Auschwitz concentration camp

Geoff shoots the world

Aushwitzpano

We went to Aushwitz because it’s really just something you should do if your in Krakow, you probably won’t enjoy yourself but you owe it to yourself as a human to go. There was a quote on a plaque in the entrance, I forget who it was from, or even it’s exact words (why didn’t I take a photo of it!) but it was basically “we must remember the evil of our past so we will not commit it again in our future”.

I’m not going to go into detail about what the tour entailed or what happened here, you probably already know, and if you don’t, do yourself a favour and read up on it, you could do worse than following the Wikipedia link above.

If you do decide to go when you’re there you will see pamphlets and advertising everywhere for organised tours they will pick you up…

View original post mais 296 palavras

Paths, Possibilities, and NYC

Cheri Lucas Rowlands

Insta-poetry. Or something.

An apartment full of boxes in Carroll Gardens
An art space in Bushwick
A mother and daughter in Central Park
A little house with a white picket fence in the suburbs

* * *

* * *

Such different life paths
From each other, and from mine
Yet New York City is like glue
Where these intersections materialize

We talk about the dance between travel and memory
Each step to both recall and reshape
In Brooklyn, the sidewalks are familiar
Yet with each step I’ve forgotten and let go

* * *

* * *

I once had a chance to live here
The MFA program I did not choose
An alternate timeline, a life in this big city
A much different now

That last line is missing a question mark
As now could be as it is
Or not at all
Living elsewhere, unmarried
Walking a path…

View original post mais 83 palavras

Um Rapaz a Arder – Casa da Cultura de Setúbal

Pitta_02

Está um rapaz a arder
em cima de um muro,
as mãos apaziguadas.
Arde indiferente à neve que o encharca.

Outros foram capazes
de lhe sabotar o corpo,
archote glaciar.
Nunca ninguém lhe apagou esse lume.

(Archote Glaciar, EP 1998)

Ontem, na Casa de Cultura de Setúbal, as conversas muito cá de casa, receberam Eduardo Pitta e o seu livro mais recente Um Rapaz a Arder. O ator José Nobre interpretou poemas do autor com tal força que se convenceu, a dada altura, ter repetido dois versos. Atentos, a sala e o autor, tranquilizaram-no. Não, estava perfeito.

Eduardo Pitta falou-nos de Moçambique e das razões da sua saída, do seu livro, da sua poesia, dos escritores que foi conhecendo, de alguns livros que vieram a propósito, do Meio, do nosso retrocesso social. Sempre com uma impecável elegância, sem saudosismos serôdios e com um saudável sentido de humor. Não se furtou às questões identitárias que abordou com a naturalidade de quem fala de si e das memórias de um percurso de vida.

Da audiência vieram perguntas, que o Cidade Proibida se encontra esgotado – o único romance do autor, escrito numa linguagem desabrida e crua. Fátima Medeiros da livraria Culsete quis saber da escrita do “eu” e das suas concessões à ficção. Abordou ainda a clareza da obra ensaísta do autor.

Não houve fogo, mas ninguém apagou este rapaz a arder.

O Muito cá de Casa é uma iniciativa da DDLX e da Câmara Municipal de Setúbal – Divisão de Cultura, e conta com a colaboração de PNet Literatura, livraria Culsete e BlogOperatório.

Badalona, primeira cidade espanhola a declarar ilegítima a sua dívida

badalona

Terça-feira, 25 de Junho, vivemos um momento histórico: a cidade de Badalona, ​​a pedido da moção apresentada em colaboração com o Grupo de Auditoria da Dívida de Badalona, ​​é a primeira em todo o Estado (catalão e espanhol) a declarar ilegítima parte de sua dívida, reconhecendo que foi constituída sem responder aos interesses dos cidadãos. A moção foi apresentada pelo grupo Auditoria Cidadã da Dívida de Badalona em conjunto com ICV-EUiA, e foi apoiado por OIC e PSC, com a abstenção do PP. Especificamente, são declarados ilegítimos os juros dos empréstimos ICO, que o BCE cobra aos bancos a 1% e estes emprestam aos municípios a 5% ou mais para pagar fornecedores. A aprovação desta moção representa uma mudança de paradigma, uma vez que nenhuma administração pública havia declarado antes uma dívida como ilegítima.

O grupo Auditoria Cidadã da Dívida de Badalona interveio ontem na Assembleia Municipal para denunciar a perversão do mecanismo da dívida e identificar o golpe que envolve a dívida ilegítima contraída nas costas dos cidadãos e contra os interesses destes. As instituições financeiras que fizeram empréstimos ao Conselho Municipal de Badalona no âmbito do Plano de Pagamento de “Proveedores” estabeleceram juros de 5,54% em 2012, apesar de terem recebido esse dinheiro com juros inferiores a 1% do Banco Central Europeu (entidade pública). Este empréstimo ICO representa um benefício para as instituições financeiras envolvidas de cerca de 2.098.000 em cada ano. Lembramos que este é dinheiro público que passa para mãos privadas, portanto consideramos e denunciamos que este sistema de financiamento é perverso, injusto e facilita a ditadura financeira e, portanto, exigimos uma Auditoria Cidadã da Dívida para estabelecer que parte é ilegítima e nos recusarmos a pagar. Denunciamos também que a democracia foi sequestrada pelos mercados financeiros, como foi evidenciado com a reforma do artigo 135 da Constituição, realizada em tempo recorde em Agosto de 2011 pelo PSOE e o PP, que estabeleceram a obrigação de pagar dívida acima de qualquer outra intervenção ou gasto social.

 

O Suplente – dia 3 de Julho na FNAC

995672_563230987054095_986964861_n

Este livro fala-nos da dor da perda. Da dor para a qual não existe um suplente no banco, pronto a entrar para repor o equilíbrio. Este livro não é sobre futebol.

Com um impecável sentido de humor e não menos brilhante sentido de observação, Rui Zink mostra-nos como os portugueses discorrem dobre os fatos fundamentais da sua vida com o recurso a frases feitas. Como se estas frases fossem um arremedo para a nossa falta de cultura. Uma incultura que nos impede de refletir ou de nos expressarmos pelas nossas próprias palavras.

O autor confidencia-nos ser uma pessoa dividida entre a pulsão artística e a intervenção cívica. Este livro é uma proposta assertiva que se mantém pertinente treze anos após a primeira edição.

 

Livraria Centésima Página – Braga

1016226_3255867931692_881992365_n

Dia 4 de Julho pelas 18:30, na LIVRARIA CENTÉSIMA PÁGINA em BRAGA, a escritora Cristina Carvalho vai animar uma sessão com os seus dois livros mais recentes, “Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Biografia” publicado por Editorial Estampa em Outubro de 2012 e “MARGINAL” publicado por Planeta Manuscrito em Março 2013.

Apareçam, o espaço é fantástico e o debate será animado.

Depoimento de Fernando Teixeira dos Santos na TVI em 2013.06.26

pedro-passos-coelho

1. Fizemos a correcção orçamental de 2005-2007, concluindo-a com êxito um ano antes do acordado com a UE.
2. Respondemos à crise mundial com uma política orçamental expansionista, tal como os restantes países, e em aplicação da decisão tomada pelo Conselho Europeu.
3. Fomos atingidos pela crise grega, pela hesitação europeia em responder-lhe, pela queda da Irlanda e pela mudança de orientação franco-alemã.
4. Preparámos com o apoio explícito da chanceler alemã um programa de consolidação, o PEC-4, que não implicava a perda de soberania associada ao resgate internacional.
5. O chumbo desse PEC pelo Parlamento português, eis o que nos conduziu aos braços da troika e ao resgate.
6. Sim, o primeiro-ministro de então resistiu tanto quanto pôde ao pedido de resgate, porque tinha a plena intuição política do que ele significaria.
7. O erro principal do actual Governo foi ter pretendido ir além do próprio memorando de entendimento com a troika.

Internacionalização da Amazônia | CRISTÓVAM BUARQUE, Brasil

Amazona_rainforest

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

“De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

“Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

“Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.”

“Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

“Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

“Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

“Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.

Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

“Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.

” Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

How Austerity Has Failed by Martin Wolf in “The New York Review of Books”

wolf_1-071113_jpg_630x419_crop_q85

Austerity has failed. It turned a nascent recovery into stagnation. That imposes huge and unnecessary costs, not just in the short run, but also in the long term: the costs of investments unmade, of businesses not started, of skills atrophied, and of hopes destroyed.

What is being done here in the UK and also in much of the eurozone is worse than a crime, it is a blunder. If policymakers listened to the arguments put forward by our opponents, the picture, already dark, would become still darker.

How Austerity Aborted Recovery

Austerity came to Europe in the first half of 2010, with the Greek crisis, the coalition government in the UK, and above all, in June of that year, the Toronto summit of the group of twenty leading countries. This meeting prematurely reversed the successful stimulus launched at the previous summits and declared, roundly, that “advanced economies have committed to fiscal plans that will at least halve deficits by 2013.”

Ler mais:

http://www.nybooks.com/articles/archives/2013/jul/11/how-austerity-has-failed/?pagination=false

Cien libros para ordenar el caos in “El País/Cultura”

Expertos de 14 países preparan una lista antes de la entronización del libro digital: un canon de la literatura occidental para las bibliotecas familiares

El

…Homero, Woolf, Rulfo…

Orden en el caos. Jerarquización en la anarquía. Boyas en medio de un océano tempestuoso. Semáforos en la imbricación entre los mundos analógico y digital. Ideas satanizadas en los últimos tiempos en nombre de la libertad y la relativización de valores artísticos, pero que ahora quieren reivindicar para la literatura 57 expertos de 14 países. Propondrán una biblioteca de cien obras de ficción y cien de no ficción del mundo occidental que no deben faltar en las familias, en las bibliotecas de las casas. Doscientos libros que serán editados en papel antes de que el mundo digital arrincone el modelo tradicional.

…Platón, Gogol, Faulkner…

De La Biblia a García Márquez. Entre medias, como en toda lista, no sobrará ningún libro, pero sí faltarán algunos, según cada lector, de acuerdo al ejemplo de lista que presenta Miguel Ángel Garrido Gallardo, investigador del CSIC y presidente del Congreso Internacional La biblioteca de Occidente en contexto hispano, que empezó ayer y terminará el sábado en Madrid, con escala el miércoles en San Millán de La Cogolla. Un encuentro organizado por la Universidad Internacional de La Rioja (UNIR), el CSIC y Cilengua; con ponentes como José- Carlos Mainer, crítico literario español y profesor de la Universidad de Zaragoza; José Manuel Sánchez Ron, académico y profesor de la Universidad Autónoma de Madrid; Michel Zink, del Còllege de France en París; y Giovanni Maria Vian, de la Universidad de La Sapienza de Roma.

…Ovidio, Dante, Whitman…

¿Qué cien libros de ficción se deberían conservar en los hogares? ¿Cuáles de ciencia, filosofía, política, historia o economía? El espíritu del congreso, según Garrido Gallardo, no es crear un canon propiamente dicho, sino proponer una serie de títulos esenciales para apreciar, disfrutar y comprender la literatura y el curso de su historia inacabable. Por eso los libros que salgan de ese congreso no serán necesariamente los previsibles de un autor o de un movimiento o de una época concreta. Se trata, según Garrido Gallardo, “de mostrar la diversidad de la creación literaria a lo largo de la historia y de elegir las obras cuya lectura pueda resultar de más fácil acceso a los lectores generales, y en especial a aquellos más reticentes. Buscaremos conquistar lectores”.

…Shakespeare, Byron, Orwell…

No es atrincherarse en la nostalgia o el pasado, aclara José María Vázquez García-Peñuela, rector de la UNIR. Es recordar y aprender que nada viene de la nada, que autores como Sófocles o Lope de Vega o Proust son esenciales en la creación literaria no solo para los lectores sino, especialmente, para otros escritores porque sus lecturas les han permitido la renovación de la literatura.

…Cervantes, Brontë, James…

Es un golpe sobre la mesa en el mundo de la Red y de la sobreinformación donde todo tiende a ser valorado de la misma manera. Para Mainer, es una respuesta a la banalización del contenido de la cultura en todos los ámbitos y “peor en Internet”. Un momento en el cual con cierta frecuencia, advierte Mainer, los temas presentes o novedades creativas adquieren demasiada relevancia. A su vez, afirma, en el campo de la academia ha aumentado un tipo de demagogia a través de la cual los profesores privilegian la novedad literaria para los alumnos sobre las obras tradicionales.

…Bocaccio, Eliot, Tolstói…

Mainer reconoce que el canon es complejo, y por eso mismo esencial: “No es solo el reconocimiento de rango estético superior de una obra, sino que indica cómo ha sido el momento, reflejo de la herencia colectiva”.

…Goethe, Austen, Kafka…

No es seguro que el sábado, una vez concluya el congreso, esté la lista definitiva; lo que sí está claro, según Garrido Gallardo, es que saldrá el elenco de directrices y criterios para dicha selección. Algunas coordenadas podrían ser: una obra por autor, un libro por movimiento literario y solo entrarán títulos que tengan como mínimo 50 años, tiempo suficiente para haber decantado su valor. Para Garrido, por ejemplo, en su propuesta del realismo francés clásico no estarían ni Balzac ni Stendhal, su elección es Gustave Flaubert, y no con Madame Bovarysino con Tres cuentos.

Es la élite deselitizada.

…Plutarco, Andersen, Chéjov…

Uno de los últimos en proponer un canon occidental, y muy polémico, fue Harold Bloom. Era 1994. Bloom cree que ahora más que nunca se requieren de estos puntos de referencia porque, como dijo hace año y medio: “Esa literatura, la canónica, que parece agonizar, es fundamental conocerla si queremos aprender a oír, a ver, a pensar… A sentir…”.

…Garcilaso, Molière, Dostoievski, Ibsen, García Lorca, Guimaraes, Milton, Hamsun, Borges, Beckett, Darío…

http://www.bloglovin.com/frame?post=1189747625&group=0&frame_type=a&blog=2931560&link=

aHR0cDovL2Jsb2d0YWlsb3JzLmNvbS82NzQ1MzMwLmh0bWw&frame=1&click=0&user=0 … (FONTE)

Jantar da Tertúlia Sintrense com Cristina Carvalho | 25 Junho, 20h, Restaurante Apeadeiro

A próxima Tertúlia Sintrense, a 25 de junho, conta com a presença da escritora Cristina Carvalho, filha da também escritora Natália Nunes e do poeta António Gedeão. Entre os seus livros contam-se romances deliciosos e destinados a todas as idades como “O Gato de Uppsala” e “Lusco-Fusco”, e outros como “Nocturno: O Romance de Chopin” e o último “Marginal”, entre muitos outros livros. Cristina Carvalho tem-se dedicado também a preservar e divulgar a obra de seu pai, António Gedeão, tendo publicado recentemente “Rómulo de Carvalho/António Gedeão Príncipe Perfeito”. Conversar com ela é falar de fadas e gatos, de viagens, de palavras, de histórias que se contam como quem respira. É também trazer à baila a figura ímpar do pai, da sua obra e da sua vida como professor de Físico-Química, divulgador de temas científicos, cidadão de raro rigor, poeta nunca por demais cantado. Inscrições: 21 923 85 99 Cristina Carvalho 1

Universidade de Coimbra, Património da Humanidade

Mario.Ruivo Blog

A Unesco reconheceu a Universidade Coimbra e a Alta como Património Mundial da Humanidade certificando o seu incomparável valor histórico, cultural e patrimonial  e assinalando, dessa forma, o contributo da Universidade para a afirmação da nossa língua e cultura no Mundo.
Esta consagração, que agora unanimemente se saúda, deve-se à convicção e ao empenho dos que nela acreditaram, desde a tese de doutoramento de António Pimentel até ao atual Reitor, João Gabriel Silva, sem esquecer Seabra Santos, o arquitecto Nuno Lopes e a autarquia de Coimbra. Mas também os que a ela se associaram, como o maestro Virgílio Caseiro e os Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, que divulgaram a candidatura e a nossa mística com uma paixão inesgotável.
Espero que, finalmente, Portugal e Coimbra descubram a importância da Universidade, não se limitando ao mero elogio circunstancial, mas concedendo-lhe os meios necessários à sua missão. E que o momento nos…

View original post mais 48 palavras

MADUREZAS | José Teófilo Duarte in “BlogOperatório”

O homem foi apresentado como coisa nunca vista. Um professor de primeira linha com créditos internacionais. Até houve quem o achasse mal empregado num governo tão manhoso. Desconfio sempre de super-homens. Prefiro pessoas normais. Com formação eficaz, é claro, mas sem o síndroma da salvação e espírito de sacrificada missão pela Pátria. E não me tenho dado mal com esses cuidados. O professor Maduro tomou o lugar do desfalecido animicamente Relvas e daí para cá não pára. Vai a todo o lado, diz a tudo que sim, que conhece, que resolve, e agora resolveu comunicar como se não houvesse amanhã. Como se o problema do governo fosse o mal diagnosticado por um outro professor, o inefável Marcelo – tudo se resume a problemas de comunicação -. e não às políticas restritivas e ameaçadoras dos cidadãos praticadas por estes políticos de pacotilha. O azougado ministro fala pelos cotovelos. Anda ansioso. Quer sempre falar mais. Tornou-se um fala-barato anunciador de inexistências. Já deve ter percebido que o governo está prestes a cair. De maduro.

http://www.blogoperatorio.blogspot.pt/ … (FONTE)

Mário Soares: somos uma pseudodemocracia

SINFONIAESOL

soaresO antigo Presidente da República Mário Soares considera que a “democracia está em baixa”, porque as pessoas tem “muito medo”, mas, adverte, o desespero é tal que aqueles que têm fome podem zangar-se.

Em entrevista ao jornal “Público”, o histórico socialista afirma que os portugueses não reagem com veemência às dificuldades que estão a atravessar porque “há muito medo na sociedade portuguesa”.

“É por isso que a democracia está em baixa, porque não havia medo e hoje há muito medo. As pessoas têm de pensar duas vezes quando têm filhos. Mas é uma coisa que pode levar a atos de violência”, adverte. Mário Soares ressalva que é uma situação que não quer que suceda. No entanto, “pode acontecer, porque o desespero é tal que
aqueles que têm fome podem zangar-se”.

Fazendo um paralelismo sobre a reação dos portugueses às dificuldades que atravessam e o que se passa no Brasil, afirma…

View original post mais 386 palavras

Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Príncipe Perfeito

Existem homens que são maiores do que o seu tempo e por isso lhes foi reservado a eternidade. Permanecem, lá onde os podemos rever: na sua obra, na sua integridade e no seu exemplo de vida. “…não existe a ausência nem a distância. Nem saudade. Existe vida.” Estão vivos na nossa memória e na forma como entendemos o mundo, a história, a ciência e a arte. Na humanidade acontecem homens assim, mas são raros.

Esta não é uma biografia escrita de uma forma convencional, um conjunto de eventos enumerados por ordem cronológica ou alinhados pela sua relevância. Um objecto de estudo. Esta é uma biografia escrita por quem arrisca, quem arrisca tudo e muito, sem perder a noção do lado simples da vida: “Eu percebo-o. Não porque tenha o mesmo pensamento, mas porque o percebo. Apenas.”

Não existem obras definitivas. Esta biografía escrita por Cristina Carvalho, como é característico da autora, vai para além do cânon imposto a este género literário. Funde, numa dimensão única, a ficção com a memória, o sonho com a vida e celebra a profunda admiração e o amor por esse homem ímpar que também aconteceu ser seu pai.

(ler mais no Acrítico)

Um rapaz a arder na Casa da Cultura de Setúbal

conversa-Pitta

“Um rapaz a arder” de Eduardo Pitta, vai ser o tema das conversas Muito Cá de Casa a decorrerem esta sexta, dia 28, pelas 22:00 na Casa da Cultura de Setúbal.

Eduardo Pitta, poeta, romancista, crítico literário e ensaísta vai apresentar o seu último livro. As memórias de um percurso de vida de 1975 a 2001 que acompanham os principais eventos do nosso tempo, balizados entre a independência de Moçambique e o 11 de Setembro de 2001. Tudo sem saudosismo e com a elegância de um relato depurado, o essencial de um olhar estranho ao Meio.

O ator José Nobre participa com a leitura de excertos de “Um rapaz a arder” e de alguns poemas do autor. António Ganhão, do site PNet Literatura, colocará algumas perguntas e tentará moderar a conversa entre os presentes.

O Muito cá de Casa é uma iniciativa da DDLX e da Câmara Municipal de Setúbal – Divisão de Cultura, e conta com a colaboração de PNet Literatura, livraria Culsete e BlogOperatório.

Estas Tonne

Caixa Negra

O nome tem uma sonoridade estranha.
O homem chama-se Estas Tonne e é, supostamente, russo.
É um músico genial, um guitarrista inacreditável, um virtuoso.
Fechem os olhos, flutuem no som e será difícil acreditar que não se trata de um conjunto de guitarras, tocadas por muitas mãos, cada uma com muitos dedos. Mas não, é só ele e uma guitarra, só com duas mãos, só com dez dedos.
Toca na rua, não sei se por opção, se por ausência de opções.

Toca assim

20130618-005842.jpg

20130618-005852.jpg

20130618-005902.jpg

20130618-005911.jpg

View original post

Pentacórdio para Domingo, 23 de Junho

A Viagem dos Argonautas

por Rui Oliveira

 

olga-roriz-h1 

   Comecemos, de novo, com uma NOTÍCIA EM ATRASO, pois não referimos que no Grande Auditório da Culturgest, na Sexta (21) e no Sábado, 22 de Junho, às 21h30, Olga Roriz, coreógrafa e bailarina com 36 anos de carreira como intérprete (e nove solos criados) se propõe um desafio duplo. 250px-RETRATO_Olga_Roriz 

   Por um lado demonstrar a sua longevidade (única em Portugal) de conseguir “transmitir pelo próprio corpo o seu legado coreográfico e artístico, que persiste em construir, desenvolver e partilhar com o público numa presença gestual e interpretativa ímpar”.

   Por outro, revisitar uma obra maior como é “A Sagração da Primavera”, que poucos criadores mundiais se têm proposto coreografar, no momento em que se celebra o centenário da sua concepção por Nijinsky /Stravinsky.

   Assistir-se-á pois à direcção e interpretação por Olga Roriz, ao som…

View original post mais 1.560 palavras

O Suplente, de Rui Zink

995672_563230987054095_986964861_n

 

É um romance sobre a dor maior que é a perda de um filho e a acção que isso exerce nos que ficam. Um livro sobre pessoas e o grau de humanidade que nelas habita. Ou não.

Rui Zink e António Jorge Gonçalves, o autor do romance e o autor das ilustrações de O SUPLENTE, falam do trabalho conjunto e do que há de novo nesta edição que saltou agora para o terreno de jogo. Falarão de muitas coisas MENOS de futebol. O SUPLENTE não é sobre futebol. É outra coisa, que não esbanja meios e devia provocar manifestações. É escrita a sério. À Rui Zink.

 (texto retirado do convite da editora)

Açores conquistam o QualityCoast Awards 2013 para o melhor exemplo de turismo sustentável da Europa

Os Açores acabam de ser reeleitos como melhor destino turístico “verde” da Europa no âmbito dos QualityCoast Awards 2013. À semelhança do ano passado, quando ganhou a medalha de ouro, o arquipélago volta a estar em destaque e não é o único local português na lista onde há também prémios para diversos municípios costeiros nacionais.

Os resultados do QualityCoast, o maior programa de certificação independente de destinos turísticos sustentáveis, foram dados a conhecer esta segunda-feira, data em que se assinalou o Dia Europeu do Mar, em Malta, sendo atribuídos pela European Coastal & Marine Union (EUCC).

O arquipélago açoriano renovou o título de melhor destino “verde” e, este ano, a medalha de ouro QualityCoast foi entregue à cidade de Baiona, na Galiza, e à região de Pafos, no Chipre, distinguidas pelas suas práticas de turismo sustentável.

No pódio houve também espaço para Portugal: a vila de Cascais garantiu uma medalha…

View original post mais 350 palavras

Russia: U.S. Global Missile Plans Render Nuclear Reduction Offer Void

For peace, against war: literary selections

Russian Information Agency Novosti
June 19, 2013

Russia Skeptical Over Obama’s New Nuclear Reduction Proposal

====

“How can we take seriously this idea about cuts in strategic nuclear potential while the United States is developing its capabilities to intercept Russia’s nuclear potential?”

====

imagesCARSYPUH
Standard Missile-3 launch

MOSCOW: Russian officials on Wednesday expressed doubts over new nuclear arms reductions proposed by US President Barack Obama in light of US global missile defense plans and attempts by other counties to boost their nuclear arsenals.

Obama said in a speech in Berlin earlier Wednesday that he would negotiate to cut another one-third of US and Russian nuclear arsenals and seek “bold reductions in US and Russian tactical weapons in Europe.”

Shortly before Obama’s speech, Yury Ushakov, senior foreign policy adviser to Russian President Vladimir Putin, said the Kremlin had been informed in general about the new US proposal but reiterated Russia’s position that…

View original post mais 215 palavras

De noite…navegamos… | um poema belíssimo de Sónia Sá

O teu desejo
desperta-me de noite.
O mar do teu corpo
enche-me a maré do sonho.

Afastas-me o sono
na onda da tua língua,
nos sussurros das tuas palavras.

Acordas-me pouco a pouco,
no teu cheiro de maresia
que me embriaga
no balanço do teu oceano.

Iças as velas,
consultas a bússula,
traças rota
e rumamos para águas desconhecidas.

Agarras-me no meu desequilibrio,
transpomos fronteiras insanas,
navegando na imensidão do querer.

Sónia Sá

 

Sonia

Lisboa eleita a quarta cidade mais bela do mundo

Lisboa foi considerada a quarta cidade mais bonita do mundo. A capital portuguesa está no top 10 das cidades mais belas do planeta, elaborado pelo site de viagens “Urban City Guides”.

A liderar a tabela está Veneza, seguindo-se Paris e Praga. Lisboa surge no quarto posto, sendo destacada como uma das cidades mais cénicas do mundo, com os seus miradouros, colinas e ruas pitorescas. Uma cidade de “uma beleza sem esforço com detalhes cativantes”, define o site.

O Rio de Janeiro aparece em quinto lugar, seguido de Amesterdão, Florença e Roma. Os nono e décimo postos são ocupados por Budapeste e Bruges, respectivamente.

No mesmo site, Portugal também aparece no top dos 10 países mais bonitos, conquistando o sexto lugar, atrás da Itália, que lidera a lista, da Espanha, da Austrália e da Grécia. Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Alemanha completam os restantes cinco lugares do top.

2 Alfama, Lisboa

Que Importa a Fúria do Mar | Ana Margarida Carvalho

teoNuma madrugada de 1934, um maço de cartas é lançado de um comboio em andamento por um homem que deixou uma história de amor interrompida e leva uma estilha cravada no coração. Na carruagem, além de Joaquim, viajam os revoltosos do golpe da Marinha Grande, feitos prisioneiros pela Polícia de Salazar, que cumprem a primeira etapa de uma viagem com destino a Cabo Verde, onde inaugurarão o campo de concentração do Tarrafal.

Dessas cartas e da mulher a quem se dirigiam ouvirá falar muitos anos mais tarde Eugénia, a jornalista encarregada de entrevistar um dos últimos sobreviventes desse inferno africano e cuja vida, depois do primeiro encontro com Joaquim, nunca mais será a mesma. Separados pelo tempo, pelo espaço, pelos continentes, pela malária e pelo arame farpado, os destinos de Joaquim e Eugénia tocar-se-ão, apesar de tudo, no pêlo de um gato sem nome que ambos afagam e na estranha cumplicidade com que partilham memórias insólitas, infâncias sombrias e amores decididamente impossíveis.

Que Importa a Fúria do Mar é um romance de estreia com uma maturidade literária invulgar que coloca, frente a frente, duas gerações de um Portugal onde, às vezes, parece que pouco mudou. Brilhante no desenho dos protagonistas e recorrendo a um estilo tão depressa lírico como despojado, a obra foi finalista do Prémio LeYa em 2012.

A greve | José Pacheco Pereira in “Público” 15 junho 2013

kjhhNão é pela “defesa da escola pública”, nem por qualquer objectivo assim definido programaticamente, que a greve pode ter sucesso, em particular face à ofensiva governamental que conta com muito mais apoio na comunicação social do que se pensa. É pela condição do trabalho, pelo emprego, que, no actual contexto, são muito menos egoístas do que podem parecer. (José Pacheco Pereira)

—————————

O que está em causa para o Governo na greve dos professores é mostrar ao conjunto dos funcionários públicos, e por extensão a todos os portugueses que ainda têm trabalho, que não vale a pena resistir às medidas de corte de salários, aumentos de horários e despedimentos colectivos, sem direitos nem justificações, a aplicar a esses trabalhadores. É um conflito de poder, que nada tem a ver com a preocupação pelos alunos ou as suas famílias.

Há mesmo em curso uma tentação de cópia do thatcherismo, à portuguesa, numa altura em que uma parte do Governo pende para uma espécie de gotterdammerung revanchista e vingativo, de que as medidas ilegais como a recusa do pagamento do subsídio de férias pela lei em vigor são um exemplo. Não é porque não tenha dinheiro, é porque quer mostrar que é o Governo que decide as regras do jogo e não os tribunais e as leis. Qualquer consideração pelas pessoas envolvidas, não conta.

O Governo sabe que a sua legitimidade é contestada sem hesitações por muita gente, e pretende ultrapassar com um exercício de autoridade essa enorme fragilidade. Por isso, a greve dos professores é muito mais relevante do que o seu significado como conflito profissional, e é também por isso que o Governo, aproveitando o deslaçamento que tem acentuado na sociedade com o seu discurso de divisão, usa pais e alunos para a combater. Não é líquido que não possa ter resultados, até porque os sindicatos não têm conseguido ter um discurso límpido e claro, e os professores que se mobilizaram quase a 100% contra Maria de Lurdes Rodrigues, por causa da avaliação, estão hoje muito mais encostados à parede e enfraquecidos.

O medo dos despedimentos é muito perturbador no actual contexto de crise social, em que quem perde o trabalho nunca mais o vai recuperar. Por isso, a greve dos professores, como a greve dos funcionários públicos, é pelo emprego, em primeiro lugar, em segundo lugar e em último lugar. É também contra a imposição unilateral de condições de trabalho e horários no limite do aceitável. Mas o emprego é hoje o bem mais precioso e mais ameaçado. Aliás, o aumento do horário de trabalho é também uma medida para facilitar o desemprego.

Os sindicatos são um instrumento vital de resistência social em tempos como os de hoje, e é ridículo e masoquista ver alguns professores a “esnobarem” dos sindicatos quando mais precisam deles. No entanto, isto não pode fazer esconder que os sindicatos estão longe de estarem à altura do momento que o mundo laboral está a atravessar. É aliás aqui que os efeitos mais perniciosos da dependência partidária do movimento sindical português mais se manifesta, quer para a CGTP, quer para a UGT.

Num momento em que existe uma ofensiva em primeiro lugar contra os funcionários públicos e, depois, contra qualquer forma de resistência organizada dos trabalhadores, ou seja, também contra os sindicatos e os direitos laborais, substituir uma acção próxima dos mais atingidos por uma tentativa de lhe dar cobertura com slogans políticos é um erro que se paga caro.

Não adianta virem usar slogans, como seja a “defesa da escola pública”, apresentando-os como a principal razão de luta dos professores. Em casa em que não há pão, ninguém se mobiliza por abstracções, mobiliza-se pelo pão. É verdade que o Governo é contra a “escola pública”, mas o seu objectivo fundamental nestes dias é despedir funcionários públicos, incluindo os professores, para garantir os cortes permanentes da despesa pública a que se comprometeu, em grande parte porque, ao ter deprimido a economia no limite do aceitável, não tem outro modo de controlar o défice. Se o escolhe fazer nos mais fracos e dependentes da sua vontade, como sejam os funcionários públicos, é relevante, mas até por isso é a balança de poder que está em causa nas próximas greves.

A utilização de uma linguagem estereotipada pode ser muito confortável do ponto de vista ideológico, mas funciona como entrave quer à mobilização profissional, quer à mais que necessária mobilização da sociedade. Não é pela “defesa da escola pública”, nem por qualquer objectivo assim definido programaticamente, que a greve pode ter sucesso, em particular face à ofensiva governamental que conta com muito mais apoio na comunicação social do que se pensa. É pela condição do trabalho, pelo emprego, que, no actual contexto, são muito menos egoístas do que podem parecer. É, aliás, também nesse terreno que os funcionários públicos e os professores podem e devem “falar” com todos os outros trabalhadores do sector privado, porque aí os seus objectivos são comuns.

O que parece que os sindicatos têm vergonha de enunciar é o seu papel de defesa de um grupo profissional, como se os objectivos laborais não fossem objectivos nobres de per si, ainda mais na actual tentativa de criar uma sociedade “empreendedora”, assente na força de poucos contra o valor e a dignidade do trabalho de muitos. A incapacidade que tem a esquerda de enunciar objectivos firmes no âmbito destes valores, substituindo-os por uma retórica abstracta, acaba por resultar numa falsa politização que se torna num instrumento espelhar do mesmo discurso de divisão que o Governo faz. Ainda estou à espera que alguém me explique por que razão não se diz preto no branco, sem bullshit, que a greve é justificada pela simples motivo que nenhum grupo profissional numa sociedade democrática, seja empregado de uma empresa, ou do Estado, pode aceitar que se lhe torne o despedimento trivial, por decisões que são de proximidade (os chefes imediatos), e que não têm que ser justificadas a não ser por uma retórica vaga de “reestruturação”, um outro nome para cortes cegos e pela linha da fraqueza dos “cortados”.

E também não se diz, sem bullshit, que não é fácil manter a calma e a civilidade quando se tem que defrontar do lado das negociações pessoas que mentem quanto for preciso, e que estão apenas a ver se meia dúzia de mentiras ou ambiguidades servem para passar a tempestade e voltar à acalmia que precisam para fazerem tudo aquilo que hoje dizem que não vão fazer. Os mesmos que, nos últimos dois anos, tudo prometeram e nada cumpriram e que ainda há poucos meses juravam em público que nada disto iria acontecer. Ou seja, gente não fiável, de quem se pode esperar tudo e cujo discurso nas suas ambiguidades deliberadas está a ser feito para que tudo seja possível. Em Agosto ou em Setembro, passada a vaga de conflitualidade social, vão ver como milhares de pessoas vão para a “requalificação”, como o aumento dos horários de trabalho vai servir para tornar excedentária muita gente e como, sejam professores ou contínuos, todos vão estar no mesmo barco do olho da rua.

 

Eu continuo a achar que a decência mobiliza muito mais do que a “escola pública” e que tem a enorme vantagem de toda a gente perceber quase de imediato o que é. E tem ainda a vantagem de ser fácil explicar, e de ser fácil de compreender por toda a gente, que é indecente o que se está a fazer aos funcionários públicos e aos professores. E assim socializar o mesmo tipo de revolta que muitos dos actuais alvos do Governo sentem, porque ela não é diferente da que tem muitos milhões de portugueses. Digo bem, milhões. Não é coisa de somenos.

NOTA: à data em que escrevo, não sei ainda quais vão ser os resultados dos encontros entre o ministério e os professores, mas, sejam quais forem, o contexto é este. No actual momento da sociedade portuguesa, ou se ganha ou se perde. Não há meio termo.

José Pacheco Pereira

– See more at: http://www.leituras.eu/?p=6789#sthash.Jz7hshAm.dpuf

Homicídio na Câmara Municipal | Sandra Neves

Sai a 24 de Junho!

Cascais, Porto e Lisboa são os cenários desta ficção policial contada de modo escorreito, sem ambiguidade. Autarquias, autarcas, firmas de construção e empresários, offshores, políticos, grandes escritórios de advogados, figuras execráveis, comportamentos agoniantes, ambições rasteiras, avidez torpe, violência sexual, sexo comprado, a podridão e a corrupção sufocantes que levam as sociedades ao vazio e os Estados à dissolução. Mas o livro tem também o contrário edificante, dissonante, frágil e cercado nesse pântano.

Qualquer semelhança com alguma situação real é absolutamente improvável e, a verificar-se, seria, claro, uma incrível coincidência.

Sandra Neves

Showcase dos Norton’s Project – Semana da Música ECI

NP

Na abertura da Semana da Música do El Corte Inglés, Os Norton’s Project brindaram-nos com a maturidade musical dos seus temas. A actuação percorreu os principais temas da banda, tendo o saxofone, na ausência da guitarra eléctrica, chamado a si o papel de segunda voz.

Canções com letras escritas em inglês que nos falam da vida, sem nunca esquecer o seu lado romântico. Aqui o atalho para um excerto do vídeo da actuação da banda no ECI, a balada My Kind of Woman.

Aqui o atalho para escutar mais temas desta banda.

Ousar cultura…

O diretor artístico da Casa da Criatividade de São João da Madeira, Fernando Pinho, está preparado para mostrar que a cultura é sustentável através de um modelo de gestão em que partilhará lucros e assumirá prejuízos.

Para trás deixou uma vida de programador cultural em Londres, onde estudou no Guildhall School of Music and Drama e onde colabora com a Royal Opera House, o Royal Albert Hall e o London Transport Museum.

A câmara de São João da Madeira estipulou um teto para o valor a suportar em caso de prejuízo. Este gestor/programador cultural tem parte do seu salário indexado aos lucros da Casa da Criatividade.

Para se inovar é preciso ousar e para se ousar é preciso cultura.

(ler mais Público)

Cópias certificadas

À pala de Walsh

Estranha sensação, essa de reencontrarmos pessoas que amámos anos mais tarde, depois do vazio que vem do desencontro e da separação no tempo. Numa entrevista, por altura de L’amour à vingt ans (1962), um jornalista pergunta a Jean-Pierre Léaud se este se acha parecido com François Truffaut, o seu tutor na vida e no cinema, por reencarnar, no ecrã, aquela que teria sido a vida do realizador. “Somos parecidos com as pessoas que amamos”, respondeu.

Before Midnight (Antes da Meia-Noite, 2013) não é um grande filme, é uma continuação possível, na ficção, daquele que foi um encontro com pessoas que amamos. E amamos o seu encontro original porque era aquele que se mostrava puro, único no tempo e irrepetível. Tanto que os nossos reencontros com o par se vão aproximando cada vez mais de uma amostra de “vida real”, algo que deixa sempre a desejar para quem vê ou até…

View original post mais 534 palavras

Deste lado do mar vermelho by Sónia Cravo

imagesNa terra do Além-Cá não existem egípcios. Este é um livro sobre o medo. O medo da loucura, da normalidade, do segredo, o medo do medo. Neste livro existe um cão que se chama Pide e é espancado. Este livro não é sobre o medo, é sobre a possibilidade de renascermos.

Neste lado do mar vermelho apenas conhecíamos um rio. Eram verdes as suas margens.

Comecei a ler este livro da Sónia Cravo. Não sei se tomei fôlego logo no início, se me acometi de uma urgência, só sei que parei na última letra.

António Ganhão

Aliaa Elmahdy, en torse à Allah

PORTRAIT A l’heure du procès des Femen à Tunis, rencontre avec la jeune Egyptienne, féministe et athée, qui a posé nue sur son blog.

Par QUENTIN GIRARD
Aliaa

(Aliaa Elmahdy, le 6 juin 2012, à Paris. Photo Guillaume Herbaut Institute.)

Elle est nue. Elle porte seulement des bas noirs à pois un peu grossiers, des ballerines et un chouchou. Hormis des petites pointes de rouge, la photo est en noir et blanc, pas très belle, mais là n’est pas l’enjeu. Aliaa Elmahdy ne sourit pas, elle regarde l’objectif, sérieuse. Fin octobre 2011, la jeune Egyptienne poste cette image sur son blog. La place Tahrir est toujours en ébullition. Elle se présente comme étudiante en communication, «athée», «individualiste», et explique qu’elle se bat«contre une société de violence, de racisme, de sexisme, de harcèlement sexuel et d’hypocrisie». Sur Twitter, elle affirme qu’il n’y aura pas de révolution politique sans changement radical des mentalités.

Très vite, cette photo est reprise sur les réseaux sociaux. Une montagne de critiques s’abat sur la jeune féministe dans tout le monde arabe. Aliaa Elmahdy doit se cacher, avant d’être invitée à une conférence en mars 2012 en Suède et d’y rester, par sécurité. Elle a à peine 20 ans.

Un an et demi plus tard, nous la rencontrons à Paris, au Lavoir moderne, dans le XVIIIe arrondissement. Ce lieu abrite depuis quelques mois le camp de base des Femen. Le mouvement d’origine ukrainienne l’a contactée, l’Egyptienne a été séduite, les a rejointes. En décembre, à Stockholm, dans la neige, elles ont manifesté complètement nues pour protester contre la nouvelle constitution égyptienne. «La charia n’est pas une constitution», a-t-elle écrit sur son corps.

A Paris, elle est venue apporter son soutien à Amina et aux activistes européennes incarcérées à Tunis, dont le procès reprend ce mercredi. Avec neuf autres militantes, elle a parodié une prière devant l’ambassade de Tunisie, s’allongeant sur un tapis de revendications, proclamant «Amina Akhbar». Le slogan «There will be million of us»était peint sur son torse, «Nous serons des millions».

Quelques heures après, la blogueuse égyptienne s’est changée, s’est recoiffée et a mis du rouge à lèvres pour la photo. Si son corps est devenu un symbole, sa parole reste mystérieuse. Aliaa s’exprime rarement. Elle n’aime pas les journalistes. «A chaque fois, mes propos sont modifiés. On me fait dire ce que je n’ai pas dit», regrette la jeune femme. Elle baisse les yeux, cela l’énerve. Encore aujourd’hui, elle ne voulait pas répondre. Elle ne l’a fait qu’à la demande d’Inna Shevchenko, la leader des Femen. Leurs deux personnalités semblent opposées. Là où l’activiste ukrainienne est une experte médiatique, volubile et charismatique, Aliaa est timide, bute parfois sur les mots en anglais, donne l’impression de refuser une célébrité qui lui est tombée dessus. Et pourtant, estime Inna : «Nous avons dû toutes les deux quitter notre pays pour nos idées. Nous nous sommes immédiatement comprises, c’est devenu un membre de la famille.»

Aliaa se méfie, pèse chacun de ses mots. Du coup, cela se termine souvent par une phrase lapidaire : «Je veux pouvoir faire autre chose que de répondre aux journalistes.» On lui dit que cette timidité dans le verbe surprend alors qu’elle est capable de manifester, nue, dans la rue, devant une nuée de photographes. La blogueuse hésite : «Je ne sais pas, il existe peut-être en moi les deux opposés

De sa jeunesse à Héliopolis, quartier plutôt chic du grand Caire, cette fille unique ne garde que de mauvais souvenirs. «J’ai eu une enfance très difficile, se souvient-elle. Mon père, ingénieur, officier à la retraite, me battait pour un oui ou pour un non.» Sa mère est comptable. Elle ne leur parle plus. Son esprit critique, elle l’explique simplement :«Adolescente, j’ai commencé à réfléchir. Les hommes n’aiment pas les femmes, on a l’impression que c’est un crime d’en être une. Mon corps m’appartient, et ils ne le comprennent pas.» Elle ne sait pas encore si la révolution en Egypte changera les mentalités, n’en est pas certaine. Ce n’est pas qu’une question de personnes au pouvoir, mais une manière profonde de vivre ensemble en société. «Les gens ont pris l’habitude de s’oppresser mutuellement, parfois ce sont des femmes contre d’autres femmes. Elles peuvent être très sexistes», regrette Aliaa.

Les agressions régulières, place Tahrir et ailleurs, ne la surprennent pas.«Le viol n’est pas une question de désir sexuel, il est utilisé par les hommes pour maintenir leur pouvoir. Comme le port du voile, ce sont des outils de domination», analyse-t-elle. Lorsqu’elle publie ses photos, les gens l’insultent sur son blog et dans la rue, la menacent de mort. Elle est obligée de changer régulièrement d’appartement puis se terre chez un ami, à Alexandrie. Elle devient l’ennemi des salafistes. Mais, aussi, de certains féministes et révolutionnaires, qui jugent que son action est trop radicale et pas assez argumentée, qu’elle est contre-productive, que l’Egypte n’est pas prête, que c’est une manière occidentale de protester. Ce discours résonne avec les attaques contre Amina, lâchée elle aussi par la société civile. Le même schéma se reproduit : quand des femmes réclament le droit d’utiliser leurs corps comme bon leur semble, on dit d’elles qu’elles sont instrumentalisées, psychologiquement fragiles, trop jeunes pour réfléchir.

Les rares soutiens sont venus de quelques proches et de l’étranger. Son ancien compagnon, Kareem Amer, militant libertaire connu, l’a défendue. «Elle fait ce qu’elle veut. Elle utilise la photo pour délivrer un message aux salafistes et aux Egyptiens : “Mon corps n’est pas honteux”», nous avait-il expliqué à l’époque, fièrement.

A Londres, la militante féministe iranienne Maryam Namazie a publié en ligne un calendrier de nus pour la soutenir. «Amina et Aliaa représentent un nouveau mouvement de la libération de la femme, et, dans ce combat face au voile et à l’islam, la nudité représente un enjeu important», s’enthousiasme-t-elle.

Dans les prochains mois, Aliaa Elmahdy ne sait pas trop ce qu’elle va faire, à part continuer de protester. Elle habite dans un petit village près de Göteborg, dans un foyer pour réfugiés politiques. Elle reçoit une bourse du gouvernement pour se mettre à niveau en suédois. «Si je réussis les tests, je voudrais reprendre mes études, entrer dans une école de cinéma pour faire des films où je défendrais mes idées, les droits des femmes et la liberté de chacun de faire ce qu’il veut.» Elle n’oublie pas l’Egypte, même si elle sait qu’elle n’est pas prête d’y revenir : «J’ai gardé des contacts là-bas, je voudrais participer à l’ouverture d’une maison d’accueil pour femmes en danger.»

Elle sourit, un peu. Elle s’enfonce dans son fauteuil. Des gens passent pour une répétition, d’autres se réunissent pour une réunion. Ici, personne ne la remarque. Elle ne «regrette pas». Révolution ou non, elle «aurait posté les photos». Après, et bien, après, on verra. Si la liberté le veut.

En 6 dates

Novembre 1991 Naissance. Octobre 2011 Poste des photos d’elle nue sur son blog. Mars 2012 Fuit en Suède. Décembre 2012Première action avec les Femen. Juin 2013 Manifeste à Paris en soutien à Amina. Aujourd’hui Au tribunal de Tunis, audience des Femen européennes venues protester contre l’incarcération d’Amina.

http://www.liberation.fr/monde/2013/06/11/aliaa-elmahdy-en-torse-a-allah_910074 … (FONTE)

Monsanto, meio-século de escândalos sanitários

paisagens contemporâneas

Um super-artigo do Le Monde (16-02-2012)

Por Soren Seelow

En octobre, le groupe avait annoncé un bénéfice en hausse de 27 % sur l'ensemble de l'exercice 2012.

La condamnation, lundi 13 février, du géant américain de l’agroalimentaire Monsanto, poursuivi par un petit agriculteur charentais intoxiqué par un herbicide, est une première en France. A l’échelle de l’histoire de la multinationale, centenaire, cette condamnation ne constitue qu’une péripétie judiciaire de plus dans un casier déjà très chargé.

PCB, agent orange, dioxine, OGM, aspartame, hormones de croissance, herbicides (Lasso et Roundup)… nombre de produits qui ont fait la fortune de Monsanto ont été entachés de scandales sanitaires et de procès conduisant parfois à leur interdiction. Mais rien n’a jusqu’ici freiné l’irrésistible ascension de cet ancien géant de la chimie reconverti dans la biogénétique et passé maître dans l’art du lobbying. Portrait d’une multinationale multirécidiviste.

  • Un géant de la chimie… explosif

Depuis sa création en 1901 à Saint-Louis, le petit producteur de saccharine devenu un des principaux semenciers de…

View original post mais 1.864 palavras

Num Café

cafe-1
Sento num Café. Sozinho. Preciso pensar. Peço um com-leite. A garçonete é competente. Rápido me traz o que pedi. Divago. A vida está quieta. Um anúncio esotérico sem telefone de contato. Um jornal velho sem data de impressão.
Algum tempo se passa sem que eu toque no café. Ouço os burburinhos. Há um casal à minha direita. Também não toca no café. Ele gesticula tímido, agasalha a mão dela, dizendo palavras que não posso decifrar. Tem o olhar angustiado. Ela está triste; sombria. Nota-se que ele deseja esperançá-la com novos argumentos. Ela se incomoda; meneia a cabeça; se irrita. Crê que não a entende; que não a escuta. Ele a vê. Sabe que é inútil prosseguir. É agora uma boca sem rosto no meio de um Café.
Olha para ela: o olhar em funda agonia. De repente deixa que seus lábios coroem a sua mão. Infinitamente. A ternura lhe invade o olhar. Vê-se que a ama. Diz: “Tudo ficará bem”. Ela então o olha pela primeira vez. Dá em paga da ternura outra ternura. Depois, dorme o rosto em sua mão. Não há mais nada a dizer. Mais nada a pedir. Só o meu café permanece intacto.

Norton’s Project na semana da música do Corte Inglés

Norton'sPorject

The Norton´s Project abre a semana da música no El Corte Inglês. Estão todos convidados para vir ouvir e ver The Norton´s Project ao vivo!!

Um Piano, um Saxofone, um Contrabaixo, uma bateria, um Violoncelo, uma guitarra eléctrica e uma voz! Assim são os The Norton´s Project.

Mais informação sobre este evento aqui

Um por cento da população detém 39% da riqueza mundial

Diálogos Políticos

O Brasil é o 14º país do mundo em número de famílias multimilionárias, que tem mais de US$ 100 milhões em riqueza privada, segundo estudo da Boston Consulting Group, divulgado na quinta-feira (30/05). Há 236  famílias no país nestas condições.

A maior quantidade de famílias com este montante de riqueza está nos Estados Unidos (3.016), seguido do Reino Unido (1.001) e da China (851).

A pesquisa leva em conta a riqueza privada das famílias, que inclui dinheiro, depósitos e investimentos, excluindo empresas, casas ou outros bens.

O número de famílias milionárias, com mais de US$ 1 milhão, alcançou 13,8 milhões em todo o mundo, representando 0,9% das famílias. O maior número, também entre as famílias milionárias, está nos Estados Unidos, onde há 5,9 milhões de famílias milionárias. Na sequencia ficam o Japão e a China.

Já em proporção de milionários em relação ao número de habitantes, o Qatar é o…

View original post mais 120 palavras

Pobres niños ricos: las claves de los colegios de elite, por Jaime Retamal

jaime retamal-colegios-eliteUna a una se concatenaban las críticas del cura Berríos. No se apilaban como frases dichas al azar que le venían a sus respuestas como vienen las ocurrencias

de un no se qué lugar mental. Tampoco se trataba de ideas sueltas, lanzadas, ‘disparadas’ a la bandada como dijo el obispo de San Bernardo (qué peor metáfora pudo elegir ese vicario Opus Dei), menos como parte de un juego metodológico de pensar a viva voz como quien piensa en medio de una lluvia de ideas. No. No se trató de eso. Se trató de una genuina reflexión crítica, de ideas tejidas al hilo de la experiencia en el barro, en la población, en la calle, concatenadas en el duro hierro de las cadenas con las que la pobreza amarra día a día a miles de familias chilenas.

Las críticas del cura Berríos son, en efecto, fruto de un largo pensamiento y una profunda meditación respecto al destino actual de nuestra sociedad. Y fue una crítica de clases para las clases, en particular para las élites. Tal vez eso pudo escandalizar, que se hablara de clases y se les apuntara con el dedo a las élites, que de un tiempo a esta parte, por su particular fundamentalismo religioso, están todas en ‘camino a la santidad’, sus hijos e hijas son todos unos ‘ángeles’, y en cada familia hay una o dos vocaciones a la vida religiosa que, endogámica, no hace sino reduplicar el círculo ‘virtuoso’ de la ‘santidad’.

¿De cuándo acá escandalizarse porque los jesuitas les hablan críticamente a las élites y al poder? ¿Qué no están para eso, para formarlos, educarlos y enseñarles a servir a la sociedad? El punto, ya histórico y sociológico, es que hace tiempo las élites eligieron para formarse, educarse y servir a la sociedad el mensaje cómodo, de bergere, que les ofrecen los Opus Dei y los Legionarios de Cristo; los de Schoenstatt y ahora los Sodalicios; un mensaje mucho más centrado en la lógica del individualismo rampante y consumista que crítica Berríos, que en la lógica del servicio y la justicia social que profetiza con su misión en el Congo, Ruanda o Burundi. Por eso causó tanto impacto, porque la fuerza del mensaje de un cura con overol contrasta y es mucho más evidente que el oro y la plata, que el crítico obispo chileno del Opus, posa en su cruz pectoral o en su anillo señorial.

Es así como se deben de leer las críticas que vienen de los obispos de Schoenstatt (Manuel Camilo Vial) o del Opus (Juan Ignacio González): primero, como las de quienes pretenden  fidelizar a sus huestes laicas y religiosas en su afán educativo-pedagógico; segundo, como la estrategia comunicacional de trivializar a quienes con su crítica pueden entronizar dudas o dividir el tan cómodo, rentable y lucrativo catolicismo de la élite chilena; y tercero, como una nueva defensa de la élite en su totalidad contra la calle, que con su racionalidad de equidad, igualdad y justicia social, corroe el ejercicio consumista de la clase alta, y deja al desnudo su particular ideología de clase dominante sobre lo social y lo político, es decir, sobre su ejercicio ‘caritativo’, ‘santo’ y ‘católico’, ese que va desde las donaciones ‘caritativas’ a las Universidades, hasta el ‘bien’ hecho, un viernes al mes, dando pan y porotos a —¿cómo les dicen?— ‘personas en situación de calle’, el rostro de Cristo en los más pobres.

Es lo que indignó a este verdadero “cura de la calle”, el cura Berríos: esa ‘pobre niña rica’ que había aprendido en su escuela y por su formación a quejarse, con tono existencial y hasta las lágrimas, por un Dios que permite la pobreza, mientras no reflexionaba —no era capaz de hacerlo— que ella y sus padres acumulaban, ‘acaparaban’, en sus refrigeradores el 90 % de la torta de las riquezas. La queja por ese modelo educativo y de formación de élites, es evidente.

El ‘pobre niño rico’ va a la escuela. Los que serán formados con el núcleo duro del mensaje ‘opusdeista’ y ‘legionarista’ van al Colegio Los Andes, al Colegio Cordillera, al Colegio Everest, al Colegio Tabancura, al Colegio Cumbres, al Colegio Highlands. Los otros ‘pobres niños ricos’ nacidos en familias más ‘liberales’ irán a otros ‘colegios que marcan’, denominación de origen dada por El Mercurio a todos esos colegios en los que la élite chilena inscribe a sus hijos: los Grange, los Saint George, los Santiago College, los Verbo Divino, los Colegio Alemán. En cada uno de ellos, para asegurar aún más el cierre social, pagarán cuotas de incorporación que sin ningún problema pueden superar los 3 millones de pesos; matrículas incluso por sobre los 300 mil pesos, y mensualidades también por sobre ese precio. Todo esto en nombre de la libertad de enseñanza, los derechos a una educación de calidad, y no sé que otra justificación espuria que oculta el verdadero sentido de estas verdaderas ‘madrazas talibanas’ del neoliberalismo de élite y del conservadurismo de élite chileno.

El ‘pobre niño rico’ más que valores, aprende virtudes, hábitos con los cuales ordenar su vida y que le aseguran —ahí está la cuestión— que la vida efectivamente tiene un orden, la ley natural, que debe cumplir en el nombre de Dios. Son virtudes que le permitirán hacer frente a este mundo que sólo le ofrece distracciones en su camino a la santidad, un mundo lleno de erotismo, condones y pastillas anticonceptivas, un mundo que consume violencia y odio contra la excelencia y el trabajo bien hecho, un mundo sin templanza ni disciplina, en el que los valores de la familia se han perdido.

En el Reglamento del Colegio Cordillera se afirma que la disciplina es “la virtud que facilita el dominio de sí mismo para ajustar la propia conducta a las exigencias del trabajo y de la convivencia de la vida escolar”. Y sigue: “en consecuencia, es posible decir que en un colegio normalmente ‘no existen problemas de disciplina’ sino que hay algunos alumnos con problemas…”. Sólo en apariencia y sólo una mirada ingenua lee aquí ‘autonomía’, pues lo que verdaderamente hay es que la mente y la conducta, la inteligencia y el comportamiento, se debe ‘ajustar’ a un dominio ya establecido, indiscutible y hasta eterno, un orden natural preestablecido que se aprende sin discutirlo, y que por si alguna razón un joven no se ‘adecua’ y ‘ordena’ a él será tratado individualmente para que lo entienda. Eso no es disciplina, es formación de hábitos, virtudes, habitus como gustaba decir Bourdieu.

Sin embargo, esos hábitos que aprende no son los únicos. Hay uno que es fundamental y fue al que apuntó el cura de la calle, el cura Berríos: el ‘pobre niño rico’ aprende desde la infancia a ‘no soltar la teta’. Fue en octubre del año 2005, cuando se produjo el escándalo, tanto como éste y del cual se habló ampliamente a propósito de una memorable entrevista de la periodista Claudia Álamo en La Tercera a Felipe Lamarca, quien dijo sin tapujos que “Chile no va a cambiar mientras la élites no suelten la teta. Y creo que va a ser muy difícil que las élites políticas y económicas se decidan a soltarla”. Las élites no sueltan y no soltarán la teta y eso lo aprende desde que es un ‘pobre niño rico’, es su principal habitus —¡qué descubrimiento!— no soltar la teta.

De todo esto hay evidencias, por cierto. La extraordinaria socióloga María Angélica Thumala publicó hace años (2007, Debate) una potente investigación en el libro “Riqueza y Piedad. El catolicismo de la élite económica chilena”, y hace muy poco (2013, UDP) viene de publicar “El error de Milton Friedman. Justificaciones religiosas y morales de la empresa en Chile”, capítulo aparecido en el libro “Adaptación. La empresa chilena después de Friedman”. La gran conclusión a la que podemos llegar leyendo ambas investigaciones es más o menos la misma ¿por qué la élite chilena se ‘opusdeizó’ y ‘legionarizó’? Dicho a lo Lamarca, porque le ‘tocaron la teta’, porque desde los 60 la Iglesia construyó un argumento que cuestionó, desde las condiciones estructurales de la pobreza en Chile, el habitus individualista y acaparador de las élites, siendo la Reforma Agraria el momento en el que su identidad católica se fracturó con el poder eclesiástico: “La Iglesia dejó de ser el refugio espiritual y moral conocido por la élite y se transformó en una entidad crítica, politizada y amenazante”; no obstante, es lo que queremos decir, en los 80 la élite chilena encuentra refugio a su identidad fracturada, pues “en esa década se consolidó la popularidad de movimientos religiosos como el Opus Dei y Los Legionarios de Cristo, que restablecieron la vitalidad de la relación con la Iglesia y legitimaron las opciones de vida cuestionadas durante los años 60”.

Y hoy se está produciendo en la élite empresarial chilena lo que Thumala llama ‘el error de Milton Fierdman’, pues mientras el economista pensaba que una empresa no debe contaminarse con justificaciones extraeconómicas, lo que encontramos en Chile es el caso de que son precisamente las justificaciones ético-religiosas conservadoras las que alimentan el éxito empresarial: “Según esta narrativa, la economía de libre mercado es la que mejor desarrolla los talentos individuales y la humanidad plena, pues la propiedad privada, la libertad para innovar y el trabajo por incentivos promueven la creatividad[…] en suma, el logro emerge no sólo como una motivación legítima, sino como una obligación moral”. El error del viejo Friedman consistió en no considerar la variable weberiana del ethos religioso como acicate del individualismo, la ganancia y el lucro empresarial, es decir, como motores del libre mercado y del crecimiento económico.

Una pequeña y última evidencia de dos trabajos. La extraordinaria tesis presentada en la Universidad de Chile por la socióloga Elisa Giesen Flaskamp titulada “Sobre la elite chilena y sus prácticas de cierre social”, y el capítulo escrito por el sociólogo Omar Aguilar Dinero “Educación y moral: el cierre social de la elite tradicional chilena”, publicado en el libro “Notables, tecnócratas y mandarines”. Elementos de sociología de las elites en Chile (2011, UDP). Usando más o menos la misma base empírica, ambos sociólogos indagan en la auto comprensión que la elite tiene de sí misma y advierten –no sin cierta ingenuidad optimista- la posibilidad de permear su cierre moral conservador tradicional individualista por la vía del compromiso social, pero Aguilar es también cauto –y un tanto cínico- al concluir su capítulo con una respuesta de un entrevistado de la elite: “La clase a la que yo pertenezco, la clase privilegiada tradicional, aristocrática[…], va a haber siempre esa clase y en todos los países[…] y es imposible ir contra ello, porque es parte de la naturaleza humana”. Cito lo de Aguilar pues es importante, debemos entender que las expresiones y el ejemplo del cura Berríos son amenazantes también por ello, porque el jesuitismo tiene mucho más para mostrar en términos de trabajo social, compromiso social y pies en el barro que el ‘opusdeismo’ o ‘legionarismo’ individualizante.

En fin. Un gran suspiro y que quede claro, se es ‘pobre niño rico’ hasta la muerte o ‘la teta no se suelta’ porque Dios no lo quiere, así lo aprenden en sus escuelas, así lo desarrollan en sus empresas. En ese escenario, ya debiésemos empezar a preguntarnos qué son esas escuelas y colegios de elite, para qué están y cómo hemos llegado a ello. Las tres preguntas que pido prestado a Hannah Arendt a propósito del totalitarismo.

JAIME RETAMAL

Facultad de Humanidades de la Usach

http://educacion.usach.cl

http://redprisma.org/latam/index.php/opinion-social/3890-pobres-ninos-ricos-las-claves-de-los-colegios-de-elite (FONTE)

“Necesitamos una gran crisis y las naciones aceptarán el Nuevo Orden Mundial” | David Rockefeller

david-rockefeller-nwo-crisis-mundialDavid Rockefeller en una cena con embajadores de la ONU: “Estamos al borde de una transformaciónglobal. Todo lo que necesitamos es una gran crisis y las naciones aceptarán el Nuevo Orden Mundial”.

El magno objetivo de estas sagas de banqueros internacionales lo enunció perfectamente uno de sus máximos exponentes, David Rockefeller: “De lo que se trata es de sustituir la autodeterminación nacional, que se ha practicado durante siglos en el pasado, por la soberanía de una elite de técnicos y de financieros mundiales”.

David Rockefeller fue el conspirador mundial por excelencia, el Rey de los cenáculos ocultos. A sus órdenes trabajaron los agentes secretos de la CIA, el MI6, el MOSSAD y especialmente la INTERPOL, que es obra suya.

Ningún medio de comunicación masivo se atrevería jamás a desvelar los planes secretos de Rockefeller y sus amigos. Siempre guardaron un sospechoso silencio en torno a las secretas actividades de las dinastías de banqueros norteamericanos: los Morgan, los Davison, los Harriman, los Khun Loeb, los Lazard, los Schiff o los Warburg y, por supuesto, los Rockefeller.

En 1991, en referencia al informe del Centro para el Desarrollo Mundial, David Rockefeller confesó: “estamos agradecidos con el Washington Post, el New York Times, la revista Time, y otras grandes publicaciones cuyos directores han acudido a nuestras reuniones y han respetado sus promesas de discresión (silencio) durante casi 40 años. Hubiera sido imposible para nosotros haber desarrollado nuestro plan para el mundo si hubieramos sido objeto de publicidad durante todos estos años”.

El excéntrico y supuestamente filantrópico David Rockefeller, que tiene ya casi un siglo de vida, es sin duda el personaje más trepidante y controvertido de esta casta de usureros a la que nos referimos. Muy pronto, cuando los diarios anuncien su fallecimiento, tendremos ocasión de conocer su insólita biografía. Descubriremos datos que nos apabullarán.

El fundador de la dinastía Rockefeller fue el abuelo de David, de nombre John Davison Rockefeller, descendiente de judíos alemanes llegados a EEUU en 1733. Junto con la saga de los Morgan y el grupo bancario Warburg-Lehman-Kuhn&Loeb, constituyó el triunvirato plutocrático del llamado Eastern Establishment. Su imperio económico se gestó durante los años de la Guerra de Secesión (1861-1865) que enfrentó a los terratenientes esclavistas del sur con los comerciantes e industriales del norte y que se saldó con 600.000 muertos.

Los grandes triunfadores de aquella guerra fueron cuatro familias oligárquicas, los Vanderbilt, los Carnegie, los Morgan y los Rockefeller, que se beneficiaron del conflicto como proveedores de bienes y servicios y acrecentaron su imperio económico después con la concentración monopolista que sucedió a la contienda, llegando a controlar en 1880 el 95% de la producción petrolera norteamericana. La fortuna de los Vanderbilt se diluyó con el tiempo, la de los Carnegie fue en parte succionada por los Morgan, y la de los Rockefeller se dispersó entre los muchos y mal avenidos descendientes del viejo John Davison, petrolero y banquero, fundador de la Standard Oil y del Chase National Bank, luego denominado Chase Manhattan Bank, cuya emblemática sede en Nueva York fue el primer edificio construido en Wall Street. El Chase se convirtió en un pilar central en el sistema financiero mundial, siendo el Banco principal de las Naciones Unidas, y llegó a tener 50.000 sucursales repartidas por todo el mundo. Los presidentes del Banco Mundial John J. McCloy, Eugene Black y George Woods trabajaron en el Chase anteriormente. Otro presidente, James D. Wolfensohn, también fue director de la Fundación Rockefeller.

David Rockefeller, el más famoso de la saga, es nieto del mítico John Davison Rockefeller e hijo de John D. Rockefeller junior, que se casó con la hija de Nelson Aldrich, líder de la mayoría republicana en el Senado y al que se le conoció como “gerente de la nación”. La madre de David era una enamorada de la pintura y por iniciativa suya se construyó el Museo de Arte Moderno (MOMA) de Nueva York, ubicado en la mansión en la que nació David y sus hermanos.

David, el menor de seis hermanos, todos ya fallecidos, tuvo también seis hijos y diez nietos que, junto a los hijos y nietos de sus hermanos, forman el actual clan Rockefeller.

David Rockefeller, banquero y petrolero como su padre y su abuelo, trabajó en los servicios secretos durante la II Guerra Mundial y abrió el camino para la creación de la ONU en 1945, cuya sede principal se encuentra en un terreno donado por él en Nueva York. Se codeó con los principales mandatarios del siglo XX. Dirigió los lobbys más poderosos del mundo, como el CFR, el Club de Bilderberg y la Comisión Trilateral.

Como buenos banqueros sin escrúpulos, los Rockefeller apoyaron y financiaron a los nazis alemanes. Incluso se permitieron reescribir la historia. La Fundación Rockefeller invirtió 139.000 dólares en 1946 para ofrecer una versión oficial de la II Guerra Mundial que ocultaba la realidad acerca del patrocinio de los banqueros internacionales con el régimen nazi, que también obtuvo los favores de su empresa más emblemática: la Standard Oil. Las iniciativas de esta Fundación, que también ha financiado grupos como los Hare Krishna o los rosacruces de AMORC, son a veces sorprendentes.

David es hermano del que fuera Senador, Gobernador de Nueva York y vicepresidente de EEUU (con Gerald Ford, tras la dimisión de Nixon) Nelson Rockefeller, que heredó de su abuelo materno la vocación política.

En 1962 Nelson declaró: “los temas de actualidad exigen a gritos un Nuevo Orden Mundial, porque el antiguo se derrumba, y un nuevo orden libre lucha por emerger a la luz… Antes de que podamos darnos cuenta, se habrán establecido las bases de la estructura federal para un mundo libre”.

David Rockefeller, al que el presidente Carter le ofreció dirigir la Reserva Federal (declinó a favor de su amigo Volcker), se rodeó de lugartenientes tan poderosos como Henry Kissinger, Zbigniew Brzezinski, Lord Carrington y Etienne Davignon, que también merecen ser citados aquí.

Abraham ben Elazar, más conocido como Henry Kissinger, es considerado como uno de los cerebros del Nuevo Orden Mundial. De origen judío-alemán, empezó como asesor de Nelson Rockefeller en los años 50, ostentó altas responsabilidades en la Administración en los años 60 y 70, con Kennedy, Jhonson, Nixon y Ford. Llegó a ser Vicepresidente de los Estados Unidos con Ford, secretario personal de Nixon, Jefe del Consejo Nacional de Seguridad y del Departamento de Estado, y Ministro de Asuntos Exteriores en repetidas ocasiones.

Colaboró estrechamente con David Rockefeller en el elitista Consejo de Relaciones Exteriores, del que fue presidente. Del CFR han salido desde entonces todos los presidentes de los Estados Unidos excepto Ronald Regan, cuyo equipo estuvo formado mayoritariamente por miembros del CFR. También pertenece a la Comisión Trilateral, el Club de Bilderberg y otras organizaciones de la órbita Rockefeller. Su compañía de consulting Kissinger Associates, tiene como clientes a Estados deudores y a multinacionales acreedoras.

El polaco Zbigniew Brzezinski, casado con una sobrina del que fuera Presidente de la República Checoslovaca Eduard Benes, fue reclutado por Rockefeller en 1971. Llegó a ser Consejero de Seguridad Nacional del gobierno de los Estados Unidos durante la Administración Carter, pero ya con anterioridad había sido nombrado director de la Comisión Trilateral, a la que él mismo definió como “el conjunto de potencias financieras e intelectuales mayor que el mundo haya conocido nunca”.

Afirma que: “la sociedad será dominada por una elite de personas libres de valores tradicionales que no dudarán en realizar sus objetivos mediante técnicas depuradas con las que influirán en el comportamiento del pueblo y controlarán con todo detalle a la sociedad, hasta el punto que llegará a ser posible ejercer una vigilancia casi permanente sobre cada uno de los ciudadanos del planeta”. En otro momento dijo: “esta elite buscará todos los medios para lograr sus fines políticos tales como las nuevas técnicas para influenciar el comportamiento de las masas, así como para lograr el control y la sumisión de la sociedad”. Ni siquiera George Orwell, autor de la terrorífica novela “1984”, lo hubiera expresado mejor.

En una entrevista publicada por el New York Times el 1 de agosto de 1976, Brzezinski afirmaba que “en nuestros días, el Estado-nación ha dejado de jugar su papel”. En cierta ocasión pronosticó “el ocaso de las ideologías y de las creencias religiosas tradicionales”.

Brzezinski es especialista en métodos de control social, sus ensayos publicados dibujan un horizonte orwelliano en el que el Gran Hermano vigila y controla permanentemente a cada individuo. Predijo la existencia de gigantes bases de datos donde se almacenan ingentes cantidades de información sobre cada ciudadano (como la que tienen los servicios de inteligencia españoles en El Escorial, Madrid), la instalación masiva de cámaras de vigilancia en las calles y edificios (que ya es un hecho en todas las ciudades del mundo), la generalización de satélites espía de increíble precisión (como los que usan las tropas de EEUU desde la Guerra del Golfo) y la puesta en funcionamiento de documentos de identidad electrónicos (como lo son los modernos pasaportes y carnés de identidad, que contienen un microchip con abundante información del propietario).

La fascinación de Brzezinski por la tecnología aplicada al control social encaja perfectamente con los planes de la elite plutocrática, que ya ha desarrollado nuevos y espeluznantes artilugios, como el microchip subcutáneo con localizador que pretenden hacer obligatorio para toda la población mundial y que sustituiría, unificándolos, a los actuales carnés de identidad, pasaportes, tarjetas de crédito, carnés de conducir, tarjetas de la Seguridad Social, etc., posibilitando la desaparición del dinero físico.

Otro invento terrible que ya nos tiene preparado la elite ha sido diseñado por la compañía estadounidense Nielsen Media Research en colaboración con el Centro de Investigación David Sarnoff (organismo controlado por el CFR y la Sociedad Pilgrims). Se trata de un dispositivo que, una vez instalado en el televisor, permite observar e identificar desde una estación de seguimiento a los espectadores sentados frente a la pequeña pantalla. Este dispositivo evoca “el ojo que todo lo ve”, el Horus egipcio que aparece en los billetes de dólar. El “ojo que todo lo ve” no es sólo un recurso literario en la novela de Orwell 1984. Ya existen millones de cámaras instaladas en carreteras, calles, empresas y locales públicos, y millones de webcam en hogares de todo el mundo. Sin contar con los modernos sistemas operativos del monopolio Microsoft, como el Windows Media, que rastrea sin cesar todos nuestros movimientos a través de la red y permite leer nuestros correos privados de Outlook, el estado de nuestras cuentas corrientes cuando accedemos a la web de nuestro Banco, las palabras clave que utilizamos en los buscadores como Google y el contenido de las páginas que visitamos en Internet.

Lord Carrington, cuyo verdadero nombre es Peter Rupert, fue ministro británico en sucesivos gobiernos, miembro destacado del RIIA (el equivalente al CFR en Gran Bretaña) y de la Sociedad Fabiana, Secretario general de la OTAN, directivo del Barclays Bank y del Hambros Bank y, a partir de 1989, presidente del siniestro Club de Bilderberg.

El cuarto lugarteniente Rockefeller y Secretario General del Club de Bilderberg es el vizconde Etienne Davignon. Su currículum lo dice todo: presidente y fundador de la European Round Table (Mesa Redonda de Industriales, lobby de las multinacionales europeas), ex vicepresidente de la Comisión Europea, miembro de la Trilateral y del Center for European Policy Studies, ministro belga de Exteriores, presidente de la Asociación para la Unión Monetaria en Europa, primer presidente de la Agencia Internacional de Energía, presidente de la Société Générale de Belgique, presidente de Airholding, vicepresidente de Suez-Tractebel, administrador de Kissinger Associates, Fortis, Accor, Fiat, BASF, Solvay, Gilead, Anglo-american Mining, entre otras corporaciones.

Extracto del libro GOBIERNO MUNDIAL, de Esteban Cabal.

La verdad nos hará libres

http://www.redprisma.org/latam/index.php/transgenicos/

3761-necesitamos-es-una-gran-crisis-y-las-naciones-aceptaran-el-nuevo-orden-mundial … (FONTE)

Encontro Internacional de Escritores PEN Clube Português | Comité de Escritores para a Paz do PEN Internacional | 27-28 de Junho 2013

Encontro Internacional de Escritores

PEN Clube Português – Comité de Escritores para a Paz do PEN Internacional – 27-28 de Junho 2013

International Writers’ Meeting/ PEN International Writers for Peace Committee – Portuguese PEN Centre

27-28 June 2013

Rencontre Internationale d’Écrivains

Comité des Écrivains pour la Paix du PEN International – Centre Portugais du PEN

27-28 Juin 2013

Lisboa, Encruzilhada do Diálogo e da Liberdade de Expressão

Lisbon, Crossroad of Dialogue and Freedom of Expression

Lisbonne, Carrefour du Dialogue et de la Liberté d’Expression

http://www.penclubeportugues.org/

Torre-de-Belem-005

http://www.penclubeportugues.org/

Ler um livro pode dar prisão em Portugal

paula simoes' blog

Se comprarem um ebook na LeYa e o converterem para o poderem ler no vosso iPad, estão a cometer uma infracção, punível por lei com até um ano de prisão.

Isto só acontece porque a nossa lei não funciona na prática.

Na próxima semana, o Parlamento vai discutir e votar dois projectos de lei que, se forem aprovados, irão permitir que vocês possam ler os livros que compram onde quiserem.

Estes projectos de lei não alteram direitos, apenas corrigem a redacção da lei.

Escrevam aos deputados e peçam-lhes para aprovarem estes projectos de lei.
Mais info aqui.

Lista de deputados aqui.

View original post

Mário Rita: do mito da criação

Making Art Happen

Encontra-se patente na Sala do Veado, em Lisboa, a exposição ‘Do mito da criação’ de Mário Rita, até ao próximo dia 30 de junho.

(…) Rita tem uma característica muito peculiar que é combinar o exagero com a moderação, o dramatismo com a tranquilidade, o movimento com a inércia, a extroversão com a introversão, a sociedade com solidão… (…). Em relação ao corpóreo e material – a técnica – trata-se de uma mistura magistral de desenho e cor, massa e forma, preenchimento de espaço e vácuo, gesto e não gesto, unidade e pluralidade de composição… (…) – Fernando Martin Galán

Mário Rita é natural de Silves. Fez o curso de artes gráficas na Escola de Artes Decorativas António Arroio. É licenciado em artes plásticas/ pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, de 1979 a 1983. A pintura de Mário Rita inscreve-se no…

View original post mais 59 palavras

MECANISMOS DE MANIPULAÇÃO QUE FUNCIONAM | José Pacheco Pereira in “Público”

jpp1. Escolher designações habilidosas para realidades negativas.
Passarei pela rama esta muito significativa manipulação, porque já falei dela várias vezes. A regra propagandística é que quem manda nas palavras, manda nas cabeças. Por isso, o confronto fez-se pelo doubletalk. O exemplo típico é passar a falar de “poupanças” em vez de “cortes”, e o mais ofensivo da decência é chamar “Plano de Requalificação da Administração Pública” a um plano de despedimentos, puro e simples, sem disfarces. O comunicado do Conselho de Estado reproduz também este tipo de linguagem orwelliana.
2. Ocultar o que corre mal no presente com anúncios futuros do que vai correr bem.
Um exemplo típico é a última declaração do ministro das Finanças, numa altura em que se conhecem mais uma vez maus resultados da execução orçamental. Bastou ele acenar com medidas de incentivo fiscal ao investimento, em abstracto positivas, no concreto, pouco eficazes, para servirem de mecanismo de ocultação das dificuldades de execução orçamental. E como o “gatilho” (o nosso ministro pensa em inglês) dessas medidas é apresentada com a coreografia verbal da novidade e a encenação do ministro “inimigo” ao lado, estão garantidos alguns editoriais e comentários positivos. Tivemos já, há umas semanas, algo de semelhante, com o plano de “fomento industrial”, aliás um remake de vários outros anúncios entretanto esquecidos.
O problema é que o Governo já percebeu que tem que utilizar uma linguagem de “viragem para o crescimento”, mas as medidas mais significativas em curso e com efeitos imediatos são cortes no rendimento das pessoas e famílias. Não deveria o real ser tido em conta, face ao virtual? Deveria se não fosse a cenoura da novidade.
3. Escolher metas do futuro manipulando o seu significado para obter resultados propagandísticos no presente.
O melhor exemplo é a história do “pós-troika” para que colaboraram recentemente Portas e o Presidente da República. Portas fez um tardio e pouco convincente arroubo nacionalista contra “eles”, os homens da troika, justificando a sua aceitação de medidas de austeridade gravosas com a necessidade de os ver pelas costas em 2014. O Presidente fez pior: usou o “pós-troika” para minimizar o caos governativo do presente em nome de uma inevitabilidade da mesma política para o futuro. Pretendeu alargar a base de sustentação do seu discurso no 25 de Abril, consciente, mesmo que não o diga, de que ele lhe tolheu a margem de manobra. Mas o Conselho de Estado teve os efeitos contrários ao que pretendia. O que ambos, Portas, o Presidente, somados a Gaspar-Passos o actual tandem governativo, pretendem é obter dois resultados inerentemente contraditórios: festejar a saída da troika como uma grande vitória governativa e depois garantir que tudo continua na mesma sem a troika.
4. Concentrar a atenção nas medidas que vão cair e fazer passar, por distracção, outras bem mais gravosas.
Um exemplo típico foi a intervenção de Paulo Portas sobre o “cisma grisalho”. Portas concentrou-se naquilo a que chamou “TSU dos reformados” – designação que ele próprio criou com a habilidade de autor de soundbytes para, com a embasbaquice normal da comunicação social, facilitar a concentração de atenção num nome -, deixando deliberadamente na obscuridade todo um outro conjunto de medidas contra os reformados e pensionistas, muito mais gravosos do que aquele que recusava. O resto é o habitual: toda a gente passou a falar apenas das peripécias da “TSU dos reformados”, e esqueceu as outras.
5. Deixar fluídos todos os anúncios de medidas, para criar habituação e poder recuar numas que geraram mais controvérsia e avançar noutras que ficaram distraídas.
Já fiz uma vez esta pergunta e repito-a: alguém sabe, do pacote dos 4 mil milhões, o que é que está decidido, o que é que está “aberto”, o que é uma “hipótese de trabalho”, o que é para discutir na concertação social, o que foi anunciado e deixado cair, que medidas são efectivamente para valer? Não se sabe, nem o Governo sabe. Sabe as que deseja, mas hesita em função das pressões da opinião pública, do medo do Tribunal Constitucional, do receio dos efeitos na UGT, nas suas clientelas.
Por isso temos navegação tão à vista que o navio parece estar encalhado. Não está, porque, nos interstícios, as medidas que são mais fáceis do ponto de vista administrativo, dependem de despachos, e não precisam ir à Assembleia ou ao Presidente, vão sendo tomadas. São todas do mesmo tipo: retiram direitos, salários, horários, condições de trabalho.
6. Fazer fugas de informação de medidas draconianas e violentas de austeridade, para depois vir-se gabar de que as evitou.
Um exemplo típico são as conferências de imprensa em que se valoriza determinadas medidas dizendo que elas permitem evitar outras muito piores, de que se fizeram fugas deliberadas. Joga-se com o medo, e com as expectativas negativas, para manipular as pessoas de que afinal, perdendo muito, sempre estão a ganhar alguma coisa. A comunicação social participa no jogo.
7. Manipular o efeito de novidade nos media para dar a entender que o Governo mudou.
O melhor exemplo é a utilização do novo ministro das relações públicas e marketing do Governo – no passado chamar-se-ia ministro da Propaganda -, Poiares Maduro, cujas intervenções se caracterizam até agora pela repetição vezes sem conta da palavra “consenso” e depois, nas questões cruciais, a repetir o mais estafado discurso governamental. Veja-se o que disse, contrariando todo o mais elementar bom senso e as evidências públicas, sobre não haverem divergências no Governo entre Portas e Passos, ou entre a ala do “crescimento” e a ala do “rigor orçamental”. Ou, numa manipulação da ignorância mediática, de que eventos como as duas declarações sucessivas de Passos e Portas são “normais” em governos de coligação. O único caso, vagamente comparável, é o do par Cameron-Clegg, mas este tipo de eventos não são normais em nenhuma circunstância. O que seria normal é que a seguir a uma declaração com a que Portas fez, ou este pedisse a demissão ou fosse demitido. Esqueci-me de dizer que eles no intervalo da propaganda, são todos “institucionalistas”.
8. Acentuar as expectativas negativas nas próximas eleições autárquicas, para obter ganhos de causa se os resultados não forem tão maus como isso.
As eleições autárquicas reflectem a situação política nacional, mas são das eleições mais afectadas pelo contexto local, ou pelas personalidades escolhidas. O PSD terá sem dúvida maus resultados eleitorais pela reacção contra o Governo, contra Passos e Gaspar e o ex-ministro Relvas. Terá também péssimos resultados por apresentar maus candidatos às eleições em muitos concelhos, em particular os mais importantes. Nesses duplicará os factores negativos da reacção contra o Governo, com candidatos envolvidos em polémicas desnecessárias ou escolhidos apenas pelas conveniências do aparelho. Mas também é verdade que em muitos sítios, em que o voto é mais exigente, o PS apresenta também candidatos muito maus, vindos como os do PSD dos equilíbrios aparelhísticos e do pagamento de favores internos ao grupo de Seguro.
Por isso, não é líquido que não haja um efeito de minimização dos estragos que permita transformar resultados medíocres em resultados razoáveis, logo, no actual contexto, numa “vitória”, jogando com expectativas muito negativas. A comunicação social, com a habitual servidão aos lugares-comuns, ajuda ao baixar tanto as expectativas que qualquer resultado que não seja uma catástrofe nuclear possa ser visto como bom.
Há muito mais, mas fica para outra vez.

JOSÉ PACHECO PEREIRA | “Eles” (os funcionários públicos) são uma parte de “nós”

“A razão pela qual o povo português parece ser mais “paciente” resulta muito simplesmente de que muitos têm medo de perder ainda mais do que o que já estão a perder. E como o discurso da divisão deixa cada um sozinho na sua fábrica, na sua escola, na sua repartição, o medo ainda é eficaz. Mas o medo é destrutivo da sociedade e da democracia, e dá saída apenas para o desespero, o momento em que as pessoas percebem que já não há mais a perder. E nessa altura o seu desespero não se verá apenas em manifestações da CGTP ou dos “indignados”.

Uma das razões por que prefiro mesmo o desconhecido e o arriscado à situação presente, como sejam eleições antecipadas sem grandes expectativas, é que prefiro um tumulto que abra espaço político a uma situação nova, à continuidade de uma governação que é uma forma muito pior de tumulto, é a destruição de um país em que a condição de ser português não significa nada, porque já não existem laços comunitários em que nos reconheçamos.”

«As Lições dos Descobrimentos» | Sessão de Apresentação e Lançamento de livro

Dia 10, segunda-feira, das 18:00 às 21:00 horas

Sessão de Apresentação e Lançamento

CONVITE

Os autores − Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas − convidam-no(a) para uma sessão de autógrafos e conversa informal sobre o novo livro

As Lições dos Descobrimentos
– O que nos ensinam os empreendedores da globalização

que decorrerá em Lisboa, no stand do Centro Atlântico na Feira do Livro, no dia 10 de Junho, entre as 18:00h e as 21:00h.

descobrimentos

In the classroom

Mahaloness

In a small intimate classroom, myself and my students, mostly teens, go on an art exploration, every Thursday. My approach to art is easy. Make art. Now don’t get me wrong there is a bit of work involved. I usually envision my class a week before and come up with a loose concept to go on. Once in the classroom it becomes an intuitive process, and I work with each student so I can find out what they like and give them a few suggestions and go from there. Lately we have been experimenting with a few exercises, which I have found to produce fantastic results, mahaloness all the way.

fotoMahaloness -exercise: each student played a song they liked, and than we each drew along for the full duration of the song (usually 4 to 5 mns.) and stopped when the song stopped, and on to the next students’s song…

View original post mais 82 palavras

“Deus não morreu, ele se tornou dinheiro” | Giorgio Agamben

“O capitalismo é uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro”, afirma Giorgio Agamben, em entrevista concedida a Peppe Salvà.

Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. É um dos principais intelectuais de sua geração, autor de muitos livros e responsável pela edição italiana das obras de Walter Benjamin (Foto: Arquivo)

Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. É um dos principais intelectuais de sua geração, autor de muitos livros e responsável pela edição italiana das obras de Walter Benjamin (Foto: Arquivo)

Giorgio Agamben é um dos maiores filósofos vivos. Amigo de Pasolini e de Heidegger, foi definido pelo Times e pelo Le Monde como uma das dez mais importantes cabeças pensantes do mundo. Pelo segundo ano consecutivo ele transcorreu um longo período de férias em Scicli, na Sicília, Itália, onde concedeu a entrevista.

Segundo ele, “a nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governabilidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas”. Assim, “a tarefa que nos espera consiste em pensar integralmente, de cabo a cabo, aquilo que até agora havíamos definido com a expressão, de resto pouco clara em si mesma, “vida política”, afima Agamben.

A tradução é de Selvino J. Assmann, professor de Filosofia do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC [e tradutor de três das quatro obras de Agamben publicadas pela Boitempo].

“Crise” e “economia” atualmente não são usadas como conceitos, mas como palavras de ordem, que servem para impor e para fazer com que se aceitem medidas e restrições que as pessoas não têm motivo algum para aceitar. “Crise” hoje em dia significa simplesmente “você deve obedecer!”. Creio que seja evidente para todos que a chamada “crise” já dura decênios e nada mais é senão o modo normal como funciona o capitalismo em nosso tempo. E se trata de um funcionamento que nada tem de racional.

Para entendermos o que está acontecendo, é preciso tomar ao pé da letra a ideia de Walter Benjamin, segundo o qual o capitalismo é, realmente, uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro. Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro. O Banco – com os seus cinzentos funcionários e especialistas – assumiu o lugar da Igreja e dos seus padres e, governando o crédito (até mesmo o crédito dos Estados, que docilmente abdicaram de sua soberania), manipula e gere a fé – a escassa, incerta confiança – que o nosso tempo ainda traz consigo. Além disso, o fato de o capitalismo ser hoje uma religião, nada o mostra melhor do que o titulo de um grande jornal nacional (italiano) de alguns dias atrás: “salvar o euro a qualquer preço”. Isso mesmo, “salvar” é um termo religioso, mas o que significa “a qualquer preço”? Até ao preço de “sacrificar” vidas humanas? Só numa perspectiva religiosa (ou melhor, pseudo-religiosa) podem ser feitas afirmações tão evidentemente absurdas e desumanas.

A crise econômica que ameaça levar consigo parte dos Estados europeus pode ser vista como condição de crise de toda a modernidade?

A crise atravessada pela Europa não é apenas um problema econômico, como se gostaria que fosse vista, mas é antes de mais nada uma crise da relação com o passado. O conhecimento do passado é o único caminho de acesso ao presente. É procurando compreender o presente que os seres humanos – pelo menos nós, europeus – são obrigados a interrogar o passado. Eu disse “nós, europeus”, pois me parece que, se admitirmos que a palavra “Europa” tenha um sentido, ele, como hoje aparece como evidente, não pode ser nem político, nem religioso e menos ainda econômico, mas talvez consista nisso, no fato de que o homem europeu – à diferença, por exemplo, dos asiáticos e dos americanos, para quem a história e o passado têm um significado completamente diferente – pode ter acesso à sua verdade unicamente através de um confronto com o passado, unicamente fazendo as contas com a sua história.

O passado não é, pois, apenas um patrimônio de bens e de tradições, de memórias e de saberes, mas também e sobretudo um componente antropológico essencial do homem europeu, que só pode ter acesso ao presente olhando, de cada vez, para o que ele foi. Daí nasce a relação especial que os países europeus (a Itália, ou melhor, a Sicília, sob este ponto de vista é exemplar) têm com relação às suas cidades, às suas obras de arte, à sua paisagem: não se trata de conservar bens mais ou menos preciosos, entretanto exteriores e disponíveis; trata-se, isso sim, da própria realidade da Europa, da sua indisponível sobrevivência. Neste sentido, ao destruírem, com o cimento, com as autopistas e a Alta Velocidade, a paisagem italiana, os especuladores não nos privam apenas de um bem, mas destroem a nossa própria identidade. A própria expressão “bens culturais” é enganadora, pois sugere que se trata de bens entre outros bens, que podem ser desfrutados economicamente e talvez vendidos, como se fosse possível liquidar e por à venda a própria identidade.

Há muitos anos, um filósofo que também era um alto funcionário da Europa nascente, Alexandre Kojève, afirmava que o homo sapiens havia chegado ao fim de sua história e já não tinha nada diante de si a não ser duas possibilidades: o acesso a uma animalidade pós-histórica (encarnado pela american way of life) ou o esnobismo (encarnado pelos japoneses, que continuavam a celebrar as suas cerimônias do chá, esvaziadas, porém, de qualquer significado histórico). Entre uma América do Norte integralmente re-animalizada e um Japão que só se mantém humano ao preço de renunciar a todo conteúdo histórico, a Europa poderia oferecer a alternativa de uma cultura que continua sendo humana e vital, mesmo depois do fim da história, porque é capaz de confrontar-se com a sua própria história na sua totalidade e capaz de alcançar, a partir deste confronto, uma nova vida.

A sua obra mais conhecida, Homo Sacer, pergunta pela relação entre poder político e vida nua, e evidencia as dificuldades presentes nos dois termos. Qual é o ponto de mediação possível entre os dois pólos?

Minhas investigações mostraram que o poder soberano se fundamenta, desde a sua origem, na separação entre vida nua (a vida biológica, que, na Grécia, encontrava seu lugar na casa) e vida politicamente qualificada (que tinha seu lugar na cidade). A vida nua foi excluída da política e, ao mesmo tempo, foi incluída e capturada através da sua exclusão. Neste sentido, a vida nua é o fundamento negativo do poder. Tal separação atinge sua forma extrema na biopolítica moderna, na qual o cuidado e a decisão sobre a vida nua se tornam aquilo que está em jogo na política.

Leia também

O que aconteceu nos estados totalitários do século XX reside no fato de que é o poder (também na forma da ciência) que decide, em última análise, sobre o que é uma vida humana e sobre o que ela não é. Contra isso, se trata de pensar numa política das formas de vida, a saber, de uma vida que nunca seja separável da sua forma, que jamais seja vida nua.

O mal-estar, para usar um eufemismo, com que o ser humano comum se põe frente ao mundo da política tem a ver especificamente com a condição italiana ou é de algum modo inevitável?

Acredito que atualmente estamos frente a um fenômeno novo que vai além do desencanto e da desconfiança recíproca entre os cidadãos e o poder e tem a ver com o planeta inteiro. O que está acontecendo é uma transformação radical das categorias com que estávamos acostumados a pensar a política. A nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governamentalidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas. E que este modelo seja, do ponto de vista do poder, mais econômico e funcional é provado pelo fato de que foi adotado também por aqueles regimes que até poucos anos atrás eram ditaduras. É mais simples manipular a opinião das pessoas através da mídia e da televisão do que dever impor em cada oportunidade as próprias decisões com a violência. As formas da política por nós conhecidas – o Estado nacional, a soberania, a participação democrática, os partidos políticos, o direito internacional – já chegaram ao fim da sua história. Elas continuam vivas como formas vazias, mas a política tem hoje a forma de uma “economia”, a saber, de um governo das coisas e dos seres humanos. A tarefa que nos espera consiste, portanto, em pensar integralmente, de cabo a cabo, aquilo que até agora havíamos definido com a expressão, de resto pouco clara em si mesma, “vida política”.

O estado de exceção, que o senhor vinculou ao conceito de soberania, hoje em dia parece assumir o caráter de normalidade, mas os cidadãos ficam perdidos perante a incerteza na qual vivem cotidianamente. É possível atenuar esta sensação?

Vivemos há decênios num estado de exceção que se tornou regra, exatamente assim como acontece na economia em que a crise se tornou a condição normal. O estado de exceção – que deveria sempre ser limitado no tempo – é, pelo contrário, o modelo normal de governo, e isso precisamente nos estados que se dizem democráticos. Poucos sabem que as normas introduzidas, em matéria de segurança, depois do 11 de setembro (na Itália já se havia começado a partir dos anos de chumbo) são piores do que aquelas que vigoravam sob o fascismo. E os crimes contra a humanidade cometidos durante o nazismo foram possibilitados exatamente pelo fato de Hitler, logo depois que assumiu o poder, ter proclamado um estado de exceção que nunca foi revogado. E certamente ele não dispunha das possibilidades de controle (dados biométricos, videocâmeras, celulares, cartões de crédito) próprias dos estados contemporâneos. Poder-se-ia afirmar hoje que o Estado considera todo cidadão um terrorista virtual. Isso não pode senão piorar e tornar impossível aquela participação na política que deveria definir a democracia. Uma cidade cujas praças e cujas estradas são controladas por videocâmeras não é mais um lugar público: é uma prisão.

A grande autoridade que muitos atribuem a estudiosos que, como o senhor, investigam a natureza do poder político poderá trazer-nos esperanças de que, dizendo-o de forma banal, o futuro será melhor do que o presente?

Otimismo e pessimismo não são categorias úteis para pensar. Como escrevia Marx em carta a Ruge: “a situação desesperada da época em que vivo me enche de esperança”.

Podemos fazer-lhe uma pergunta sobre a aula que o senhor deu em Scicli? Houve quem lesse a conclusão que se refere a Piero Guccione como se fosse uma homenagem devida a uma amizade enraizada no tempo, enquanto outros viram nela uma indicação de como sair do xeque-mate no qual a arte contemporânea está envolvida.

Trata-se de uma homenagem a Piero Guccione e a Scicli, pequena cidade em que moram alguns dos mais importantes pintores vivos. A situação da arte hoje em dia é talvez o lugar exemplar para compreendermos a crise na relação com o passado, de que acabamos de falar. O único lugar em que o passado pode viver é o presente, e se o presente não sente mais o próprio passado como vivo, o museu e a arte, que daquele passado é a figura eminente, se tornam lugares problemáticos. Em uma sociedade que já não sabe o que fazer do seu passado, a arte se encontra premida entre a Cila do museu e a Caribdis da mercantilização. E muitas vezes, como acontece nos templos do absurdo que são os museus de arte contemporânea, as duas coisas coincidem.

Duchamp talvez tenha sido o primeiro a dar-se conta do beco sem saída em que a arte se meteu. O que faz Duchamp quando inventa o ready-made? Ele toma um objeto de uso qualquer, por exemplo, um vaso sanitário, e, introduzindo-o num museu, o força a apresentar-se como obra de arte. Naturalmente – a não ser o breve instante que dura o efeito do estranhamento e da surpresa – na realidade nada alcança aqui a presença: nem a obra, pois se trata de um objeto de uso qualquer, produzido industrialmente, nem a operação artística, porque não há de forma alguma uma poiesis, produção – e nem sequer o artista, porque aquele que assina com um irônico nome falso o vaso sanitário não age como artista, mas, se muito, como filósofo ou crítico, ou, conforme gostava de dizer Duchamp, como “alguém que respira”, um simples ser vivo.

Em todo caso, certamente ele não queria produzir uma obra de arte, mas desobstruir o caminhar da arte, fechada entre o museu e a mercantilização. Vocês sabem: o que de fato aconteceu é que um conluio, infelizmente ainda ativo, de hábeis especuladores e de “vivos” transformou o ready-made em obra de arte. E a chamada arte contemporânea nada mais faz do que repetir o gesto de Duchamp, enchendo com não-obras e performances em museus, que são meros organismos do mercado, destinados a acelerar a circulação de mercadorias, que, assim como o dinheiro, já alcançaram o estado de liquidez e querem ainda valer como obras. Esta é a contradição da arte contemporânea: abolir a obra e ao mesmo tempo estipular seu preço.

Sobre o autor

Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. É um dos principais intelectuais de sua geração, autor de muitos livros e responsável pela edição italiana das obras de Walter Benjamin. Deu cursos em várias universidades europeias e norte-americanas, recusando-se a prosseguir lecionando na New York University em protesto à política de segurança dos Estados Unidos. Foi diretor de programa no Collège International de Philosophie de Paris. Mais recentemente ministrou aulas de Iconologia no Istituto Universitario di Architettura di Venezia (Iuav), afastando-se da carreira docente no final de 2009. Sua obra, influenciada por Michel Foucault e Hannah Arendt, centra-se nas relações entre filosofia, literatura, poesia e, fundamentalmente, política. Entre seus principais livros destacam-se Homo sacer (2005), Estado de exceção (2005), Profanações (2007), O que resta de Auschwitz (2008) e O reino e a glória (2011), os quatro últimos publicados no Brasil pela Boitempo Editorial.

Ricardo Crista na Casa da Cultura de Setúbal

No ateliê - Crista 2

NO ATELIÊ DO ARTISTA | António Jorge Gonçalves vai ter os seus desenhos expostos – Bem dita crise -, na Casa da Cultura, até à próxima quinta-feira. Sexta-feira abre nova exposição. Ricardo Crista mostra pinturas recentes. Assunto sério. Voltaremos a falar de Ricardo e do seu trabalho. Mas ficam para já avisados: estas pinturas são para ser vistas.

(in www.blogoperatorio.blogspot.com)

Brasil financiará melhoria de ensino superior na África

Blogue do IILP

-brasil-bandeiraMinistério da Educação aprovou projeto inédito que prevê financiamentos a universidades brasileiras que queiram ajudar  a melhorar o ensino superior na África.

Vinte universidades nacionais, entre elas USP e federal de Minas Gerais, enviarão professores e pesquisadores para instituições de cinco países africanos e um asiático, todos de língua portuguesa.

Por meio da Capes (órgão do ministério), serão financiados 45 projetos, que custarão R$ 6 milhões -pouco menos de 10% do que a pasta deve gastar neste ano com bolsas para alunos nas universidades brasileiras.

USP, por exemplo, ajudará a criar um mestrado em educação em Angola. Já a federal do Rio Grande do Sul participará da implantação do primeiro curso de agronomia da Universidade de Cabo Verde.

É a primeira vez que o ministério financia de forma articulada projetos com esse formato, diz o reitor da UFMG, Clélio Campolina, presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa.

Texto de : FÁBIO TAKAHASHI
Fonte: Boainformacao.com.br 
 

View original post

Hoy se celebra la cumbre anual del Club Bilderberg “que necesita hacerse con el control de toda la alimentación y para ello necesitan destrozar toda la economía mundial para poder reducir la población mundial”, aseguró a RT Daniel Estulin.

Alrededor de 150 personas, incluidos políticos, miembros de la realeza, banqueros, multimillonarios y empresarios, asisten a la reunión de los más influyentes del mundo en Watford, al norte de Londres.

“El progreso y el desarrollo de la sociedad es directamente proporcional a la densidad de población. Si hay progreso en el desarrollo tecnológico, somos muchos más, habrá más riqueza, más personas y menos comida para todos. Y para que David Rockefeller, que es una metáfora del poder, pueda comer, nosotros de alguna forma tendríamos que desaparecer”, explicó el autor de una serie de libros sobre el Club Bilderberg

“Y esto es uno de los principales puntos de los que están hablando en la esfera de los problemas de la alimentación. No están buscando una forma de solucionar el problema, todo lo contrario: asegurarse de que matan a cuantas más personas mejor”, destacó.

El Club Bilderberg quiere hacerse con Irán

“El Club Bilderberg es una cinta transportadora para guerra, cualquiera, con Irán u otras: es un elemento importante que al mismo tiempo puede vender armas y mantequilla a todos los miembros de cualquier tipo de conflicto”, señaló Daniel Estulin.

“Irán obviamente es un punto de lanza para el tema de Oriente Medio. Es una potencia regional que tiene muchísimo petróleo y obviamente ha sido alguna forma de poder para la élite mundial. El siguiente paso será Rusia y obviamente [Irán] es imprescindible para potencias y dentro de eso podemos hablar sobre el Club Bilderberg  y decisiones que se toman allí, que quieren de alguna forma desestabilizar Irán como sea”, concluyó.

Bilderberg apunta a Rusia y a China

A la pregunta sobre sí el Bilderberg pretende impulsar el crecimiento mundial más allá de los BRICS  Estulin destacó que es importante comprender que con “BRICS estamos hablando de Brasil, Rusia, India, China, aunque la ‘B’ no es de Brasil, sino más bien el Imperio británico que completamente controla Brasil a través del grupo Inter-Alpha, grupo financiero vinculado a la reina de Inglaterra, obviamente, que impulsa cualquier tipo de crecimiento económico que no incluye estas naciones”, dijo Estulin.

“Es imprescindible porque el objetivo final es de alguna forma reducir la población mundial a un número mucho más manejable para la élite mundial debido a la falta de comida y de agua, es hacerse con el control de potencias como Rusia y China. En ese sentido el objetivo no es tanto el gobierno mundial, nunca existió como concepto, sino más bien un concepto de empresa mundial, o sea potencias o poderes fácticos financieros con muchísimo más poder que cualquier Gobierno en la tierra”, destacó.

“Las guerras del futuro se librarán con las tecnologías”

Uno de los temas anunciados de la cumbre del Club Bilderberg es el cambio del paradigma de la sociedad: las tecnologías del futuro, opina el periodista y el investigador.

“Las guerras del futuro se librarán no con armas, sino con la tecnología del futuro. Un teléfono, un ‘smartphone’, cualquiera tiene más tecnología que las naves espaciales que llegaron a la Luna en los años sesenta”, explicó Estulin.

“Es decir, si tú puedes hacerte con el control de la tecnología del futuro, puedes controlar el mundo entero en todas sus manifestaciones porque todo lo que nos rodea es una tecnología en un estado puro y por eso tienes Google  Amazon, las empresas como Microsoft y Apple que están en todas estas reuniones. Y obviamente empresas como Google son un aparato imprescindible de la seguridad nacional de EE.UU. cuyo objetivo no tiene nada que ver con ofrecer servicios sino con el control total y absoluto”, concluyó.

Las declaraciones y opiniones expresadas en este artículo son de exclusiva responsabilidad de su autor y no representan necesariamente el punto de vista de RT.

Texto completo en: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/96628-bilderberg-2013-estulin

Livro: A Segurança Social é Sustentável. Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal

Raquel Varela

Convite_Chiado

Índice

Prefácio. Marcel van der Linden

Introdução. Raquel Varela

A “eugenização da força de trabalho” e o fim do pacto social. Notas para a história do trabalho, da segurança social e do Estado em Portugal. Raquel Varela

E se houvesse pleno emprego? A sustentabilidade da segurança social e o desemprego. Renato Guedes e Rui Viana Pereira

O futuro da protecção social em Portugal e a sustentabilidade da Segurança Social e da CGA. Eugénio Rosa

Segurança social: fundo universal de solidariedade ou mercado privado de capitais? Entrevista com Sara Granemann. Entrevista de João Jordão, Raquel Varela e Rui Viana Pereira

Ensaio sobre a falsa panaceia dos “sistemas de capitalização” ou fundos de pensões. Miguel Madeira

A força de trabalho em Portugal 2010-2011. Breve descrição. Ana Rajado

A crise e as crises do sindicalismo: há uma revitalização possível? Alan Stoleroff

Pobreza, exclusão social e desigualdade. Manuel Carlos Silva

Ser pobre, ser-se pobre…

View original post mais 80 palavras

O ESTADO MORREU | por Maria José Morgado

MJMorgado_paginaTrabalho num serviço de aplicação repressiva da lei criminal onde as pessoas têm gosto em servir o interesse público e a justiça penal. Desde que começou a aplicação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro — o PAEF — que a dignidade, a resistência e a eficiência continuam a ser valores que opomos à desvalorização cega e ao sofrimento enquanto política de gestão da máquina administrativa. Vamos substituindo a degradação das contas públicas de um Estado laxista por um Estado fantasma e impotente. O Estado é a raiz do mal, pois matemos o Estado. E com quê? Com mais Estado cobrador, num totalitarismo atípico deslizante.

Sinto esse fantasma todos os dias. A moralização na gestão das finanças públicas desfigurou-se de tal forma que fez ricochete num PAEF sem a bússola de valores intangíveis como a justiça, justiça fiscal e segurança social. Perdeu-se o objetivo de uma administração pública qualificada e motivada.

Os resultados da execução orçamental do último trimestre não são mais do que uma radiografia deste mal. Porquê?

Porque só um Estado sem função fica encarcerado no financiamento direto com base quase exclusiva nas receitas do IRS que representam 39,1% do crescimento da receita e dos impostos diretos que representam 22,3% do mesmo crescimento. No meio da tempestade fiscal que nos atravessa regista-se uma subida raquítica da receita fiscal de 3,3 milhões de euros — no aumento crescente do sofrimento das pessoas depois da destruição de empresas e de trabalho.

Neste cenário, além da dita ida aos mercados, ainda assim financiada a juros predadores, os únicos pilares financiadores do Estado são afinal o habitual grupo de pessoas, cada vez mais afunilado. Efeito de boomerang da austeridade sem metas de reorganização de um Estado, de uma justiça e de uma máquina administrativa que funcionem. Situações desta natureza pulverizam todas as funções de autoridade, equidade, segurança jurídica, proteção da sociedade e respeito pelos valores sociais e económicos.

A corrupção, em parceria com a fraude fiscal, tende a medrar no túnel das quimioterapias orçamentais. Basta cruzar aqueles dados com os resultados oficiais do programa de combate à fraude e à evasão fiscal do ano de 2011: os processos-crime por combate à fraude representam 9,45%, por combate à fraude qualificada 2,69% e por abuso de confiança fiscal 84,74%. Os resultados do combate à fraude fiscal são insignificantes numa justiça focada quase exclusivamente no ataque aos impostos diretos em falta. O mesmo estigma.

Sem reformas administrativas efetivas, sem qualificação da função pública, sem respeito pelas funções públicas substantivas, sem estímulos, sem Estado com função resta-nos o medo, a perigosa anemia da autoridade com a paralisia dos serviços administrativos públicos. Um Estado sem função pendurado na guilhotina do défice?

Despojos de um Estado velho e apodrecido incapaz de se proteger da tempestade e de construir um novo com a ajuda dos seus melhores. Um Estado que morreu.

http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=17932 … (FONTE)

A confirmar-se, é uma alegria redobrada

O Cacifo do Paulinho

Corre pelo universo virtual uma camisola que, diz-se, será a do Sporting para a época 13/14. Para além de muito bonita (lá está, não é preciso inventar), a camisola seria, ainda, uma forma de assinalar os 50 anos sobre a conquista da Taça das Taças.
Ora, permitam-me confidenciar-vos o seguinte: se for verdade, será uma alegria redobrada. Para mim e para vocês. No dia em que tive oportunidade de, junto da direcção, dar conhecimento do Cacifo de Ideias (mais uma semaninha, deve estar pronto), houve uma que ficou, logo, em cima da mesa: a da criação de uma camisola comemorativa dessa conquista. «Eu sei é que é capaz de ser muito em cima, que, provavelmente, as camisolas para a próxima época estão definidas, mas não tem que ser a “oficial”. Não podemos é deixar passar a oportunidade de ter uma camisola que recupere o equipamento usado nessa época»…

View original post mais 31 palavras

SINFONIAESOL

virginiamarilyn1

Histórias do Primeiro Sexo: Marilyn Monroe e Virgínia Woolf
por Wuldson Marcelo em 19 de maio
(Fonte:OBVIOUS)

Marilyn Monroe e Virginia Woolf, mesmo com todas as diferenças, obtiveram fama, sucesso e alcançaram a posteridade, mas enfrentaram o preconceito e todas as intempéries provenientes do machismo. Ainda assim compartilham frustrações e tragédias que se comunicam.

Marilyn Monroe e Virginia Woolf. Marilyn e Virginia, mulheres de vidas atribuladas, que lutaram por espaço e reconhecimento e que encontraram finais trágicos. Tais percursos são resultados de suas histórias que as aproximam, mesmo que de maneira contestável. As carreiras que tiveram e as escolhas que fizeram para alcançar a notoriedade são pontos que as afastam. Porém, ambas estão unidas no modo como foram exauridas por um mundo hostil à força, ao talento e ao magnetismo feminino. Friedrich W. Nietzsche escreveu a certa altura de seus registros filosóficos que, “Quando as mulheres possuem virtudes masculinas, não…

View original post mais 1.451 palavras

LA BATALLA GLOBAL SOBRE EL “APOCALIPSIS DE LA ABEJA SE ACERCA”

A Viagem dos Argonautas

Enviado pelo nosso amigo César Príncipe, chega-nos este artigo do Times (EU), traduzido do inglês para o castelhano por Lamareenoire. Não dispondo de tempo para traduzir para português, decidimos publicar a versão castelhana, pois a informação que veicula é importante. 

Las impactantes actas relativas a la reunión, la semana pasada, del presidente Putin con el Secretario de Estado de los EEUU, John Kerry, revelan la “extrema indignación” de los dirigentes rusos con el régimen de protección continua del presidente Obama hacia los gigantes mundiales de la biogenética, Syngenta y Monsanto, frente a la inminente ”apocalipsis de las abejas” que, según el Kremlin, “con toda seguridad” puede conducir a una guerra mundial.

Según dichas actas, publicadas hoy en el Kremlin por el Ministerio de Recursos Naturales y Medio Ambiente de la Federación Rusa (MNRE), Putin estaba tan indignado por la negativa de Obama a discutir sobre este grave…

View original post mais 1.681 palavras

Coldest Spring In England Since 1891

Watts Up With That?

By Paul Homewood

Originally, it was thought to be the coldest spring since 1962.

Winter? Teesdale in County Durham blanketed in snow on May 23 in what is likely to be Britain's coldest spring since 1962

Winter? Teesdale in County Durham blanketed in snow on May 23 in what is likely to be Britain’s coldest spring since 1962

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2333312/UK-weather-Spring-coldest-50-years-average-temperature-just-6C.html

According to the Central England Temperature Series, England has just experienced its coldest Spring since 1891. The average mean temperature of 6.87C ranks the 31st coldest on records starting in 1659, and is 2 degrees lower than the 1981-2010 average of 8.9C.

View original post mais 95 palavras

TENHO FOME DA TUA BOCA | PABLO NERUDA

Tenho fome da tua boca, da tua voz, do teu cabelo,
e ando pelas ruas sem comer, calado,
não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta,
busco no dia o som líquido dos teus pés.

Estou faminto do teu riso saltitante,
das tuas mãos cor de furioso celeiro,
tenho fome da pálida pedra das tuas unhas,
quero comer a tua pele como uma intacta amêndoa.

Quero comer o raio queimado na tua formosura,
o nariz soberano do rosto altivo,
quero comer a sombra fugaz das tuas pestanas

e faminto venho e vou farejando o crepúsculo
à tua procura, procurando o teu coração ardente
como um puma na solidão de Quitratue.

PABLO NERUDA

Faz hoje 60 anos – Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs | Entre os paises que perdoaram 50% da dívida alemã estão a Espanha, Grécia e Irlanda

divida

O  Acordo de Londres de 1953 sobre a divida alemã foi assinado em 27 de Fevereiro, depois de duras negociações com representantes de 26 países, com especial relevância para os EUA, Holanda, Reino Unido e Suíça, onde estava concentrada a parte essêncial da dívida.

A dívida total foi avaliada em 32 biliões de marcos, repartindo-se em partes iguais em dívida originada antes e após a II Guerra.Os EUA começaram por propor o perdão da dívida contraída após a II Guerra. Mas, perante a recusa dos outros credores, chegou-se a um compromisso. Foi perdoada cerca de 50% (Entre os paises que perdoaram a dívida estão a Espanha, Grécia e Irlanda) da dívida e feito o reescalonamento da dívida restante para um período de 30 anos. Para uma parte da dívida este período foi ainda mais alongado. E só em Outubro de 1990, dois dias depois da reunificação, o Governo emitiu obrigações para pagar a dívida contraída nos anos 1920.

O acordo de pagamento visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento.

O acordo adoptou três princípios fundamentais:
1. Perdão/redução substantial da dívida;
2. Reescalonamento do prazo da divída para um prazo longo;
3. Condicionamento das prestações à capacidade de pagamento do devedor.

O pagamento devido em cada ano não pode exceder a capacidade da economia. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos. O valor dos montantes afectos ao serviço da dívida nao poderia ser superior a 5% do valor das exportações. As taxas de juro foram moderadas, variando entre 0 e 5 %.

A grande preocupação foi gerar excedentes para possibilitar os pagamentos sem reduzir o consumo. Como ponto de partida, foi considerado inaceitável reduzir o consumo para pagar a dívida.

O pagamento foi escalonado entre 1953 e 1983. Entre 1953 e 1958 foi concedida a situacao de carência durante a qual só se pagaram juros.

Outra característica especial do acordo de Londres de 1953, que não encontramos nos acordos de hoje, é que no acordo de Londres eram impostas também condições aos credores – e não só aos paises endividados. Os países credores, obrigavam-se, na época, a garantir de forma duradoura, a capacidade negociadora e a fluidez económica da Alemanha.

Uma parte fundamental deste acordo foi que o pagamento da dívida deveria ser feito somente com o superavit da balança comercial. 0 que, “trocando por miúdos”, significava que a RFA só era obrigada a pagar o serviço da dívida quando conseguisse um saldo de dívisas através de um excedente na exportação, pelo que o Governo alemão não precisava de utilizar as suas reservas cambiais.

EM CONTRAPARTIDA, os credores obrigavam-se também a permitir um superavit na balança comercial com a RFA – concedendo à Alemanha o direito de, segundo as suas necessidades, levantar barreiras unilaterais às importações que a prejudicassem.

Hoje, pelo contrário, os países do Sul são obrigados a pagar o serviço da dívida sem que seja levado em conta o défice crónico das suas balanças comerciais

Marcos Romão, jornalista e sociólogo, 27 de Fevereiro de 2003.

Outro artigo sobre o Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs:http://auditoriaciudadana.net/2013/02/27/aprendiendo-de-la-historia-como-irlanda-y-grecia-perdonaron-la-deuda-alemana-2/

Crime e Castigo na Casa da Cultura de Setúbal

Muito cá de casa, do José Teófilo Duarte, recebeu o Pedro Almeida Vieira, para a apresentação do seu livro Crime e Castigo, o povo não é sereno, seguido de um debate sobre a pena de morte.

O moderador António Ganhão (colaborador literário do PNet Literatura), realçou a importância do romance histórico num país cuja história (sobretudo durante o Estado Novo) foi responsável por gerar toda uma série de mitos. O romance histórico ao contextualizar os factos na sua época e, dentro de uma lógica temporal, não os submetendo à moral dos dias de hoje, transforma-se num grande desfazedor de mitos.

A jurista e escritora Alice Brito falou-nos da violência do estado que deve ser sempre balizada, sendo a Constituição o mais forte instrumento da limitação desse poder. Falou-nos de justiça e de como a pena de morte, sendo irreversível, não é solução para o combate ao crime.

Pedro Almeida Vieira deixou-nos a sua reflexão sobre a maldade humana e como, cedendo nós a um Estado que nos garante mais segurança à custa dos nossos direitos, estamos a caminhar para um retrocesso civilizacional.

Foi uma sessão participada não tendo havido lugar a castigos finais. Para os que faltaram, o maior castigo foi mesmo o de terem perdido o debate.

Setúbal, 31 de Maio de 2013
Na foto, da esquerda para a direita, Pedro Almeida Vieira, António Ganhão e Alice Brito.