Mecanismos e agentes de corrosão das armaduras no betão armado | Ação dos cloretos

Ação dos cloretos

A corrosão por ação dos cloretos é potenciada pelos cloretos presentes em solução nos poros do betão, sendo por isso necessária a existência de água. A penetração dos cloretos pode acontecer através da

estrutura porosa da pasta do cimento, dos poros na interface entre a pasta de cimento e os agregados, ou através de fendas e microfendas, sendo através desses mesmos poros que a penetração ocorre.

A corrosão por ação dos cloretos é caracterizada pela criação de ânodos pequenos, os quais são originados em zonas em que o teor de cloretos passou o valor crítico. As zonas catódias são, por sua vez, grandes, podendo estar próximas ou afastadas dos ânodos. Estas células de corrosão são designadas de macrocélulas de corrosão. O facto de os ânodos serem muito inferiores aos cátodos leva a que a velocidade de corrosão seja muito elevada. Isto acontece porque as correntes anódicas têm que ser bastante altas para que exista um equilíbrio com as correntes catódicas.

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Esculturas em Madeira | Peter Demetz (1969)

O artista italiano dá vida à madeira, um material que a maioria de nós acha duro e sem vida. Suas esculturas de madeira de pessoas são incrivelmente realistas. Seu controle preciso e perfeito da anatomia humana faz com que suas imagens pareçam pinturas ou esboços.

https://onlinegallery.art/nl/blog/ongelofelijk-realistische-houten-sculpturen-door-peter-demetz-523/

Acção de Formação: Dimensionamento de Estações de Tratamento e de Reutilização de Águas Residuais (ApR) | Prof. João de Quinhones Levy (IST)

Acção de Formação: Dimensionamento de Estações de Tratamento e de Reutilização de Águas Residuais (ApR)

A FUNDEC vai realizar uma acção de formação com o tema “Dimensionamento de Estações de Tratamento e de Reutilização de Águas Residuais (ApR)”, nos dias 28 e 29 de Fevereiro de 2024, das 9h30 às 18h00, em formato presencial, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

O Decreto-Lei n.º 119/2019 relativo a águas para reutilização (ApR) estabelece a qualidade que deverá ser conseguida em função dos diversos usos, obrigando a novas tecnologias de tratamento que abrangem todas as fases do processo.

Esta qualidade, bem mais exigente, obriga a novas tecnologias de tratamento que abrangem todas as fases do processo, desde o pré-tratamento até aos sistemas terciários para recuperação e reutilização dos efluentes e das lamas.

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El Estado nació de la violencia! Maquiavelo, Hobbes, Spinoza, Locke VII Filosofía moderna

El estado nació de la violencia, de la necesidad de regular el caos y la anarquía. Así el estado se convierte en el único que puede ejercerla por el bien de los individuos. La filosofía política como la conocemos actualmente tiene sus orígenes en cuatro autores muy importantes: Maquiavelo, Hobbes, Spinoza, Locke.

Cristina Campos: “A fidelidade está sobrevalorizada” | por Cristina Campos | in DN

Finalista do prémio Planeta 2022, o romance “Histórias de Mulheres Casadas” põe em cena quatro mulheres comuns, que, em determinado momento das suas vidas, querem algo mais do que um casamento morno e confortável. Entrevistámos a autora, a espanhola Cristina Campos.

Não têm a altivez trágica de Anna Karenina ou a sede hedonista de Emma Bovary mas, nem por isso, as protagonistas do romance de Cristina Campos, Histórias de Mulheres Casadas, estão imunes à herança de culpa que a sociedade faz pender sobre o desejo feminino. Ou sobre a falta dele, se o leito é conjugal.

Finalista do Prémio Planeta 2022, este livro reúne quatro mulheres da Barcelona de hoje, unidas pelo facto de todas amarem os respetivos maridos, sem que isso as impeça de pensar sobre o que realmente querem ou mesmo de se sentirem atraídas por outras pessoas. Por vezes, um olhar ou um toque são quanto basta para abrir uma clareira de possibilidades: “E se eu ousasse?” Mas, com ela, vem também um poço de recalcamento e culpabilização.

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Aqui ao lado de onde moro há um lugar, uma praça, onde as pessoas se sentam à conversa | por João Costa, in Facebook

Aqui ao lado de onde moro há um lugar, uma praça, onde as pessoas se sentam à conversa.

Falam das suas vidas. Gostam de ouvir música, as suas preferidas, as que as transportam para as memórias da sua infância. Quem não gosta dos sons com que cresceu?

Nessa praça, encontram-se afinidades e discute-se a vida na terra. Sempre foi assim Lisboa, uma terra onde se chega, com saudades da terra de onde se veio. Uma cidade que acolhe e de onde “se vai à terra” e para onde se importam memórias e hábitos. O que seria Lisboa sem os restaurantes dos courenses, a Casa do Alentejo ou os seus mercados cheios dos produtos regionais? O que seria Lisboa sem os sotaques preservados dos que há décadas chegaram do interior, do sul ou do norte?

Aqui na praça os sotaques e as línguas encontram-se e fazem-se ouvir e percebemos todos que somos mais felizes quando a língua que falamos é aquela com que as nossas mães nos tranquilizaram e adormeceram ao colo.

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A NATO E A REVOLUÇÃO DE ABRIL | Francisco Seixas da Costa | in Facebook

(Dedico este texto ao Nuno Santos Silva, valente capitão de Abril, que sei que me lê por aqui, a quem eu desafio a imaginar quem é a figura que retrato nesta história)

Com o seu papel catalizador da reação ocidental à ação russa na Ucrânia, a NATO tem andado muito na baila. A possibilidade do regresso de Trump à presidência americana está a provocar algumas interrogações sobre o futuro da aliança de que Portugal faz parte desde 1949, em especial se se olhar para aquilo que foi o seu comportamento perante a segurança europeia, durante o seu primeiro, e até agora único, mandato. Logo veremos, até porque não há nada que, pela nossa parte, possa ser ser feito no sentido de alterar o rumo que as coisas vierem a ter.

Nestes 50 anos do 25 de Abril, deixo memória de um episódio que julgo curioso, ligado à NATO, passado entre agosto e setembro de 1974. Repito: há cerca de meio século.

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MUDANÇA DE ENDEREÇO DO BLOG DASCULTURAS | NOVO = www.dasculturas.pt

Por motivo de ataque informático, perdemos o endereço anterior. Assim, o novo endereço, pelo menos durante três (3) anos, prazo que foi pago para o seu uso, será: https://www.dasculturas.pt. Ou seja, deixámos o ( .com ) e passámos para o ( .pt ), o que, em boa verdade, é muito mais patriótico.

As nossas desculpas pelos distúrbios causados e ânsias provocadas aos nossos mais de 50.000 membros registados e talvez outros tantos ainda não registados.
Um abraço cultural do Vítor Coelho da Silva

Pedra Filosofal – António Gedeão

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos,
que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que foça através de tudo
num perpétuo movimento.

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TÓPICOS DA IMPRENSA | 27-01-2024 | VCS

1 – Três hábitos que prejudicam muito o cérebro, segundo a neurocientista Emily McDonald

1.1 – De acordo com McDonald, assistir a programas de terror, principalmente à noite, pode aumentar os níveis de cortisol e, consequentemente, atrapalhar o sono, essencial para a saúde cerebral.

1.2 – Mas há mais. Conforme explica a neurocientista, ouvir música ativa a neuroplasticidade, isto é, a capacidade que o cérebro tem de aprender, reprogramar-se e de se adaptar perante diferentes estímulos. “As letras que canta quando ouve música estão, na verdade, ainda mais conetadas do que se apenas as dissesse, especialmente porque a música muitas vezes também vincula emoções”, diz.

1.3 – Emily McDonald também sugere que pare de apontar as falhas e imperfeições dos outros. “Uma das táticas mais importantes que aprendi a respeito de saúde mental e mentalidade é que tudo o que julga noutras pessoas está ligado a algo sobre o qual se julga internamente.”

In Notícias ao Minuto | https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/tr%C3%AAs-h%C3%A1bitos-que-prejudicam-muito-o-c%C3%A9rebro-segundo-uma-neurocientista/ar-BB1hjG1D?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=51add7c58b3d46f1841d968bb8b365b7&ei=18

A poesia não se inventou para cantar o amor Eça de Queirós, in ‘A Correspondência de Fradique Mendes’

A poesia não se inventou para cantar o amor — que de resto não existia ainda quando os primeiros homens cantaram. Ela nasceu com a necessidade de celebrar magnificamente os deuses, e de conservar na memória, pela sedução do ritmo, as leis da tribo. A adoração ou captação da divindade e a estabilidade social, eram então os dois altos e únicos cuidados humanos: — e a poesia tendeu sempre, e tenderá constantemente a resumir, nos conceitos mais puros, mais belos e mais concisos, as ideias que estão interessando e conduzindo os homens. Se a grande preocupação do nosso tempo fosse o amor — ainda admitiríamos que se arquivasse, por meio das artes da imprensa, cada suspiro de cada Francesca. Mas o amor é um sentimento extremamente raro entre as raças velhas e enfraquecidas. Os Romeus, as Julietas (para citar só este casal clássico) já não se repetem nem são quase possíveis nas nossas democracias, saturadas de cultura, torturadas pela ansia do bem-estar, cépticas, portanto egoístas, e movidas pelo vapor e pela electricidade.

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Estão a chegar as primeiras CARSOférias do ano

CARSOférias Fora d’Horas

Caro mini explorador de férias: as CARSOférias fora d’horas chegaram e estamos à espera que te juntes à tribo! Temos atividades experimentais de tirar o fôlego: no nosso laboratório vamos testar o poder do ar. Se andas sempre com a cabeça no ar, vamos construir um catavento para que não percas o norte! As energias são recuperadas na nossa cozinha científica: bolinhos de areia. Parece-te bem? E não largamos o tema da areia, que tem pano para um deserto: será que todas as areias são iguais? E para que nunca te atrases vamos construir uma ampulheta. Este relógio não precisa de corda mas damos corda aos sapatos e vamos para o exterior descobrir um mundo mágico: os líquenes. Há melhor maneira de começar um novo ano?Apressa-te, as inscrições estão abertas. Junta-te à tribo!

INFO | https://alviela.cienciaviva.pt/12694/carsoferias-fora-d_horas—inscricoes-abertas?utm_source=brevo&utm_campaign=CARSOfrias%20fora%20dhoras&utm_medium=email

ALERTA | O nosso blog Das Culturas está inacessível.

Caros leitores

Fomos sujeitos a intervenção “estranha” que não permite o acesso ao nosso endereço https://dasculturas.com.

No entanto, a gestão do blog está operacional, pelo que resolvemos enviar esta mensagem aos mais de 50.000 membros registados, que irão receber esta notificação via email. Estamos a tentar resolver o problema com a ajuda do WordPress, sistema que utilizamos.

Por precaução, registámos o URL https://pnetcultura.pt, pois em caso de impossibilidade definitiva de utilização do nome atual, teremos de mudar de nome e endereço.

Um abraço a todos os amigos que nos visitam.

Vítor Coelho da Silva, 22-01-2024

Geração Ronaldo | por Carlos Matos Gomes

Uma das possíveis formas de emprateleirar gerações — de “fazer” História — é recorrendo à taxionomia, a ciência que se ocupa da organização de grupos de seres vivos com base nas suas semelhanças e diferenças.

A taxionomia histórica tem recorrido a uma classificação dos seres humanos por gerações: geração dos babyboomers, os do pós Segunda Guerra, e depois há para todos os gostos: geração X, Y, Z, alfa, millennialwoke, de 70, aqui em Portugal até a ‘geração rasca’. Eu tenho a minha tabela privativa, que inclui a geração da ‘cena’ — termo que integra a novilíngua, revelador da diminuição drástica do vocabulário destas novas espécies geracionais, que acabarão a falar com os polegares nos ecrãs tácteis, prevejo, sem qualquer drama — dos alunos, ou de um aluno ou de frequentador ou frequentadores da Universidade Católica que agarrou ou agarraram num jornalista do jornal Expresso e o retiraram preso por braços e pernas da sala onde o doutor André Ventura, chefe do partido Chega, ia proferir uma conferência sobre a sua visão do mundo.

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O poeta Silas Correa Leite escreveu o livro de disparates poéticos do ‘H 2 O P U S’ durante a pandemia da COVID

O que gera o fantasma são as fomes […].

A queda repentina do horizonte […].

O tiro pelas costas, a escuridão […].[ Millôr Fernandes ]

Colha o dia.

Acredite o mínimo possível no futuro.[ Homero ]

A dor é constitutiva de nosso ser e de nossa vida.

E é por isso que, por vezes, a gente escreve.

[ João Anzanello Carrascosa ]

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Albert Einstein, de uma entrevista de 1929 com George Sylvester Viereck

Sou determinista. Como tal, não acredito no livre-arbítrio. Os judeus acreditam no livre arbítrio. Acreditam que o homem molda a sua própria vida. Rejeito filosoficamente esta doutrina. A este respeito, não sou judeu… Acredito com Schopenhauer: podemos fazer o que queremos, mas só podemos desejar o que devemos. Na prática, porém, sou obrigado a agir se existisse liberdade de vontade. Se quero viver numa comunidade civilizada, tenho de agir como se o homem fosse um ser responsável. “Não estou reivindicando nada. Tudo é determinado, começo e fim, por forças sobre as quais não temos controle. É determinado para o inseto, bem como para a estrela. Pó humano, vegetal ou cósmico, todos dançamos ao som de uma melodia invisível, cantada ao longe por um jogador misterioso. “Sou artístico o suficiente para explorar a imaginação livremente. A imaginação é mais importante do que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação rodeia o mundo.”

~ Albert Einstein, de uma entrevista de 1929 com George Sylvester Viereck. (Albert Einstein por Lotte Jacobi.)

Carta divulgada em Davos. Mais ricos do mundo pedem mais impostos sobre fortunas | in RTP

Estão entre os mais ricos do mundo, também por isso participam no Fórum Económico Mundial, e querem que os líderes mundiais tomem “medidas para fazer face ao dramático aumento da desigualdade económica” para evitar consequências “catastróficas para a sociedade”. Em carta aberta apresentada na cimeira, afirmam que a luta por “impostos mais justos não é radical”.

“É uma exigência de um regresso à normalidade com base numa avaliação sóbria das atuais condições económicas”, escreveram os signatários de 17 países.

“Somos as pessoas que investem em startups, moldam os mercados de ações, fazem crescer os negócios e promovem o crescimento económico sustentável. Somos também as pessoas que mais beneficiam do status quo”, reconhecem ainda.

Contudo, consideram que: as desigualdades a nível global atingiram “um ponto de viragem e o custo para a nossa estabilidade económica, social e ecológica é grave e aumenta todos os dias”.

“Precisamos de ação já”, exigem os signatários, nos quais se incluem a herdeira da Disney, Abigail Disney, o ator Brian Cox e a norte-americana Valerie Rockefeller. “O nosso pedido é simples: pedimos que nos imponham mais impostos, a nós os mais ricos da sociedade”.

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‘Alucilâminas’: a poética do desespero | Nova obra de Silas Corrêa Leite | por Adelto Gonçalves 

Nova obra de Silas Corrêa Leite homenageia a poeta, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath

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            Com versos inspirados na obra da poeta, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath (1932-1963), Silas Corrêa Leite (1952) acaba de lançar Alucilâminas: poemas plathônicos versos atemporais da redoma de vidro de Sylvia Plath (Cotia-SP, Editora Cajuína, 2023), em que trava um diálogo com aquela que é considerada uma das mais celebradas escritoras do Ocidente, ainda que só tenha chegado a essa condição depois de cometer suicídio, em Londres, na flor de seus 30 anos.
Repetindo o que Herberto Helder (1930-2015) e Hilda Hilst (1930-2004) já fizeram com versos de Luís de Camões (c.1524-c.1580) e Fernanda Young (1970-2019) com versos de Florbela Espanca (1894-1930) e Ana Cristina César (1952-1983), reproduzindo palavras destes autores em peças poéticas sem recorrer ao uso de itálico ou de notas de rodapé, Silas constrói poemas em que conserva o tom confessional de Sylvia Plath, chegando a um ponto em que não se sabe quem seria o verdadeiro autor do texto.

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Olympia | Édouard Manet | Técnica  óleo sobre tela, 1863 | Dimensões  130,5 × 190 | Localização  Museu d´Orsay, Paris

Olympia é uma pintura realista de Édouard Manet. Foi pintada em 1863, mede 130,5 por 190 centímetros e está no Museu d’Orsay em Paris.[1] Foi selecionada para o Salon de Paris em 1865 e lá exibida.

O quadro mostra uma mulher nua (“Olympia”) deitada em uma cama, enquanto uma serva lhe traz flores. Foram modelos Victorine Meurent e Laure. O olhar direto de Olympia causou choque e espanto quando a pintura foi exibida pela primeira vez, porque um certo número de detalhes na pintura a identificavam como uma prostituta. O governo francês adquiriu a pintura em 1890 após uma subscrição pública organizada por Claude Monet.

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O que chocou o público contemporâneo não foi a nudez de Olympia, nem a presença de sua empregada totalmente vestida, mas o seu olhar de confrontação e uma série de detalhes identificando-a como uma semi-mundana ou prostituta. Estes incluem a orquídea em seus cabelos, sua pulseira, brincos de pérola e o xaile oriental em que ela repousa, símbolos de riqueza e sensualidade. A fita preta em volta do pescoço, em contraste com sua carne pálida, e seu chinelo solto sublinham a atmosfera voluptuosa.[2] “Olympia” era um nome associado a prostitutas na década de 1860 em Paris.[3]

Precedentes : A pintura foi inspirada na Vênus de Urbino de Ticiano, que por sua vez tem referência na obra Vênus Adormecida de Giorgione.

“Simplificar a língua” dá origem a um pensamento no presente, limitado ao momento, incapaz de projeções no tempo.

“O desaparecimento gradual dos tempos (subjuntivo, passado simples, imperfeito, formas compostas do futuro, particípio passado, etc.) dá origem a um pensamento no presente, limitado ao momento, incapaz de projeções no tempo.

A generalização do uso do primeiro nome, o desaparecimento das letras maiúsculas e a pontuação são golpes fatais na sutileza da expressão.

Remover a palavra “miss” não é apenas renunciar à estética de uma palavra, mas também promover a ideia de que entre uma menina e uma mulher não há nada.

Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos oportunidade de elaborar um pensamento.

Estudos têm demonstrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de colocar emoções em palavras.

Quanto mais pobre a língua, menos pensamento existe.

Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras.

Como construir o pensamento hipotético-dedutivo sem dominar o condicional? Como podemos encarar o futuro sem conjugação com o futuro? Como apreender uma temporalidade, uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, bem como a sua duração relativa, sem uma linguagem que diferencie entre o que poderia ter sido, o que foi, o que é, o que pode acontecer e o que será depois do que poderia acontecer?

Se há um grito de guerra a ser ouvido hoje, é aquele dirigido aos pais e professores: deixem os vossos filhos, os vossos alunos, os vossos alunos e os vossos alunos falarem, lerem e escreverem.

Ensine e pratique a língua nas suas mais variadas formas, mesmo que pareça complicada, especialmente se for complicada.

Porque neste esforço está a liberdade.

Aqueles que explicam o tempo todo que é necessário simplificar a ortografia, expurgar a língua de seus “defeitos”, abolir gêneros, tempos, nuances, tudo o que cria complexidade são os coveiros do espírito humano. «

Retirado do Facebook | Mural de Hélène Pereira

Vasco Núñez de Balboa, o primeiro europeu a ver o Oceano Pacífico

Em 15 de janeiro de 1519, Vasco Núñez de Balboa, o primeiro europeu a ver o Oceano Pacífico, foi decapitado. Marco da exploração que foi possível graças às instruções dos guias indígenas.

Em uma expedição complicada cheia de pântanos, chuvas e inimigos, eles fizeram o seu caminho para o que ele chamou de Mar do Sul (Oceano Pacífico). Fernando, o Católico, depois de ouvir as boas novas, reconheceu Núñez de Balboa como o descobridor do Mar do Sul e o governo do Panamá e Cohíba. No entanto, foi a partir deste momento que a inveja e a traição afetaram as façanhas do explorador. Pedro Arias Dávila entraria em cena e as disputas pelas terras recém-descobertas criaram uma inimizade entre os dois exploradores.

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MULHER | JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS

A mulher não é só casa

 mulher-loiça, mulher-cama

 ela é também mulher-asa,

 mulher-força, mulher-chama

 E é preciso dizer

 dessa antiga condição

 a mulher soube trazer

 a cabeça e o coração

 Trouxe a fábrica ao seu lar

 e ordenado à cozinha

 e impôs a trabalhar

 a razão que sempre tinha

 Trabalho não só de parto

 mas também de construção

 para um filho crescer farto

 para um filho crescer são

 A posse vai-se acabar

 no tempo da liberdade

 o que importa é saber estar

 juntos em pé de igualdade

 Desde que as coisas se tornem

 naquilo que a gente quer

 é igual dizer meu homem

 ou dizer minha mulher

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do homem;

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CONTRA A RÚSSIA, MARCHAR, MARCHAR! | por Carlos Fino | in Facebook

À medida que nos aproximamos do segundo aniversário da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, multiplicam-se os artigos de opinião e análise tentando fazer o ponto da situação. 

Isto é perfeitamente compreensível. O que espanta, entretanto, é que, pelo menos até agora, as opiniões expressas entre nós nos media convirjam num só sentido: a necessidade de continuar a sancionar a Rússia e armar a Ucrânia com armas sempre mais poderosas e de maior alcance.

O DN, este fim de semana, é paradigmático – publica, logo no mesmo dia (!), duas colunas assim intituladas:

“A guerra da Ucrânia em 2024 – resistir e (re)construir (rapidamente) as condições para a derrota da Rússia”, da autoria do tenente-general Marco Serronha, do Europe’s War Institute;

e

“Ano Novo: Fazer sair a Rússia da Ucrânia sem mais demoras” (sic)

da autoria de Victor Ângelo, um conselheiro em segurança internacional, que sempre evoca a sua condição de ex-secretário-geral-adjunto da ONU.

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Fórum Económico Mundial arranca amanhã em Davos: o que é, quem vai estar presente e quanto custa | in SAPO Executive

A Davos sign sits atop a hotel roof ahead of this year’s World Economic Forum in Davos, Switzerland.

O próximo Fórum Económico Mundial (WEF), em Davos, na Suíça, tem arranque marcado para esta segunda-feira (14-01-2024): mas por que motivo todos querem viajar, o que pretendem alcançar e o fórum está aberto a qualquer pessoa?

Em primeiro lugar, onde e o que é?

O 54º evento anual em Davos vai decorrer durante cinco dias na estação de esqui suíça e vai atrair líderes empresariais globais, políticos e organismos internacionais para falar sobre tudo, desde tensões geopolíticas até à ascensão da Inteligência Artificial.

Em edições anteriores estiveram presentes os líderes políticos dos Estados Unidos, do Reino Unido, França, Alemanha e China.

Quem vai estar presente?

Os ministros do Reino Unido, Jeremy Hunt e Rachel Reeves, já confirmaram a presença. Entre os participantes da esfera política global estão o número 2 chinês, Li Qiang, e o presidente francês, Emmanuel Macron, que vão fazer discursos especiais. Macron será o único líder do G7 presente no evento deste ano.

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José Pacheco Pereira | Atribuição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural

A Temas e Debates felicita o historiador José Pacheco Pereira pela atribuição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural.

O autor de Álvaro Cunhal – Uma Biografia Política – de que estão publicados quatro volumes –, As Armas de Papel – Publicações Periódicas Clandestinas e do Exílio Ligadas a Movimentos Radicais de Esquerda Cultural Política (1963-1974) Crónicas dos Dias do Lixo foi distinguido pela Estoril Sol pelo seu empenho na «defesa do interesse público quanto à preservação do património cultural».

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Novo Aeroporto de Lisboa | Aeroporto Mário Soares? | Fica a sugestão | Wikipédia

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTE • GCC • GColL (LisboaCamões7 de dezembro de 1924 – LisboaSão Domingos de Benfica7 de janeiro de 2017) foi um advogado e político português que ocupou os cargos de Primeiro-Ministro de Portugal de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985 e de Presidente da República Portuguesa de 1986 até 1996.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro como militante de base do Partido Comunista Português e membro de outras estruturas ligadas ao PCP, o MUNAF e o MUD, tendo sido cofundador do MUD Juvenil — e depois na oposição não comunista — Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE — cumprindo cerca de três anos de cadeia (AljubeCaxias e Penitenciária) — e, posteriormente, deportado para São Tomé.[1] Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 — nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa — forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.[2]

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se de forma intransigente pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios — destaca-se sobretudo o facto de ter sido Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, associando-se ao processo de descolonização, qualidade em que dirigiu o processo de rápida independência e autodeterminação das províncias ultramarinas, processo esse que ficou para sempre como o ponto menos consensual do seu percurso político.[3]

Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, Soares foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática — nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República — Conselho da Revolução — pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD e o CDS (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.

Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal, e pela formalização da adesão de Portugal à CEE.

Depois destas experiências governativas, Mário Soares viria a ser Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 — venceu de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, contra Diogo Freitas do Amaral, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).[2]

https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares

Bernie Sanders avisa: se não apresentar “propostas radicais” para a “classe trabalhadora” Biden vai perder para um Trump “vingativo” in Jornal Expresso

“a realidade apoia Bernie Sanders”

Em 2016, Bernie Sanders reuniu um exército de jovens eletrizados com as suas promessas de maior igualdade social e tornou o “socialismo democrático” uma coisa aceitável para muitos num país com medo da esquerda. Foi ele quem convenceu Biden a colocar na agenda os pozinhos mais progressistas que acabaram por ficar como marca do primeiro mandato: mais investimento nas energias verdes e em infraestrutura pública. Sanders, com 82 anos, em entrevista ao “The Guardian”, deixa um novo aviso ao democrata para este ano de eleições: ou fala das soluções para quem está a perder poder de compra, ou perde para um Trump ainda mais sedento de poder.

Bernie Sanders é, sem necessidade de contraditório, o mais conhecido político progressista norte-americano vivo. Tentou duas vezes ganhar a nomeação democrata para a presidência, falhou por ser considerado pelo partido como demasiado à esquerda. Sempre foi o arauto das más notícias, algumas soavam mesmo apocalípticas, mas, como escreveu a revista “New Yorker” sobre o senador do estado do Vermont num perfil que publicou recentemente, “a realidade apoia Bernie Sanders”.

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“SUÉCIA PODE EM BREVE ENTRAR EM GUERRA”, ADVERTEM ALTOS RESPONSÁVEIS MILITARES DO PAÍS   

Os principais intervenientes na segurança, incluindo o Ministro da Defesa Civil sueco, Carl-Oskar Bohlin, e o Comandante-em-Chefe do país, Micael Bydén, concordam que a Suécia poderá enfrentar em breve uma guerra e apelaram a uma maior resiliência, incluindo entre a população civil.

Dado que se espera que a Suécia adira à NATO em 2024 e no contexto mais amplo da guerra da Rússia na Ucrânia, o Ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin, instou os seus concidadãos a prepararem-se para a guerra na conferência Folk och Försvar em Sälen.

Bohlin manifestou preocupação pelo facto de a modernização do sistema de defesa civil sueco não estar a acontecer com a rapidez suficiente e instou todos, desde gestores e vereadores locais a cidadãos privados, a agirem.

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A DESCOBERTA DO CORPO | SIMONE DE BEAUVOIR

“Desde que lhes desvendara o seu mistério, os livros proibidos amedrontavam-me menos; muitas vezes deixava demoradamente cair o meu olhar nas aparas de jornais pendurados nos W.C.. Foi assim que li um fragmento de folhetim em que o herói pousava sobre os seios brancos da heroína os seus lábios ardentes. Esse beijo queimou-me: simultaneamente macho, fêmea e “voyeur”, dava-o, recebia-o e enchia-me os olhos. Decerto, se senti uma tão grande emoção era porque o meu corpo já tinha despertado, mas os meus devaneios cristalizaram-se nesta imagem e não sei quantas vezes a evoquei antes de adormecer. Inventei outras: interrogo-me de onde as extraía. O facto de marido e mulher dormirem quase despidos na mesma cama não tinha bastado até então para me sugerir o abraço ou a carícia: suponho que os inventava a partir das minhas próprias necessidades, pois fui durante algum tempo o alvo de desejos torturantes; virava-me na cama com a garganta seca, chamando por um corpo de homem que viesse contra o meu corpo, por mãos de homem que tocassem a minha pele.

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¿Qué es socialismo? ¿Y socialdemocracia? ¿Y comunismo? ¿Y marxismo? | Mauricio Schwarz, El rey va desnudo

No, los socialistas democráticos de hoy no tienen nada que ver con los del siglo XIX o de la primera mitad del siglo XX. Sus ideas han evolucionado, han analizado la realidad a su alrededor y se han adaptado a la comprensión de los peligros que entraña el autoritarismo y la incapacidad de la economía centralmente planificada para satisfacer las necesidades de una sociedad.

Han reevaluado los objetivos importantes para una sociedad y han cambiado la realidad de muchos países actuando desde las leyes, desde la democracia plural y desde los principios éticos más sólidos. Pero a muchos les conviene seguir confundiendo las distintas vertientes del socialismo entre sí, como si fueran lo mismo, como si las ideas no evolucionaran, ni lo hicieran quienes se guían por los ideales nobles de una vida más digna para todos en todas las sociedades.

Más datos sobre la socialdemocracia actual en el sitio web de la Internacional Socialista en español:

Declaración de principios: https://www.internacionalsocialista.o…

Carta ética: https://www.internacionalsocialista.o…

‘Por baixo dos pés da chuva’, obra multilinguística de Rami Saari | por Adelto Gonçalves

Poemas do israelense Rami Saari chegam ao Brasil pela primeira vez e encantam por seu viés multicultural.

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            Um hebreu que nasceu em Israel, filho de um romeno e de uma argentina, que vive entre Helsinque e Atenas, fala um perfeito castelhano e conhece mais de uma dezena de idiomas, e ainda é poeta, só podia produzir uma obra multilinguística e multicultural, como bem a definiu o jornalista, ensaísta e poeta Moacir Amâncio, doutor em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (USP).
Esse poeta chama-se Rami Saari (1963), tradutor para o hebraico de uma centena de livros das literaturas albanesa, catalã, espanhola, estoniana, finlandesa, grega, húngara, turca, portuguesa e brasileira, que agora, pela primeira vez, tem uma antologia de seus versos publicada no Brasil, com texto de apresentação de Moacir Amâncio, professor titular da USP, que fez também algumas adaptações para o Português do Brasil na tradução do hebraico, de autoria do tradutor português  Francisco da Costa Reis.

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TÓPICOS DA IMPRENSA | 12-01-2024 | VCS

1 – António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, diz que os portugueses “estão muito viciados na subsídiodependência” e dependentes dos fundos europeus, cultura que limita as opções e que tem de ser mudada.

António Costa Silva deixará o Governo com a economia em desaceleração, mas satisfeito com a diversificação que tem vindo a ser trilhada. Confessa que ser ministro “não foi uma das melhores experiências” que teve na vida, pelos obstáculos à decisão que teve de enfrentar. Defende que há muito a mudar na forma como a Administração Pública funciona e que é urgente deixar de demonizar as empresas. Eis o balanço que o ministro da Economia e do Mar faz de quase dois anos no Governo.

O que foi mais difícil nestes dois anos?

O mais difícil foi uma pessoa que trabalhou sempre no sector privado adaptar-se à Administração Pública portuguesa. São os obstáculos, a burocracia. Quem trabalha numa empresa reúne-se com os colaboradores e decide: amanhã vamos fazer isto, na próxima semana está feito. Na Administração Pública é muito difícil, tem de se andar sempre a negociar. O que mais me deixa fora de mim são as coisas que penso que já estão decididas, depois dão uma cambalhota e voltam de outra maneira. Temos uma Administração que tem muita burocracia. Há muito a mudar na forma como funciona. Precisamos de atuar rapidamente, precisamos de simplificar mais.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Para ler este artigo na íntegra clique aqui

2 – Maló de Abreu sai do PSD porque as propostas do partido “abandonam o Estado Social, o SNS”

Não me revejo neste PSD, em absoluto”, reiterou, dizendo que o partido “virou à direita” na saúde.

Questionado sobre as áreas em que menos se revê no partido, Maló de Abreu lembra que é presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, dizendo que as propostas do PSD para a saúde, nomeadamente a não garantia de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) bem gerido, não lhe agradam.

“O PSD tem propostas que são, do meu ponto de vista, propostas que abandonam o Estado Social, abandonam o SNS e põem no mesmo patamar a saúde privada, social e o SNS”, vincou, brincando com a possibilidade de ser convidado por Pedro Nuno Santos.

Já sobre a formação da Aliança Democrática, que volta a juntar PSD, CDS e PPM, Maló de Abreu entende que esta coligação não passa de uma “máscara” criada pelos partidos. O agora deputado não inscrito vai mesmo mais longe, dizendo que há “falta de direção política, liderança e clarividência”.

“O partido neste momento não tem credibilidade junto da sociedade portuguesa”, concluiu.

3 – É preciso “rever com muita urgência as condições de exercício de funções políticas”, alerta Mendonça Mendes

Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e dirigente do PS, António Mendonça Mendes acredita que a democracia tem muito a perder se não forem alteradas as condições para o exercício de cargos públicos. Acredita que António Costa pode ser o que quiser, mesmo sem o fim da investigação de que é alvo, porque não tem direitos políticos limitados e aponta baterias à direita, a área política do Presidente, como faz questão de lembrar. | in Jornal Expresso (ver entrevista).

4 – Quais são os Países com Governos de Extrema-Direita, em que os povos vivem financeiramente bem e felizes? | VCS

Comunicação Não-Violenta – O Segredo Para Comunicar Com Sucesso | Marshall Rosenberg

Num mundo violento, cheio de preconceitos, conflitos e mal-entendidos, procuramos ansiosamente por soluções que melhorem a relação que temos com os outros. Infelizmente, durante séculos, a nossa cultura nos ensinou a pensar e a falar de maneira a perpetuar o conflito, a violência e até a dor.

Mas saber ouvir o que está de facto a ser dito pelo outro e ser capaz de expressar o que de facto queremos dizer pode parecer simples, mas não o é. Nesta obra, Marshall Rosenberg apresenta o método da comunicação não-violenta que conjuga aptidões práticas com uma consciência e vocabulário poderosos, para ajudar qualquer pessoa a conseguir aquilo que deseja de forma pacífica.

«Marshall B. Rosenberg pôs em primeiro plano a simplicidade da comunicação bem-sucedida. Sejam quais forem as suas questões, as suas estratégias para a comunicação com outras pessoas preparam o leitor para ganhar sempre.» TONY ROBBINS

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HIPÁCIA DE ALEXANDRIA | Helena Vasconcelos, Humilhação e Glória

«Hipácia (o nome significa “a maior”) de Alexandria foi uma matemática distinta, especialista em álgebra e mecânica. Nasceu em 370 d.C. e era filha de Teon, um professor da Universidade de Alexandria que era filósofo, astrónomo, matemático e diretor do museu. Hipácia viveu sob o jugo do Império Romano, cuja jurisdição compreendia o Egito e, evidentemente, Alexandria, centro do conhecimento. Mas a sua formação pode dizer-se que era grega, o que a torna ainda mais fascinante. Foi a tradição do racionalismo grego que levou os seus estudos suficientemente longe para que se tornasse aquilo que o seu pai desejava para ela e que ela própria se propunha alcançar: um ser perfeito que combinava em si um corpo e uma mente perfeitamente sãos. Ao que parece, Hipácia era extremamente bela e igualmente talentosa, tendo partido para Atenas, ainda muito jovem, para estudar com Plutarco. Quando regressou a Alexandria, a sua fama ultrapassava as fronteiras do mundo antigo. Era conhecida por conseguir decifrar os mais complicados problemas matemáticos, sendo consultada amiúde pelas mais brilhantes cabeças do mundo. 

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Onésimo Teotónio de Almeida Despenteando parágrafos

Neste livro, o autor aborda questões polémicas no nosso meio cultural e universitário: de onde vêm a verborreia empolada e a dificuldade lusitana de se debater argumentos sem entrar em ataques pessoais?

Porque eram os intelectuais portugueses tão sensíveis às modas francesas?

Porque é que os intelectuais europeus não compreendem a América?

Porque é que o provincianismo português é tão arrogante?

Um livro WOOK

Poesia | Lado a Lado | Gonçalo Bastos | por Maria Isabel Fidalgo

Tem 17 anos, gosta de poesia e tem uma cultura invulgar. Ama as estruturas clássicas e a linguagem erudita.

Não é meu aluno, mas, se ainda lecionasse, como gostaria que fosse! 

Digam da vossa justiça.

É o Gonçalo Bastos .Está no décimo segundo ano, no Colégio D. Diogo de Sousa, e ama a  Palavra e a sua música. É uma promessa!

Lado a Lado 

Senhor, Senhor, concede-me uma musa

de ricas feições, pele rubra de vinho!

Concede-ma já, tão linda e difusa,

que eu… ah, ‘inda não sei amar sozinho!

Confia-me essa flor que usa, confusa,

sua fragrância intrusa, alva de linho,

não p’ra sorver de nosso ninho a escusa,

mas para o dom de si, áureo caminho!

Vivamos sobre a Morte, bons vadios,

mártires até que a sombra venha e tolha

nossas rugas, bons pios, maus feitios!

Morramos sobre a Vida, velha folha

outonal, despojada de seus brios!

Enlacemos as mãos – é nossa escolha!

Franz Beckenbauer, o Kaiser | por Luís Aguilar

Tudo em Beckenbauer é grande e portentoso. Até o nome. Experimentem dizer: Franz Beckenbauer. Mesmo para quem nunca ouviu falar (e esses têm de ser multados), é toda uma sonoridade que nos deixa em sentido. Sílaba por sílaba, mostra que está ali alguém maior do que a vida. A alcunha futebolística também representa essa enormidade. Kaiser (imperador) foi um dos maiores de sempre. Campeão do mundo como jogador e treinador, o homem que (re)inventou a posição de líbero e revolucionou o futebol. Sempre com uma liderança digna dos melhores e mais bravos comandantes. Imparável mesmo quando partiu a clavícula nas meias-finais do Mundial de 1970, frente à Itália, e continuou a jogar. Seria “apenas” mais um capítulo na história do homem que se transformou em lenda. | Retirado do Facebook | Mural de Luís Aguilar

“As pessoas vêem Israel como um Estado ocupante e não como um país democrático”, Nabil Abuznaid, embaixador da Palestina em Portugal | in DN

Em entrevista por email, Nabil Abuznaid, embaixador da Palestina em Portugal, espera uma mudança do Hamas para que este possa vir a aderir à Autoridade Palestiniana.

Que balanço faz dos três meses decorridos desde os atentados terroristas de 7 de outubro?
Após três meses da mais sangrenta guerra e destruição, não houve solução. Até as esperanças de paz diminuíram. Isto diz-nos que a paz entre a Palestina e Israel não pode ser alcançada através de guerras e que não há solução militar para este conflito. A única via é a das negociações pacíficas entre ambas as partes, e a única forma de Israel poder viver em segurança é se os palestinianos puderem viver em paz e com dignidade num Estado próprio chamado Estado da Palestina.

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Os 10 melhores poemas de Fernando Pessoa nº1 – Poema em linha reta | 10-01-2024

In ncultura.pt

Escritor e poeta, Fernando Pessoa é considerado, ao lado de Luís de Camões, o maior poeta da língua portuguesa e um dos maiores da literatura universal. O crítico literário Harold Bloom afirmou que a obra de Fernando Pessoa é o legado da língua portuguesa ao mundo.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em junho de 1888, e morreu em novembro de 1935, na mesma cidade, aos 47 anos, em consequência de uma cirrose hepática. A sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935: ‘I know not what tomorrow will bring’ (Não sei o que o amanhã trará).

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Memorial de José Afonso inaugurado no dia 6 de Janeiro de 2024, em Setúbal | In LUSA e “O Setubalense” online | Autor Ricardo Crista

Segundo a autarquia de Setúbal, a inauguração da obra do escultor setubalense Ricardo Crista é a primeira iniciativa de 2024 do projeto Venham Mais Vinte e Cincos, que, entre 2022 e 2025, comemora os 50 Anos da Revolução dos Cravos, numa organização da Câmara Municipal de Setúbal com as juntas de freguesia e o movimento associativo.

Portugal | Maria Isabel Fidalgo | Antes de Mim um Verso, Poética Grupo Editorial

Portugal

Sempre o teu sangue me sacode,

e cada sílaba do teu nome

me faz descer as lágrimas,

meu berço de três silabas,

debruado em ondas

dos confins do mundo.

Ah, meu arrimo,

pau de canela,

fulgor d’epopeia,

sol em candeia,

na noite escura 

quem te apagou?

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INFLUENCERS | Tiago Salazar

Ando fascinado com esta actividade, sobretudo depois de ter sido apontado (por um influencer renomado) como um notável influencer de costumes. Fui debruçar-me sobre os meus escritos e tive que concordar: sou um influencer. E qual é a minha influência? Em primeiro lugar, exorto ao tratamento cuidado da língua, um órgão sublime de possibilidades. Uma língua afinada e afiada (e fluente) faz magia e milagres. Depois, incito os meus influenciados à prática da arte do Amor que inclui uma sexualidade sã e aprazível para ambas as partes. Fomento ainda a baterem-se pelos direitos básicos e a votarem, nem que seja em branco, pese embora não veja a política dissociada da mentira. Há quem exiba decotes e seios e pernas e saltos altos e as bordas de reentrâncias. Eu exibo manuais hindus ou nórdicos como o Kamasutra ou o Kalevala. Tudo acaba por levar a uma certa influência.

ESTÁ NA HORA DE PÔR TERMO À FANTASIA DE QUE A RÚSSIA  SERÁ DERROTADA | in Wall Street Journal

Numa altura em que o Presidente russo, Vladimir Putin, olha para o segundo aniversário do seu ataque total à Ucrânia, é difícil ignorar a sua autoconfiança. 

A tão esperada contra-ofensiva ucraniana não conseguiu o avanço que daria a Kiev uma mão forte para negociar. A turbulência no Médio Oriente domina as manchetes, e o apoio bipartidário à Ucrânia nos EUA foi anulado pela polarização e pela disfunção no Congresso, para não mencionar as tendências pró-Putin do candidato republicano à presidência, Donald Trump.

Putin tem motivos para acreditar que o tempo corre a seu favor. 

Na linha da frente, não há indicações de que a Rússia esteja a perder o que se tornou uma guerra de desgaste. A economia russa foi abalada, mas não está em frangalhos. O poder de Putin foi até, paradoxalmente, fortalecido após a rebelião fracassada de Yevgeny Prigozhin em Junho. O apoio popular à guerra continua sólido e o apoio da elite a Putin não se desfez.

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O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura, de José Eduardo Franco e Luiz Eduardo Oliveira

Lisboa, 04 de janeiro de 2024 – Dificilmente haverá, na história portuguesa e brasileira, uma figura política tão sujeita a processos de reinterpretação e construção de imagens ambivalentes, contrastadas ou mitificadas – com os mais diversos propósitos – como Sebastião José de Carvalho e Melo. Contudo, e inequivocamente, o contributo da ação reformativa do primeiro-ministro para o processo de unificação e construção de uma nação imensa na América do Sul é inegável. José Eduardo Franco e Luiz Eduardo Oliveira demonstram-no com rigor na primeira novidade da Temas e Debates para este novo ano de 2024: O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura chega às livrarias a 11 de janeiro.o.

Sinopse

O Marquês de Pombal é uma chave importante para compreendermos dimensões relevantes do Portugal e do Brasil de hoje e até de outros países que a sua ação política influenciou. A sua política reformista é fundamental para o processo de unificação do Brasil e das condições estruturantes para a futura independência deste que é um dos maiores países do mundo. A reforma administrativa civil que visava garantir a soberania do Estado em todo o território, a reforma linguística que impôs o português como língua única, a mudança da capital da Bahia para o Rio de Janeiro, a lei da liberdade dos ameríndios, a expulsão dos Jesuítas e o fim dos aldeamentos missionários autónomos administrados por religiosos, o estabelecimento das bases do ensino público, a criação da companhia monopolista para o Grão-Pará e Maranhão, a continuação do impedimento de criação de universidades nas colónias, que inibiu a constituição de elites diferenciadas nos diferentes pontos do território, são algumas das medidas políticas josefino-pombalinas que impediram a fragmentação política do imenso território que passou a designar-se como brasileiro, conferindo-lhe uma coerência e unidade maior. Esta política colonial dirigida sob a batuta do rei D. José I e do seu primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo foi fundamental para a construção do Brasil que hoje conhecemos, sendo precursora do sucesso da sua autodeterminação proclamada no século seguinte, no ano de 1822, com o simbólico grito do Ipiranga de D. Pedro.

Florbela Espanca, in “Charneca em Flor”  Ilustração por Eugène de Glass

“Ser a moça mais linda do povoado. 

Pisar, sempre contente, o mesmo trilho, 

Ver descer sobre o ninho aconchegado 

A bênção do Senhor em cada filho.

Um vestido de chita bem lavado, 

Cheirando a alfazema e a tomilho… 

– Com o luar matar a sede ao gado, 

Dar às pombas o sol num grão de milho…

Ser pura como a água da cisterna, 

Ter confiança numa vida eterna 

Quando descer à “terra da verdade”…

Deus, dai-me esta calma, esta pobreza!

Dou por elas meu trono de Princesa, 

E todos os meus Reinos de Ansiedade.”

TÓPICOS DA IMPRENSA | 07-01-2024 | VCS

1 – Há um cargo europeu que vai ficar vago: socialistas querem “o melhor para António Costa”.

Charles Michel vai ser candidato às eleições europeias e, por isso, sairá mais cedo da presidência do Conselho Europeu. Será cedo para António Costa? Socialistas acham que é possível primeiro-ministro ficar com o lugar.

O atual presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel, vai deixar a presidência do Conselho Europeu mais cedo do que esperado, já em junho, pelo que volta a colocar-se a questão da sucessão e, pelo menos pelo congresso do PS, os olhos voltam-se para António Costa, que está no encerramento do 24º Congresso.

“Queremos o melhor para António Costa”, respondeu Pedro Nuno Santos à chegada à FIL. Questionado sobre o futuro político do ainda primeiro-ministro, o novo líder so PS diz que Costa “tem o futuro aberto” e será “aquilo que ele quiser, pelo que deu ao país e à Europa”.

Para ler este artigo na íntegra clique aqui / JORNAL EXPRESSO

BE considera que partidos têm de dizer que maiorias vão constituir | Mariana Mortágua

DN/LUSA

“Cada partido tem a responsabilidade de dizer como é que vai ser o dia a seguir às eleições”, afirmou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou este sábado que todos os partidos têm de dizer com clareza aos eleitores o que vão fazer no dia a seguir às eleições legislativas, nomeadamente que maiorias vão constituir.

“Por uma questão de transparência e de respeito para com os eleitores, cada partido tem a responsabilidade de dizer como é que vai ser o dia a seguir às eleições e que maiorias é que vão constituir-se e em torno de que medidas porque as eleições são sobre isso”, afirmou Mariana Mortágua aos jornalistas, no Porto, à margem de um protesto dos trabalhadores dos bares dos comboios.

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O melhor dirigente europeu e o pior | Carlos Matos Gomes

O melhor é espanhol

O jornal El País, um grande jornal europeu, publica na edição de 1 de Janeiro de 2024 uma entrevista do escritor Arturo Pérez-Reverte ao programa El Hormiguero (O Formigueiro) da cadeia SER, de televisão, para falar do seu último romance. Uma conjugação de acontecimentos impossível de encontrar em Portugal, um grande jornal (que não há) noticiar a ida de um escritor a uma estação de televisão (de onde a literatura está banida, assim como os escritores) e descrever o que o escritor disse sobre a política do seu país e, no caso, a opinião que tem sobre a lei de amnistia que o primeiro-ministro Pedro Sanchez promoveu para comprar os votos dos independentistas catalães que lhe permitiram formar governo.

Antes de falar de Pedro Sanchez, diz Arturo Perez-Reverte, citado pelo El País: “suponho que irei ao programa falar de livros, mas temo que não somente de livros”. Arturo Pérez-Reverte acabou falando sobre o seu livro e sobre outros temas, entre eles a lei de amnistia e a figura de Pedro Sánchez.

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O Elogio da Cobardia | Carlos Matos Gomes

Elogiar uma qualidade ou uma caraterística da sociedade através do comportamento dos seus elementos é, tem sido, uma forma de os publicistas, sob várias designações, filósofos, pensadores, conselheiros, sociólogos, historiadores, escritores de obras de vários tipos, e agora os ‘cientistas políticos’, transmitirem a sua visão do mundo que os rodeia, dos seres que dominam e que são dominados, da atitude que determina o modo como os seus correligionários e os seus adversários se comportam para atingirem os seus objetivos. Em resumo, os valores de uma dada sociedade.

Numa rápida pesquisa encontramos além do clássico «Elogio da Loucura», de Erasmo, títulos como «Elogio da Divergência», «Elogio da Superficialidade», «Elogio da Felicidade», «Elogios Fúnebres», «Elogio do Silêncio», «Elogio da Morte» e até dois títulos de autores portugueses tão distintos quanto José Vilhena com o sarcástico «Elogio da Nobreza» e o sério «Elogio da Sede» de Tolentino Mendonça. Não faltam, pois, temas, para Elogio. Deve haver nalguma biblioteca um elogio da coragem, mas julgo que não haverá, estou quase certo de que não, um «Elogio à Cobardia». Por mim não o penso fazer, embora o tenha estado a ouvir sob diversas formas nas ações de propaganda que o núcleo duro da força de vendas das empresas de propaganda e manipulação de massas tem vindo a apresentar a propósito da ação de limpeza de Israel contra os palestinianos acantonados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia!

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O Beijo do Hotel de Ville | por Robert Doisneau

Morreu a mulher imortalizada por Doisneau em fotografia de beijo em Paris. Françoise Bornet, que morreu aos 93 anos, era uma das protagonistas da fotografia intitulada ‘O Beijo do Hotel de Ville’. «“Le Baiser de l’hôtel de ville”, ‘O Beijo do hôtel de ville’. A fotografia mostra um casal se beijando espontaneamente, passando  pela calçada de um café parisiense, em meio a outros pedestres, tendo ao fundo, o Hôtel de Ville, a Prefeitura de Paris.  O cliclê do fotógrafo francês Robert Doisneau (1912-1994) é um dos mais românticos da história da fotografia.»

“A destruição da razão” | José Pacheco Pereira

Jornal Público, 6 Janeiro 2024

O contínuo político-mediático muda o carácter daquilo a que chamávamos jornalismo. Não adianta virem-me dizer que essa relação existiu desde sempre em democracia, porque a resposta é não.

Há muitos anos que escrevo sobre um dos factores que penso estar na origem da crise das democracias, o domínio da política democrática pela sua transformação num contínuo político-mediático, que diminui a autonomia da decisão política e a torna cada vez mais dependente dos mecanismos da comunicação social e da sua evolução. Seguindo as tendências actuais, da ignorância agressiva, à culpabilidade afectiva, à colocação da racionalidade como uma coisa do passado e de velhos, sem capacidade de competir com o glamour da superficialidade, tudo puxando para baixo, a política foi pelo mesmo caminho de vulgaridade e comodismo.

Isso afecta a qualidade da democracia, e o contínuo político-mediático muda o carácter daquilo a que chamávamos jornalismo. Não adianta virem-me dizer que essa relação existiu desde sempre em democracia, porque a resposta é não.

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A Fava | Vasco Graça Moura

espero que me calhe aquela fava

que é costume meter no bolo-rei:

quer dizer que o comi, que o partilhei

no natal com quem mais o partilhava

numa ordem das coisas cuja lei

de afectos e memória em nós se grava

nalgum lugar da alma e que destrava

tanta coisa sumida que, bem sei,

pela sua presença cristaliza

saudade e alegria em sons e brilhos,

sabores, cores, luzes, estribilhos…

e até por quem nos falta então se irisa

na mais pobre semente a intensa dança

de tempo adulto e tempo de criança.

TÓPICOS DA IMPRENSA | 06-01-2024 | VCS

1 – A reter

  • Fernando Medina e Eurico Brilhante Dias farão parte da comissão política do PS, nomeados por José Luís Carneiro
  • Augusto Santos SilvaMariana Vieira da Silva e Inês de Medeiros também foram indicados para a comissão por Carneiro
  • A moção de estratégia de Carneiro, coordenada por André Moz Caldas, refletir-se-á no futuro programa eleitoral do PS, com Moz Caldas a negociar essa tarefa com a coordenadora do programa, Alexandra Leitão. | in VamoLáVer, Paulo Querido

2 – A notícia

O Partido Socialista prepara-se para eleger novos membros para a sua comissão política durante o 24.º Congresso, que tem hoje (24/01/05) início em Lisboa. Fernando Medina e Eurico Brilhante Dias são dois dos nomes propostos por José Luís Carneiro, juntando-se a Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Inês de Medeiros, que também foram indicados para integrar a comissão.

André Moz Caldas será o apresentador da moção de estratégia global de José Luís Carneiro no sábado e terá a responsabilidade de coordenar um grupo que irá enunciar as diretrizes da moção que eventualmente irão fazer parte do futuro programa eleitoral do PS. Para tal, Moz Caldas contará com a colaboração de figuras como Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, Capoulas Santos, Carlos Zorrinho, José Leitão e Vasco Franco. | Fonte: Público | | in VamoLáVer, Paulo Querido

3 - Tribunal de Contas conclui que privatização da ANA não salvaguardou o interesse público

“Face ao regime legal aplicável e aos contratos de concessão de serviço público aeroportuário celebrados com o Estado português, a privatização da ANA não salvaguardou o interesse público, por incumprimento dos seus objetivos”, lê-se no relatório da auditoria feita pelo Tribunal de Contas (TdC) à privatização da ANA, a que a Lusa teve hoje acesso.

A venda de 100% do capital da ANA Aeroportos à Vinci foi iniciada em 2012 e concluída em 2013 pelo Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, no âmbito de um pacote de privatizações que incluiu também os CTT, a REN ou a TAP, neste último caso depois parcialmente revertida pelo Governo seguinte do PS (com apoio parlamentar do PCP, BE e PEV), liderado por António Costa.

IN RTP NOTÍCIAS | https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/tribunal-de-contas-conclui-que-privatiza%C3%A7%C3%A3o-da-ana-n%C3%A3o-salvaguardou-o-interesse-p%C3%BAblico/ar-AA1mwM5Z?ocid=mailsignout&pc=U591&cvid=8e9634f41dee4a718439ff0a4c2c1779&ei=20

Günther Anders – ′′ A obsolescência do homem ′′ 1956″

“Foi em 1956 que o filósofo judeu alemão Günther Anders escreveu esta reflexão.

′′Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, não deve ser feito de forma violenta. Métodos arcaicos como os de Hitler estão claramente ultrapassados. Basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas…

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Uma viagem ao fim do mundo | de Paulo Roberto Pereira | por Adelto Gonçalves

Capa, lombada, quartacapa e orelhas do Livro “Atas do Quinto Seminário da Primeira Volta ao Mundo: a Estadia da Frota no Rio de Janeiro”

Ensaios mostram como a expedição de Fernão de Magalhães/Juan Sebastián Elcano foi o ponto de partida para o atual processo de globalização.
     I
            O Rio de Janeiro foi o primeiro porto visitado nas Américas pela expedição empreendida pelo navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521) e pelo espanhol Juan Sebastián Elcano (1476-1526) em 1519-1522, que entraria para a história como a primeira viagem de circum-navegação mundial.  Para celebrar esse acontecimento de cinco séculos que trouxe uma nova visão do mundo e comprovou que a Terra é redonda, foi realizado o Seminário Internacional do 5º Centenário da Primeira Volta ao Mundo, nos dias 12 e 13 de dezembro de 2019, no auditório do Museu Histórico Nacional, n o Rio de Janeiro, com palestras de historiadores do Brasil, Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Peru e Uruguai e o apoio do Instituto Camões, de Lisboa, e do Instituto Cervantes, de Madrid, e dos consulados desses países.

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Jesus e o Judaísmo. Artigo de Henry Sobel – Instituto Humanitas Unisinos – IHU | 29-11-2019

“A figura de Jesus tem sido, infelizmente, um empecilho no relacionamento entre cristãos e judeus, uma justificativa para exclusão mútua, uma fonte de atrito e ressentimento. É de fundamental importância que Jesus seja reconhecido como um elo essencial entre os dois credos. Jesus é a ponte através da qual toda a cristandade passa a ser incluída como descendente de Abraão e, portanto, co-herdeira, juntamente com os judeus, do seu grandioso legado espiritual”, escreve Henry Sobel, rabino e ex-presidente da Congregação Israelita Paulista (CIP), recentemente falecido.

O texto foi publicado originalmente em: Aquino, M. F. (Org) Jesus de Nazaré. Profeta da liberdade e da esperança. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999, pp. 89-104.

Eis o artigo.

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“Morte e Democracia” de José Gil

«Morte e Democracia» de José Gil (Relógio d’Água, 2023) é constituído por um conjunto de ensaios que nos permite compreender as virtualidades e as fragilidades da organização da sociedade contemporânea.

RESUMO | A morte traça uma fronteira-limite do pensamento. Para lá dela, nada há a experienciar ou a pensar. Fractura radical, deixa-nos à beira de um impensável abismo. Para o transpor, inventámos a transcendência e a imortalidade. E com elas surgiram as teocracias, as realezas mágicas e os regimes políticos que criaram as maiores desigualdades e injustiças. A democracia nasceu destituindo a transcendência religiosa do seu estatuto fundador da ordem política. E a imanência trará consigo, em princípio, uma possibilidade de igualdade…

A Inquisição na Europa e nas Américas

A Inquisição foi uma instituição criada pela Igreja Católica para perseguir ideias que pudessem perverter o cristianismo. Além de defender a fé católica, a Inquisição acabou sendo usada para perseguir inimigos políticos e engordar os cofres de reis e de religiosos. Ela não ficou só restrita à Europa, ela se espalhou junto com os espanhóis e portugueses por suas colônias e chegou até o Brasil, onde teve no Padre Antônio Vieira um forte inimigo.

Holmes Place Miraflores | Lisboa, Portugal

O seu clube, onde cuidamos do seu bem-estar.
Onde encontra uma comunidade de pessoas que percorrem o caminho para uma vida mais saudável. O local ideal para partilhar dicas, mensagens, muita inspiração e motivação.

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Vénus de Urbino (1538) | óleo sobre tela de Ticiano

Vénus de Urbino (1538) é um óleo sobre tela de Ticiano. Exibe o nu de uma jovem identificada como Vénus, deitada numa espécie de cama sumptuosa. A obra se encontra na Galleria degli Uffizi em Florença. A pose é baseada na Vénus Adormecida (c. 1510) de Giorgione, que Ticiano completou e que por sua vez está no Pinacoteca dos Mestres Antigos, em Dresden. A pintura foi financiada por Guidubaldo II, duque de Urbino. Vénus de Urbino inspirou designadamente a pintura Olympia de Édouard Manet.

Da estatuária grega aos sininhos natalícios Manuel S. Fonseca

Eu e os pavões do “meu” quintal queremos que tenhas um belo e limpo 2024. Para dar sorte deixo aqui com uma crónica com uns enfeites que – dizem – são garantia de prosperidade e felicidade. Bom Ano.

Da estatuária grega aos sininhos natalícios

O estudo é alemão. Debruça-se, com olhar entomológico, sobre o órgão sexual masculino, comumente chamado pénis. Bem sei que parece um tema bizarro, assim posto no microscópio, a meio das celebrações natalícias, mas já lá vamos. As festas natalícias apelam à felicidade e, mesmo se o pénis não é exactamente um pinheirinho de Natal, o certo é que os mais remotos antepassados desta nossa ocidentalíssima cultura o prezavam como símbolo ao qual a felicidade não era alheia.

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