Cristina Carvalho na Culsete

O universo da escrita de Cristina Carvalho move-se entre o fantástico e o romance de narrativa mais clássica. O conto marca também uma presença assídua, quer para adultos como na sua participação na coletânea Contos Capitais, quer para um público infanto-juvenil como em Tarde FantásticaAna de Londres, antes de ser romance, foi publicado como conto.

Dentro do fantástico, Lusco-Fusco é um breviário dos elementais e O Gato de Upsala a descoberta da idade adulta. Agneta e Elvis partem com a ilusão ver o Vasa, o maior navio de guerra até então construído e, quem sabe, subir bordo e conhecer terras distantes. O Vasa afundar-se-á diante dos seus olhos sem lhes levar o sonho de uma vida a dois que então começava. Homem e mulher completando-se como nas histórias mais antigas.

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Para Sempre | Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

 

CIDADE PROIBIDA – Lançamento no Teatro da Politécnica

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Sete anos depois da primeira publicação, regressa finalmente às livrarias Cidade Proibida, um romance desassombrado que retrata com intensidade e mestria o universo gay, o prazer erótico e a transgressão.

«É difícil ler um bom livro em que se fala livre e fulgurantemente de sexo, do prazer erótico e da transgressão. Eduardo Pitta fá-lo com a mestria de um grande narrador.» Helena Vasconcelos

 

A não perder!

 

A Espantosa Realidade das Cousas | Alberto Caeiro

 

A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei de escrever muitos mais. Naturalmente.

Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo,
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer cousa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

Alberto Caeiro, in “Poemas Inconjuntos”
Heterónimo de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

 

 

Periferias – Festival de Artes Performativas

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A 3ª edição do Periferias – Festival de Artes Performativas em Sintra, abrirá no dia 4 de Março, às 17h, com a exposição “O secreto mundo das marionetas asiáticas”, na Vila Alda, Casa do Eléctrico de Sintra.

Esta exposição, que trará peças do futuro Museu de Marionetas de Macau, tem por objectivo dar a conhecer um pouco, todo o enquadramento histórico das marionetas no Oriente, assim como o seu processo evolutivo a nível cultural e social. Pretende ainda realçar a importância pedagógica do uso destas, não só a nível do ensino formal e académico mas principalmente ao nível da educação e sensibilização da população.

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Prémio Literário Casino da Póvoa 2014

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Manuel Jorge Marmelo venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa 2014, no valor de 20.000€, com o romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, publicado em 2011 pela Quetzal.

O júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa, escolheu a obra de uma lista de quinze finalistas e de um total de 180 obras a concurso.

O prémio será entregue no próximo sábado, dia 22, na sessão de encerramento da 15ª edição do festival literário Correntes d’Escritas.

Uma Mentira Mil Vezes Repetida recebeu o aplauso unânime da crítica aquando da publicação. A atribuição deste prémio é um reconhecimento pela extraordinária qualidade deste livro mas também a consagração do percurso literário de Manuel Jorge Marmelo.

 

RTP – canal de cultura

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Ontem muita gente protestou: “A televisão não dá nada de jeito.” E, no entanto, a RTP Memória passou, em horário nobre, um excelente documentário sobre Rómulo de Carvalho/António Gedeão. Seria fácil complementar esta opção com uma ida ao RTP Play para ver uma entrevista da escritora Cristina Carvalho a respeito da biografia que escreveu sobre Rómulo de Carvalho, seu pai. Ou, ainda, escutar uma entrevista sua à Ana Daniela Silva, no À Volta dos Livros. Claro que um televisor com Internet e uma ligação WiFi, torna a experiência muito mais fácil.

Ou não. Na pesquisa “Ler Mais Ler Melhor Rómulo de Carvalho Cristina Carvalho” não se obtém a RTP Play como resposta, apenas nos surge o Youtube e o GoodReads. Podemos então ver o programa, mas fora da plataforma da RTP.

A RTP é o maior canal cultural de Portugal. A empresa tem a consciência disso e, por isso, criou o portal Ensina promovendo os seus conteúdos numa perspetiva didática. Por que não criar um portal RTP Cultura que ofereça informação sobre os programas culturais do dia, que a sua programação linear oferece, e complementar com o arquivo disponível no RTP Play?

Rómulo de Carvalho e Seu Amigo António Gedeão

Documentário realizado em 1996 sobre o professor de química e também poeta – Rómulo de Carvalho / António Gedeão – realizado por altura do seu 90º aniversário.

Nascido em Lisboa, no Bairro da Sé, Rómulo de Carvalho fez o curso de Físico-Químicas na Faculdade de Ciências do Porto e foi depois professor do ensino secundário nos Liceus Camões e Pedro Nunes.

Divulgador da ciência, só tardiamente publicou o seu primeiro livro de poesia, mas alguns poemas atingiram grande notoriedade, nomeadamente “Pedra Filosofal”, “Lágrima de Preta” e “Calçada de Carriche”.

Quarta-feira, 19 de fevereiro, às 21:30, na RTP Memória ou quando quiser no RTP Play

Como transportar uma árvore.

A empresa australiana Vicroads criou um engenho para transportar árvores que, por algum motivo, precisam sair de um ponto para outro. Neste caso, as obras entre duas estradas em Berwick, nos arredores de Melbourne, obrigavam à recolocação de algumas árvores. De forma rápida e eficaz, e sem agredir o ambiente, a Vicroads tratou do assunto.

O trabalho consiste em levar o camião, com um equipamento especial, para junto da árvore, cavar em volta e levá-la sem danificar as raízes. Depois o camião desloca-se para o novo lugar e faz a cova onde ela será plantada.

fonte Portal Invest

Remembering the artist Robert De Niro, Sr.

Pai De Niro

Robert De Niro, Sr. fez parte da afamada New York School of artists. Teve sucesso no início de sua carreira durante os anos de 1940 e 50, em Nova Iorque. A sua pintura misturava estilos abstratos e expressionistas e chegou a fazer parte da amostra “Art of this Century” de Peggy Guggenheim Gallery e a sua obra foi objeto de crítica na imprensa especializada em arte.
Mas seu sucesso foi de curta duração, com o seu trabalho a ser eclipsado primeiro pelos pintores expressionistas abstratos e mais tarde com o surgimento da Pop Art . O artista é recordado neste filme pelo seu filho Robert De Niro, não tendo a sua condição homossexual sido iludida.

Segundo Eduardo Pitta, no Da Literatura: “Se A Bronx Tale (1993) foi uma homenagem discreta ao progenitor, Remembering the artist… não esconde nada. A HBO comprou os direitos, e o filme, com a duração de 40 minutos, vai ser distribuído para todo o mundo a partir de Junho. Robert De Niro Sr. (1922-1993) esteve casado pouco mais de um ano, e o filho vem agora explicar porquê.”

sobre o filme

Poesia – considerações de Cristina Carvalho

Que não é estado de espírito; que não é necessidade; nem intempérie de amor, nem rumor ou piedade, nem doença nem saudade.

Não é, certamente, um acumular de palavras num esforço patético de dar voz aos amores e dar voz a coisa nenhuma.

A poesia, o texto poético nasce da vida e acompanha a vida numa união imperceptível que se adensa na progressão infinita, que se espraia e se entende e purifica e anima e constrói. É uma arte. E como toda a arte tem uma linguagem que permite tudo, sempre. As obras e os atos do homem ou se condenam ou se purificam e a poesia ou os eleva ou os atinge.
Um livro de poemas não é algo que se devore instantaneamente. O leitor recebe a poesia preparado para a receber. Não porque um poeta seja uma pessoa diferente das outras. A poesia é que é uma arte distinta, é uma arte de palavras e nada tão difícil de saborear como uma palavra nascida e escrita e alinhada que pretende dizer sobre a alma, sobre a vida, sobre os Homens. A poesia pode dizer tudo o que quiser. Pode ser lamacenta ou transparente, vertigem ou luz do luar.

(Este texto está incluído no livro Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Biografia)

Leia a recensão no Acrítico – leituras dispersas.

PNETliteratura de novo online

Vitor_foto _120x1201 – Após período de ausência por graves  dificuldades financeiras felizmente resolvidas, voltamos a ter o site online.

2 – Do facto apresentamos as nossas desculpas, aceitando desde já as críticas por não termos de imediato informado do problema.

3 – A coordenação do site continuará a cargo de Vítor Coelho da Silva, deixando de haver Editor.

4 – Os escritores que pretenderem publicar no site deverão enviar os textos e fotos para vcs.viplano@hotmail.com.

5 – Estamos a desenvolver nova versão que entrará brevemente online.

6 – O URL http://www.pnetliteratura.pt foi entretanto capturado e registado por outra entidade. Do facto demos conhecimento à FCCN que em resposta nos aconselhou a recorrer a um Tribunal Arbitral. Esse site pirata tem alguns textos copiados do nosso, o que muito lamentamos. Pedimos desculpa aos autores por este abuso que nos é alheio. Obviamente que não cederemos à chantagem de negociar com este cavalheiro.

7 – Por avaria num dos quatro discos do servidor onde está instalado, de que só tardiamente nos apercebemos, alguns textos de vários autores desapareceram. Estamos a desenvolver esforços para a sua completa recuperação, nomeadamente aguardando a entrega de back-ups antigos.

8 – Registámos os URL http://www.pnetliteratura.com e http://www.literatura-pnet.com. De futuro passaremos a utilizar estes dois endereços.

9 – O signatário continua a desenvolver esforços no sentido de se realizar um Festival Literário em Fátima com periodicidade anual. A 1ª edição deverá ocorrer ainda este ano, de 19 a 22 de Novembro.

Lisboa 15 de Fevereiro de 2014

Vítor Coelho da Silva, administrador

Rui Chafes no Centro de Arte Moderna

Esta exposição antológica do escultor Rui Chafes é, no que respeita ao número de obras, a maior mostra de sempre do artista português no nosso País. O Peso do Paraíso reúne vinte anos de produção daquele que é um dos mais importantes artistas da sua geração e ocupa tanto o interior como o exterior do Centro de Arte Moderna, prolongando-se pelos jardins da fundação.

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Do Branco ao Negro

Do branco ao negro é uma coletânea sobre a diversidade, onde a cor é elo de ligação.

A Sextante Editora publica, a 21 de fevereiro, Do branco ao negro, uma coletânea de doze contos coordenada pela jornalista São José Almeida e ilustrada por Rita Roquette de Vasconcellos, onde cada história tem por base uma cor.

São de diferentes origens e estilos as autoras que participam neste livro: Ana Luísa Amaral, Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Eugénia de Vasconcellos, Elgga Moreira, Lídia Jorge, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Raquel Freire, Rita Roquette de Vasconcellos, São José Almeida e Yvette Centeno. Cada uma conta, neste livro, uma história em homenagem aos que vão perdendo a sua capacidade de as contar, uma vez que os direitos de autor revertem na íntegra para a Associação Alzheimer Portugal.

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Mudar o Mundo

Exijam o impossivelNoam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI.

Mudar o Mundo reúne as conversas entre Noam Chomsky e David Barsamian sobre as grandes questões que se impõem no despontar do século XXI, ao nível político, social e do indivíduo como parte da sociedade, explorando as preocupações mais urgentes e imediatas: o futuro da democracia no mundo árabe, as implicações do desastre nuclear de Fukushima, a «luta de classes» entre os interesses económicos dos EUA e os trabalhadores e classes menos favorecidas, o desmoronamento das instituições políticas mais populares e o aumento de poder da extrema-direita.
Um olhar lúcido e atento sobre o mundo, por uma das figuras de
maior relevo do século XX.

A partir de hoje nas livrarias.

V Encontro Livreiro

O último domingo de Março está a aproximar-se. Este ano calha no dia 30.

E o que acontece de há cinco anos para cá no último domingo de Março?

O ENCONTRO LIVREIRO, pois claro!

Vá-se preparando para vir nesse dia até à livraria Culsete, em Setúbal, e ficar por aqui a partir das 15 horas, falando de livros, leitura, livrarias e outros assuntos afins, acompanhado de boa música, de um cálice de Moscatel e de outras delícias aqui da terra.

Saiba mais aqui.

 

Engenharia portuguesa premiada

O Engenheiro português Armando Rito recebeu ontem em Bombaim, Índia, o prémio Freyssinet um dos maiores prémios de engenharia civil mundial.

O prémio é atribuído de 4 em 4 anos pela FIB (Federação Internacional de Betão), sediada em Lausane, Suiça. Vai na sua 4a edição e distingue figuras de relevo na área do betão estrutural.

Armando Rito tem no currículo diversos projectos de pontes e estruturas especiais. Recebeu vários galardões nacionais e internacionais. O mais significativo talvez tenha sido em 2011 quando recebeu o prémio Secil pelo projecto da ponte 4 de Abril em Angola (ver foto no final do texto).

Este prémio deve deixar os portugueses orgulhosos pois permite atestar a qualidade da engenharia civil de Portugal e dos engenheiros portugueses.

(fonte: Engenharia Portugal)

Citando Sónia Cravo

Sónia

Lá fora, vibram soluços a lembrar-me o tilintar da minha primeira bicicleta. Eu era tão pequena e ainda tinha o cabelo louro; e ela, tão grande. Roda 26. Um dia, sem travões, caí num monte de estrume. Bosta de vaca. A minha mãe não pôde deixar de rir. Um destes dias acontece uma desgraça e depois quero ver!, dizia. Mas a única desgraça chegou meses depois, quando, em vez duma bicicleta para o meu tamanho, recebi uma máquina de escrever.

(retirado do Facebook)

No Harém de Kadhafi

Hoje, 7 de fevereiro, sob a chancela Albatroz, é publicado No Harém de Kadhafi, um livro que relata na primeira pessoa a história de uma das escravas sexuais de Muammar Kadhafi, escrito pela mão da grande repórter do Le Monde Annick Cojean.

Surpreendente e inquietante, este é um testemunho atual de Soraya, uma rapariga capturada aos 15 anos pelo então Chefe de Estado da Líbia. Neste livro, ela revela os crimes que viveu e testemunhou até conseguir fugir do quartel-general de Bab Al-Azizia.

Annick Cojean conheceu Soraya logo após a morte de Kadhafi, em Trípoli, e foi ela a confidente de uma história e de um tempo sobre os quais a Líbia ainda não quer falar.

 

Churrasco ao sol

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Depois de uma temporada na Nigéria, onde ainda se usa lenha para cozinhar os alimentos, o professor do MIT- Massachusetts Institute of Tecnology, David Wilson, criou o Wilson Solar Grill.

O grelhador  armazena energia térmica até 25 horas de uso, alcançando a temperatura de 230ºC. Para os amantes do ambiente.

leia mais aqui e veja o vídeo.

O Estranho Caso de Sebastião Moncada

O autor de Uma Fazenda em África regressa com romance passado nas Guerras Liberais. Hoje, no ECI, é lançado o novo romance de João Pedro Marques, O Estranho Caso de Sebastião Moncada.

Combinando intriga, crimes e paixões no tempo das Guerras Liberais, este é o novo livro do autor que, com Uma Fazenda em África, um dos bestsellers de 2012, publicado pela Porto Editora, se guindou ao primeiro plano do romance histórico português.

Para além das personagens ricas e da trama misteriosa, o rigor histórico a que o autor já nos habituou completa este livro surpreendente e permite-nos conhecer melhor os primeiros passos da guerra civil portuguesa e o Cerco do Porto de 1832.

Hoje no El Corte Inglés, no restaurante, piso 7, pelas 18:30. A apresentação estará a cargo da historiadora Maria de Fátima Bonifácio.

 

Grant’s True Tales – Lisboa 2014

O festival de storytelling “Grant’s True Tales”, o maior evento do género em Portugal, está de volta. O formato do evento é simples: grandes personalidades partilham histórias verdadeiras. A edição de 2014 terá lugar de 27 de Fevereiro a 1 de Março, no Cinema São Jorge. O anfitrião é, uma vez mais, o actor Joaquim de Almeida.

 

Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto

Era Bom

Mário de Carvalho convoca-nos num dos seus romances mais interventivos

A Porto Editora publica, no dia 7 de fevereiro, Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, um romance marcante de Mário de Carvalho, o primeiro onde o autor coloca em evidência o seu descontentamento para com a sociedade, a política, o elitismo ideológico, a burocracia.

Protagonizado por dois filhos da Revolução de Abril, este é um livro que faz uma crítica social mordaz, mas bem-humorada, e que nos questiona sobre se «a realidade é muito abusadora». Logo no início do romance, fica a advertência:

Este livro contém particularidades irritantes para os mais acostumados. Ainda mais para os menos. Tem caricaturas. Humores. Derivações. E alguns anacolutos.

 

Memória dos Campos

“Memória dos Campos” é conhecido como o documentário nunca visto de Alfred Hitchcock sobre o Holocausto. A película, realizada em 1945 para mostrar aos alemães as atrocidades nazis e vetada pelos aliados devido à brutalidade das suas imagens, está finalmente pronta para ser mostrada ao público.

Em 1945, Alfred Hitchcock ficou em choque. O “mestre do suspense” ficou tão horrorizado ao ver as imagens da chegada das tropas aliadas aos campos de concentração, no fim da Segunda Guerra Mundial, que ficou uma semana sem conseguir voltar aos estúdios. Em seguida, empenhou-se na produção do filme, que editaria as imagens chocantes para mostrar aos alemães a dimensão dos horrores do Holocausto.

Leia mais aqui. Também está disponível uma impressionante versão do filme de Hitchcock.