10 estratégias de manipulação da mídia | Noam Chomsky

Noam_Chomsky

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As grandes estratégias da manipulação mediática por Noam Chomsky

1 – A Estratégia da Distração.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).

2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.

Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

Continuar a ler

Fantasia para dois coronéis e uma piscina, de Mário de Carvalho

Fantasia_MdCNova edição do romance de Mário de Carvalho premiado pelo PEN Clube.

A Porto Editora publica, Fantasia para dois coronéis e uma piscina, de Mário de Carvalho, romance agraciado com o Prémio PEN Clube Português Ficção 2003 e com o Grande Prémio de Literatura ITF/DST.

Neste livro, protagonizado por dois coronéis reformados do Exército, ex-combatentes da Guerra Colonial, Mário de Carvalho faz, como nos tem vindo a habituar, uso da sátira para promover uma reflexão sobre a sociedade portuguesa do início do século XXI – questionando mesmo, no final do livro, se «Há emenda para este país?». Sobre Fantasia para dois coronéis e uma piscina, o crítico literário Pedro Mexia escreveu: «foi provavelmente o melhor romance português publicado em 2003. […] Coisa rara na ficção portuguesa, cada página provoca o desejo da releitura: mas da releitura imediata, para saborear a prosa, a graça e a inteligência. Este é um livro brilhante, com momentos geniais. Portugal não tem uma dezena de escritores assim. Por favor, estimem-nos.»

Continuar a ler

Herberto Helder ( 1930 – 2015 ) – por Cristina Carvalho

HerbeHerberto Heder AlfredoCunharto Helder foi, é considerado um dos poetas maiores da segunda metade do século XX em Portugal. Personalidade misteriosa, aparentemente misantropo, seguramente avesso a prémios, aplausos e encontros, viveu e trabalhou por essa Europa fora, sempre desenhando a sua literatura poderosa em numerosas obras, livros de poesia e prosa.

Nos verdes anos frequentou o Café Gelo, onde paravam os poetas surrealistas e artistas de variados contornos. Que se saiba, frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e na Faculdade de Letras, o curso de Filologia Românica, sem ter terminado nenhum destes propósitos.

Continuar a ler

Judith Teixeira – Poesia e Prosa

Judith Teixeira - Poesia e Prosa“Com esta edição, propositadamente publicada no ano em que se comemora o primeiro centenário do Orpheu, pretende-se combater uma certa amnésia cultural marcada pelo género nas letras portuguesas, arquivar o longo ‘processo disciplinar’ desta pioneira, e desvendar materiais inéditos, no intuito de confirmar o lugar de comprovada importância simbólica ocupado por Judith Teixeira no palco modernista português.”

da introdução de Cláudia Pazos Alonso

Nascida em 1888, tal como Fernando Pessoa, e contemporânea de Florbela Espanca, outra mulher a quem quiseram aplicar o rótulo de “poetisa”, Judith Teixeira rompeu corajosamente com o padrão do silenciamento das mulheres no contexto de Portugal das anées folles, para se tornar um sujeito activo, que desvendou o corpo feminino sem pejo. Esta edição traz a lume cerca de vinte poemas desconhecidos e uma conferência inédita, além de reunir cinco obras de poesia e prosa que a autora publicou em vida. No seu conjunto, o presente volume permite-nos situar devidamente esta escritora no lugar que lhe pertence por direito próprio, ou seja, em plena vanguarda modernista.

O Que Não Pode Ser Salvo, de Pedro Vieira

PrintUm triângulo amoroso que liga França, o Norte rural português, Lisboa e a margem sul. Uma jovem francesa, filha de emigrantes portugueses, que vem viver para a terra a que não pertence; um rapaz que luta para sair do meio devorador em que nasceu; um miúdo burguês, canhestro, com uma família de fachada; e um quarto elemento que completa o elenco de uma tragédia contemporânea de ressonâncias clássicas: história de amor, racismo, ciúme, traição, vingança e inquietação, qual Otelo de Shakespeare e de fancaria na era do rap, do Facebook e do call center. O Que Não Pode Ser Salvo é também o retrato dos males sociais e culturais que afligem um país enfraquecido pela crise económica e pela falência dos valores.

Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde escreve, desenha e vive. Trabalha como consultor na empresa Booktailors, como guionista no Canal Q  das Produções Fictícias, como ilustrador na revista LER – e como português entre os escombros.

 

As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino

As Cidades Invisíveis“Se o meu livro As Cidades Invisíveis continua a ser para mim aquele em que penso haver dito mais coisas, será talvez porque tenha conseguido reunir numa única representação todas as minhas reflexões, experiências e conjecturas.”

Assim se refere o próprio Italo Calvino – um dos escritores mais importantes e estimulantes da segunda metade do século xx – a este livro surpreendente, em que a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.

José Gil | “Passos tem medo de existir e não é capaz de mobilizar a excelência”

ng1265343Falta uma liderança mais ativa em Portugal, critica o filósofo e pensador José Gil, certo de que é preciso alguém capaz de “propor ideias” e “criar entusiasmo”.

Para o filósofo português José Gil, Portugal precisa de “pensar numa nova teoria do poder, uma nova organização que repense a democracia”.

Esta teoria deve ser assente numa base mais ativa, dado que no país não existe atualmente essa vocação. “Pensamos, ponderamos, voltamos a pensar e não saímos da não ação”, afirma, criticando também o facto de as elites terem “falhado em Portugal”.

“Cresci na ideia de que o território político deveria ser ocupado pelos melhores, pelas elites”, afirma ao jornal i, referindo que o problema das elites é “a enorme promiscuidade que existe entre a política e os outros domínios da inteligência e do saber”.

Ressalva, ainda, que os nossos políticos não pertencem à elite e que “são homens normais”. Exemplo disso é Passos Coelho.

“Passos Coelho tem medo de existir, não é um líder capaz de mobilizar a excelência”, defende, criticando também António Costa por estar “a um passo de não ser também o homem de que precisamos”.

Apesar disso, refere que não ficará surpreendido se o primeiro-ministro for reeleito nas eleições legislativas. Vitória essa que será o resultado do “falhanço de Costa” e da “volatilidade do povo português, a facilidade com que muda de posição”.

FONTE: http://www.noticiasaominuto.com/politica/360863/passos-tem-medo-de-existir-e-nao-e-capaz-de-mobilizar-a-excelencia

As Terras Devastadas, de Stephen King

PrintO livro 3 da série A Torre Negra.

Neste terceiro volume da série de culto, Roland prossegue com a sua demanda pela Torre Negra, mas agora já não está sozinho. Treinou Eddie e Susannah, que entraram no Mundo Médio em momentos diferentes no livro anterior, à velha maneira dos pistoleiros. Mas o seu ka-tet ainda não está completo. Falta escolher um terceiro elemento: alguém que já esteve no Mundo Médio, um menino que morreu não uma, mas duas vezes, mas que continua vivo. Os quatro do ka-tet, unidos pelo destino, terão de fazer uma longa viagem até às terras devastadas e à cidade destruída de Lud, que fica para além delas. Pelo caminho, encontrarão a fúria de um comboio, que pode muito bem ser o seu único meio de fuga…

Continuar a ler

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

O Monte dos VendavaisÚnico romance de Emily Brontë, publicado em 1847, um ano antes da sua morte, O Monte dos Vendavais foi considerado lúgubre e chocante pelos padrões de meados do século XIX. No entanto, esta história sombria de paixão e vingança, ambientada nas charnecas solitárias do Norte da Inglaterra, provou ser um dos clássicos mais duradouros da literatura inglesa. A turbulenta e tempestuosa história de amor de Catherine Earnshaw e Heathcliff abrange duas gerações: desde o tempo em que Heathcliff, um rapaz grosseiro e estranho, é adoptado pelo patriarca da família Earnshaw – o senhor do Monte dos Vendavais –, passando pelo casamento de Cathy com Edgar Linton e a terrível vingança de Heathcliff, até à morte de Cathy, anos mais tarde, e à eventual união dos herdeiros das famílias Earnshaw e Linton.

Uma das mais maravilhosas histórias de amor de todos os tempos, O Monte dos Vendavais permanece hoje tão comovente e convincente como quando foi publicado pela primeira vez.

A Vida Amorosa de Nathaniel P. – Adelle Waldman

A Vida Amorosa de Nathaniel P.Nathaniel (Nate) Piven é uma estrela em ascensão. O seu primeiro livro vai ser publicado por uma editora importante, a sua reputação como crítico literário é irrepreensível, as mulheres adoram-no. Vive em Brooklyn há alguns anos, mas em termos sociais é como se tivesse acabado de chegar. Com estrondo. Nate deveria, pensamos, estar feliz.

Mas ele é demasiado obsessivo para se limitar a apreciar a vida. Uma noite, ao sair de casa, Nate é (mais uma vez) vítima desse campo minado de ex-amantes que é Nova Iorque. Entre acusações e tentativas de fuga, ele prevê (corretamente) que “a noite acabará como tantas outras, em lágrimas”. Mas essa é também a noite em que conhece Hannah Leary. Como ele, Hannah vai ter a sua obra publicada por uma editora de renome. Nate fica fascinado. Ela é atraente, culta e sofisticada. Melhor do que todas as outras. Uma mulher, acredita, à sua altura. Hannah é já o objeto do seu desejo. Será também aquilo que ele realmente quer?

Dias Comuns VII – Rasto Cinzento, de José Gomes Ferreira

Dias Comuns VII - Rasto CizentoO diário Dias Comuns, de José Gomes Ferreira, começou a ser publicado em 1990, cinco anos após a sua morte.

Este sétimo volume, Rasto Cinzento, debruça-se no período entre 1 de Janeiro e 17 de Agosto de 1969. Aqui se revela muitíssimo da vida do autor, da sua obra e pensamentos mais íntimos, mas também histórias e momentos do panorama literário e político português de finais da década de 60. Naturalmente são referidas figuras e nomes dos meios político e culturais da época, como por exemplo: Amália Rodrigues; Alexandre Pinheiro Torres; Ary dos Santos; Augusto Abelaira; Carlos de Oliveira; Fernando Lopes Graça; Fernando Namora; José Cardoso Pires; Maria Teresa Horta; Mario Cesariny, Mário Dionísio; Mário Soares; Miguel Torga; Natália Correia; Nikias Skapinakis; Óscar Lopes; Sophia; Urbano Tavares Rodrigues, entre outros.

Veio Depois a Noite Infame, de Margarida Palma

Veio Depois a Noite InfameLisboa, 1921.Vivem-se ainda as sequelas da Grande Guerra e os temores causados pela Revolução Russa, mas sente-se sobretudo o descrédito dos políticos, responsáveis por uma crise sem fim à vista que mergulha o País na miséria e acende, por todo o lado, focos de violência. O assunto é tema de conversa em casa do advogado viúvo Eugénio Furtado – o «palacete» onde reside com as irmãs e a sua bela e encantadora filha Madalena –, mas também no prédio ao lado, do qual são inquilinos um casal de aristocratas russos refugiados, um velho fidalgo monárquico, uma prima de Eugénio e a famosíssima Elisa, actriz de grande talento mas reputação duvidosa, que organiza continuamente festas e jantares.

Com um riquíssimo leque de personagens – republicanos convictos e saudosos do rei, devotos de Fátima e ateus, aristocratas, burgueses e populares –, Margarida Palma parte do microcosmos de um bairro lisboeta para nos dar conta de como se vivia e amava em Portugal no mais violento período da I República.

Manual de Felicidade para Neuróticos

Manual_Felicidade_NA

O escritor Gaspar Stau e o psiquiatra Amadeu Amaro são encarregados pela União Europeia de realizar um Manual de Felicidade para Neuróticos. Pelas suas conversas, viagens e encontros passam as mais variadas pessoas e histórias que inspiram ao estranho duo estratégias criativas de buscar a felicidade. Mas não poderá ela encontrar-se também em estudos científicos, na nostalgia proustiana de um publicitário ou mesmo num prato de carne de alguidar com migas de espargos? Entre o neurótico Gaspar, que duvida constantemente da possibilidade de terminarem o Manual, e o espalhafatoso Amadeu, que a maior parte das vezes nem se lembra do seu nome, vai nascendo uma amizade singular, alimentada pelo fascínio que ambos sentem pelas coisas boas da vida.

Continuar a ler

Estabelecimento Prisional de Caxias – sessão de leitura com Cristina Carvalho

GradesO que é que eu posso dizer sobre uma experiência tão marcante na vida de uma pessoa? Uma experiência que se alonga por aqueles corredores absolutamente inóspitos, despidos e secos de vida, sem tonalidades de nenhuma espécie, lisos e frios, compridos, sem fim.


O nosso encontro foi na Biblioteca. Havias umas mesas dispostas em rectângulo e à volta, sentados, os homens que me aguardavam. Cumprimentámo-nos. Sentei-me num dos topos da mesa. Fiquei, pois, de frente para todos. Foi assim que o meu olhar os encontrou, de frente, olhos nos olhos, sem sombra e sem barreiras de qualquer espécie. Naquele momento, eu senti-os totalmente, um por um. E percebi que, à minha frente, estavam sentados vários homens a cumprir penas umas mais longas que outras, uns preventivos a aguardar julgamento e outros já condenados a vários anos, muitos anos com muitos dias de muitos sóis a brilhar, com muitas luas de luar, com filhos a crescer, a idade sempre a avançar. Encontrei-me com homens uns novos, outros muito mais velhos punidos por variados cometimentos e incumprimentos sociais. Todos sentados ouvindo o Concerto nº 1 para piano e orquestra, 1º andamento, de Frédéric Chopin; todos aguardando sinal para começarmos a conversar sobre o livro. E conversámos muito. Muitos quiseram saber sobre Fryc, quem foi realmente, quem amou, que vida teve, como foi o seu génio, o que é o génio, o que é uma vida, como foi viver no século XIX, o que foi o século XIX, como foi viajar, como foi morrer, como é viver, ontem, hoje, como será, como será, como será?

Continuar a ler

Equívocos, Enganos e Falsificações da História de Portugal

Mitos_fasific

O que trazia a Rainha Santa Isabel no regaço do milagre das rosas?
Conhece a verdadeira história da padeira de Aljubarrota?
E o feito de Martim Moniz, será lenda?

Com a seriedade, o rigor e o estilo vivo e irónico que lhe são característicos, Sérgio Luís de Carvalho clarifica os mitos e equívocos da História de Portugal e repõe os factos históricos.
Este livro não tem como missão (se alguma missão tem) revelar quaisquer falsificações, omissões, ocultações ou erros que os historiadores pratiquem, consciente ou inconscientemente.

Continuar a ler

A Família Portuguesa no Século XXI

familia_portuguesaDe que falamos quando falamos de família na sociedade portuguesa do século XXI? Formulada a historiadores, psicólogos, professores, demógrafos, sociólogos, assistentes sociais, psicanalistas, psiquiatras, mediadores e terapeutas familiares ou jornalistas, entre outros profissionais e investigadores, este livro pretende dar-nos algumas respostas a esta pergunta.

Esta obra constitui um olhar alargado sobre a realidade das famílias portuguesas, porque, embora tenhamos intitulado este livro no singular, sabemos que se trata de uma realidade plural, que só muitos e diferentes olhares poderão captar na sua infinita variedade.

Continuar a ler

“Congresso da Cidadania. Ruptura e Utopia para a Próxima Revolução Democrática”

cdc

Celebramos os 40 anos do 25 de Abril. Durante um ano celebrámos os valores de Abril de Liberdade, de Justiça, de Solidariedade. Durante um ano a Associação 25 de Abril promoveu, incentivou, acompanhou e participou em acções onde os portugueses, por todo o país e onde quer que se encontrem no mundo, reafirmaram a sua vontade em construir uma sociedade regida pelos valores do que se pode resumir a uma palavra: dignidade.

Dignidade foi o objectivo que os militares referiram desde os primeiros tempos da conspiração que iria culminar no acto decisivo em 25 de Abril de 1974. Logo nos seus primeiros documentos de intenções, os militares do 25 de Abril afirmaram o seu propósito de restituir a dignidade ao povo português. Era essa intenção que os motivava. Era essa, como é hoje, a força que os determinava e determina.

Os três “D” contidos no Programa do MFA são os da Dignidade. Democratizar, para derrubar uma ditadura que oprimia e infamava a dignidade de homens e mulheres livres. Desenvolver, para assegurar a vida digna a cada um dos cidadãos, a dignidade de ter educação, uma habitação, um trabalho justamente remunerado, assistência na doença, na invalidez, na velhice, a dignidade de relações económicas que impeçam a indigna oposição entre os que tudo têm e os que nada possuem. Descolonizar, para que Portugal se integrasse como uma Nação digna na comunidade internacional, respeitando o direito dos outros povos, conquistando para si um lugar entre os que defendem a paz, o respeito pelos valores, a supremacia do entendimento, a criação de um sistema internacional que promova uma justa troca de bens e riquezas, que promova o desenvolvimento sustentado.

Continuar a ler