação portugueses e europeus em geral despejam sobre os seus clientes vagas sucessivas de manifestações de organizações de trabalhadores e patronais. São professores, enfermeiros, agricultores, ferroviários, aviadores, médicos, polícias, uns em greve, outros em manifestações. Os temas mais comuns são, além dos habituais aumentos salariais, as contagens de tempo para a reforma (Portugal) e outros a contestação do aumento da idade da reforma (França).

Esta agitação social é apresentada pelos «simplícios» da comunicação social como reveladora de mal-estar contra os governos. Na verdade, estas manifestações revelam um grande otimismo (um inconsciente otimismo) e um generoso apoio às políticas dos governos europeus. Estas manifestações querem dizer que os seus promotores e figurantes acreditam que vivemos tempos de normalidade (da normalidade do pós-segunda guerra), mas não, vivemos tempos de loucura e de suicídio! Esse mundo está a morrer às mãos dos que dirigem a UE e dos que em vez de se manifestarem contra a corrida para o abismo para saltar sem paraquedas andam a manifestarem-se pelo que não haverá.

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Pode um ateu ser admirador do Papa Francisco? | Carlos Esperança

Pope Francis gestures to the crowd as he arrives on November 6, 2013for his general audience in St.-Peter’s square at the Vatican.PINTO/AFP/Getty Images

Parafraseando o Papa, prefiro um católico humanista a um ateu malformado. Prefiro os que defendem os direitos humanos aos que os atropelam, as religiões que defendem a paz às que praticam terrorismo, os líderes que denunciam a exploração dos países africanos, aos que procuram pela força das armas submetê-los, os que levam uma mensagem de paz aos que trazem uma encomenda de armamento.

Francisco está no Congo, onde forças do Estado Islâmico (EI) assassinam e estropiam os cristãos, católicos e protestantes. Já denunciou a apropriação dos seus recursos por países ricos e a violência sectária que atinge o País.

Francisco é um homem corajoso e bom. A crença do idealista e o materialismo do ateu não nos separam, une-nos igual desejo da paz, harmonia e justiça social. Agora que Bento 16 morreu, já debilitado de saúde, passou a ser o único Papa, o Papa a quem este ateu tem a honra de homenagear e desejar sucesso na viagem corajosa ao Congo depois de a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) ter estado à beira de um novo cisma.

A luta entre Bento XVI e Francisco foi a ponta do iceberg que emergiu após o funesto e longo pontificado de JP2, que os corifeus da direita reacionária incensaram, e da continuidade do papa B16, muito mais inteligente e arguto, que o temor da Cúria fez abdicar da tiara sem renunciar às crenças.

O cardeal guineense Robert Sarah, que JP2 nomeou arcebispo aos 34 anos, um clérigo profundamente reacionário, foi apoiado pela ala mais retrógrada dos cardeais para ser o primeiro papa negro, mas um discreto jesuíta atravessou-se nos seus desígnios.

Quem vê a Igreja católica sul-americana, com bispos progressistas, em contraste com o clero espanhol, italiano, húngaro, polaco, austríaco ou francês, percebe que não há só a luta pelo poder, mas um confronto ideológico que passa pela sociedade, onde se jogam posições geoestratégicas e a consolidação da direita neoliberal e fascistoide, que domina os EUA e grassa em numerosos países europeus.

Francisco foi a pomba caída no ninho de falcões que povoavam o Vaticano, e viram o poder esvaziado e as suas posições reacionárias postas em xeque.

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É oficial: estamos em guerra | Miguel Sousa Tavares in Expresso

Ao prestar-se a enviar os Leopard para a Ucrânia — e, logo depois, os F-16 e o mais que Zelensky exigir, até às armas nucleares —, António Costa não pode deixar de estar consciente da contribuição, ainda que relativamente pequena, que Portugal está a dar para a escalada da guerra e a sua continuação sem fim à vista. Assim, é hipócrita queixar-se mais da guerra: podia era meditar no exemplo do seu amigo Lula da Silva, que, solicitado a enviar também tanques para Zelensky, ofereceu-se antes para fazer parte de um grupo para mediar a paz.

« (…) O envio dos tanques Leopard para a Ucrânia representa uma mudança essencial e a dois níveis no papel dos países neutros, embora amigos ou aliados da Ucrânia. Por um lado, não se trata mais de enviar armas para ajudar Kiev a defender-se da invasão russa e a evitar que, como nos contam para adormecermos, depois da Ucrânia, Moscovo venha por aí fora até à foz do Tejo, mas sim de armas ofensivas que permitam a Kiev assegurar a tal vitória que, segundo o secretário da Defesa norte-americano, é o objectivo final da guerra e garantirá que nunca mais a Rússia se atreva a aventuras semelhantes, ainda que provocada. E, por outro lado, não sendo uma decisão colectiva, tomada no âmbito da NATO (o que implicaria o desencadear da Terceira Guerra Mundial), significa apenas uma decisão unilateral de cada país, tomada por vontade própria.

Assim sendo, e juntando os nossos quatro leopardozinhos — dos 37 que temos e dos 12 operacionais — ao contingente de 120 já garantidos a Zelensky, o que Portugal está na iminência de consumar, para todos os efeitos legais e políticos, é uma declaração de guerra à Rússia, através do seu envolvimento directo no conflito. E a seguir aos Leopard, irão talvez os F-16, que Zelensky logo tratou de pedir mal obteve os tanques, naquelas suas emissões televisivas matinais onde todos os dias reclama novas armas que, mais tarde ou mais cedo, lhe são dadas.

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DESABAFOS | Tiago Salazar

A montra das redes sociais permite à grande mole, que não tem acesso à escrita e vox pública (jornais, revistas, livros…), a divulgação das suas dores, revoltas, triunfos, egos, alergias e alegrias. Escrever é uma forma de terapia como dar peidos ao vento, dançar ou dar murros e pontapés num saco ou colchão. Não requer nenhuma espécie de dom ou vocação. Quem relê o que escreve (sem plágio, imitação ou recurso ao pensamento alheio), mesmo de forma atabalhoada, deve rever-se.

É aqui que está a honestidade intelectual. O facto de ter livros publicados e de me conotarem com um escritor (amador), só me obriga a uma maior responsabilidade. Parto do princípio de que vou ser lido com mais atenção (ou maior exigência). A escrita sai como me chegam os pensamentos (e as emoções que nascem dos pensamentos ou os antecedem). Para vir aqui partilhar escritos como este tenho um fundamento: uma vontade de mobilizar o(s) leitor(es) a reler, a guardar, a partilhar, a debater o tema de fundo. Para hoje, o tema de fundo é a mania dos portugueses de viverem acima das possibilidades.

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Quem Ganhará o Futuro? | João Gomes

Demora muito tempo para se perceberem que as classificações, as estatísticas passadas e as previsões futuras da atividade económica das nações ao redor do mundo, projetadas por instituições ocidentais, principalmente como o FMI, o BCE e outras, estão contaminadas e, em alguns casos, são fraudulentas, para dar a impressão errada aos leitores. Isso não é diferente de como o Facebook, as pesquisa do Google, do YouTube, ou o que emite o governo dos EUA e principalmente todos os canais de média, que também projetam as notícias fortemente tendenciosas para adequar as agendas das pessoas que controlam essas instituições.

Recentemente usei algum tempo e esforço para perceber a economia da Rússia e descobrir como é que esse país, não só está a lutar contra o poder coletivo de todas as nações ocidentais mais alguns não-ocidentais (por exemplo, o Japão), sendo que a economia da Rússia é menos de um vigésimo do coletivo ocidental e a guerra moderna é altamente dependente da economia, industrial, base de recursos e detalhes científicos das partes envolvidas. No papel, o ocidente coletivo tem mais de vinte vezes a economia, e uma alta capacidade financeira, social e industrial. A Rússia tem sido frequentemente descrita de forma desprezível como um país que é pouco mais do que uma nação que tem fontes de energia, governado por um ditador déspota.

Se a previsão económica e os cálculos da base industrial estiverem corretos, então, considerando o ataque a todas as frentes, militares, económicos e tudo mais, dirigido contra a Rússia pelos EUA/OTAN, então a Rússia deveria ter sido desmembrada, cortada e devorada um mês após o início das hostilidades. Mas, pelo que parece, o ocidente coletivo está falhando redondamente. Isto é um forte indício de que a projeção ocidental da maioria dos dados, incluindo a economia, é fraudulenta e tem vindo a desinformar as pessoas sobre os factos e a enganá-las no caminho.

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