Rússia suspende participação no tratado de desarmamento nuclear | in DN/AFP, 21 Fevereiro 2023

O Novo START, assinado pelo então presidente Barack Obama em 2010, restringiu a Rússia e os Estados Unidos a um máximo de 1.550 ogivas nucleares estratégicas implantadas cada um – uma redução de quase 30% em relação ao limite anterior estabelecido em 2002.

Vladimir Putin anunciou esta terça-feira que Moscovo vai suspender a sua participação no último tratado de controlo de armas entre as duas principais potências nucleares do mundo, a Rússia e os Estados Unidos.

Este anúncio deverá ser visto por analistas como uma grande tentativa de aumentar as apostas no confronto da Rússia com o Ocidente. “Tenho a anunciar que a Rússia está a suspender a sua participação no novo tratado START”, disse Putin no seu discurso sobre o Estado da Nação. “Não está a retirar-se do tratado, mas está a suspender a sua participação”, disse o presidente russo. “Ninguém deve ter a ilusão de que a paridade estratégica global pode ser violada”, disse Putin.

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Rússia sairá da guerra como vencedor militar e político | in mpr21

A Ucrânia perdeu a guerra. É algo óbvio desde o início, mas é bom que cada vez mais se rendam ao inevitável. Agora o jornal britânico The Guardian admite que o exército russo está preparado para uma ofensiva iminente em maior medida do que o ucraniano para a defesa. A moral das tropas ucranianas, assegura o jornal, está no chão e a taxa de suicídios é muito elevada (1).

O jornal alemão Die Welt também atira a toalha: “Até que ponto é realista uma vitória ucraniana? É quase impossível que a Ucrânia saia vitoriosa desta guerra”, reconhece o jornal (2). Para Zelensky, a vitória significa a reconquista de todos os territórios ocupados, incluindo a Crimeia. Mas nas circunstâncias atuais “isso é impossível. A Rússia ocupa atualmente cerca de 18% do território ucraniano. É mais provável que este valor aumente do que diminua no futuro”, conclui Die Welt.

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Vadim Kopyl | Cultura lusófona perde um grande amigo na Rússia | por Adelto Gonçalves

Morre em São Petersburgo o professor Vadim Kopyl, diretor do Centro Lusófono Camões, que coordenou a publicação de obras de vários autores portugueses e brasileiros.

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Vítima de uma bronquite, faleceu, dia 30 de janeiro de 2023, o professor Vadim Kopyl Alekseevich (1941-2023), doutor em Filologia Românica e diretor do Centro Lusófono Camões, da Universidade Estatal Pedagógica Hertzen, de São Petersburgo, entidade voltada para o ensino da Língua Portuguesa e que tem publicado vários livros de autores portugueses e brasileiros em russo. As obras facilitam o aprendizado tanto de alunos russos como de lusófonos, pois trazem uma página em português seguida de outra com o mesmo texto em russo. 
            Criado por empenho do professor Kopyl, o Centro Lusófono Camões foi inaugurado a 16 de junho de 1999, em ato prestigiado pelo embaixador de Portugal, José Luís Gomes, e pela embaixadora do Brasil, Teresa Maria Machado Quintella, e passou a funcionar dentro do campus da Universidade Hertzen, que é formado por vários palácios adaptados às necessidades de ensino, no centro histórico de São Petersburgo.

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Rússia lamenta “hipocrisia” da UE após críticas a Lavrov | in SIC Notícias

História de Lusa

Em causa estão as críticas do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, ao ministro das Relações Externas da Rússia.

O Ministério das Relações Externas da Rússia lamentou este sábado a “hipocrisia” da União Europeia, após críticas a Lavrov por declarações “antissemitas”.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, criticou o ministro das Relações Externas da Rússia, Sergey Lavrov, que afirmou que a União Europeia formou uma “coligação” ocidental para “resolver a questão russa“, de maneira semelhante à “solução final” de Adolf Hitler para exterminar os judeus.

Borrell disse que estas afirmações somam-se “aos comentários antissemitas proferidos pelo ministro Lavrov“.

Em resposta, a Rússia acusou este sábado Borrell de liderar um exercício de “hipocrisia“, recordando as declarações do chefe da diplomacia da UE, que dividiu o mundo entre “um jardim de flores“, habitado por 1.000 milhões de europeus, e “uma selva que avança sobre este“, referindo-se a Moscovo.

Estas declarações foram realizadas por Borrell em 2022 e mereceram a crítica de países como os Emirados Árabes Unidos.

Lavrov: Ocidente “proibiu” Zelenskyy de chegar a acordo com a Rússia | História de Nara Madeira in Euronews

O ministro dos negócios estrangeiros da Rússia atacou o apoio do Ocidente a Kiev numa conferência de imprensa, em Moscovo.

Sergey Lavrov afirmou que o seu país foi “forçado” a invadir a Ucrânia devido àquilo a que chamou de “guerra híbrida” do Ocidente contra a Rússia.

“O que está a acontecer agora na Ucrânia é o resultado de muitos anos de preparação pelos Estados Unidos e dos seus aliados para iniciar uma guerra híbrida global contra a federação russa”.

Sergey Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia

Lavrov acrescentava que “ninguém esconde isto”, acrescentando que, “recentemente”, o Presidente croata, Zoran Milanović, afirmou que se trata de “uma guerra da NATO contra a Rússia”, o que o chefe da Diplomacia russa considerava “uma declaração simples e honesta”.

O governante parecia também descartar conversações de paz, dizendo que o Ocidente impediu Kiev de negociar.

“O Ocidente decide em nome da Ucrânia. Foram eles que proibiram Zelenskyy de chegar a um acordo com a Rússia, no final de março do ano passado, quando tal acordo estava pronto. Por isso, o Ocidente decide, e decide pela Ucrânia, sem a Ucrânia”.

Discurso defendido, há muito tempo, pelo presidente russo, Vladimir Putin. O crescente apoio do Ocidente à Ucrânia está a resultar numa retórica do Kremlin cada vez mais dura. A invasão russa da Ucrânia, e de acordo com as Nações Unidas, já matou mais de 7000 civis, os EUA falam em 40 mil.

15% x 10% = 0,015 | 0,015 = 1,5% | total = 1,5% | um prémio a quem entender

Dizem os jornais e “media” em geral que a Rússia ocupou, ao longo da sua “intervenção militar especial” na Ucrânia, a área total de 15% de todo o País.  

Consideremos que é aceite que a ocupação actual é de 15%.

Consideremos ainda que “esta área” está ocupada, toda ela, por edificações de todo o tipo, o que não corresponde à realidade. Mas vamos considerar que sim.

Assim sendo, vamos admitir que 10% de todo o edificado numa área de 15% do total do País Ucrânia foi destruído e/ou danificado.

Logo, teríamos uma destruição de 1,5% de toda a Ucrânia.

Dizer-se então, que a Ucrânia é um País que está quase completamente destruído é uma falácia.

Repare-se mesmo que a Rússia nem sequer “passeou” pelos restantes 85% do País, salvo zonas pontuais e por muito pouco tempo, como logo no início na sua Capital, Kiev.  

Os especialistas credíveis consideram mesmo que as tropas russas seguriam quase à risca as Ordens Superiores recebidas, que foi a de procurarem o mais possível não destruirem edificações e muito menos atacar a população civil. O que tem lógica na perspectiva de que a intenção não era destruir, mas sim impedir que a Ucrânia aderisse à NATO e viesse a autorizar a instalação de armamento nuclear apontado à sua Capital, Moscovo e, também, de libertar o País de influências nazis que, entre outras decisões, proibiram o uso da língua russa e o seu ensino nas Escolas.

Os povos russos e ucranianos, e agora explicito aqui abertamente a minha opinião, não mereciam nem merecem esta guerra, provocada sob fortes influências externas, vindas mesmo de outro Continente  que combate a longa distância, como é seu costume.  

Até porque são povos irmanados há séculos, primos, irmãos e amigos uns dos outros.

Esta guerra tem de acabar já, um compromisso tem de ser encontrado, ambos os Países devem integrar plenamente um Continente que deve ser de Paz – do Atlântico aos Urais, como dizia De Gaulle.

A manipulada Comunicação Social, tem prestado um apoio assumido às “ordens de manipulação” que recebe.

It’s disgusting. Shame on you !

Shame on you too, political gentlemen !

——

Vítor Manuel Coelho da Silva, português, minderico, acérrimo defensor da Europa visionada por De Gaulle.

Do Atlântico aos Urais, e em paz com todos os outros Continentes.

O MUNDO é de TODOS | HUMANISMO e PAZ

RÚSSIA VAI ABSORVER REGIÕES PRÓ-RUSSAS DA UCRÂNIA | por Carlos Fino

Trata-se, grosso modo, da chamada Nova Rússia, incluindo o Donbass. Um território integrado ao Império russo em meados do século XVIII, por Catarina, a Grande, no contexto mais alargado da disputa com o Império turco, para lá tendo ir viver milhares de colonos russos.

Durante a URSS, por razões administrativas e políticas, esse território foi integrado na República Socialista Federada da Ucrânia e foi nessa configuração que passou para a República da Ucrânia, quando do colapso da União Soviética.

Nele vivem atualmente entre 6 a 7 milhões de pessoas (eram 8, antes da guerra), na sua maioria de origem russa e de língua russa.

As repúblicas do Donbass (Lugansk e Donetsk) não aceitaram o governo de Kíev saído da chamada “revolução Maidan”, de 2014, que consideraram um golpe inspirado pelos EUA, contra um governo legítimo, eleito em escrutínio validado pela OSCE – a organização de segurança e cooperação na Europa.

Como forma de conciliação, os acordos de Minsk – patrocinados pela Alemanha, França e Rússia, previam a concessão de autonomia a essas regiões, o que Kíev, entretanto nunca implementou.

Pelo contrário – as forças ultranacionalistas ucranianas que dominam o governo de Kíev tentaram (à revelia das promessas eleitorais de Zelensky) uma “solução de força” – proibição dos partidos e políticos favoráveis a um entendimento com Moscovo, proibição do uso da língua russa na administração pública, incluindo no ensino, fecho dos canais de televisão em língua russa e continuados ataques militares, na tentativa de derrotar as milícias pro-russas locais, que passaram, por seu turno, a ter apoio cada vez maior da própria Rússia.

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A guerra dos EUA contra a Rússia usou a Ucrânia numa guerra por procuração que Zelensky aceitou anos antes da invasão russa. | António Abreu

Com as agressões que Zelenski agravou contra os povos do Donbass, estes viriam a pedir uma intervenção russa que lhes garantisse a sua segurança.

Com a importação de grandes arsenais de “países amigos” Zelenski anunciou que se destinavam a conter as ameaças russas.

Zelenski viabilizou a morte até agora de muitas dezenas de milhares ucranianos e russos, e permitiu que os EUA – uma vez mais! – não vissem soldados seus tombar (excetuam-se os oficiais de espionagem que, em bunkers de diversos centros de comando morreram como pessoal de inteligência de outros países, devido a bombardeamentos russos).

Hoje, no terreno, quem dirige os combates ucranianos são os oficiais de informações norte-americanos.

Porque tem este dedo sido apontado tantas vezes aos EUA?

Usamos o Blog de Washington, de 20 de fevereiro de 2015 para ilustrar a resposta.

Desde que os Estados Unidos foram fundados em 1776, ela esteve em guerra durante 214 dos seus 235 anos de existência. Em outras palavras, houve apenas 21 anos civis em que os EUA não travaram nenhuma guerra.

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HUNGRIA DÁ LUZ VERDE À CONSTRUÇÃO PELA RÚSSIA DE MAIS DOIS REATORES NUCLEARES

A Hungria emitiu uma licença-chave para a expansão liderada pela Rússia de sua única central nuclear, reforçando as ligações energéticas do país com Moscovo, apesar dos seus pares da União Europeia continuarem a distanciar-se da invasão da Ucrânia.

A Agência Nacional de Energia Atómica emitiu uma “licença de estabelecimento” para construir um quinto e sexto reator nuclear na cidade de Paks, ao lado de quatro unidades existentes cuja vida útil está expirando, de acordo com um comunicado publicado no site da autoridade na quinta-feira. A estatal russa Rosatom Corp. é a principal construtora.


By Veronika Gulyas

26 de agosto de 2022 às 09:19 GMT+1Atualizado em

Hungria emitiu uma chave permitir para a expansão liderada pela Rússia de sua única usina nuclear, reforçando os laços energéticos do país com Moscou, mesmo quando os pares da União Europeia buscam distanciar-se sobre a invasão da Ucrânia.

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O plano secreto americano para tornar a Rússia grande novamente

24 de maio de 2022 | Por Dmitry Orlov para o Blog Saker

Geralmente é uma boa ideia evitar atribuir intenção nefasta a ações explicadas por mera estupidez. Mas este é um caso em que a mera estupidez não pode explicar a longa e constante procissão de erros de política externa ao longo de três décadas, todos eles especificamente destinados a fortalecer a Rússia. Não é possível argumentar que um excesso de arrogância, ignorância, ganância e oportunismo político e um déficit de analistas de política externa competentes possam produzir tal resultado, pois isso seria essencialmente o mesmo que argumentar que alguns macacos armados com furadeiras, moinhos e tornos podem produzir um relógio suíço.

Aparentemente, o plano era enfraquecer e destruir a Rússia; mas então, após o colapso soviético, a Rússia estava enfraquecendo e se destruindo muito bem sozinha, sem necessidade de intervenção. Além disso, todo esforço dos EUA para enfraquecer e destruir a Rússia a tornou mais forte; se existisse mesmo um mecanismo de feedback mais rudimentar, uma discrepância tão grande entre os objetivos da política e os resultados da política teria sido detectada e ajustes teriam sido feitos. Superficialmente, isso pode ser explicado pela natureza da democracia simulada da América, onde cada governo pode culpar seus fracassos por erros cometidos pelo governo anterior, mas o Deep State permanece no poder o tempo todo e seria simplesmente forçado a admitir para si mesmo que há um problema com o plano de enfraquecer e destruir a Rússia após alguns ciclos desse fiasco que se desenrola.

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A Rússia está vencendo a guerra econômica, e Putin não está mais perto de retirar tropas | Larry Elliott, Editor de economia do The Guardian

Os efeitos perversos das sanções significam custos crescentes de combustível e alimentos para o resto do mundo – e crescem os temores de uma catástrofe humanitária. Mais cedo ou mais tarde, terá de se chegar a um acordo.

Já se passaram três meses desde que o Ocidente lançou sua guerra económica contra a Rússia, e não está indo conforme o planeado. Pelo contrário, as coisas estão indo muito mal.

As sanções foram impostas a Vladimir Putin não porque fossem consideradas a melhor opção, mas porque eram melhores do que os outros dois cursos de ação disponíveis: não fazer nada ou se envolver militarmente.

O primeiro conjunto de medidas económicas foi introduzido imediatamente após a invasão, quando se supôs que a Ucrânia capitularia em poucos dias. Isso não aconteceu, com o resultado de que as sanções – ainda incompletas – foram gradualmente intensificadas.

Não há, no entanto, nenhum sinal imediato de que a Rússia saia da Ucrânia e isso não é surpreendente, porque as sanções tiveram o efeito perverso de aumentar o custo das exportações de petróleo e gás da Rússia, aumentando massivamente sua balança comercial e financiando seu esforço de guerra.

Nos primeiros quatro meses de 2022, Putin pode ostentar um superávit em conta corrente de US$ 96 bilhões (£ 76 bilhões) – mais que o triplo do valor do mesmo período de 2021.

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Sanções à Rússia ou “fogo amigo”? | por Viriato Soromenho Marques | in Opinião/ DN

Não é preciso ser praticante de artes marciais orientais para compreender que num combate temos de ser capazes, não apenas de antecipar os golpes do adversário, mas também de evitar que a desmesura da nossa resposta possa favorecer o nosso oponente. A questão da análise das sanções energéticas à Rússia carece, claramente, de uma avaliação de risco.

Desde pelo menos 2007, quando a Comissão Europeia (CE) lançou a sua estratégia de Energia e Clima, que o tema da dependência europeia da Rússia em combustíveis fósseis (carvão, crude e gás natural) era objeto de ponderação crítica.

Países como a Alemanha foram frequentemente alertados para o perverso efeito retardador que essa dependência implicava para uma descarbonização mais rápida, assim como para o risco de uma eventual rutura de abastecimento poder ser usada como chantagem política pelo Kremlin.

Hoje, a situação inverteu-se. Com a invasão russa da Ucrânia é a UE que pretende cortar amarras com os fornecimentos russos, de modo a enfraquecer financeiramente o esforço de guerra de Moscovo.

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Putin disse a Scholz e Macron que a Rússia está pronta para retomar o diálogo com Kiev, mas lembrou que o fornecimento de mais armas ocidentais à Ucrânia pode desencadear uma escalada na guerra.

© Aleksey Nikolskiy/serviço de imprensa do presidente russo/TASS | MOSCOVO, 28 de maio

O presidente russo, Vladimir Putin, em conversa telefónica com seu colega francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, confirmou que Moscovo está pronta para continuar as negociações de paz com Kiev, disse o serviço de imprensa do Kremlin neste sábado.

” Vladimir Putin confirmou que a Rússia está aberta a retomar o diálogo”, disse o comunicado. Putin, enfatizou no entanto o perigo de fornecer ainda mais armas ocidentais à Ucrânia, alertando para os riscos de mais desestabilização da situação e agravamento da crise humanitária”.

Problemas com alimentos

Problemas com o abastecimento de alimentos foram causados ​​por sanções anti-Rússia e outros erros do Ocidente, disse o presidente russo no decorrer da conversa telefónica.

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Estados Unidos retomam contactos militares com Rússia para evitar escalada | Que curioso! Muito!

Milley fez a revelação durante uma conferência de imprensa conjunta com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, após uma reunião virtual com autoridades de 47 países aliados, para discutir a assistência militar à Ucrânia.

O general explicou que tanto ele como o chefe do Pentágono estão focados em controlar riscos e em evitar uma possível escalada com a Rússia, nomeadamente através da retoma de “comunicações a nível militar”, incluindo telefonemas com altos responsáveis militares russos.

O chefe do Estado-Maior dos EUA indicou que este é um passo “significativo” e que “vale a pena”, sublinhando que o seu país continua “comprometido” no seu apoio à Ucrânia.

Washington tem apoiado Kiev com assistência militar e humanitária para combater a invasão russa iniciada em 24 de fevereiro.

Pepe Escobar explica a guerra total do Império contra a Rússia | leitura recomendada |

O jornalista Leonardo Attuch entrevista o correspondente internacional Pepe Escobar sobre os fatos mais importantes da conjuntura internacional 0:00 Boas vindas 5:00 Pepe explica por que a Rússia não qualifica a ação militar na Ucrânia como uma guerra 8:00 Imagem da semana foi a rendição em Mariupol 12:00 Está impossível falar sobre a guerra na Europa. A dissolução da União Europeia é flagrante e será muito mais rápida. A União Europeia está totalmente subjugada à OTAN. São vassalos subjugados aos Estados Unidos.

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24:00 Informações sobre laboratórios biológicos serão reveladas ….. 29:00 Pode haver uma conexão entre a covid-19 e os laboratórios biológicos da Ucrânia. Tudo isso será levado ao conselho de segurança da ONU.

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5:00 Rússia abriu uma caixa de Pandora que coloca o Sul Global na mesa da geopolítica 39:00 Metade dos compradores de energia já abriu contas em rublos 45:00 Os russos não têm a menor intenção de tirar o pé do freio 50:00 O apoio chinês à Rússia se dá nas sombras. É o fim do sistema multipolar 53:00 Expansão da OTAN é uma palhaçada 1:00:00 Em vez de finlandização da Ucrânia, estamos tendo a ucranização da Finlândia. E a guerra não está custando nada para a Rússia 1:09:00 A Ucrânia não tem mais soldados e a economia russa é impermeável 1:19:00 Zelensky é um bonequinho, diz Escobar 1:24:00 O mundo estará totalmente dividido entre OTAN e o resto 1:38:00 EUA podem tentar impor a agenda da OTAN ao governo Lula. 1:39:00 Erdogan está se revelando um exímio equilibrista.

Banco suíço Syz explica como a Rússia resgatou o rublo e como as sanções falharam| in msn.com

Neste momento um rublo russo equivale a 0,014 euros e ao mesmo valor em dólares. Apesar das sanções, o rublo está ao seu nível mais alto em dois anos em relação ao euro. Quais são as razões por detrás dessa recuperação? A moeda russa conseguirá manter-se apesar das sanções que tenta ostracizar a Rússia e os russos?

Um estudo do banco suíço Syz explica como a Rússia segurou o rublo. “Após uma forte queda no início da guerra na Ucrânia, o rublo russo recuperou grande parte de seu valor em relação a outras moedas mundiais, uma mudança possibilitada por controles de capital agressivos implementados por Moscovo e por um fluxo constante de pagamentos pelo petróleo do país e exportação de gás”, diz o banco suíço.

A resiliência do rublo diante das sanções pode permitir concluir que o regime do presidente Vladimir Putin reivindique, pelo menos temporariamente, alguma vitória sobre os esforços internacionais para tornar isolar a Rússia. No entanto, essa melhoria da cotação do rublo pode ser apenas temporária, alerta o banco com sede em Genebra.

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Como guerra na Ucrânia força Alemanha a rever relação com a Rússia

BBC News Brasil

De um lado, petróleo e gás para manter a economia da Alemanha, a maior da Europa, rodando. Do outro, muito dinheiro – que virou uma das mais importantes fontes de renda para a Rússia, um país hoje alvo de muitas sanções. Alemanha e a Rússia criaram uma grande interdependência econômica nas últimas décadas. Mas, agora, com a guerra na Ucrânia, essa relação está sendo colocada em xeque. A repórter Nathalia Passarinho conta neste vídeo quais são as origens históricas dessa relação, a delicada situação econômica que aproxima os dois países e como eles têm se posicionado atualmente.

Ucrânia: Líder da Sérvia diz a Putin que pretende aderir à UE e manter estreita relação com a Rússia | in msn.com/Pedro Caldeira Rodrigues

Belgrado, 06 abr 2022 (Lusa) – O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, que no domingo foi reeleito com uma ampla vitória eleitoral, assegurou hoje em conversa telefónica com o homólogo russo, Vladimir Putin, que a Sérvia quer aderir à UE e manter a estreita relação com Moscovo.

“A República da Sérvia prosseguirá a política do caminho europeu e também a preservação das suas tradicionais relações sinceras e amistosas com a Federação Russa”, disse Vucic no decurso do contacto, no qual agradeceu a Putin as felicitações que emitiu pelo triunfo eleitoral, informou o seu gabinete em comunicado.

No decurso da conversa, Vucic “manifestou a sua esperança de que o conflito na Ucrânia termine o mais brevemente possível”.

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A Paz não vende ? | por Joffre António Justino

É curioso, desde que se sente que a prioridade está nas negociações de paz na Ucrânia (ainda com curtas chamadas de primeira página) a guerra passou para páginas menores dos media e nas têvês, o futebol reganhou o espaço dominante (nem se fala já da estátua da sra de Fátima…).

No entanto no recuo de Zelinsky está o jogo da perda de autonomia da Ucrânia que passa a ser um Protetorado de 9 países, 5 dos quais do Conselho de Segurança da ONU (Rússia incluída), para aceitar não entrar na Nato que na verdade entra pela porta das traseiras com a entrega de armas e gerar a exclusão aérea.

Mais ainda lá se vão a prazo de 15 anos Donetz e Lugansk como já foi a Crimeia enquanto que a guerra continua em Mariupol (desnazificar a Ucrânia enfim).

Como não se sabem os reais objetivos militares da invasão russa, o certo é que Stoltenberg e Biden em particular, deveriam apresentar a demissão dos seus cargos, pois a sua aposta guerreira foi à vida tendo significado somente o desastre ucraniano em vidas e edificado enquanto que a Nato pouco valor mostrou ter (se formou o exército ucraniano o resultado não foi brilhante por muito que se queira dizer o contrário pois a Ucrânia tem uma forte e antiga presença militar no mundo sob formação soviética).

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Ucrânia, Rússia | O Caminho para a Paz | Vítor Coelho da Silva

Joe Biden e seus parceiros da NATO subestimaram o suposto “inimigo”, ou seja, quiseram responder à insistência recente e última de Vladimir Putin de que não admitiria mais países vizinhos com armas nucleares apontadas ao seu País, a Rússia, com uma apressada decisão de integração da Ucrânia na Organização.

No entender de muitos, Vladimir Putin apercebeu-se de que ficaria encurralado, pois que o artº 5 da NATO diz que é uma Organização Militar de Defesa, que responderá se qualquer País da Aliança for atacado.

Situação que, inevitavelmente, levaria à Guerra Nuclear e extinção da Humanidade.

Daí ter decidido avançar para a denominada “Intervenção Militar Especial”, antes da integração da Ucrânia, para evitar o automatismo de uma resposta global da NATO.

De notar que, foi sempre admitido e aceite pelas Duas Potências Nucleares nos acordos sobre armamento que subscreveram, que a única forma de evitar uma guerra atómica seria que o equilíbrio armamentício deveria respeitar a “lei/regra” da Destruição Mútua Assegurada.

Ou seja, em linguagem simples, ambas as Potências Nucleares sempre aceitaram que a única maneira de evitar carregar no Botão, seria a absoluta consciência de que inevitavelmente seria o fim de toda Humanidade.

A evolução havida hoje na reunião de Istambul sob o Patrocínio de Recep Tayyip Erdoğan, é um passo gigantesco para a obtenção da Paz. Oxalá se consubstancie num cessar fogo a curto prazo e num acordo sólido e equilibrado, em que todos saiam vencedores, com vista a uma vizinhança e coabitação pacíficas para sempre, entre a Ucrânia e a Rússia e entre As Europas do Leste e Oeste.

EUROPA DO ATLÂNTICO AOS URAIS | CHARLES DE GAULLE

Vítor Manuel Coelho da Silva,

29/03/2022

Rússia disposta a deixar Ucrânia aderir à UE, caso abdique da NATO | in msn.com/Reuters

Opção/proposta/decisão muito inteligente ; à Rússia interessam vizinhos desenvolvidos, pois será bom para ambos (vcs)

© Reuters – A informação foi avançada no mesmo dia em que as delegações de Moscovo e Kyiv estão reunidas, em Istambul.

Fontes citadas pelo The Financial Times terão dito que a Rússia está disposta a deixar a Ucrânia aderir à União Europeia, caso o país abandone quaisquer eventuais intenções de aderir à NATO.

Apelos quanto a uma eventual “desnazificação” da Ucrânia, que envolveria uma mudança de regime no país, terão também sido deixados de parte enquanto medida a negociar com Kyiv durante as conversações de paz.

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Um texto otimista Russo perante o pessimismo na UE, sobre ela e a Rússia! | por Joffre Antonio Justino e M. K. Bhadrakumar (diplomata indiano)

Estas “guerras económico-financeiras” não serão nada fáceis de conduzir neste contexto de economia de mercado de lógica capitalista privatista mas desta feita o erro virou clamoroso!

Na realidade comecemos pela “visão do mercado” i.e. No caso marketing onde funcionam os textos como os que abaixo replico que se censurados no “lado de cá” alimentam os consumidores do “lado de lá” e vice versa sendo verdade que onde há ouro e diamantes não é o “lado de cá” mas sim o “lado de la” e desaparecida a economia-dólar renasce a economia-ouro onde a Federação Russa tira larga vantagem ( e claro a RPChina) por muitos Amsterdam’s existam no “lado de cá”.

Como não o esqueçamos neste tempo de IA e NT ainda existe a variável energia onde o “lado de lá” bate aos pontos as de natureza escuras economias do “lado de cá” mas deixemos de lado esta realidade por ora mas sendo certo que esta crise transportará para Sul o poder havido até hoje no Norte pois o Sol está mesmo a Sul !

Isto quer dizer somente que vale esperar uma larga injeção de ouro e diamantes no mercado dos “dois lados” por parte da Rússia que reduzirá enormemente o papel do mercado-dólar e o impato das estupidas sanções que na verdade esquecem que a Rússia ( e a RPChina) não são nem Cuba nem a Venezuela e o otimismo esfuziante pro guerra do “lado de cá” chega a ser ridiculo!

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Rússia expõe exigências. Erdogan disponível para mediar conversa entre Putin e Zelensky

No telefonema, Vladimir Putin expôs as suas exigências pera retirar as tropas russas da Ucrânia. As imposições enquadram-se em duas categorias.

BBC ouviu Ibrahim Kalin, principal conselheiro e porta-voz do presidente Erdogan. Segundo o assessor, as primeiras quatros exigências não são demasiado difíceis de satisfazer para a Ucrânia. A principal é que a Ucrânia deve ser neutra e não aderir à NATO, algo que o presidente Zelensky já admitiu.

Kiev terá também de passar por um processo de desarmamento para garantir que não será uma ameaça a Moscovo e a língua russa beneficiará de proteção na Ucrânia, tudo isto enquadrado por aquilo que Putin classifica como a desnazificação.

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Guerra não evitada, escalada evitável | Carlos Branco, Major-general e Investigador do IPRI-NOVA . 11 Março 2022 

Tudo o que está agora a acontecer lembra as recentes palavras de John Matlock, o último embaixador dos EUA na URSS: estas lideranças parecem não estar à altura daquelas que resolveram a Crise dos Mísseis de Cuba.

A dimensão bélica do conflito russo-ucraniano persiste e a possibilidade de vir a extravasar o quadro regional aumenta cada dia que passa. Nesta marcha para o abismo, dir-se-ia que as lideranças políticas europeias parecem não estar a   perceber o que está realmente em causa. Em vez de lançarem água para o incêndio e de investirem no estabelecimento de pontes de diálogo parecem incrementar a confrontação como se fossem atores imunes às consequências daquela guerra (veja-se a iniciativa de enviar MIG-29 para o teatro de operações ucraniano).

A análise tornou-se a segunda vítima da guerra

É necessário analisar os acontecimentos de um modo objetivo. Como ensina a Teoria dos Jogos, e toda a doutrina disponível, existe uma responsabilidade partilhada e uma interdependência estratégica entre os atores envolvidos numa contenda de interesses. A linguagem engajada e desproporcionada que tem prevalecido na comunicação social a nível internacional não ajuda a compreender o que está em causa nem o desenrolar dos acontecimentos.

Nessa deriva, aliás, ela própria torna-se um obstáculo: induz uma atmosfera pública intolerante, cria visão de túnel, inibe o debate genuíno, e incita a um massivo efeito de rebanho que, por sua vez, exerce tóxicas pressões na decisão política. Sabemos onde isso levou da última vez que houve um sobressalto securitário nos países ocidentais após o 11 de Setembro.

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Croácia critica NATO após ‘drone’ russo ter sobrevoado Estados-membros | in msn

© Lusa A Croácia criticou hoje a NATO pelo que disseram ser uma reação lenta ao voo de um aparelho aéreo não tripulado (‘drone’) desde a zona de guerra na Ucrânia sobre vários Estados-membros da organização, despenhando-se numa zona urbana de Zagreb.

“Não podemos tolerar esta situação, nem deveria ter acontecido”, afirmou o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, ao visitar o local do embate do ‘drone’, noticia a agência Associated Press.

O aparelho não tripulado atravessou a Roménia e a Hungria antes de entrar na Croácia no final de quinta-feira, acabando por se despenhar num campo perto de um dormitório para estudantes. O impacto danificou cerca de 40 carros, mas não provocou feridos.

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O mundo já não será o que era | José Goulão

A partir de agora o mundo nunca mais voltará a ser o que foi desde o início da década de noventa do século passado, quando os Estados Unidos assumiram isoladamente o comando planetário.

De tanto esticar, a corda rebentou. Ao cabo de um longo processo de acosso e humilhação, a Rússia decidiu extirpar militarmente o tumor russófobo ucraniano, circunstância que está a deixar os dirigentes ocidentais e a propaganda social em estado de choque mas sem a decência de assumirem as responsabilidades que têm na situação. Durante oito anos, sem dar mostras de quaisquer escrúpulos, os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia apoiaram o regime ucraniano sustentado por esquadrões da morte nazis saudosos de Hitler e aproveitaram essa cobertura para tentar criar uma imensa base militar que, uma vez incorporada na NATO, estrangularia militarmente a Rússia.

A intervenção desencadeada por Moscovo contra as estruturas militares e repressivas do regime ucraniano, tendo em vista igualmente criar condições que interrompam o massacre contínuo das discriminadas populações de origem russa, pretende liquidar essa estratégia atlantista. Principalmente cortando pela raiz a manobra para a integração de Kiev na Aliança Atlântica e deixando também definido o padrão de comportamento do Kremlin caso a NATO insista na integração da Geórgia. Sem esquecer as recentíssimas advertências à Suécia e à Finlândia.

Continuar a ler aqui em AbrilAbril:

https://www.abrilabril.pt/internacional/o-mundo-ja-nao-sera-o-que-era?fbclid=IwAR1cCRNCR-7Jr3j5WG2TKv1yUlnvJ6vSX-9qtzvO9NWoeiqcMNjtXIQzKzc

Pour Moscou, une “question de vie ou de mort” | in Courrier International | par Hu Xijin

Hu Xijin, ancien rédacteur en chef du journal nationaliste chinois Huanqiu Shibao, évalue sur son blog les différentes issues possibles de la guerre en Ukraine. Selon lui, quelle que soit la suite des événements, ce conflit aura un impact sur la Chine.

Alors que la situation en Ukraine reste très incertaine, on me demande souvent quelles en seront les conséquences sur le monde et sur la Chine. Certes, la guerre en elle-même va avoir un impact énorme. Mais c’est surtout de son issue que découlera véritablement le nouveau paysage mondial.

Cette guerre est en fait une violente riposte de la Russie à l’Otan. Cette dernière, en s’élargissant vers l’est, a comprimé l’espace de sécurité russe. Les objectifs de Poutine devraient donc être limités. Si la puissance nationale russe permet à ce dernier de “s’opposer” partiellement aux États-Unis et à l’Occident, une confrontation totale serait forcément au-dessus de ses forces.

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Guerra na Ucrânia: a emoção não pode turvar a razão | Lourenço Pereira Coutinho | in Jornal Expresso

A emoção não pode turvar a forma como vemos os russos. É intolerável que se tome a parte pelo todo. A oligarquia que beneficiou e enriqueceu à custa de uma autocracia corrupta é uma coisa, outra, bem distinta, é a esmagadora maioria da população. (…) As notícias de bulling a comunidades russas, o afastamento de agentes de cultura, desportistas e profissionais de outras áreas, e a censura ao canal Russia TV, não podem ter lugar em sociedades humanistas.

Passados mais de dez dias da invasão russa, a prioridade continua a mesma: a guerra na Ucrânia tem de acabar já. A todo o momento morrem pessoas, tanto civis como militares;  cidades e infraestruturas são destruídas e mais e mais ucranianos deixam as suas casas com praticamente nada. É um cenário que acompanhamos ao minuto e que tem mobilizado apoios como antes não se viram em casos semelhantes.

Mas a emoção não pode turvar a forma como vemos os russos. É intolerável que se tome a parte pelo todo. A oligarquia que beneficiou e enriqueceu à custa de uma autocracia corrupta é uma coisa, outra, bem distinta, é a esmagadora maioria da população. Os russos também estão a sofrer, e muito, isto desde os soldados que combatem numa guerra que, provavelmente, não desejaram, até às pessoas de campos e cidades que têm a sua vida paralisada pelas sanções. As notícias de bulling a comunidades russas, o afastamento de agentes de cultura, desportistas e profissionais de outras áreas, e a censura ao canal Russia TV, não podem ter lugar em sociedades humanistas. Excetuando casos de incitamento ao ódio e à violência, a censura é sempre censurável, e a perseguição a pessoas com base na sua origem vai contra tudo o que são os nossos valores comuns.

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CHINA PRESTA AJUDA HUMANITÁRIA À UCRÂNIA E APELA AO DIÁLOGO PARA RESOLVER O CONFLITO | por Global Times, foto Xinhua

A Cruz Vermelha da China fornecerá um lote de suprimentos humanitários de emergência para a Ucrânia o mais rápido possível, disse o conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores Wang Yi em uma entrevista coletiva virtual na segunda-feira, à margem da quinta sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional. em Pequim.

A situação na Ucrânia se tornou o que é hoje por uma variedade de razões complexas, e o que é necessário para resolver uma questão tão complexa é uma cabeça fria e uma mente racional, não adicionando combustível ao fogo que apenas intensifica a situação, disse Wang à coletiva de imprensa.

“A China acredita que quanto mais tensa a situação, mais importantes são as negociações. Quanto maior o desacordo, maior a necessidade de sentar e negociar”, disse ele.

A China está preparada para continuar desempenhando um papel construtivo para facilitar o diálogo pela paz e trabalhar ao lado da comunidade internacional quando necessário para realizar a mediação necessária, observou Wang.

Retirado do facebook | Mural de Carlos Fino

As invasões e a História — lições não recordadas | Carlos de Matos Gomes

A história não é neutra, se fosse uma ferramenta seria um canivete suíço.

A invasão russa da Ucrânia tem motivado várias lições de história daquela região da Europa que nos contam o seu passado desde a antiguidade, mas os historiadores raramente falaram das duas invasões da Europa ocidental à Rússia, a de Napoleão e a de Hitler, eu nunca os ouvi.

Essa referência não é, contudo, a meu ver, já útil como instrumento de análise do presente. A invasão está a decorrer e assunto arrumado. O conflito irá terminar. É histórico que os conflitos terminam, mesmo a guerra dos romanos contra os parsas terminou ao fim de 300 anos, com a derrota de ambas as partes, diga-se, e a vitória de um terceiro império.

Mas há dois exemplos do passado mais recente que poderiam ter algum interesse para lidar com a situação presente e a de curto prazo, que evitasse, ou amenizasse o sofrimento de quem sempre sofre, os povos, aqueles que são ultrapassados pela história e pelos interesses que a fazem mover.

Um desses exemplos diz-nos respeito: As invasões francesas, napoleónicas, da Península Ibérica. A Espanha aceitou um rei francês, irmão de Napoleão e ser uma base francesa. Portugal também aceitou os franceses, mas os ingleses (com Wellington) vieram lutar contra eles em Portugal e parte dos portugueses apoiou-os. Quando os ingleses (tropas anglo-lusas) venceram nas linhas de Torres expulsaram os franceses (Massena) e os espanhóis aproveitaram para fazer o mesmo.

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CURTA | De quem é a culpa? | Miguel de Mattos Chaves

Os diversos países europeus, por falta de capacidade de dissuasão militar, são irrelevantes e impotentes!

Isto por:

1. Falta de visão e de capacidade política dos seus Dirigentes Políticos;

2. Bem como por falta de apoio da Opinião Pública em matéria de se construírem forças armadas capazes e fortes, que dissuadam o aparecimento de situações graves de potencial conflito, como a actual.

Opinião Pública essa que está dominada por pseudo-cientistas políticos e pseudo-filósofos, dos países ocidentais, que “decretaram” que se tinha atingido a “Paz Eterna de Kant” e que, portanto, os países ocidentais já não precisavam de Forças Armadas!

Aí está!

Enquanto os países ocidentais, Portugal incluído, não perceberem que têm que ter capacidades de dissuasão, Forças Armadas fortes e bem equipadas, o seu destino é o da submissão e irrelevância.

A REALIDADE

As Potências mundiais, EUA, Rússia e China tem sobrecapacidades militares e económicas para desrespeitarem o Direito internacional. É um facto. É a realidade.

E NENHUMA delas é inocente, pois sabem isto muito bem e á vez têm-no desrespeitado.

“A lavagem cerebral na EU continua, os Ucranianos passaram de temíveis mafiosos a anjos imaculados e coitados… Incrível os que se passa nos meios de comunicação nacional, a propaganda que por la se faz chega a ser imoral…” (Adriano Santos).

É assim, a memória das pessoas é em média de 2 meses.

E os decisores políticos sabem-no bem.

A UE no pós-1991 (queda do Muro de Berlim) em vez de atrair a Rússia, fez tudo para a afastar e provocar.

A U.E. e os EUA em vez de fomentarem a constituição do eixo Moscovo – Berlim – Paris – Londres – Washington que enfrentaria melhor a real ameaça, a China, fizeram tudo ao contrário.

Provocaram uma das três grandes potências mundiais.

E agora? A culpa é só de um lado?

Mais uma vez: Não há inocentes neste conflito, neste jogo de Geoestratégia.

Miguel Mattos Chaves

Um artigo da revista SÁBADO | Tulsi Gabbard

“Ex-congressista democrata diz que Biden queria que Rússia invadisse a Ucrânia”

Tulsi Gabbard é uma ex-congressista eleita pelo Partido Democrata, foi candidata nas presidenciais americanas antes de desistir para apoiar Joe Biden em 2020 e é uma militar na reserva, que no passado foi crítica de Barak Obama por não ser claro nos riscos que o fundamentalismo islâmico representa para os Estados Unidos. Desta vez, não poupa críticas a Biden e acusa mesmo a administração americana e a NATO de não fazerem o que deviam ter feito para evitar a guerra.

“O presidente Biden podia pôr fim a esta crise e evitar uma guerra com a Rússia, fazendo uma coisa muito simples: garantir que a Ucrânia não se irá tornar um membro da NATO. Porque se a Ucrânia se tornar num membro da NATO, isso irá pôr tropas norte-americanas e da NATO diretamente à porta da Rússia o que, como Putin disse, iria pôr em causa os seus interesses em termos de segurança nacional”, disse à FOX aquela que foi a primeira hindu eleita para o Congresso americano e que serviu como militar no Iraque entre 2004 e 2005.

Para Tulsi Gabbard, deixar claro que a Ucrânia não irá aderir à aliança atlântica não devia ser problemático, uma vez que dificilmente o país terá condições para essa adesão.

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PROPOSTA DE PUTIN | Os 30 PRs da NATO deviam aceitar a discussão da proposta de Vladimir Putin | É hora de decidir | FIM À GUERRA

MOSCOU — Em conversa por telefone com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que estava aberto ao diálogo com a Ucrânia sob a condição de que “todas as suas demandas fossem atendidas”. Na conversa, que durou cerca de uma hora e ocorreu por iniciativa da Alemanha, o presidente russo disse ainda esperar que a Ucrânia tome uma posição “razoável e construtiva” durante a próxima rodada de negociações, prevista para o fim de semana, segundo os negociadores de Kiev.

“A Rússia está aberta ao diálogo com o lado ucraniano e com todos que desejam a paz na Ucrânia. Mas com a condição de que todas as demandas russas sejam atendidas”, disse Putin, de acordo com um comunicado.

ContextoRússia e Ucrânia concordam com a criação de corredores humanitários, e Zelensky volta a pedir reunião com Putin

As demandas incluem o status neutro e não nuclear da Ucrânia, sua “desnazificação”, o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia e a “soberania” dos separatistas nos territórios do Leste do país.

Scholz, por sua vez, pediu a Moscou que suspenda todas as ações militares imediatamente e permita o acesso à ajuda humanitária em áreas onde há combates. Na conversa, Putin negou que as tropas russas tenham bombardeado Kiev e outras cidades da Ucrânia e classificou essas acusações como “falsidades grosseiras”.

E maisOtan rejeita pedido de Kiev de estabelecer zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia

“As informações sobre o suposto bombardeio de Kiev e de outras grandes cidades são falsidades grosseiras e propagandísticas”, disse o russo, segundo o comunicado do Kremlin.

Desde antes do conflito, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem pedindo uma reunião com Putin — segundo ele, a única forma de colocar fim à guerra. O presidente russo, no entanto, endureceu o discurso  contra Kiev e o Ocidente na quinta-feira. Ele afirmou que a “operação militar especial”, como chama a invasão ao país vizinho, segue como planejado e que acabará com “com essa anti-Rússia criada pelo Ocidente”, referindo-se à hostilidade de Kiev em relação a Moscou.

https://oglobo.globo.com/mundo/em-conversa-com-chanceler-alemao-putin-diz-que-esta-aberto-dialogo-com-ucrania-desde-que-todas-as-suas-demandas-sejam-atendidas-25418862

NÃO HÁ ALTERNATIVA ÀS IMEDIATAS NEGOCIAÇÕES DE PAZ | José-António Pimenta de França (jornalista)

O primeiro dever de um governante é procurar a felicidade e o bem-estar do seu povo. A sua primeira preocupação deverá ser afastar o seu país dos horrores da guerra.

Independentemente da perversidade de Putin, Zelensky está a conduzir o seu povo para um massacre. O seu primeiro dever teria que ser assegurar as melhores relações de vizinhança com a Rússia, manter a liberdade e garantir o progresso do seu povo.

No final dos anos 30, depois de meses de guerra entre a Finlândia e a URSS (o Império Soviético de Stalin) estes dois países encontraram, através de negociações, um modus vivendi, um estatuto de neutralidade que a poupou aos horrores da II Guerra Mundial e lhe permitiu progresso e bem estar durante toda a Guerra Fria, que se prolonga até hoje.

Em Outubro de 1962, estivemos à beira da III Guerra Mundial porque a URSS decidiu instalar mísseis com ogivas nucleares em Cuba, o que levou os EUA a reagir energicamente para afastar esse perigo das suas cidades.

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Por quem dobram os sinos em Kiev? | por Carlos Branco, general e Investigador do IPRI-NOVA

IPRI-NOVA – Instituto Português de Relações Internacionais | http://www.ipri.pt/index.php/pt/

A explicação para os acontecimentos em curso na Ucrânia não se encontra em abordagens maniqueístas dos bons contra os maus, mas sim na geoestratégia, que tem influenciado de modo decisivo a política externa das grandes potências.

A compreensão dos acontecimentos presentemente em curso na Ucrânia exige um escrutínio dos factos, que vá para lá dos sound bites estridentes que confundem desinformação com informação, fazendo da verdade a primeira vítima da guerra, como uma vez alguém escreveu. De facto, estamos perante dois assuntos distintos, embora correlacionados: a proteção da população russa da Ucrânia, e a expansão da NATO para Leste, subsumindo-se o primeiro neste último.

A explicação não se encontra em abordagens maniqueístas dos bons contra os maus, mas sim na geoestratégia, que tem influenciado de modo decisivo a política externa das grandes potências.

Isso é bem visível no caso norte-americano. A política da contenção da União Soviética adotada por Washington, nos tempos da Guerra Fria, elaborada e desenvolvida por George Kennan, o arquiteto da estratégia americana para conter a União Soviética, fortemente inspirada nos trabalhos do geoestratega Nicholas Spykman, é um flagrante disso.

Mais recentemente, Zbigniew Brzezinski, conselheiro nacional de segurança do presidente Jimmy Carter, avançou no seu livro “The Grand Chessboard” (1997), com a teoria dos pivôs geopolíticos, considerando a Ucrânia um desses pivôs.

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Somos Bielorussos! | Carlos de Matos Gomes

Vários países europeus iluminaram os seus monumentos e edifícios principais com as cores azul e amarelo da Ucrânia e muitos cidadãos europeus colocaram tarjetas da mesma cor nas suas fotografias com os dizeres: Somos ucranianos!

É um respeitabilíssimo reflexo de emoção e de bons sentimentos, mas é sabido quanto os sentimentos e as emoções perturbam a razão. Esta reação de entidades e de pessoas comuns é a esperada perante como resultado das ações de condicionamento de emoções que estão em curso nesta guerra, como em todas, aliás. Os nossos líderes querem que nos vejamos como ucranianos e fazem os possíveis através das imagens dos dramas pessoais que transmitem nas TVs que é reconfortante estarmos do lado do Bem. Mas a opinião que temos a nosso respeito pode não corresponder à opinião dos outros. Há quem nos veja como bielorussos. Julgo que é assim que nos vêm os dois antagonistas deste conflito, os poderes reais em Washington e em Moscovo.

Há pouco, 17 horas de domingo 27 de Fevereiro, a presidente da Comissão Europeia e o Alto Comissário para as Relações Externas da União Europeia vieram afirmar, de forma criptada, evidentemente, que a União Europeia estava para os Estados Unidos como a Bielorrússia para a Rússia: A UE era um Estado Satélite, por isso se prestavam a colocar em prática um conjunto de medidas de apoio à manobra dos Estados Unidos neste confronto com a Rússia, que é o que está a ocorrer e tendo essas duas superpotências como protagonistas.

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O Acordo Plausível | Noam Chomsky

Hoje existem dois confrontos principais: Ucrânia e China. Em ambos casos existem acordos regionais plausíveis. Todos sabem que o acordo plausível na Ucrânia é não deixar que se junte à Organização Tratado Atlântico Norte (OTAN). A saída viável para a Ucrânia é uma neutralidade ao estilo-austríaco que funcionou muito bem ao longo da Guerra Fria.

Foi permitido à Áustria estabelecer todas as ligações que quis a Ocidente e com a União Europeia. A única restrição era que não tivesse bases militares dos EUA e forças no seu território.
A velha visão Atlantista da OTAN era que o seu propósito era manter a Alemanha em baixo, a Rússia fora e os Estados Unidos no comando.
Hoje as negociações do presidente francês, Emmanuel Macron foram agressivamente atacadas nos EUA porque iam na mesma direcção — em direcção a um acordo pacífico negociado por europeus.

Para os EUA este tem uma enorme desvantagem: põe os EUA de lado e isso não pode ser. Os EUA devem tentar bloqueá-lo e assegurar de que há uma solução atlantista que estes liderem.

Noam Chomsky

O QUE VAI ACONTECER | José Manuel Correia Pinto |

Estive a ver na SIC N o que fez Ricardo Costa, director-geral da Informação da estação, a um convidado, o Major General Raul Cunha, que apenas teve oportunidade de afirmar que é preciso olhar para os dois lados do conflito. Não conseguiu dizer mais nada tendo sido positivamente massacrado com uma intervenção irada, em alta voz, cortando ao interlocutor qualquer hipótese de sequer entrar na discussão. Uma intervenção pretensamente baseada na moralidade.

Estive a ver uma intervenção do Cor. Carlos Matos Gomes na mesma estação e a tentativa de crítica esboçada por Milhazes que, independentemente da sua boçalidade e  da resposta que levou de Matos Gomes, vai exactamente no mesmo sentido da anterior.

Estive a ver, na RTP 3, a reacção que a brevíssima análise do Major General Carlos Branco mereceu ao “ciático” Carlos Gaspar, sempre tão cínico e assertivo na defesa de quanta porcaria os Estados Unidos fizeram desde o fim da II Guerra Mundial até hoje , descontrolando-o completamente até nos esgares faciais com que  acompanhou sua balbuciada fúria, pretensamente fundada nos mesmos argumentos das duas anteriores.

Estive a ver na CNN a reacção quase animalesca de Sérgio Sousa Pinto a uma proposta de análise da situação ucraniana apresentada por António Filipe, igualmente fundada na mesma pretensa moralidade das anteriores.

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Os sinos dobram em Kiev-2 | Carlos Esperança

Os sinos dobram em Kiev e ninguém apareceu no funeral de um país que comprometeu o futuro das democracias europeias e o bem-estar dos europeus. Os que lhe prometeram apoio temeram Putin e o espetro da guerra nuclear arrepiou a Europa.

A Nato, depois da extinção do pacto de Varsóvia, apesar do acordo de cavalheiros para não se expandir para os países dominados pela ex-URSS, não parou de cercar a Rússia e aumentar a zona de influência, acabando por sofrer um revés na Geórgia, com a Ossétia do Sul e a Abcásia amputadas.

Agora, com a credível suspeita da futura adesão da Ucrânia à Nato, o neonazi Putin, que se autointitulou libertador da Ucrânia neonazi, voltou a repetir aí a criação da república fantoche de Donbass depois de ter usado o mesmo expediente na Crimeia, em 2014.

O que há de novo e intolerável é a invasão da Ucrânia para tornar o próprio país em uma república fantoche, apelando aos militares para tomarem o poder que já conquistou. Não lhe faltarão apoiantes. É a sorte dos fortes contra os fracos.

Os sinos dobram em Kiev e ouve-se o choro e a raiva da impotência das democracias da Europa, cujas sanções à Rússia são também sansões contra si próprias.

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A EUROPA E AS SUAS FRONTEIRAS: DILEMAS CULTURAIS E GEOPOLÍTICOS | Ilídio do Amaral

EDITOR: ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA

“Fixai deste mundo a Europa, o sólido e imobilizado chão sobre o

qual desliza pacífica a europeia união para leste.”

Tendo em conta apenas o século XX as fronteiras de muitos países europeus, sobretudo do centro e do leste, foram desenhadas e redesenhadas várias vezes, resultando disso modificações políticas e sociais importantes. Isto ocorreu antes e depois da I.ª e da II.ª Guerra Mundial, bem como na sequência do colapso da União Soviética.

Mais modificações sobrevieram com os alargamentos sucessivos da União Europeia. Têm sido alteradas fronteiras externas, dissolvidas as internas, reemergiram velhas fronteiras, houve o estabelecimento de novas fronteiras. Um certo número de antigas regiões fronteiriças passou de fronteiras nacionais a regiões fronteiriças internas da União Europeia como um todo.

Muita gente viu-se perante mudanças que afectaram não só os quotidianos das suas vidas, mas também alteraram situações nos planos regional, nacional e europeu.

Num sentido político, os alargamentos da União Europeia mudam a natureza das relações entre Estados. Antes da adesão, eles eram tratados pela União como partes da sua política de relações externas, depois dela passaram a constituir questões internas, ainda que em muitos casos seja deficiente a política externa da União.

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A Final Four na Ucrânia – A Europa apanha bolas | por Carlos de Matos Gomes

A Final Four na Ucrânia – A Europa apanha bolas

Hoje o pensamento é um subproduto do futebol. O futebolês passou a linguagem filosófica. Aderindo então aos ventos do momento: 

A “final four” é um torneio em que quatro equipas disputam uma classificação. Uma versão da final four apura os três primeiros e o quarto desce de divisão. O que se está a passar com a crise da Ucrânia é uma final four em que os dirigentes da União Europeia já decidiram que ficam em quarto lugar e deixam de participar nos jogos ao mais alto nível nas próximas temporadas

O que está em jogo na Ucrânia é decisivo para a União Europeia. Escrever e debater o papel da União Europeia neste confronto entre a Rússia e os Estados Unidos, tendo a China a observar, é decisivo em dois pontos: o político e económico (que papel para a União Europeia no Mundo?); e, principalmente, quanto à questão melindrosa e por isso raramente aflorada do conflito de civilizações.

Dirão alguns que se fala demais da Ucrânia, que a questão é da maldade intrínseca de Putin – e saem insultos, que são a negação do pensamento e a revelação da falta de argumentos: czar, filho de Estaline, soviético, facínora – e resmas de folhas de História para garantir que os russos veem aí, filhos dos comunistas sanguinários.

Na realidade:

A primeira questão que a Ucrânia coloca à UE é que o conflito assenta numa luta entre potências Estados Unidos e Rússia, com 3 vetores por parte dos EUA: (1) manutenção do dólar como moeda de troca internacional (a UE é o maior parceiro da Rússia e o segundo dos Estados Unidos); (2) o domínio militar em terra, no mar e no espaço (a Europa não tem poderio militar significativo em nenhum destes espaços); (3) por fim a questão energética (em particular o gás, de que a Rússia é um grande produtor e o coloca na Europa a 1/3 do preço do gás americano).

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Branislav Hrvol | Você está perguntando sobre os resultados da “agressão” russa? | in Facebook

24 de dezembro de 2021

Um blogueiro finlandês chocou o Facebook quando publicou este artigo: Você está perguntando sobre os resultados da “agressão” russa? Eles são os seguintes: metade da Europa e parte da Ásia obteve a sua cidadania das mãos deste Estado em particular.

Vamos nos lembrar de quem exatamente:

– Finlândia nos anos 1802 e 1918… (até 1802 nunca teve seu próprio estado).

– Letônia em 1918 (até 1918 nunca teve seu próprio estado).

– Estónia em 1918 (até 1918 nunca teve seu próprio estado).

– A Lituânia restaurou o seu estado em 1918 graças à Rússia.

– A Polónia restaurou o seu estado com a ajuda da Rússia duas vezes, em 1918 e 1944. A divisão da Polónia entre a URSS e a Alemanha é apenas por um curto período de tempo!

– A Roménia nasceu como resultado das guerras russo-turcas e tornou-se soberana pela vontade da Rússia em 1877-1878.

– A Moldávia como um estado nasceu dentro da URSS.

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China heading off cold war through economic diplomacy

china russia

During his visit to Duisburg, Chinese President Xi Jinping made a master stroke of economic diplomacy that runs directly counter to the Washington neo-conservative faction’s effort to bring a new confrontation between NATO and Russia.

Using the role of Duisburg as the world’s largest inland harbor, an historic transportation hub of Europe and of Germany’s Ruhr steel industry center, he proposed that Germany and China cooperate on building a new “economic Silk Road” linking China and Europe. The implications for economic growth across Eurasia are staggering.

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4 kms – distância entre a Rússia e os Estados Unidos da América

As remotas ilhas Diomedes, no estreito de Bering, são separadas por uma faixa de água que fica congelada durante boa parte do ano, permitindo a passagem a pé entre elas. A Grande Diomedes, ou Ratmanov, é o ponto mais oriental da Rússia, e a Diomedes Menor, ou Pequena Diomedes, é o território mais a oeste dos Estados Unidos. Como, durante a Guerra Fria, os nativos das ilhas não podiam circular entre elas, a área ficou conhecida como “Cortina de Gelo”.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, todos os nativos da ilha russa de Grande Diomedes foram transferidos para o continente, e somente na Pequena Diomedes se manteve um minúsculo povoado, que até hoje permanece e, com suas poucas dezenas de habitantes, é considerado um dos locais mais isolados do planeta.

No estreito de Bering, a oeste, a Grande Diomedes, ou Ratmanov; a leste, a Diomedes Menor. Entre Rússia e Estados Unidos, apenas 4 quilômetros

No estreito de Bering, a oeste, a Grande Diomedes, ou Ratmanov; a leste, a Diomedes Menor. Entre Rússia e Estados Unidos, apenas 4 quilômetros

O que torna as Diomedes ainda mais interessantes é que exatamente entre as duas ilhas passa a Linha Internacional de Mudança de Data, criando uma diferença de fusos horários de nada menos de 24 horas, numa distância de 4 quilômetros. Na Grande Diomedes é o dia seguinte à data da Diomedes Menor.

Existe há anos um projeto de construção de uma ponte intercontinental que passaria pelas duas ilhas e ligaria o Alasca ao Extremo Oriente russo.