Eleições Parlamentares | 10-03-2024

21h 03m | Creio que os dados neste momento divulgados trazem uma enorme responsabilidade aos Partidos Social-Democrata e Socialista. Talvez seja a altura de ambos não olharem apenas para os seus umbigos, mas sim para as aspirações  do País e do Povo Português … Se ambos teoricamente se regem pela Social-Democracia, é o tempo certo para a implementarem em profundidade, com uma forte aposta no “estado social”… 

Acredito que a grande maioria do Povo Português ficaria radiante 🙂 🙂 🙂 Oh! se ficaria !!!

Quais são os principais partidos políticos que defendem a social-democracia? | by Microsoft Copilot

Em Portugal e Brasil, vários partidos políticos têm afinidades com os princípios da social-democracia. Alguns deles incluem:

  1. Partido Socialista (PS): O PS é um partido de centro-esquerda que historicamente se identifica com a social-democracia. Ele defende políticas sociais, igualdade de oportunidades e uma economia de mercado regulada.
  2. Partido Social Democrata (PSD): O próprio nome do partido sugere sua afinidade com a social-democracia. O PSD é um partido de centro-direita que também promove políticas sociais e uma economia mista.
  3. Bloco de Esquerda (BE): Embora o BE tenha raízes mais à esquerda, ele também incorpora elementos da social-democracia. O partido defende a justiça social, direitos dos trabalhadores e políticas progressistas.
  4. Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB): No Brasil, o PSDB é o partido mais associado aos princípios sociais-democratas. Ele busca um equilíbrio entre o mercado e o bem-estar social.

Lembrando que a social-democracia é uma corrente política que visa combinar o sistema capitalista com políticas sociais e igualdade, buscando melhorar a vida das pessoas dentro desse contexto12.

Olof Palme | Wikipédia | Social-Democracia

Olof Palme – tornou-se conhecido como um dos maiores exemplos da Social-Democracia Escandinava, tendo levado mais longe que qualquer outro político a ideia de conciliar uma economia de mercado com um estado social. Durante o seu governo, a Suécia gozou de uma forte economia e dos níveis de assistência social mais elevados no mundo.

Dizia-se que Palme teve um impacto profundo nas emoções das pessoas; era muito popular entre a esquerda, mas duramente detestado pela maioria dos liberais e conservadores. Isso deveu-se, em parte, às suas atividades internacionais, especialmente aquelas direcionadas contra a política externa dos Estados Unidos e da União Soviética, e em parte ao seu estilo de debate agressivo e franco.

Estado-social

Sob o mandato de Palme, assuntos relacionados com cuidados infantis, sistema de saúde público, segurança social, protecção da segurança dos idosos, acidente, e problemas habitacionais receberam atenção especial.

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WILLY BRANDT | Biografia | Wikipédia | Social-Democracia

Willy Brandt (Lübeck18 de dezembro de 1913 — Unkel8 de outubro de 1992) foi um político social-democrata alemão.[1]

Entre 1957 e 1966 foi prefeito de Berlim, entre 1966 e 1969 foi ministro dos assuntos exteriores e vice-chanceler e entre 1969 e 1974 foi chanceler da República Federal da Alemanha.[2] Pela sua Ostpolitik, cujo objectivo eram o relaxamento e equilíbrio com as ditaduras do Bloco do Leste, foi-lhe atribuído o Nobel da Paz no dia 10 de dezembro de 1971. Demitiu-se, em 1974, devido ao escândalo da descoberta de um espião alemão-oriental no seu gabinete.[1]

Juventude

Willy Brandt nasceu como Herbert Ernst Karl Frahm, filho natural de John Möller e de Martha Frahm. Nunca conheceu seu pai, e foi educado pela mãe e pelo avô materno.

Entre 1941 e 1948, Brandt foi casado com Carlotta Thorkildsen, com quem teve uma filha (Ninja Frahm, 1940). Após a separação, ainda em 1948, casou-se com Rut Bergaust. Este relacionamento resultou em três filhos, Peter (1948), Lars (1951) e Matthias (1961). Depois de terem permanecido durante 32 anos casados, Rut e Willy separaram-se em 1980. No dia 9 de Dezembro de 1983 Brandt casou-se com a historiadora e relações-públicas Brigitte Seebacher.

Willy Brandt ingressou na juventude socialista em 1929, e, um anos depois, no SPD. Em 1931 mudou para o Partido Trabalhador Socialista (SAP), uma formação socialista-esquerdista.

Em 1932 acabou a sua educação secundária no Johanneum zu Lübeck. Após a ascensão ao poder de Hitler em 1933, o SAP foi proibido, continuando, no entanto, a existir clandestinamente. Willy Brandt recebeu a ordem de estabelecer uma célula do partido em Oslo e emigrou então para a Noruega.

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Declaração Universal dos Direitos Humanos

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do homem;

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¿Qué es socialismo? ¿Y socialdemocracia? ¿Y comunismo? ¿Y marxismo? | Mauricio Schwarz, El rey va desnudo

No, los socialistas democráticos de hoy no tienen nada que ver con los del siglo XIX o de la primera mitad del siglo XX. Sus ideas han evolucionado, han analizado la realidad a su alrededor y se han adaptado a la comprensión de los peligros que entraña el autoritarismo y la incapacidad de la economía centralmente planificada para satisfacer las necesidades de una sociedad.

Han reevaluado los objetivos importantes para una sociedad y han cambiado la realidad de muchos países actuando desde las leyes, desde la democracia plural y desde los principios éticos más sólidos. Pero a muchos les conviene seguir confundiendo las distintas vertientes del socialismo entre sí, como si fueran lo mismo, como si las ideas no evolucionaran, ni lo hicieran quienes se guían por los ideales nobles de una vida más digna para todos en todas las sociedades.

Más datos sobre la socialdemocracia actual en el sitio web de la Internacional Socialista en español:

Declaración de principios: https://www.internacionalsocialista.o…

Carta ética: https://www.internacionalsocialista.o…

Social-democracia | Wikipédia | VCS

A social-democracia é uma ideologia política que apoia intervenções econômicas e sociais do Estado para promover justiça social dentro de um sistema capitalista, e uma política envolvendo Estado de bem-estar socialsindicatos e regulação econômica, assim promovendo uma distribuição de renda mais igualitária e um compromisso para com a democracia representativa.

É uma ideologia política de centro-esquerda, surgida no fim do século XIX dentre os partidários de Ferdinand Lassalle, que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista deveria ocorrer sem uma revolução, mas sim, em oposição à ortodoxia marxista, por meio de uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário.[1]

O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de ideologia política, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação económica ou do determinismo económico-socioindustrial.[2][3]

Historicamente, os partidos sociais-democratas advogaram o socialismo de maneira estrita, a ser atingido através da luta de classes. No início do século XX, entretanto, vários partidos socialistas começaram a rejeitar a revolução e outras ideias tradicionais do marxismo como a luta de classes, e passaram a adquirir posições mais moderadas. Essas posições mais moderadas incluíram a crença de que o reformismo era uma maneira possível de atingir o socialismo. Dessa forma, a social-democracia moderna se desviou do socialismo científico, aproximando-se da ideia de um Estado de bem-estar social democrático, e incorporando elementos tanto do socialismo como do capitalismo. Os social-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através de regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo, tais como Rendimento Social de Inserção (Portugal), Bolsa Família (Brasil) e Opportunity NYC. Esta abordagem difere significativamente do socialismo tradicional, que tem, como objetivo, substituir o sistema capitalista inteiramente por um novo sistema econômico caracterizado pela propriedade coletiva dos meios de produção pelos trabalhadores.

Atualmente em vários países, os sociais-democratas atuam em conjunto com os socialistas democráticos, que se situam à esquerda da social-democracia no espectro político.

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JACQUES DELORS NA HORA DO ADEUS

O socialista Jacques Delors, Presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, ficou associado a algumas das mudanças – do euro a Schengen, ao Erasmus – que levaram a uma União Europeia como a conhecemos hoje. Morreu esta quarta-feira aos 98 anos.

Jacques Delors. O Senhor Europa que perdeu a oportunidade de ser presidente de França.

© ARQUIVO DN | Helena Tecedeiro | 27 Dezembro 2023 — DN

Entre 1985 e 1995, nos dez anos em que presidiu à Comissão Europeia, Jacques Delors construiu os contornos da União Europeia como a conhecemos hoje. Criação do mercado único, assinatura dos Acordos de Schengen, Ato Único Europeu, lançamento do Programa Erasmus, reforma da Política Agrícola Comum, início da construção da União Económica e Monetária que lançou as bases para o euro, são muitos os legados do Senhor Europa, que morreu esta quarta-feira aos 98 anos.

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A visão social-democrata de Francisco Sá Carneiro para Portugal | in Comunidade Cultura e Arte

Este artigo faz parte de uma série de textos sobre figuras políticas relevantes da sociedade portuguesa. Álvaro Cunhal, Diogo Freitas do AmaralFrancisco Sá CarneiroMário Soares, Miguel Portas e Ramalho Eanes foram as figuras escolhidas.

Uma das figuras políticas malogradas de Portugal é a de Francisco Sá Carneiro. Um dos principais rostos da oposição ao Estado Novo já nas vésperas da sua queda, tornou-se um dos fundadores do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata (PPD/PSD) e, em 1980, foi nomeado Primeiro-Ministro. Nesse mesmo ano, morre no desastre aéreo de Camarate, no dia 4 de dezembro, aos 46 anos. Nascido a 19 de julho de 1934 na cidade do Porto, foi um dos principais bastiões da social-democracia como uma ideologia capaz de assegurar a transição de um regime autoritário e ditatorial para uma democracia plural e parlamentar.

Hoje em dia, o Partido Social Democrata é visto como um partido conotado com a centro-direita, naquilo que é o esquadro político das forças partidárias portuguesas. Alguns foram os rostos que ajudaram a que se transformasse, gradualmente, nesses moldes. Francisco Pinto Balsemão, Aníbal Cavaco Silva, Durão Barroso ou Pedro Passos Coelho são quatro exemplos de primeiros-ministros que defenderam premissas ligadas à centro-direita, nomeadamente os dois primeiros, mais responsáveis por essa reconfiguração. Na raiz, o Partido Social Democrata só se torna conhecido como tal em 1976, após algumas outras tentativas de partidarização com a designação de Social Democrata.

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O suicídio da social-democracia — onde está a Internacional Socialista? | Carlos Matos Gomes

Minhas amigas e meus amigos, com antecipadas desculpas por este texto fora de moda e de época. Os tempos de celebrações são de esquecimento e despreocupação. O mundo andará sem nós. Não parece fazer sentido falar da morte ou da hibernação, ou da hasta mais ou menos pública, ou de OPA mais ou menos hostil,  de uma certa ideia de governo dos povos, simpática, por sinal, e agradável, como é, ou foi a social democracia europeia no pós-guerra. 

Dentro de dias teremos um ano novo no calendário. O impasse em que estamos não terminará com a mudança de folha. Os meus desejos sinceros de Bom Ano Novo não têm, infelizmente, o poder de alterar a realidade. Este texto não apresenta boas notícias, e não é por eu ser um pessimista, mas porque estou como o homem velho no cimo da montanha de que falava Nietzsche em Assim Falava Zaratustra, vejo os vales e as nuvens no horizonte. Um Bom Ano e desculpem o incómodo. Há com certeza leituras mais animadoras e mais adequadas à época. Que raio de lembrança: a cataplesia da social-democracia no Natal!

Mas, boas festas para todos.

Carlos Matos Gomes


As burguesias: industriais, proprietários de bens de raiz, de rendimentos palpáveis, comerciantes regionais, altos funcionários foram o motor das sociedades capitalistas e demoliberais que tomaram o poder na Europa após as revoluções dos séculos XVIII em França, na Inglaterra e na Alemanha e no século XX na Rússia. Foram as classes médias europeias (as burguesias) que decidiram o colonialismo para se apropriarem das matérias-primas de África e que estiveram na origem de duas guerras mundiais.

O colonialismo e a Segunda Guerra estão na raiz da atual ordem no mundo. O colonialismo resultou das necessidades de matérias primas pela indústria da revolução industrial e a Segunda Guerra resultou das respostas das burguesias nacionais aos movimentos operários (os camponeses transformados em operários — proletários) que geraram o complexo fenómeno que por facilidade designamos comunismo. O nazismo foi uma resposta ao comunismo, a outra foi a social-democracia — os católicos referem a democracia cristã e a encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII e publicada em 1891, mas esta é mais uma “orientação” para limitar a exploração gerada pelo liberalismo capitalista do que para alterar a ordem social e a hierarquia das classes.

(Adivinho o comentário: compara o nazismo à social-democracia! — não, o que quero dizer é que o mesmo problema (no caso a revolta dos proletários) pode originar diferentes soluções políticas e que reconhecer a diversidade de opções é a base do pluralismo. Depois há soluções melhores, piores e péssimas.)

Partindo desses pressupostos, chegamos ao artigo de Alexis Corbiére no Nouvelle Observateur, L’Obs para os amigos e ao artigo de Novembro: Porque não sou social-democrata.

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O PS é herdeiro de Leon Blum e Olof Palme e não de Trótski e Lenine | Manuel Alegre | 28.01.2022 | O que é a Social-Democracia

Swedish Prime Minister Olof Palme was fatally shot at point-blank range on one of the busiest streets in downtown Stockholm as he and his wife, Lisbet, were leaving a movie theater on Feb. 28, 1986.

BLUM LÉON

(1872-1950)

Haï et injurié de son vivant par ses adversaires politiques comme rare ment ce fut le cas dans la vie politique française, Léon Blum apparaît aujourd’hui, avec le recul du temps, comme un des acteurs principaux de l’évolution de la France vers la modernité et la justice sociale ; il est aussi à placer parmi les penseurs du socialisme français au XXe siècle.

Venu au socialisme au début du siècle, cet intellectuel marqué par l’affaire Dreyfus, « disciple » de Jaurès, eut la redoutable charge d’incarner le socialisme démocratique alors que les guerres mondiales et les totalitarismes semblaient entraîner l’Europe vers la barbarie. Souvent, les penseurs socialistes ont eu la chance de rester à l’écart des difficultés du pouvoir ; Blum fut contraint d’affronter les responsabilités suprêmes de chef de gouvernement en un moment dramatique, alors que la France était au bord de la guerre civile. Plus tard, prisonnier politique, déporté, il devint « le sage » de la résistance socialiste pendant la Seconde Guerre mondiale. À la fin de sa vie, il dut encore monter au créneau au temps de la guerre froide.

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Mário Soares | Wikipédia


Lisboa, 07/12/2014 – 90.º Aniversário de Mário Soares assinalado com almoço, no Espaço Tejo na antiga FIL. Mário Soares.
(Carlos Manuel Martins/Global Imagens)

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTE • GCC • GColL (LisboaCamões7 de dezembro de 1924 – LisboaSão Domingos de Benfica7 de janeiro de 2017) foi um advogado e político português que ocupou os cargos de Primeiro-Ministro de Portugal de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985 e de Presidente da República Portuguesa de 1986 até 1996.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro como militante de base do Partido Comunista Português e membro de outras estruturas ligadas ao PCP, o MUNAF e o MUD, tendo sido cofundador do MUD Juvenil — e depois na oposição não comunista — Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE — cumprindo cerca de três anos de cadeia (AljubeCaxias e Penitenciária) — e, posteriormente, deportado para São Tomé.[1] Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 — nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa — forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.[2]

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se de forma intransigente pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios — destaca-se sobretudo o facto de ter sido Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, associando-se ao processo de descolonização, qualidade em que dirigiu o processo de rápida independência e autodeterminação das províncias ultramarinas, processo esse que ficou para sempre como o ponto menos consensual do seu percurso político.[3]

Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, Soares foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática — nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República — Conselho da Revolução — pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD e o CDS (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.

Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal, e pela formalização da adesão de Portugal à CEE.

Depois destas experiências governativas, Mário Soares viria a ser Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 — venceu de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, contra Diogo Freitas do Amaral, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).[2]

CONTINUA

https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares