Tempo de Homenagem – 25 de Abril de 1974 | João Paciência, Arqº

Tempo de Homenagem – 25 de Abril de 1974 , que hoje se comemora em tempo de pandemia e confinamento obrigatório, passados 46 anos.
Tempo de viragem para um país mais democrático e livre, que se abriu ao desenvolvimento acelerado de uma sociedade rural que então era a nossa.

Tempo de Homenagem também aos meus Mestres Arquitectos Nuno Portas e Nuno Teotonio Pereira , em cujo atelier ( Atelier Escola que era para muitas gerações), trabalhava como colaborador neste importante projecto que aqui recordo , que era o Plano de Pormenor do Alto do Restelo, ideia muito impulsionada por Nuno Portas sobre o desenho da cidade com alta densidade e baixa altura, cruzando os conceitos de morfologias e tipologias que então dominavam na época, formalizados aqui em quarteirões alongados com blocos multifamiliares e moradias em banda, formando ruas enfiadas visualmente sobre o Rio Tejo.

Aqui trabalhei quatro anos e conheci colegas brilhantes que aqui recordo e cumprimento os ainda vivos : o Pedro Botelho que desenvolveu mais as moradias , o Joaquim Braizinha , a Manuela Fazenda , o Pedro Lobo Antunes , que comigo desenvolveram os blocos, sempre com a sábia orientação dos Mestres, pese embora o Nuno Teotonio ter sido entretanto preso pela Pide .

Continuar a ler

Argélia | Formação Profissional

Empresas de Formação Credenciadas ou Formadores Diplomados para:

Pedreiros
Canalizadores
Eletricistas
Ladrilhadores
Azulejadores
Carpinteiros de limpos e toscos
Carpinteiros de acabamentos
Pintores de Construção Civil
Técnicos / Condutores de Obra
Técnicos de Topografia
Técnicos de Medições e Orçamentos
Técnicos de Energias Renováveis
Técnicos de Instalações AVAC
Técnicos de Instalações Elétricas

Exige-se domínio da língua francesa – Formação a prestar em Argel, Argélia.

Respostas com CV para: Vítor Coelho da Silva, viplano@hotmail.com

Cadeira Portuguesa | Outros Olhares | João Paciência, Arqº

Em exposição na Casa Museu Guerra Junqueiro no Porto até 6 Novembro

painel-cadeira-22-09-2016-png

 

Assumir o desenho da cadeira portuguesa, depurado na sua essência conceptual de dois tubos dobrados que se encontram num eixo que define a superfície de sentar, que se fecha na curvatura das costas.

Assumir este conceito, como se de um “esqueleto” se tratasse, já estável na sua ergonomia, e encontrar agora uma nova “roupagem” que a transforme num cadeirão mais representativo para utilizar no interior do espaço habitacional (cadeira de mesa de jantar mais formal ou representativo, cadeirão de apoio em Zona de dormir, ou em complemento de Zona de estar).

A nova imagem define-se a partir da materialização planimétrica dos dois arcos que definem os apoios de braços, as costas e os pés traseiros, que se propõem absorver o “esqueleto” tubular, em dois planos almofadados e forrados a pele branca.

Costas e assento, definem-se como entidade própria entre estes dois planos de 0,06 m de largura, igualmente estofados em pele branca.

Esta ideia permite ainda encarar a “cadeira portuguesa original”, como se fosse o “Chassis” de suporte de outros acessórios “Carnagem” com diferentes cores e materiais, que o comprador pode escolher consoante o local ou ambiente, personalizado com logotipos ou outros temas gráficos, diversificando a imagem numa possível produção em massa, como produto industrial que é.

Estudou-se igualmente uma solução de capa mais simplificada, remetida apenas para os braços e as costas acima da zona de sentar, abrindo o leque de possibilidades cromáticas e de materiais transparentes, protegendo ao mesmo tempo deste modo a estrutura metálica base, do aumento de temperatura causado pelo sol em zonas exteriores.

La Tour Eiffel | Gustave Eiffel | Paris | Algérie

torre

Si la mine algérienne m’était «comptée» !

Tout Algérien visitant Paris est ébloui par la tour Eiffel, majestueuse et imposante du haut de ses 312 mètres.

Un symbole de l’identité française et une attraction touristique mondiale
Pour l’histoire, cette magnifique structure en fer a été dessinée par Maurice Kœchlin et construite par Gustave Eiffel, ingénieur de son état et célèbre entrepreneur qui a conçu ce monumentt à l’occasion de l’Exposition universelle de Paris qui s’est tenue en 1889. La France allait montrer au monde, avec fierté, que le génie de la liberté avait accouché du génie de l’industrie.

Construite en deux ans, deux mois et cinq jours, de 1887 à 1889, par 250 ouvriers, elle est inaugurée, à l’occasion d’une fête de fin de chantier organisée par Gustave Eiffel, le 31 mars 1889. Les Algériens visitant ce monument, ne se doutent certainement pas que cette «dame de fer» symbole et fierté des Français, est en fait du minerai extrait de la terre algérienne. Et pour cause, tout le fer utilisé pour sa construction, 8000 tonnes pour la charpente métallique, a été extrait des mines algériennes, de Rouina (Aïn Defla) et de Zaccar (Miliana).

Continuar a ler

Alejandro Aravena: um Pritzker para a arquitectura social in Jornal Público

O mais importante prémio de arquitectura distingue uma obra que revolucionou a habitação social

Elemental

O arquitecto chileno Alejandro Aravena, conhecido pelos seus revolucionários projectos de habitação social, nos quais os residentes são estimulados a aumentar e melhorar as casas por sua própria iniciativa, é o prémio Pritzker de 2016. A escolha foi anunciada esta quarta-feira, dia 13, e Aravena, que é também o curador da edição deste ano da Bienal de Arquitectura de Veneza, receberá o prémio, no valor de cem mil dólares (cerca de 72 mil euros), no próximo dia 4 de Abril, numa cerimónia que decorrerá no edifício das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Continuar a ler

Aires Mateus vence projecto para Mesquita em Bordéus in Jornal Público

Bordéus
Esquecer as conotações visuais de uma mesquita e traduzir no espaço a religiosidade muçulmana é o que propõe o atelier de arquitectura Aires Mateus que ganhou o projecto para o Centro Muçulmano de Bordéus, em França.

A ambição de construir um espaço contínuo e em que a ideia de unidade entre a religião e o quotidiano são centrais fez do projecto do arquitecto Manuel Aires Mateus o escolhido pela Fédération Musulmane de la Gironde.

A obra com o valor de 24 milhões e meio de euros e com quase 12 mil metros quadrados centra-se no culto e na cultura muçulmana, em que o lado religioso de cada indivíduo se estende à sua vida quotidiana. Foi esta ideia de continuidade e unidade da vida religiosa com a vida social que o atelier procurou neste projecto que vai ser erguido de raíz junto ao rio Garona, na zona nova de Bordéus, em França.

“Para este projecto procurámos um espaço absoluto, uma topografia contínua, uma arquitectura onde tudo está ligado: os diferentes usos [do edifício], os percursos que os relacionam, a luz filtrada que os caracteriza. Um todo sem partes”, lê-se na nota explicativa que acompanha o projecto.

Para a concretização física deste conceito, há um andar térreo de ligação à cidade com lojas e cafetarias – o lado social – e um outro superior onde estão as funções culturais – salas de aula. Entre estes dois, há um espaço aberto, revestido a vidro dedicado ao culto: duas salas, uma com 350 lugares para uso diário, e outra com 4 mil, para uso semanal. “Esse espaço é o grande vazio, em continuidade com o mundo, em que a luz exterior que se prolonga é um espaço para a religião sem fronteiras”, explica Aires Mateus ao PÚBLICO, acrescentando que o “culto é este lugar que está entre o céu e a terra, que o une e que nos interessa”.

O piso térreo quer ser ainda um lugar de ligação da comunidade muçulmana com a comunidade de Bordéus: este espaço é perfurado para que se possa circular por ele sem se seja um objecto fechado, perturbador da circulação na cidade.

“É mais estimulante por ser um espaço religioso, em que o que interessa é a espiritualidade e transcendência”, disse o arquitecto Manuel Aires de Mateus a propósito do primeiro projecto do atelier Aires Mateus para um espaço religioso. Apesar desta novidade, como nos anteriores trabalhos deste atelier, a centralidade do projecto volta a estar numa ideia de espaço.

http://www.publico.pt/cultura/noticia/aires-mateus-vence-projecto-para-mesquita-em-bordeus-1637557 … (FONTE)

“The Bridge” Homeless Assistance Center | Dallas | Overland Partners Architects

bmhu_the_bridge B
Completed in May 2008 and situated on a previously developed 3.41-acre site in Dallas’ central business district, The Bridge provides a broad spectrum of care including housing, emergency and transitional care for more than 6,000 people in Dallas experiencing long-term homelessness. Consisting of five buildings that create a courtyard in the center of the campus as well as engaging the surrounding community, The Bridge incorporates a three-story services building, a one-story welcome building, a storage building, an open air pavilion, and a dining facility, which serves as a focal point to the interior landscaped courtyard of the campus and also as a food magnet providing social workers with an opportunity to connect with the homeless.

“The Bridge,” meets the growing concerns of homelessness in Dallas, Texas. A safe haven and focus for services for more than 6,000 needy, it empowers chronic and newly homeless to come off the streets and sustain permanent housing in order to live productively. The Center supports guests, provides a safe and attractive work environment, and improves the surrounding community. As a beacon of hope, it provides a strong visual presence within the city and elevates the quality of public spaces. It engages the community in transforming the lives of its most disenfranchised members, proving that shelters should not be isolated, but an integrated part of our community; they are valuable civic buildings representing the compassion of our society. To learn more about The Bridge and The Metro Dallas Homeless Alliance please visit http://www.mdhadallas.org/

DESIGN ACCOLADES

Because of its multiple sustainable features such as its green-roofed dining room, grey water recycling system, and natural daylighting used throughout the buildings, the project was awarded LEED (Leadership in Energy & Environmental Design) Silver Certification from the U.S. Green Building Council, making it the largest homeless shelter in the United States to be LEED certified. Other national and international design accolades include the American Institute of Architects’ (AIA) 2009 National Housing Award, the AIA/Housing and Urban Development (HUD) Secretary Award, a 2009 National Excellence in Design Award from Environmental Design + Construction magazine and the 2009 Chicago Athenaeum’s American Architecture Award.

ABOUT OVERLAND PARTNERS

Overland Partners Architects, founded in 1985 in San Antonio, Texas, is a realization of a vision to bring together a wide range of talents in architecture and planning, in order to provide comprehensive and design services. Sensitive to the environmental and aesthetic contexts of their projects, the firm strives for a thoughtful integration of technology, art, and craft through highly sustainable solutions. Overland Partners Architects offers its clients the ultimate goal of creating a beautiful, functional and enduring design through a process that inspires long-term relationships and is rewarding to the entire project team. For more information, visit http://www.overlandpartners.com.

ABOUT CAMARGOCOPELAND

Founded in 1985, CamargoCopeland Architects, LLP, offers architectural, interior architecture/design, and planning services. The company’s principals, Myriam E. Camargo, AIA and E.J. Copeland, AIA and its staff form an accomplished and highly skilled team with experience in corporate development, educational/public institutions, hospitality/club developments, and retail facilities. CamargoCopeland Architects is registered with the State of Texas as a Historically Underutilized Business and operates as a Minority/Woman Owned Business Enterprise. In 1999, the Dallas Business Journal recognized CamargoCopeland Architects in its annual Book of Lists as the “Largest Woman-Owned Full Service Architecture Firm in the Dallas Metroplex.” For more information, visit http://www.camargocopeland.com.

Palimpsesto de Arquimedes

home-book-photo

palimpsesto de Arquimedes é o nome pelo qual se conhece habitualmente um palimpsesto – texto antigo escrito sobre outro anterior empergaminho – formando um códice, que originariamente foi uma cópia em grego de diversas obras de Arquimedes, antigo matemáticofísico eengenheiro de Siracusa e de outros autores. Posteriormente foi apagado rudimentarmente e usado para escrever salmos e orações de um convento.

O Palimpsesto de Arquimedes inclui cópias de diversas obras do matemático grego:

  • ‘‘Sobre o equilíbrio dos planos’’
  • ‘‘Sobre as espirais’’
  • ‘‘Medida de um círculo’’
  • ‘‘Sobre a esfera e o cilindro’’
  • ‘‘Sobre os corpos aboiantes’’ (única cópia conhecida em grego)
  • ‘‘O método dos teoremas mecânicos’’ (única cópia conhecida)
  • ‘‘Stomachion’’ (a cópia mais completa de todas as conhecidas)

Arquimedes viveu no século III a.C., mas o palimpsesto não foi escrito até o século X por um escriba anônimo. Em algum momento do século XII o manuscrito foi desatado, rascado e lavado, com outros seis manuscritos em pergaminho, entre os que se incluía um com obras de Hipérides. As folhas de pergaminho foram dobradas pela metade e reutilizadas para copiar um texto de caráter litúrgico de 177 páginas, de maneira que cada página do escrito antigo se converteu em duas páginas do texto litúrgico. Contudo, o apagado não foi completo, e a obra de Arquimedes está agora acessível graças a que o trabalho científico e acadêmico realizado entre 1998 e 2008 usando métodos de processamento digital de imagens obtidas usando diversas frequências de radiação, incluindo radiação infravermelhaluz ultravioleta, e raios X.[2][3] O acadêmico Constantine Tischendorf visitou Constantinopla (a atual Istambul) na década de 1840, e intrigado pelo escrito matemático grego visível no palimpsesto, levou com ele uma das suas páginas. Esta página atualmente encontra-se na Biblioteca da Universidade de Cambridge. Contudo, seria o filólogodinamarquês Johan Ludvig Heiberg (1854-1928) que se daria conta, quando inspecionou o palimpsesto em 1906, que se tratava de um texto de Arquimedes, e que continha obras que se acreditavam perdidas.

’’Stomachion’’ é um quebra-cabeça de dissecção cuja descrição aparece no palimpsesto de Arquimedes.

Após realizar um tratamento das páginas do palimpsesto, o texto original de Arquimedes pode ser lido com claridade.

Johan Ludvig Heiberg tomou fotografias da obra, a partir das quais obteve transcrições que publicou entre 1910 e 1915. Contudo, o seu trabalho ficou interrompido pelo começo da primeira guerra mundial. Pouco depois, a obra foi traduzida para o inglês por Thomas Heath, momento em que começou a ser mais acessível e conhecida pelos coletivos de historiadores, físicos e matemáticos. O texto ficou em posse da biblioteca de Constantinopla e cedo desapareceu. Desconhece-se como reapareceu na França após a Primeira Guerra Mundial como propriedade de um colecionador particular que assegura que foi comprado em Istambul pelo seu avô.[4]

Desde a década de 1920 o manuscrito permaneceu em Paris, na posse de um colecionador de manuscritos e dos seus herdeiros. Em 1998 a discussão sobre a propriedade do manuscrito chegou à Corte Federal do Estado de Nova Iorque, no caso que enfrentava o Patriarcado de Jerusalémcontra Christie’s, Inc. Segundo o Patriarcado, o manuscrito pertencia à biblioteca do mosteiro de Mar Saba, que o adquirira em 1625, sendo roubado de um dos seus mosteiros na década de 1920. Porém, o juiz determinou em favor da casa Christie’s, considerando que a ação reivindicatória do Patriarcado de Jerusalém estava prescrita. Após a sentença, Christie’s subastou o palimpsesto, que se vendeu por dois milhões de dólares a um comprador anônimo. Simon Finch, o representante do comprador, indicou que se tratava de um americano que trabalhava na indústria da alta tecnologia, e matizou que não se tratava de Bill Gates.[5] A revista alemã ‘‘Der Spiegel’’ informou de que o comprador provavelmente poderia ser Jeff Bezos.[6]

O Palimpsesto de Arquimedes foi submetido entre 1999 e 2008 a um intenso estudo no Museu Walters, em BaltimoreMaryland, bem como a um processo de restauração (o pergaminho sofrera deterioro por efeito do mofo). Os trabalhos foram dirigidos pelo Dr. Will Noel, curador de manuscritos do Museu, e sob a gestão de Michael B. Toth, com a Dra. Abigail Quandt encarregue dos trabalhos de conservação do manuscrito.

Por outro lado, uma equipa de cientistas usou um sistema de processamento computacional das imagens digitais de várias faixas espectrais, entre as que se incluíam a luz ultravioleta e a visível, para revelar a maior parte do texto oculto, incluindo a obra de Arquimedes. Após processar e digitalizar o palimpsesto completo em três faixas espectrais até 2006, em 2007 redigitalizaram a imagem do palimpsesto em 12 faixas espectrais.[7] A equipa processou digitalmente as imagens para revelar a maior parte do texto oculto. Também digitalizaram as imagens originais de Heidberg. Finalmente, Reviel Netz, da Universidade de Stanford, e Nigel Wilson criaram uma transcrição do texto, recheando os vazios da transcrição de Heiberg com as novas imagens. [8].

Adicionalmente, em algum momento posterior a 1938, algum proprietário do manuscrito falsificou quatro imagens religiosas de estilo bizantino incluídas no manuscrito com a finalidade de incrementar o seu valor. Acreditava-se que estas imagens tornaram completamente ilegível o texto que havia debaixo, mas em maio de 2005 um sistema de raios X de alta definição foi empregue para tentar revelar aquelas partes do pergaminho. A fluorescência produzida com os raios X permitiu aceder também a essa parte do texto oculto.[9]

Em abril de 2007 foi anunciada a descoberta de um novo texto no palimpsesto, consistente num comentário à obra de Aristóteles atribuído a Alexandre de Afrodisias. Anteriormente tinha-se descoberto um texto de Hipérides, um político ateniense do século IV a.C.,[1] e em particular do seu discurso ‘‘Contra Diondas’’, que foi publicado em 2008 na revista acadêmica alemã ‘‘Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik’’, vol. 165.[10]

Em 29 de outubro de 2008, coincidindo com o décimo aniversário da aquisição do palimpsesto por leilão, toda a informação derivada do documento, incluindo imagens e transcrições, foram publicadas na Internet para o seu uso sob Licenças Creative Commons, e as imagens processadas do palimpsesto foram publicadas em Google Livros.[11]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Palimpsesto_de_Arquimedes … (FONTE)