BIOGRAFIA | VIRIATO SOROMENHO-MARQUES

José Viriato Soromenho Marques (nome literário, Viriato Soromenho-Marques) nasceu em Setúbal, a 9 de Dezembro de 1957. Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1979). Grau de mestre em Filosofia Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa, obtido com a defesa de uma tese sobre A caracterização trágica do niilismo em Nietzsche (1985). Doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa com a defesa de uma tese subordinada ao título Razão e progresso na filosofia de Kant (1991).

Foi bolseiro do Deutscher Akademischer Austauschdienst em Bremen (1986) e Berlim (1988). Em 1994 visitou os EUA, no âmbito do International Visitor Program. Regressou a esse país em 1997 no quadro de uma bolsa de pós-doutoramento. É ou foi membro de várias sociedades e organizações científicas em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Filosofia, da International Society for Ecological Economics, da American Political Science Association, da Associação Portuguesa de Ciência Política. É o correspondente em Portugal da organização alemã de estudos ambientais Ecologic.

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Sozinho Com Todo O Mundo | Poema de Charles Bukowski com narração de Mundo Dos Poemas

Poesia e poema de autor americano. Charles Bukowski (1920-1994). Poeta, contista, romancista e novelista foi considerado o último “escritor maldito” da literatura norte-americana. Henry Charles Bukowski Jr. (1920-1994) nasceu em Andernach, Com 15 anos de idade começou a escrever suas primeiras poesias. Em 1939 ingressou o curso de Literatura na Los Angeles City College, onde permaneceu durante dois anos. Com 24 anos Charles Bukowski escreveu seu primeiro conto “Aftermath of a Length of a Rejectio Slip”, que foi publicado na Story Magazine. Dois anos mais tarde publica “20 Tanks From Kasseidown”. Depois de escrever durante uma década desilude-se com o processo de publicação de seu trabalho e resolve viajar pelos Estados Unidos fazendo trabalhos temporários e morando em pensões baratas. Em 1952 emprega-se como carteiro no Correio Postal de Los Angeles, onde permanece durante 3 anos. Entrega-se à bebida e em 1955 se hospitalizasse com uma úlcera hemorrágica muito grave. Quando deixou o hospital começou a escrever poesias. No início dos anos 60 voltou a trabalhar nos correios. Mais tarde viveu em Tucson, onde fez amizade com Jon Webb e Gypsy Lon, que o incentivaram a publicar e viver de sua literatura. Começou a publicar alguns poemas em revistas de literatura. Loujon Press publicou “It Catches My Heart in Its Hands” (1963) e “Crucifix in a Deathhand” (1965).Em 1969, foi convidado pelo editor John Martin da Black Sparrow Press, por uma boa remuneração, para se dedicar integralmente a escrever seus livros. A maioria de seus livros foi publicada nessa época. Em 1971 publicou “Cartas na Rua”, em que o protagonista, seu alter ego, o acompanhou em quase todos os seus romances. Em 1976 conhece Linda Lee Beighle e se mudou para São Pedro, no sul da cidade de Los Angeles, onde permaneceram juntos até 1985. Bukowski fala dela em suas novelas “Mulheres” (1978) e “Hollywood” (1989), através do personagem Sara. Charles Bukowski deixou uma vasta obra marcada por seu humor ferino e seu estilo obsceno, sendo comparado com Henry Miller, Louis-Ferdinand e Ernest Hemingway. A sua forma descuidada com a escrita, onde predominam personagens marginais, como prostitutas, corrida de cavalos, pessoas miseráveis etc. Foi visto como um ícone da decadência norte-americana e da representação niilista característica presente após a Segunda Guerra Mundial. Publicou: “Notas de Um Velho Safado”, “Crônicas de Um Amor Louco”, “Ao Sul de Lugar Nenhum” e “O Amor é Um Cão dos Diabos”, entre outros. Charles Bukouwski faleceu em São Pedro, Califórnia, Estados Unidos, no dia 9 de março de 1994.

Sarah Affonso (Sara Sancha Afonso, 13 de Maio de 1899 — 15 de Dezembro de 1983), pintora portuguesa | in A Vida Breve, Facebook

Pequeno documentário de 3’05” em https://ensina.rtp.pt/artigo/sarah-affonso/

”Segue as correntes modernistas sem esquecer a infância passada no MInho. Sarah Affonso (1899-1983) cultiva uma certa arte popular e, contra todos os preconceitos, afirma-se como pintora nas primeiras décadas do século XX.

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D. JOÃO V: DO CONVENTO PARA O BORDEL, por Paulo Marques in Facebook

«Acerca do senhor de Mafra escreveria Voltaire: “quando ele desejava uma festa, organizava uma procissão, quando desejava um novo edifício, construía um convento, quando desejava uma amante, procurava uma freira.

E Voltaire não exagerava. O libidinoso rei teve várias freiras como amantes durante o seu longo reinado, de que terá tido dezenas de filhos, incluindo dois dos três Meninos de Palhavã: o futuro inquisidor-geral, D. José, e o futuro arcebispo de Braga, D. Gaspar. Em 1780, um velho padre italiano recordava D. João V passando “horas de retiro luxurioso numa câmara ornada de espelhos e carpetes, num palácio encantado que comunicava com a clausura de Odivelas”.

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A Origem MILENAR dos portugueses | De Onde Vieram?

A origem dos portugueses remonta a uma complexa mistura de povos. Os primeiros habitantes foram íberos e celtas, seguidos por influências fenícias, romanas e germânicas. A formação étnica e cultural culminou na identidade lusitana, com marcos como a fundação do Condado Portucalense e as explorações ultramarinas.

O primeiro homem negro admitido na Universidade de Oklahoma, em 1948.

George McLauren, o primeiro homem negro admitido na universidade de Oklahoma em 1948, foi obrigado a sentar-se num canto da sala, longe dos seus companheiros brancos. Mas seu nome permanece até hoje na lista de honra, como um dos três melhores alunos da faculdade.

Essas são as palavras dele: “Alguns colegas me olhavam como se eu fosse um animal, ninguém me dava uma palavra, os professores pareciam que não estavam nem aí para mim, nem tiravam minhas dúvidas. Mas eu me dediquei tanto, que depois eles começaram a me procurar para lhes dar explicações e esclarecer suas perguntas”.

“A única arma capaz de transformar o mundo é a educação”.

Retirado do Facebook | Mural de “Mundo Extraordinário”

Os moabitas | in Facebook, Estudos Históricos

Os moabitas foram um antigo povo semítico que habitou a região histórica de Moabe, localizada nas terras a leste do rio Jordão, na área que hoje faz parte do moderno país da Jordânia. Este povo desempenhou um papel significativo na história do Antigo Oriente Próximo e deixou um legado duradouro que influenciou a região por séculos.

A história dos moabitas remonta aos tempos antigos, com suas origens muitas vezes obscurecidas pela escassez de fontes escritas contemporâneas. No entanto, registros e inscrições antigas sugerem que os moabitas eram descendentes de um antigo grupo de povos semíticos que migraram para a região durante o segundo milênio a.C.

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PORQUÊ ALFACINHAS? | Guilherme d’Oliveira Martins | Centro Nacional de Cultura

«Para começar apresento a ilustração de Luís Diferr sobre Lisboa antes do Terramoto…

E faço eco de uma persistente pergunta – por que razão são os lisboetas designados, desde tempos imemoriais, por alfacinhas? 

Almeida Garrett imortalizou o epíteto nas «Viagens na Minha Terra», mas não explicou: «Pois ficareis alfacinhas para sempre, cuidando que todas as praças deste mundo são como a do Terreiro do Paço».

Pois bem, alfacinha vem mesmo de alface (latim, lactuca saliva, do árabe al-khass) e o diminutivo é um sinal não apenas de afeto, mas também de uma certa depreciação… É que provavelmente foram os moçárabes dos arrabaldes, a quem os lisboetas chamavam saloios (da palavra çaloio, que era o tributo pago pelos padeiros mouros de Lisboa), que devolveram o cumprimento, comparando os lisboetas a grilos pelo gosto das alfaces que cultivavam, comiam e encomendavam aos almocreves que pagavam os seus tributos nas portas de Benfica para entrarem na cidade.

Correu a ideia de que no cerco de Lisboa de 1384 (de 4 meses e 27 dias) Lisboa se teria aguentado a comer alfaces. Não é verdade. O cerco foi levantado com o alarme de peste…

Em suma, «alfacinha» é um mimo dos moçárabes saloios, talvez cansados de exigências e sobrancerias…

Lisboetas, alfacinhas para sempre…»

Guilherme d’Oliveira Martins, Diário de Agosto, Centro Nacional de Cultura, 1/08/2017

ASTECAS | in Facebook/Estudos Históricos

A civilização asteca, também conhecida como mexica, foi uma das mais poderosas e avançadas civilizações pré-colombianas que se desenvolveram na região do atual México central. Os astecas estabeleceram um império vasto e complexo, que dominou grande parte da Mesoamérica entre os séculos XIV e XVI.

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ALTA CULTURA: LUXO OU NECESSIDADE?

O que é Alta Cultura? Qual a missão desta página (no Facebook)? Pareceria, dado a adjetivação, que pretendemos hierarquizar diferentes culturas arbitrariamente, um apelo etnocentrista ou “elitista”, com algum viés ideológico ou religioso. Mas não se trata disso. A página não tem qualquer finalidade ou compromisso político e ideológico.

Matthew Arnold, poeta e crítico britânico, em seu célebre ensaio “Cultura e Anarquia”, publicado em 1865, definiu ‘alta cultura’ como “o melhor do que uma sociedade pensou e falou”. 

No uso popular, o termo “alta cultura” identifica a cultura da classe alta (a antiga aristocracia), ou de uma classe de status (como a intelligentsia – elite intelectual); ou, ainda, e o principal, segundo o filósofo britânico e especialista em estética, Sir Roger Scruton, “o conjunto de produções culturais, principalmente artísticas, realizadas por meio de grande apuro técnico, levando em conta a tradição e a beleza”.

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MAIMÓNIDES E SPINOZA | por Marcos Bazmandegan

Moisés Maimónides é considerado o maior filósofo judeu medieval e, por muitos, o maior da filosofia hebraica.

A sua obra Guia dos Perplexos (Moreh Nebuchim em hebraico) é a obra de referência da filosofia judaica e na Idade Média marcou não só pensadores judeus como também cristãos, entre eles Alberto Magno e Tomás de Aquino. Conhecido pela sua teologia negativa, tentou racionalizar o conteúdo bíblico, afastando os crentes de uma imagem antropomórfica de Deus (um Deus à semelhança do Homem).

Valorizou a filosofia de Aristóteles e tentou conciliá-la com a teologia hebraica. Nasceu em Córdoba (Espanha), onde encontramos esta estátua, mas teve de partir para o Egipto, onde se tornou o médico do sultão, o famoso Saladino.

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Prometeu – o mito | in “Alta Cultura”, Facebook

Segundo a lenda grega, Prometeu e seu irmão Epimeteu eram titãs encarregados de criar os mortais, tanto animais como seres humanos.

Prometeu – cujo nome significa “aquele que vê antes”, ou seja, que tem a clarividência – ficou com a missão de supervisionar as criações do irmão Epimeteu – que tem como significado em seu nome “aquele que vê depois”, isto é aquele que tem “ideias tardias”.

Assim, Epimeteu fez os animais e lhes concedeu dons variados como força, coragem, velocidade, presas, garras, asas e agilidade. Quando chegou a vez dos seres humanos, criados a partir do barro, não havia mais habilidades para serem destinadas.

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🛑Céfalo e Prócris🛑 | HISTÓRIA CULTURA E CURIOSIDADE NO MUNDO, por Pérola Juliana

Céfalo, um belo jovem que amava verdadeiramente sua esposa Prócris, rejeitava outras mulheres que o procurava. Era devotado ao amor que sentia. Prócris havia dado-lhe, dois presentes ganhos pela deusa Diana para serem usados na caça: um cachorro, que era o mais veloz de todos e uma flecha que jamais erraria seu alvo. Durante suas caças na floresta, quando o sol estava a pico, Céfalo deitava numa sombra sobre a relva para se refrescar e descansar. Toda vez que ele descansava, dizia: “Vem brisa suave, vem e refresca o meu peito, vem e mitiga o calor que me faz arder.”

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Essa alegoria é sublime ! | in “Alta Cultura”, Facebook

Considerado como uma das últimas obras-primas de Pierre-Paul Prud’hon, L’âme brisant les liens qui l’attachent à la terre “

A alma quebra os laços que a ancoram à terra”é um óleo sobre tela datado de cerca de 1821-1823, recentemente entrou na coleção do Musée du Louvre em Paris, depois de sendo doado em 2019 pela Société des Amis du Louvre. O tema da pintura é a própria morte, interpretada por Prud’hon como a libertação da alma enquanto foge da sua forma carnal. Esta transfiguração é simbolizada na pintura por um pano vermelho sangue, batido pela violência dos elementos terrenos e devorado pela inveja, simbolizado por uma cobra. A pintura foi encontrada no estúdio de Prud’hon e – com a combinação de um assunto alegórico e um nu feminino finamente renderizado – captura perfeitamente dois dos gêneros pelos quais o pintor se destacou durante a sua carreira.

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GALILEU GALILEI ( E o poema que António Gedeão lhe dedicou )

No dia 15 de Fevereiro de 1564, nasceu em Pisa, GALILEU GALILEI ,físico e astrónomo italiano.

Desde muito cedo, revelou grande aptidão para a Matemática. Foi professor de várias Universidades. Chegaram a vir estudantes de vários países da Europa só para assistir às suas aulas.

A todos falava do universo e explicava que nele nada permanece imóvel. Citava Pitágoras e a sua teoria que a Terra não era o centro do universo.

No dia em que GALILEU utilizou pela primeira vez o telescópio, que ele próprio construíra, levou-o para o cimo do campanário de São Marcos, em Veneza, e ficou deslumbrado. A lua já não estava longe, nem as estrelas. E foi nessa noite que nasceu a astronomia como ciência.

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Salgueiro Maia recebe a título póstumo o prémio “Memória e Identidade” | DN/Lusa

CASTELO DE VIDE – 26 março 2024 às 16h44 | Tenente-coronel que foi um dos principais rostos do 25 de Abril vai ser homenageado em Castelo de Vide, vila onde nasceu e onde está sepultado.

O tenente-coronel Salgueiro Maia vai ser homenageado a título póstumo na quinta-feira dia 28/3, em Castelo de Vide, vila onde nasceu e onde está sepultado, foi esta terça-feira divulgado pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH), promotora da homenagem.

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O mito de Orfeu | por Maria Helena Manaia

“Notável tocador de cítara e de lira, Orfeu emocionava os corações mais insensíveis que se detinham contemplativos e sonhadores a ouvir o seu canto e a sua música. Quando  Eurydice, a quem amava perdidamente, morreu picada por uma serpente, desceu aos infernos acompanhado da sua lira, para resgatá-la das trevas, depois de se ter abandonado a um silencioso e profundo desgosto. Graças à sua arte, comoveu os deuses da obscuridade, conseguindo permissão para trazê-la de volta à luz e à vida, com a condição de não se voltar e de não a olhar, nem lhe falar, antes de estarem ambos de novo no mundo dos vivos. Mas, à saída do inferno, vencido pela tentação, Orfeu não pôde impedir-se olhar para trás para se certificar de que Euryidce o seguia, perdendo-a, assim, para sempre”.

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António Costa | Ele é um dos melhores políticos portugueses | por Zé Luís Cardoso, in Facebook

Ele é um dos melhores políticos portugueses.

Pela 1ª vez na minha vida aderi a um partido, em 2015. Eu já pensava à esquerda, sendo um social-democrata, mas foi Costa que me motivou a filiar-me.

Senti que devia sair “zona de conforto” intelectual, embora a minha militância seja um modesto contributo. Além de pagar as quotas, vou a alguns comícios e comento aqui, defendendo as minhas ideias e as propostas do PS.

No momento em que o PS perdeu as eleições e que o PM sai de cena, é justo elogiá-lo pelo trabalho dedicado e competente ao longo de 8 anos.

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Instituto Superior Técnico | A.S. Curvelo-Garcia

Uma magnífica Escola de Ciência, que hoje quero fraternalmente saudar

Tive a sorte de ter feito a minha formação técnica e científica numa reputadíssima Escola de Engenharia, a nível internacional: o Instituto Superior Técnico (da Universidade de Lisboa), hoje a maior escola portuguesa de Engenharia, Arquitetura, Ciência e Tecnologia, sendo considerada uma das mais reputadas instituições de Engenharia da Europa. 

Foi fundada em 1911 pelo Engenheiro Alfredo Bensaúde, com a criação dos primeiros cursos de Engenharia (Minas, Civil, Mecânica, Eletrotécnica e Químico-Industrial). 

A partir de 2013, integra a maior universidade portuguesa (Universidade de Lisboa), tendo, até então e desde 1930, integrado a Universidade Técnica de Lisboa. 

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Leonard Cohen & Marianne Ihlen | Década de 1950 (abrir a página para ver vídeo)

Leonard Norman Cohen (21 de setembro de 1934 – 7 de novembro de 2016) foi um cantor, compositor, poeta e romancista canadense. Temas comumente explorados ao longo de sua obra incluem fé e mortalidade, isolamento e depressão, traição e redenção, conflito social e político, amor sexual e romântico, bem como desejo, arrependimento. Ele foi introduzido no Canadian Music Hall of Fame, no Canadian Songwriters Hall of Fame e no Rock and Roll Hall of Fame. Foi nomeado Companheiro da Ordem do Canadá, a mais alta honraria civil do país. Em 2011 foi galardoado com um dos Prémios Príncipe das Astúrias de Literatura e com o nono Prémio Glenn Gould.

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Em 3 de Abril de 1862, Victor Hugo, escritor francês, publica ‘Os Miseráveis’ | por MAX ALTMAN in OPERA MUNDI

Imenso sucesso popular na época, obra explora a filosofia política do autor ao abordar a cooperação – e não luta – de classes.

Em 3 de abril de 1862, durante exílio na ilha de Guernsey, Victor Hugo (1802-1885) publicou o livro Os Miseráveis, uma verdadeira epopeia popular que imortalizaria personagens como Jean Valjean, presidiário em liberdade condicional. O pano de fundo é a história recente de então, a partir da batalha de Waterloo até a insurreição republicana de 1832.

Filho de um general do Império constantemente ausente, Victor Hugo foi criado basicamente por sua mãe. Aluno ainda do Liceu Louis Le Grand, tornou-se conhecido ao publicar a sua primeira coletânea de poemas Odes, recebendo uma pensão de Luís XVIII.

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Olof Palme | Wikipédia | Social-Democracia

Olof Palme – tornou-se conhecido como um dos maiores exemplos da Social-Democracia Escandinava, tendo levado mais longe que qualquer outro político a ideia de conciliar uma economia de mercado com um estado social. Durante o seu governo, a Suécia gozou de uma forte economia e dos níveis de assistência social mais elevados no mundo.

Dizia-se que Palme teve um impacto profundo nas emoções das pessoas; era muito popular entre a esquerda, mas duramente detestado pela maioria dos liberais e conservadores. Isso deveu-se, em parte, às suas atividades internacionais, especialmente aquelas direcionadas contra a política externa dos Estados Unidos e da União Soviética, e em parte ao seu estilo de debate agressivo e franco.

Estado-social

Sob o mandato de Palme, assuntos relacionados com cuidados infantis, sistema de saúde público, segurança social, protecção da segurança dos idosos, acidente, e problemas habitacionais receberam atenção especial.

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Banking dynasty member Lord Jacob Rothschild dies aged 87 | by Sarah Hooper Feb 26, 2024, in metro.co.uk

Lord Jacob Rothschild, one of the richest men in the banking world, has died at the age of 87, his family has announced.

The British banking giant started his career in the family bank, NM Rothschild & Sons, in 1963, before accruing a fortune of around £825 million in his career spanning decades.

Lord Rothschild’s family give away a reported £66 million to Jewish causes, education and art.

In a statement, the family said: ‘Our father Jacob was a towering presence in many people’s lives, a superbly accomplished financier, a champion of the arts and culture, a devoted public servant, a passionate supporter of charitable causes in Israel and Jewish culture, a keen environmentalist and much-loved friend, father and grandfather.

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WILLY BRANDT | Biografia | Wikipédia | Social-Democracia

Willy Brandt (Lübeck18 de dezembro de 1913 — Unkel8 de outubro de 1992) foi um político social-democrata alemão.[1]

Entre 1957 e 1966 foi prefeito de Berlim, entre 1966 e 1969 foi ministro dos assuntos exteriores e vice-chanceler e entre 1969 e 1974 foi chanceler da República Federal da Alemanha.[2] Pela sua Ostpolitik, cujo objectivo eram o relaxamento e equilíbrio com as ditaduras do Bloco do Leste, foi-lhe atribuído o Nobel da Paz no dia 10 de dezembro de 1971. Demitiu-se, em 1974, devido ao escândalo da descoberta de um espião alemão-oriental no seu gabinete.[1]

Juventude

Willy Brandt nasceu como Herbert Ernst Karl Frahm, filho natural de John Möller e de Martha Frahm. Nunca conheceu seu pai, e foi educado pela mãe e pelo avô materno.

Entre 1941 e 1948, Brandt foi casado com Carlotta Thorkildsen, com quem teve uma filha (Ninja Frahm, 1940). Após a separação, ainda em 1948, casou-se com Rut Bergaust. Este relacionamento resultou em três filhos, Peter (1948), Lars (1951) e Matthias (1961). Depois de terem permanecido durante 32 anos casados, Rut e Willy separaram-se em 1980. No dia 9 de Dezembro de 1983 Brandt casou-se com a historiadora e relações-públicas Brigitte Seebacher.

Willy Brandt ingressou na juventude socialista em 1929, e, um anos depois, no SPD. Em 1931 mudou para o Partido Trabalhador Socialista (SAP), uma formação socialista-esquerdista.

Em 1932 acabou a sua educação secundária no Johanneum zu Lübeck. Após a ascensão ao poder de Hitler em 1933, o SAP foi proibido, continuando, no entanto, a existir clandestinamente. Willy Brandt recebeu a ordem de estabelecer uma célula do partido em Oslo e emigrou então para a Noruega.

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GIORDANO BRUNO (1548-1600) | in temposdecolera.blogs.sapo.pt

A 8 de Fevereiro, Giordano foi publicamente degradado e excomungado do seio da Igreja. De pés descalços, ajoelhado, com a cabeça inclinada para o chão, ele ouviu, perante a assembleia solene dos cardeais, inquisidores e teólogos, presidida pelo papa e pelo governador de Roma, o veredicto há tanto tempo esperado. Seria queimado vivo, no Campo dei Fiori, oito dias mais tarde.

Erguendo-se em desafio, no fim da sentença, gritou alto e forte: «Vós que pronunciais essa sentença, estareis porventura mais assustados do que eu que a cumprirei.»

Uma última vez, era-lhe dado a exprimir a noção de reviravolta, que invertia os papéis. Gelou o sangue nas veias dos acusadores. Como Acteon, ao surpreender a divindade, já não tinha de procurá-la fora de si próprio.

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“A Desobediente – Biografia de Maria Teresa Horta”, de Patrícia Reis. Uma vida inteira à beira do abismo

Patrícia Reis apresenta o seu mais recente trabalho literário, “A Desobediente – Biografia de Maria Teresa Horta”, a ser lançado pela Contraponto no próximo dia 7 de março. Este é o sexto volume da coleção de Biografias de Grandes Figuras da Cultura Contemporânea e o primeiro que envolve diretamente, por meio de entrevistas, a própria personalidade biografada. O livro inclui revelações importantes sobre a vida e obra de uma das figuras mais proeminentes da literatura nacional.

Mais do que uma narrativa biográfica, esta obra é uma conversa íntima, em vários momentos sussurrada ao ouvido, com uma mulher, poetisa, mãe, ativista política e uma das vozes mais influentes e inquebrantáveis de Portugal. Maria Teresa Horta, desde tenra idade, enfrentou as vicissitudes da vida com intrepidez, sobrevivendo não apenas às adversidades pessoais, mas erguendo-se também como uma fervorosa defensora dos direitos das mulheres e uma figura proeminente na cena política nacional.

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“O DESTERRADO”, DE SOARES DOS REIS, por Paulo Marques

Em 1872, com 25 anos, como prova final do pensionato em escultura que realizou em Roma, Soares dos Reis (1847 – 1889) esculpiu em mármore de Carrara “O Desterrado”, sua obra maior, de inspiração classicista (com pormenores naturalistas e românticos perfeitamente conjugados), inspirada nos versos das “Tristezas do Desterro” de Alexandre Herculano.

Sentado num rochedo, um jovem nu, belo e são, com as mãos cruzadas e apoiadas a um lado, costas arqueadas, cabeça pendente numa pose de abandono, com uma lágrima escorrendo-lhe pela face, olha tristemente? solitariamente? saudosamente? meditativamente? alheadamente? melancolicamente? desesperadamente? a espuma das ondas a seus pés. 

À época, mal adivinhava Soares dos Reis que “O Desterrado” viria a ser ele próprio. Desterrado, não no sentido de ter vivido longe, ou de ter sido expulso da sua pátria, mas de ter vivido num espaço e num tempo em que nunca se enquadrou e que nunca o acolheu com a devida gratidão. 

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MARIA SHARAPOVA | WIKIPÉDIA

Maria Yuryevna Sharapova (em russo, Мария Юрьевна Шарапова; Nyagan19 de abril de 1987) é uma ex-jogadora profissional de tênis da Rússia e ex-número 1 do ranking da WTA. Seus pais são de HomielBielorrússia, mas mudaram-se para a Rússia em 1986, logo após o acidente nuclear de Chernobil, cidade ucraniana vizinha.[6]

Em janeiro de 2010, a tenista voltou a ser a desportista mais bem paga do mundo, ao renovar o seu contrato com a marca de artigos desportivos Nike, no valor de 70 milhões de dólares (cerca de 48 milhões de euros).[7]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Sharapova

O amor que nunca teve fim | FOTOS E VÍDEOS ANTIGOS in Facebook

O ator que mais doou dinheiro para causas humanitárias na história é Paul Newman.

Doou entre 150 e 175 milhões só até a década de oitenta, e quem sabe quanto doou até o fim da vida. Ele tinha sua própria marca de produtos alimentícios, “Newman’s Own”, que apresentava principalmente molhos para espaguete e molhos para salada. Ao longo dos anos, a empresa obteve lucros de mais de 100 milhões de dólares e doou todo o dinheiro para diversas instituições de caridade. O interessante sobre ele é que o personagem Lanterna Verde foi criado em sua homenagem quando ele tinha 34 anos e que em 1979, aos 54 anos, ficou em segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans, a mais antiga corrida de carros esportivos.

Porém, o que mais o fascina é que durante 55 anos esteve apaixonado por uma mulher, a atriz Joanna Woodward. Exatamente 50 anos eles estavam casados, até sua morte, Joan ainda está viva. Eles têm três filhas. Eles se apaixonaram no set do filme “Long Hot Summer”. Ele teve um casamento que não durou, foi infeliz e não se sentia atraente mesmo sendo considerado um símbolo sexual, até conhecer Joan. Ele também brilhou em sua profissão. Ambos ganharam um Oscar.

“Uma vez perguntei a um motorista de Hollywood quem era seu cliente favorito e ele imediatamente disse: “Paul Newman foi muito legal. Ele me questionou sobre minha vida, e sua esposa Joan estava com ele. O cara tinha 80 anos e a beijava o tempo todo. Ele a abraçaria, eles se beijariam e ririam. Inacreditável!” — disse o jovem ator Ansel Elgort.

A filha deles, Melissa, encontrou no sótão de sua casa uma pilha de cartas que seu pai havia escrito para sua mãe há mais de 50 anos. Ela publicou alguns deles em suas memórias. Os dois até tinham sua própria cabana de “amor”.

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Texto copiado de outra postagem, no grupo COISAS ANTIGAS.

Novo Aeroporto de Lisboa | Aeroporto Mário Soares? | Fica a sugestão | Wikipédia

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTE • GCC • GColL (LisboaCamões7 de dezembro de 1924 – LisboaSão Domingos de Benfica7 de janeiro de 2017) foi um advogado e político português que ocupou os cargos de Primeiro-Ministro de Portugal de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985 e de Presidente da República Portuguesa de 1986 até 1996.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro como militante de base do Partido Comunista Português e membro de outras estruturas ligadas ao PCP, o MUNAF e o MUD, tendo sido cofundador do MUD Juvenil — e depois na oposição não comunista — Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE — cumprindo cerca de três anos de cadeia (AljubeCaxias e Penitenciária) — e, posteriormente, deportado para São Tomé.[1] Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 — nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa — forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.[2]

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se de forma intransigente pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios — destaca-se sobretudo o facto de ter sido Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, associando-se ao processo de descolonização, qualidade em que dirigiu o processo de rápida independência e autodeterminação das províncias ultramarinas, processo esse que ficou para sempre como o ponto menos consensual do seu percurso político.[3]

Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, Soares foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática — nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República — Conselho da Revolução — pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD e o CDS (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.

Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal, e pela formalização da adesão de Portugal à CEE.

Depois destas experiências governativas, Mário Soares viria a ser Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 — venceu de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, contra Diogo Freitas do Amaral, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).[2]

https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares

JACQUES DELORS NA HORA DO ADEUS

O socialista Jacques Delors, Presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, ficou associado a algumas das mudanças – do euro a Schengen, ao Erasmus – que levaram a uma União Europeia como a conhecemos hoje. Morreu esta quarta-feira aos 98 anos.

Jacques Delors. O Senhor Europa que perdeu a oportunidade de ser presidente de França.

© ARQUIVO DN | Helena Tecedeiro | 27 Dezembro 2023 — DN

Entre 1985 e 1995, nos dez anos em que presidiu à Comissão Europeia, Jacques Delors construiu os contornos da União Europeia como a conhecemos hoje. Criação do mercado único, assinatura dos Acordos de Schengen, Ato Único Europeu, lançamento do Programa Erasmus, reforma da Política Agrícola Comum, início da construção da União Económica e Monetária que lançou as bases para o euro, são muitos os legados do Senhor Europa, que morreu esta quarta-feira aos 98 anos.

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O QUE ACONTECEU COM OS 12 APÓSTOLOS? | in ESTUDOS HISTÓRICOS

Os doze apóstolos de Jesus foram escolhidos por ele para serem suas testemunhas e continuarem a sua missão de pregar o evangelho a todas as nações. Após a morte e ressurreição de Jesus, eles receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes e começaram a anunciar a boa nova em Jerusalém e em outras regiões. No entanto, eles também enfrentaram perseguições, prisões, torturas e martírios por causa da sua fé. Segundo algumas tradições, este foi o destino de cada um deles:

1 – Pedro: Era o líder dos apóstolos e o primeiro papa da Igreja. Ele pregou em Jerusalém, na Samaria, na Antioquia e em Roma. Foi preso e crucificado de cabeça para baixo por ordem do imperador Nero, por volta do ano 64 d.C. Seu túmulo está na Basílica de São Pedro, no Vaticano[^1^][1].

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A visão social-democrata de Francisco Sá Carneiro para Portugal | in Comunidade Cultura e Arte

Este artigo faz parte de uma série de textos sobre figuras políticas relevantes da sociedade portuguesa. Álvaro Cunhal, Diogo Freitas do AmaralFrancisco Sá CarneiroMário Soares, Miguel Portas e Ramalho Eanes foram as figuras escolhidas.

Uma das figuras políticas malogradas de Portugal é a de Francisco Sá Carneiro. Um dos principais rostos da oposição ao Estado Novo já nas vésperas da sua queda, tornou-se um dos fundadores do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata (PPD/PSD) e, em 1980, foi nomeado Primeiro-Ministro. Nesse mesmo ano, morre no desastre aéreo de Camarate, no dia 4 de dezembro, aos 46 anos. Nascido a 19 de julho de 1934 na cidade do Porto, foi um dos principais bastiões da social-democracia como uma ideologia capaz de assegurar a transição de um regime autoritário e ditatorial para uma democracia plural e parlamentar.

Hoje em dia, o Partido Social Democrata é visto como um partido conotado com a centro-direita, naquilo que é o esquadro político das forças partidárias portuguesas. Alguns foram os rostos que ajudaram a que se transformasse, gradualmente, nesses moldes. Francisco Pinto Balsemão, Aníbal Cavaco Silva, Durão Barroso ou Pedro Passos Coelho são quatro exemplos de primeiros-ministros que defenderam premissas ligadas à centro-direita, nomeadamente os dois primeiros, mais responsáveis por essa reconfiguração. Na raiz, o Partido Social Democrata só se torna conhecido como tal em 1976, após algumas outras tentativas de partidarização com a designação de Social Democrata.

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“Meu Dostoiévski: Os Minutos Finais”, obra que vai além da biografia | Autor: Edson Amâncio | por Adelto Gonçalves

Esta é uma biografia que vai muito além dos estreitos limites do gênero. Em suas páginas, constata-se que é resultado de uma admiração que já passou de meio século por Fiodor Mikháilovitch Dostoiévski (1821-1881), o romancista e contista russo que, hoje, ombreia com grandes autores universais, como Dante Alighieri (1265-1321) e Miguel de Cervantes (1547-1616), ou outros gigantes da literatura russa, como Nicolai Gogol (1809-1852) e Alexandre Pushkin (1799-1837), ou o nosso Machado de Assis (1839-1908).
Talvez impedido por muitos obstáculos – que incluiria a distância dos arquivos russos –, em vez de construir uma extensa biografia semelhante à que o norte-americano Joseph Frank (1918-2013) fez, que resultou em quatro volumes e mais de três mil páginas, o autor desta obra, o romancista, contista e cronista Edson Amâncio (1948), preferiu, em muitos momentos, recorrer à ficção para tentar traçar alguns ângulos da personalidade de Dostoiévski e daqueles que conviveram com ele, além de documentar o percurso de sua paixão literária, que teve início em 1962 quando se deparou na biblioteca pública de sua cidade natal, Sacramento, no interior de Minas Gerais, com Recordação da Casa dos Mortos, obra basilar do currículo dostoievskiano. 

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Fernando Pessoa | Biografia

Fernando António Nogueira Pessoa (LisboaMártires13 de junho de 1888 – Lisboa, Santa Catarina30 de novembro de 1935)[4] foi um poetafilósofodramaturgoensaístatradutorpublicitárioastrólogoinventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.

Fernando Pessoa já foi considerado por especialistas de sua obra como o mais universal poeta português.[5][6][7] Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa de Durban, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como “Whitman renascido”[8] e incluiu-o no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental,[9] não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.[9]

Das quatro obras que publicou, três são na língua inglesa e apenas uma em língua portuguesa, intitulada Mensagem.[10][11] Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Allan Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto[12] e Almada Negreiros) para o inglês e o francês.

Enquanto poeta escreveu sob diversas personalidades – a que ele próprio chamou heterónimos, como Ricardo ReisÁlvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: “outros modernistas como YeatsPoundEliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente… Pessoa inventava poetas inteiros”.[13] Buscou também inspirações nas obras dos poetas William WordsworthJames Joyce e Walt Whitman.[14]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

Mário Centeno | Breve Biografia | Wikipédia

(C) photonews.at/Georges Schneider Brüssel (Belgien)

Mário José Gomes de Freitas Centeno (Olhão, 9 de dezembro de 1966) é um economista e político português. Foi ministro das Finanças de Portugal entre 26 de novembro de 2015 e 15 de junho de 2020 e presidente do Eurogrupo entre 12 de janeiro de 2018 e 13 de julho de 2020. É o atual 18.º Governador do Banco de Portugal.

BIOGRAFIA

É licenciado em Economia (1990) e mestre em Matemática Aplicada (1993) pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, e mestre (1998) e doutorado (1995-2000) em Economia pela Harvard Business School da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Foi economista do Banco de Portugal, a partir de 2000, e diretor-adjunto do Departamento de Estudos Económicos, de 2004 a 2013. Neste período de tempo foi também membro do Comité de Política Económica da União Europeia. De 2007 a 2013, foi presidente do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento das Estatísticas Macroeconómicas, no Conselho Superior de Estatística. É também professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.

A 26 de novembro de 2015 tomou posse como Ministro das Finanças do XXI Governo Constitucional de Portugal.

A 4 de dezembro de 2017 foi eleito Presidente do Eurogrupo, durante o processo de candidatura teve o apoio de Portugal, Espanha, França, Alemanha e Itália.

No dia 9 de junho de 2020 anunciou a sua saída do governo, com efeitos a partir do dia 15 de junho de 2020, sendo substituído por João Leão no Ministério das Finanças.

No dia 17 de julho de 2020, o primeiro-ministro António Costa nomeou-o para o cargo de Governador do Banco de Portugal.

Guillaume Apollinaire | Biographie et Poème

Guillaume Apollinaire de Kostrowitzky nait à Rome le 26 août 1880 de père inconnu. Il est probablement le fils d’un noble officier italien dont sa jeune mère d’origine polonaise, Angelica Kostrowitzky, est la maitresse et avec qui elle aura aussi un autre enfant.

En 1887, Angelica, accro aux jeux de hasard, déménage à Monaco avec ses deux enfants. Mère négligente, elle ne s’occupe pas du tout de l’éducation de ses enfants. Guillaume, enfant à l’intelligence très vive et passionné de lecture, est placé en pension au Collège Saint Charles de Monaco. Il étudie ensuite au lycée Stanislas de Cannes et puis au lycée Masséna de Nice. C’est un élève brillant, mais pourtant il échoue au bac.

En 1900, la famille déménage à Paris. La situation économique précaire de son foyer le pousse à trouver un emploi. Il devient le précepteur d’une jeune aristocrate. Cet emploi l’amène à voyager beaucoup dans une ambiance cultivée et cosmopolite.  Il commence à se consacrer à l’écriture. Il tombe amoureux de la gouvernante anglaise de la famille où il est précepteur, mais la jeune fille le rejette.

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HERMÍNIO DA SILVA CAPAZ MANHA, 1923-2023 | por João Querido Manha

Faz hoje 100 anos que nasceu, em Minde, o meu pai, Hermínio da Silva Capaz Manha, o Hermínio da Troça na piação dos charais do Ninhou, o Hermínio das Malhas Bebé na história da indústria têxtil, o senhor Hermínio, simplesmente.
O meu “paizinho” – tratamento de íntimo e exclusivo carinho que as novas gerações urbanas substituíram pelo “papá” universal — foi o melhor filho, melhor irmão, melhor marido e melhor pai que conheci. Infelizmente, só me dei conta disso quando senti, como sinto, a falta dele, porque naquele tempo tudo me parecia normal, partia do princípio de que todos os homens “velhos” morriam na sua hora.
Mas, no dia em que faleceu, fui surpreendido por uma frase, dezenas de vezes ouvida naquelas horas de desnorte e sufoco:
“Era tão novo!”

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BERTRAND RUSSEL | por AS Curvelo-Garcia

Nascido em 1872 no País de Gales e falecido em 1970, foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos, ensaístas, historiadores e lógicos do século XX que, em vários momentos na sua vida, se considerou um liberal, um socialista e um pacifista.

A sua postura em vários temas foi bastante controversa.

Até à sua morte, a sua voz teve sempre grande autoridade moral, tendo sido um crítico influente das armas nucleares e da guerra dos USA no Vietnam: foi bem um líder carismático da minha geração.

Em 1950, recebeu o Prémio Nobel da Literatura, “em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento”.

Russell iniciou seus estudos de Filosofia na Universidade de Cambridge, em 1890, tornando-se membro do Trinity College em 1908.

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Natalia Petrovna Osipova | Biografia

Após sua formatura, já com 18 anos ela entrou para o corpo de baile do Teatro Bolshoi. Em 2006, ela tornou-se solista, solista principal em 2008, bailarina principal em 2010. Em dezembro de 2011, ela entrou para o Mikhailovsky Ballet Company. Hoje em dia atua como primeira bailarina do Royal Ballet, Londres.

Natalia Osipova nasceu em Moscou. Ela começou a ir ao ballet quanto tinha 5 anos, devido a um problema nas costas. Com 8 anos ela entrou na escola Ballet Mikhail Lavrovsky. De 1995 até 2004, ela estudou na Academia Coreográfica de Moscou com Marina Kotova e Marina Leonova. Ainda um aluna na Academia, em abril de 2003, ela ganhou o “Grand Prix” no Concurso Internacional de Balé, em Luxemburgo, dançando as variações de “La Bayadère”, “Don Quixote”, “Esmeralda” e “Tchaikovsky Pas de Deux” , bem como da coreografia contemporânea criada para a peça “Liturgia” por Yegor Druzhinin.

Biografia

Decidida a seguir carreira como ginasta, quando ela era criança, Osipova apenas virou-se para balé por causa de um problema nas costas. De 1996 até 2004, ela estudou na Academia Coreográfica de Moscou com Marina e Kotova Leonova Marina. Embora sendo uma aluna na Academia, em abril de 2003, ela ganhou o “Grand Prix” no Concurso Internacional de Balé, no Luxemburgo, dançando variações de “La Bayadère”, “Don Quixote”, “Esmeralda” e “Tchaikovsky Pas de Deux”, bem como a peça contemporânea exclusivamente criada para ela, “Liturgia” por Yegor Druzhinin.

Após a formatura, em 2004, Natalia se juntou ao Ballet Bolshoi, como membro do corpo de baile. Juntamente com corpo de baile, ela recebeu imediatamente alguns solos. Já em setembro de 2004, ela realizou o “Pas De Deux Paysant” em “Giselle”, com Vyacheslav Lopatin. Em novembro de 2004, Natália foi escolhida como líder dançarina em “Bolero”, uma criação pelo diretor artístico Alexei Ratmansky, definido durante o primeiro workshop do Teatro Bolshoi. Inicialmente Natalia foi treinada por Ludmilla Semenyaka, mas posteriormente começou a trabalhar com Marina Kondratieva.

Em outros solos, dançou: a boneca espanhola em “O Quebra Nozes”, a Noiva Espanhola com Yuri Grigorovich do “Lago dos Cisnes” e as variações no primeiro Grand Pas de “Don Quixote”, e isso enfatizou seus saltos altos, magníficos (o seu ballon). Ao mesmo tempo, ela também criou pequenos papéis na versão Ratmansky de Dmitry Shostakovich “Bolt”, assim como na estréia Teatro Bolshoi de John Neumeier “A Midsummer Night’s Dream” (Mustardseed) e Leonide Massine “Parisienne Gaité” (como solista Cancan). No último, Natalia Massine, programa que também foi lançado como Frivolidade em “Les presságios”, destacou sua facilidade técnica e a qualidade do movimento.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Natalia_Osipova

Paulo Raimundo, o homem dos vários ofícios que chega a secretário-geral do PCP | in Lusa

A infância foi passada entre a vivência “de rua” e a acompanhar a mãe nos trabalhos na agricultura, nas limpezas e nas obras. Aos 46 anos é o novo líder do PCP, partido ao qual se juntou em 1991, aquando da implosão da União Soviética.

Paulo Raimundo entrou para os órgãos diretivos mais restritos do PCP no último Congresso, em 2020, e exerceu vários ofícios que o ligam ao mundo do trabalho, substituindo, aos 46 anos, Jerónimo de Sousa na liderança do partido.

Nas notas biográficas divulgadas pelo PCP, destaca-se que o dirigente comunista “começou como carpinteiro, foi padeiro e animador cultural na Associação Cristã da Mocidade na Bela Vista”, realidades que “lhe permitiram medir o pulso às “contradições do dia-a-dia”, como os baixos salários, a exploração e a precariedade, mas também a “camaradagem e solidariedade” entre os trabalhadores.

A divulgação do nome proposto para secretário-geral, depois de uma “auscultação” às estruturas comunistas, foi feita pelo gabinete de imprensa do PCP em comunicado ao início da noite de sábado e causou alguma surpresa já que Paulo Raimundo é conhecido nas bases do partido mas relativamente desconhecido na esfera mediática.

Num comício comemorativo dos 101 anos do PCP, no início do ano, fez uma intervenção com o título “a força organizada dos trabalhadores é capaz de tudo” e pronunciou-se contra o aumento do custo de vida, da alimentação à energia, que atribuiu a uma “autêntica pilhagem liberal que há muito está em curso”.

O dirigente aderiu à JCP em 1991, e ao PCP em 1994, passando a funcionário dez anos depois. Apenas dois anos depois de se filiar, é eleito membro do Comité Central e e 2016 sobe ao Secretariado. Em 2000, no XVI Congresso, em 2020, é eleito para a Comissão Política do Comité Central comunista, acumulando a presença nos dois órgãos mais restritos da direção, ao lado de nomes como Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes, Jorge Cordeiro e José Capucho.

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El ángel caído | Obra de Alexandre Cabanel, Francia (1847)

Estudio anatómico del mismísimo Lucifer,
que fue durante un tiempo la mano derecha
de Dios. Inteligentísimo y muy hermoso,
el ángel tenía un pequeño defecto: la soberbia.
Un día tuvo la desastrosa idea de rebelarse
contra su creador al creerse igual que él, y la
cosa no acabó nada bien.

i Cómo has caído de los cielos, Lucero, hijo de la Aurora !
i Has Sido abatido a la tierra dominador de naciones !
Tú que dijiste en tu corazón: Al cielo subiré, por encima de
las estrellas de Dios alzaré mi trono, y me sentaré en el Monte
de la Reunión en el extremo Norte. Subiré a las alturas del nublado,
y seré como el Altísimo.

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GALILEU GALILEI | Biografia | Wikipédia

Galileo di Vincenzo Bonaulti de Galilei, mais conhecido como Galileu Galilei (Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642), foi um astrônomofísico e engenheiro florentino, às vezes descrito como polímata.[2] Com frequência é referenciado como “pai da astronomia observacional”,[3] “pai da física moderna”,[4][5] “pai do método científico[6] e “pai da ciência moderna“.[7]

Galileu estudou o princípio da relatividade e fenômenos como a rapidez e a velocidade, a gravidade e a queda livre, a inércia e o movimento de projéteis, mas também trabalhou em ciência e tecnologia aplicadas. Nesse âmbito, ele descreveu as propriedades de pêndulos e “balanços hidrostáticos“, inventou o termoscópio e várias bússolas militares, e usou o telescópio para observações científicas de objetos celestes. Suas contribuições à astronomia observacional incluem a confirmação visual das fases de Vênus, a observação dos quatro maiores satélites de Júpiter, a observação dos anéis de Saturno e a análise das manchas solares.

A defesa de Galileu do heliocentrismo e do copernicanismo foi controversa durante sua vida, quando a maioria adotava modelos geocêntricos, como o sistema ticônico.[8] Ele encontrou a oposição de astrônomos, que duvidavam do heliocentrismo por conta da ausência da observação de uma paralaxe estelar.[8] O assunto foi investigado pela Inquisição Romana em 1615, que concluiu que o heliocentrismo era “tolo e absurdo em filosofia e formalmente herético, pois contradiz explicitamente em muitos lugares o sentido da Sagrada Escritura”.[8][9][10]

Mais tarde, Galileu defendeu suas opiniões no Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas Mundiais (1632), que parecia atacar o papa Urbano VIII e, assim, alienou-o dos jesuítas, que até então o haviam apoiado.[8] Foi julgado pela Inquisição, considerado “veementemente suspeito de heresia” e forçado a se retratar, e passou o resto de sua vida em prisão domiciliar.[11][12] Enquanto estava preso, escreveu a obra Duas Novas Ciências, na qual resumiu o trabalho feito, cerca de quarenta anos antes, nas duas ciências atualmente designadas cinemática e força dos materiais.[13]

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GIAN LORENZO BERNINI | Biografia | in ebiografia.com | por Dilva Frazão

Bernini (1598-1680) foi um escultor, arquiteto e pintor italiano, um dos pioneiros da arte barroca. Foi o maior escultor do século XVII, autor das grandes colunas da Praça de São Pedro, e do baldaquino, cúpula sustentada por colunas retorcidas que estão sobre o Altar Maior da Basílica de São Pedro no Vaticano.

Gian Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles, Itália, no dia 7 de dezembro de 1598. Filho do escultor Pietro Bernini aprendeu no atelier do pai a arte de esculpir.

Ainda criança, mudou-se com a família para Roma, onde o pai iria realizar a decoração da Capela Paulina da Basílica de Santa Maria Maggiore.

Nos séculos XVI e XVII, Roma foi marcada por grandes obras, em capelas, altares, monumentos funerais e por elementos decorativos que invadiram os edifícios religiosos, o que permitiu o artista mostrar seu talento de forma precoce.

Primeiras obras de Bernini

  1. Em 1616, Bernini já mostrava seu talento com a obra “Enéas, Anquises e Ascânio” fugindo de Tróia, ainda sob a influência de seu pai.
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FAMÍLIA ROTHSCHILD | Biografia | Wikipédia

A família Rothschild
Etnia
Asquenazita
Local de Origem
Hamburgo

Família Rothschild é uma família judia, com origem em Hamburgo, Alemanha, que estabeleceu uma dinastia bancária na Europa.

Prosperou no fim do século XVIII, e chegou a ultrapassar as mais poderosas famílias bancárias rivais da época, como a família Baring e a família Berenberg.

Acredita-se que quando a família estava no seu auge, no século XIX, possuía a maior fortuna privada no mundo — assim como a mais larga fortuna da Idade Moderna. Acredita-se que a fortuna subsequentemente diminuiu, pois foi dividida entre centenas de descendentes. Hoje, os negócios da família Rothschild estão numa escala muito menor que no século XIX, embora estejam envolvidos em diversos campos, incluindo: mineração, bancos, energia, agricultura mista, vinho e instituições de caridade.

Mayer Amschel Rothschild, fundador da dinastia

Os Rothschild participaram dos negócios mais dinâmicos durante a Revolução Industrial,[1] em especial a indústria têxtil, que florescia. As tecelagens mecanizadas da Inglaterra produziam tecidos de qualidade em grande quantidade.

Passaram a negociar também essa mercadoria. O comércio do algodão oriundo da América do Norte para as tecelagens na Grã-Bretanha permitiu que a Casa Rothschild criasse vínculos através do Atlântico, com a florescente economia estadunidense.

Os Rothschilds já possuíam uma grande fortuna antes das Guerras Napoleônicas (1803–1815).[2] Em uma oportunidade, a rede de mensageiros da família, espalhada pela Europa, permitiu que Nathan de Rothschild recebesse em Londres notícia da vitória de Wellington na batalha de Waterloo com um dia de antecedência, a chegada dos mensageiros oficiais do governo britânico.[3]

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JOHN DAVISON ROCKEFELLER | Biografia | Wikipédia

John Davison Rockefeller (Richford8 de julho de 1839 – Ormond Beach23 de maio de 1937) foi um magnata de negócios e filantropo norte-americano. Ele é muito conhecido como o homem norte-americano mais rico de todos os tempos, e a pessoa mais rica da história moderna.

Rockefeller revolucionou a indústria do petróleo. Em 1870, fundou a Standard Oil Company e a comandou agressivamente até sua aposentadoria oficial em 1897.[1] A Standard Oil começou com uma parceria em Ohio de John com seu irmão, William Rockefeller, Henry Flagler, Jabez Bostwick, o químico Samuel Andrews e Stephen V. Harkness. Como a importância do querosene e da gasolina estava em alta, a riqueza de Rockefeller cresceu e ele se tornou o homem mais rico do mundo e o primeiro americano a ter mais de um bilhão de dólares. Em 1937, sua fortuna foi avaliada em US$ 1,4 bilhão.[a 1] Ajustando sua fortuna da época à inflação (19372020), o valor é o equivalente a US$ 25,2 bilhões de dólares atuais. Porém, caso a comparação seja em relação ao PIB americano de 1937, no valor de US$ 78 bilhões, Rockefeller é considerado o homem mais rico da história, acumulado fortuna de aproximadamente, 1,96% do PIB americano, com cerca de US$ 418 bilhões de dólares atualizados em 2019.[2][3][4][5][6]

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OLOF PALME | Biografia | Wikipédia

Sven Olof Joachim Palme (Estocolmo30 de janeiro de 1927 — Estocolmo, 28 de fevereiro de 1986) foi um político sueco. Membro do Partido Operário Social-Democrata da Suécia foi primeiro-ministro da Suécia entre 1969 e 1976 e de novo entre 1982 e 1986, ano em que foi assassinado à saída de um cinema em Estocolmo.[1][2][3][4] Enquanto líder da oposição, atuou como mediador especial da Organização das Nações Unidas na Guerra Irão-Iraque e foi Presidente do Conselho Nórdico em 1979.

Uma figura central e polarizadora, quer na política interna, quer na política internacional desde os anos 60, foi firme na sua política de não-alinhamento em relação às superpotências, acompanhado pelo apoio a numerosos movimentos de libertação do terceiro mundo após a descolonização, incluindo, o mais controverso, o apoio económico e vocal a vários governos do Terceiro Mundo. Palme foi o primeiro chefe de governo ocidental a visitar Cuba após sua revolução, fazendo um discurso em Santiago elogiando os revolucionários contemporâneos cubanos e cambojanos.

Frequentemente crítico da política externa dos Estados Unidos e da União Soviética, dirigiu críticas ferozes e muitas vezes polarizadoras ao identificar a sua oposição às ambições imperialistas e regimes autoritários, incluindo os de Francisco Franco em Espanha,[5] Leonid Brezhnev na União SoviéticaAntónio de Oliveira Salazar em Portugal[6][7] e Gustáv Husák na Checoslováquia,[8] bem como John Vorster e PW Botha na África do Sul. A sua condenação em 1972 aos bombardeamentos de Hanói, comparando notavelmente a tática ao campo de extermínio de Treblinka, resultou num congelamento temporário nas relações sueconorte-americanas.

Palme tornou-se conhecido como um dos maiores exemplos da Social-Democracia Escandinava, tendo levado mais longe que qualquer outro político a ideia de conciliar uma economia de mercado com um estado social. Durante o seu governo, a Suécia gozou de uma forte economia e dos níveis de assistência social mais altos no mundo. Ficou ainda conhecido como forte opositor do Apartheid e da Guerra do Vietnam, o que lhe causou graves conflitos com Washington.[2]

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LEONARDO DA VINCI | Biografia | Wikipédia

Leonardo di Ser Piero da Vinci (? pron.), ou simplesmente Leonardo da Vinci (Anchiano15 de abril de 1452[2] — Amboise2 de maio de 1519), foi um polímata nascido na atual Itália,[2][nb 1] uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento,[2] que se destacou como cientistamatemáticoengenheiroinventoranatomistapintorescultorarquitetobotânicopoeta e músico.[3][4][5] É ainda conhecido como o percursor da aviação e da balística.[3] Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção.[6] É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.[7] Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e “sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante”.[6]

Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesaCaterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em VenezaRoma e Bolonha, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I. Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como pintor.[7] Duas de suas obras, a Mona Lisa[2] e A Última Ceia,[2] estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo.[6] O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural,[8] e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes — e frequentemente desastrosas — com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica.[nb 2] Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações — que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura — formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.[nb 3]

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ALBERT EINSTEIN | Biografia | Wikipédia

Albert Einstein (Ulm14 de março de 1879 — Princeton18 de abril de 1955) foi um físico teórico alemão que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos pilares da física moderna ao lado da mecânica quântica. Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E = mc² — que foi chamada de “a equação mais famosa do mundo” —, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 “por suas contribuições à física teórica” e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.

Nascido em uma família de judeus alemães, mudou-se para a Suíça ainda jovem e iniciou seus estudos na Escola Politécnica de Zurique. Após dois anos procurando emprego, obteve um cargo no escritório de patentes suíço enquanto ingressava no curso de doutorado da Universidade de Zurique. Em 1905, publicou uma série de artigos acadêmicos revolucionários. Uma de suas obras era o desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Enquanto acumulava cargos em universidades e instituições, continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fótons. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo. Suas obras renderam-lhe o status de celebridade mundial enquanto tornava-se uma nova figura na história da humanidade, recebendo prêmios internacionais e sendo convidado de chefes de estado e autoridades.

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UM JUDEU EM LISBOA | JOSHUA RUAH

SINOPSE

Um dos grandes méritos desta autobiografia, Joshua Ruah. Um Judeu de Lisboa, reside na ausência de literatura. É uma descida às raízes, sem quaisquer limitações convencionais, para nos transmitir o que se acumulara nos espaços invisíveis do universo mais íntimo. Faz um balanço à vida. Apresenta nos a realidade quotidiana, nos seus múltiplos aspetos, através de uma comunicação frontal, numa linguagem direta, persuasiva e imediata com os leitores.

SOBRE O AUTOR

Joshua Ruah

Por exemplo, eu provavelmente sou berbere. Não se tem a certeza porque o meu apelido em hebraico pode ler-se de duas maneiras diferentes, ou aquela que eu uso, e que quer dizer «espírito ao vento», ou um nome que existia no Médio Oriente, que se escreve com as mesmas letras e se pronuncia «Revah». Sempre que lá vou dizem que sou (…)

Escritora moçambicana Paulina Chiziane vence Prémio Camões | in SIC Notícias

A escritora moçambicana Paulina Chiziane é a vencedora do Prémio Camões 2021, numa escolha feita por unanimidade, anunciou esta quarta-feira a ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca.

“No seguimento da reunião do júri da 33.ª edição do Prémio Camões, que decorreu no dia 20 de outubro, a ministra da Cultura anuncia que o Prémio Camões 2021 foi atribuído à escritora moçambicana Paulina Chiziane”, lê-se na nota informativa hoje divulgada.

“O júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio à escritora moçambicana Paulina Chiziane, destacando a sua vasta produção e receção crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional da sua obra. O júri referiu também a importância que dedica nos seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana. O júri sublinhou o seu trabalho recente de aproximação aos jovens, nomeadamente na construção de pontes entre a literatura e outras artes.

O júri referiu também a importância que dedica nos seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana. O júri sublinhou o seu trabalho recente de aproximação aos jovens, nomeadamente na construção de pontes entre a literatura e outras artes.

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Integrado Marginal | Biografia de José Cardoso Pires | de Bruno Vieira Amaral 

SINOPSE

Notívago, boémio, brigão. Receoso de que a imagem pública lhe ensombrasse os méritos literários. Crítico do marialvismo. Acusado de ser marialva. Bem relacionado. Obcecado com a própria independência. O maior escritor da segunda metade do século XX. Um escritor datado e sem a mesma projeção internacional de um Lobo Antunes ou de um Saramago. Um espírito insubmisso. Um casamento duradouro. A convicção e a crença no próprio trabalho. Momentos de dúvida e angústia. Neste livro, vive um homem cuja personaldade foi formada no antagonismo. E um espírito que, apesar de amarrado a diversos ódios (ao campo, ao regime, à pequena burguesia da qual era originário, à literatura sentimental e demagógica, à polícia, à Igreja), nunca desistiu de Portugal e de ser escritor.

Da influência inicial da literatura anglo-saxónica, passando pela necessidade de encontrar uma “sintaxe citadina”, ou pela importância de incorporar a experiência na criação literária sem cair no sentimentalismo ou no confessionalismo, até ao salazarismo enquanto quadro de mentalidades contra o qual toda a obra de Cardoso Pires se desenvolve, esta biografia dá a conhecer o processo de construção de um escritor.

Pela mão do destacado escritor Bruno Vieira Amaral, o leitor conhece a exigência obsessiva e quase doentia, a lentidão no processo de escrita e publicação e como isso entrava em contradição com a aspiração ao profissionalismo e com a insistência na dignificação do ofício de escritor que toda a vida José Cardoso Pires, o integrado marginal, defendeu.

https://www.wook.pt/livro/integrado-marginal-bruno-vieira-amaral/21521820

TIAGO GUEDES | Diretor do Teatro Municipal do Porto distinguido pelo Governo Francês

Tiago Guedes recebeu esta tarde o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelos serviços prestados à cultura e ao intercâmbio entre Portugal e França. “Ao observar o percurso profissional de Tiago Guedes, conduzido num espírito de abertura ao mundo, fica-se impressionado com a sua fidelidade sem falhas aos artistas franceses”, afirmou Florence Mangin, embaixadora de França em Portugal. A cerimónia decorreu no Palácio de Santos, em Lisboa, onde está localizada a embaixada. Rui Moreira esteve entre os convidados.

Coreógrafo, programador cultural e atual diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes (Minde, 1978) recebeu hoje as insígnias de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, uma das principais distinções atribuídas pelo governo francês, pelo seu percurso profissional e contributo à divulgação da cultura francesa.

A medalha de “Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres” foi entregue pela embaixadora de França em Portugal, que apresentou Tiago Guedes como “homem de cultura português que, há muitos anos, dedica toda a sua energia e paixão ao encontro entre os artistas e o seu público”. A restrita cerimónia teve, entre as testemunhas, o presidente da Câmara do Porto, mas também a ministra da Cultura, Graça Fonseca, o secretário de Estado da Presidência do Conselho dos Ministros, André Moz Caldas, e a deputada socialista Rosário Gamboa.

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Eu, Elton John: a biografia de uma lenda viva do mundo da música

             Honesta, vibrante e com um extraordinário sentido de humor        

No dia 14 de novembro, a Porto Editora faz chegar às livrarias a primeira e única autobiografia de uma das grandes lendas vivas do mundo da música: Eu, Elton John.

Nada indicava que Reginald Dwight, um Tiny Dancer residente em Pinner, cinzento subúrbio de Londres, se transformaria em Elton John, nome incontornável da música pop e rock n’roll. Excêntrico, personagem maior do que os grandes palcos que pisou, resultado do seu carisma e de performances eletrizantes, Elton John é um verdadeiro Rocket Man: no ativo há quase 50 anos (o seu primeiro concerto em nome próprio foi aos 23 anos) é um dos artistas com maior número de álbuns vendidos, vencedor de múltiplos prémios (como um Oscar e 6 Grammy) e cantor-compositor de músicas intemporais.

Agora, a par com a sua tournée final, Sir Elton John decide contar a história da sua vida. Ao longo de 360 páginas, estão descritas sete décadas de altos e baixos. Da infância e da relação conturbada com os pais às mais recentes revelações sobre o seu estado de saúde, Eu, Elton John não deixa nenhum assunto de fora. Num registo polvilhado com um fino humor britânico, o cantor-compositor desvenda como nasceram canções que fazem parte da vida de milhões de fãs, as amizades com outras lendas da música (como John Lennon, George Michael ou Freddie Mercury), e revelações sobre as noites loucas e as festas espampanantes que o afundaram numa espiral de dependência. Brutalmente honesto, o autor não poupa palavras para descrever os seus maus momentos, tentativas de suicídio e a viagem emocional para a reabilitação. Nada ficou fora deste livro, nem a amizade com a Princesa Diana e Gianni Versace, nem o amor e a paternidade com David Furnish. É uma vida inteira, de luz e sombra, agora em livro.

Com 72 anos e a meio da sua última digressão (que durará três anos), este é um testemunho imperdível de um artista que não deixa de dizer I’m still standing.

SOBRE O LIVRO 

Elton John é o cantor-compositor de sucesso com a carreira mais longa de todos os tempos. São sete décadas – até agora – de uma vida extraordinária pautada por constantes altos e baixos. Agora, na primeira pessoa e com a habitual frontalidade e bom humor, Elton John partilha a sua história – todos os momentos, dos mais hilariantes aos mais comoventes.
Reginald Dwight era um miúdo tímido, de Pinner, nos subúrbios de Londres, com uma relação conturbada com os pais, que adorava música e sonhava ser uma estrela pop. Tinha 23 anos quando deu o primeiro concerto nos EUA: com umas jardineiras amarelas, uma T-shirt às estrelas e botas com asas deixou uma imensa plateia absolutamente deslumbrada. Elton John tinha chegado e o mundo da música nunca mais seria o mesmo.
À imagem da vida de Elton, não falta drama nesta autobiografia: desde as rejeições iniciais das editoras a ser considerado o artista pop mais famoso do mundo; das amizades com Jonh Lennon, Freddie Mercury e George Michael às noites loucas no Studio 54; das tentativas de suicídio à dependência que escondeu até de si próprio durante anos e que quase o destruiu.
Elton descreve de forma emocionada o processo de reabilitação, a criação da Elton John AIDS Foundation, como encontrou o verdadeiro amor ao lado de David Furnish, as férias com Versace e a participação no funeral da princesa Diana. E ficamos também a saber como e quando percebeu que queria ser pai e como isso acabou por mudar novamente toda a sua vida.
Excentricamente divertido, mas também profundamente emocionante, Eu, Elton John levá-lo-á numa viagem inesquecível pela intimidade de uma lenda viva.

SOBRE O AUTOR

Elton John

Os êxitos alcançados por Sir Elton John ao longo da sua carreira são insuperáveis. É um dos artistas a solo mais vendidos de todos os tempos com 26 álbuns de ouro e 38 de platina ou multi-platina e um álbum de diamante. Elton John conta também no seu currículo com 6 Grammys, 13 Ivor Novellos e um BRITT Award. Em 2018 foi nomeado o artista masculino a solo de maior sucesso pela Billboard Hot 100. A sua Fundação já angariou mais de 450 milhões de dólares para a luta contra o VIH. É casado com David Furnish com quem tem dois filhos.

Témoignage d’une reine pendant la guerre d’Algérie | Izza Bouzekri

Très beau témoignage d’une reine pendant la guerre d’Algérie
Izza Bouzekri Madame veuve Abbane Ramdane aujourd’hui Mme DEHILES

“Je suis née a la casbah,17 rue pyramide, en 1928 .A l’âge de trois ans j’ai perdu mon père qui gagnait péniblement sa vie.Nous avons déménagé a notre dame d’afrique, rue du Carmel ou j’ai fréquenté l’école communale jusqu’à l’obtention du certificat d’études puis j’ai continué a la Chabiba ou j’ai été impregnée et sensibilisée a la cause nationale par cheikh Tayeb el Okbi qui a eu une grande influence sur moi.Nous étions pauvres et ma mère ,veuve travaillait.Je l’aidais comme je pouvais.J’avais conscience de l’indigence des indigènes comparé au train de vie des colons .L’injustice était flagrante.
J’ai commencé a militer en 1947 au sein de l’AFMA (association des femmes musulmanes algeriennes ) sous l’égide du MTLD et présidée par Mamia Chentouf . J’y ai croisé Nafissa Hamoud future professeur Laliam .Nous faisions beaucoup de social et nous entrions dans des mariages a la casbah et a belcourt pour entonner des chants patriotiques ce qui nous valait de ressortir avec une petite cagnotte !
En 1949, atteinte de tuberculose, je suis envoyée a Marseille ou je suis sauvée in extrémis .Lors de mon séjour au sanatorium d’Annecy qui dura environ 15 mois j’ai été formée a la sténo -dactylo.
De retour a Alger, j’ai décidé de m’émanciper en enlevant le hayek au grand désespoir de ma mère ;de parfaire ma formation a l’école Pigier.
C’est grâce au MTLD que j’ai trouve un poste de secrétaire chez un avocat :maître Boyer, rue Duc des Cars.
Dés le déclenchement de la révolution j’ai cherché a rejoindre le FLN ,Nassima Hablal fût la première a y accéder et ce n’est qu’en Juillet 1955 que mon voeu se réalisa. Nous avions un voisin qui enseignait l’arabe, Hocine Belmili avec qui je discutais le matin avant d’aller a mon travail. Un jour ,il m’a dit :tu es sûre de vouloir entrer dans le FLN ? Oui ai-je répondu ,alors tiens toi prête demain.
Le lendemain par une belle journée de juillet , nous avons pris un taxi direction la Glacière a El Harrach. Un homme nous attendait.J’ai tout de suite compris que j’avais affaire a un élément important du FLN. Il m’a d’emblée tutoyer:
-Tu fais quoi?
– je suis la secrétaire d’un avocat
– Tu tapes a la machine
– oui
– tu as des contacts et des refuges surs ?
– oui
– Alors tu seras contactée a ton boulot.
Il a tourné les talons et a disparu.
Je venais de faire la connaissance de Abane Ramdane !
15 jours aprés,j’ai reçu la visite de Amara Rachid agent de liaison :Abane cherchait un refuge.
Je lui ai présenté Fatima Zekkal Benosmane qui l’a reçu chaleureusement.
J’ai profité de mon travail pour taper tout les tracts et autres documents que le FLN m’envoyait, parallelement a Nassima Hablal jusqu’à son l’arrestation en octobre 1955, arrestation a laquelle j’ai assisté ! J’ai cessé toute activité car j’étais fichée par la police qui me filait matin et soir, tout en continuant mon travail chez l’avocat.
Quelques temps aprés Abane m’envoie Mohamed Seddik Benyahia pour me demander d’entrer dans la clandestinité .Ce que je fis ,en m’installant dans la famille Alkama au 20 rue bastide;
J’ai eu l’honneur de taper les six premiers numéros d’El Moudjahed ainsi que la plate forme de la Soummam.
Aprés la grève des 8 jours, la répression policière a été telle que Abane a du fuir Alger pour Tunis en fevrier 1957, me laissant seule avec notre bébé .Ma vie de militante s’est arrêtée net. Je n’ai plus eu de ses nouvelles jusqu’en décembre 1957 date a laquelle je reçois un télégramme : “rejoins- moi “.
Arrivée a tunis début janvier 1958 il était trop tard il venait d’être assassiné mais je l’ignorais et on m’a laissé dans l’ignorance durant 5 longs mois…. Je l’ai recherché sans relâche jusqu’au jour ou j’ai croisé Slimane Dehiles son ami de toujours, le défenseur de la veuve et l’orphelin.
Nous avons pleuré Abane ensemble et je l’ai épousé en Novembre 1959
Et depuis ,je suis murée dans mon silence !”
Izza Bouzekri
Veuve Abane Ramdane
épousé par Slimane DEHILES dit le Colonel Sadek

Récupéré de Facebook | Mur de Mas Mati

Retirado do Facebook | Mural de Mas Mati

El orgasmo femenino explicado por una monja medieval | Hildegard von Bingen | POR VIRGINIA MENDOZA in “Yorokobu.”

Hildegard von Bingen fue pintora, poeta, compositora, científica, doctora, monja, filósofa, mística, naturalista, profeta y, quizá, la primera sexóloga de la historia. También está considerada precursora de la ópera, de la ecología e inventó un idioma que podría ser la primera lengua artificial de la historia.

Cuando la Primera Cruzada estaba a punto de llegar a Jerusalén, una niña lloró por primera vez en Bermersheim (Alemania)Hildegard von Bingennació en 1098 y se convirtió en un diezmo. Como décima hija que fue, sus padres la entregaron a la Iglesia. La dejaron en el monasterio de monjes de Disivodemberg, que albergaba una celda para mujeres dirigida por Jutta von Spannheim, quien se convertiría en madre e instructora de la pequeña Hidegard. Tenía ocho años y había comenzado a tener visiones a los tres, pero no fue hasta pasados los cuarenta cuando empezó a escuchar una voz que le decía que escribiera y dibujara todo aquello que alcanzaran sus ojos y oídos.

Se convirtió en abadesa tras la muerte de Jutta. Atemorizada por sus visiones y predicciones convenció al papa para que le consintiese escribirlas, y fue así como empezó a registrar tanto sus visiones, como libros de medicina (que hoy consideraríamos superstición), remedios naturales, cosmogonía y teología. Desde entonces empezó a relacionarse con las autoridades eclesiásticas y políticas de su época y se convirtió en su consejera, algo impensable tratándose de una mujer.

Hildegard von Bingen y su legado son inabarcables. Tanto que, a pesar de su recuperación a raíz de la esperada canonización (que no tuvo lugar hasta 2012), su lado más peculiar ha sido eclipsado por sus predicciones. De todo lo que hizo Hildegard a lo largo de su vida, lo más desconcertante, surrealista y contradictorio, quizá sean sus consideraciones sobre el orgasmo femenino que bien le podrían valer el título de primera sexóloga de la historia.

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Os portugueses não conhecem o Diamantino, capitão de Abril | Carlos Matos Gomes

As portuguesas e os portugueses não conhecem o Diamantino 

Diamantino Gertrudes da Silva

Antes do Diamantino também não conheceram o Corvacho, nem o Tomaz Ferreira, nem o Vila Lobos, nem o Ramiro, nem o Ernesto, o Melo Antunes, nem o Varela, o Gomes, nem o Victor, o Crespo, os portugueses não conhecem os portugueses que estiveram no dia 25 de Abril de 1974 no comando das operações na Pontinha, nem nas unidades que tomaram o poder. Nem dos que estiveram em Bissau, em Luanda, ou em Nampula a assumir a responsabilidade histórica de resolver um problema colonial que se arrastava desde a Conferência de Berlim (1884), que fora causa da queda da monarquia, da implantação da República, da entrada de Portugal na I Grande Guerra, da instauração da ditadura em 1926 e de uma guerra colonial de 13 anos.
O desconhecimento desses nomes e o conhecimento de outros, de futebolistas e comentadores de TV, de cantores e de apresentadores de TV, de cabeleireiros e cozinheiros, de alfaiates e famosos das relações públicas representa a glória dos anónimos militares como o Diamantino.
O Diamantino morreu hoje. O Diamantino teve um papel decisivo no 25 de Abril, comandando a coluna militar que controlou o centro do país. Os portugueses não conhecem o Diamantino, nem os camaradas que o acompanharam nesse dia e nessa acção. O desconhecimento do Diamantino é a sua maior condecoração. O Diamantino e os seus camaradas fizeram o que fizeram para que os comentadores comentassem, os cantores cantassem, os famosos se exibissem. O Diamantino e os seus camaradas são anónimos para que os portugueses tenham nome e possam tê-lo. O Diamantino e os seus camaradas fizeram o que fizeram para que os portugueses tivessem um serviço nacional de saúde e também um multibanco.
O Diamantino morreu ontem. Nasceu em 1943, na Beira Alta, em Moimenta da Beira. Filho de gente humilde – não se trata de neo-realismo – frequentou o seminário e depois a Academia Militar, onde entrou em 1963. Conheci-o ainda de missal, expressão séria, a sair da caserna para ir à missa. Eu, três anos mais novo, já agnóstico. Nunca falámos de religião, de deuses, de salvação. Respeito. Ele infundia respeito, mesmo quando acreditava no que me merecia radicais oposições: eu dispensava a ideia de Deus, ele ainda a respeitava, não como amparo pessoal, mas como instância de justiça, julgo.
Ao longo da minha vida conheci pessoas extraordinárias. Sorte a minha. O mais extraordinário de todos, se me perguntarem, Samora Machel. Mas, falando apenas dos que já morreram, conheci também Aquino de Bragança (informem-se sobre a personagem), e Spínola (escrevi sobre ele no Expresso na data da sua morte), e Costa Gomes, e Varela Gomes, e Fernando Salgueiro Maia, e o comissário político da brigada Lister na guerra civil de Espanha, e Santos e Castro, fundador dos comandos e comandante de mercenários, fui amigo do Jaime Neves… e apoiante da Maria de Lurdes Pintassilgo. Fui amigo do Diamantino…
Quando, como é da história, nas revoluções se separam águas entre os que a fizeram, eu e o Diamantino ficámos na mesma margem. Foi depois do 25 de Novembro de 1975. Numa tarde, ou noite clandestina, encontrámo-nos em Viseu, a sua base, a conversar sobre o que era possível salvar, não da esperança, mas da parte do poder que devia caber aos que, sujeitos a séculos de dependências, iniciavam a descoberta da liberdade de decidirem o seu presente e o seu futuro. Poder popular, se não for descoberta outra designação aos sans culottes que, aqui em Portugal, viviam a sua revolução francesa no Portugal rural e eclesiástico após o 25 de abril. O “Comunismo” nos sermões dos padres lúbricos e guardadores de rebanhos.
O Diamantino formou-se em História, em Coimbra. Ele, e um outro destes capitães, também já desaparecido, o Monteiro Valente. Conheci-os, relacionei-me com eles como mais um privilégio que a vida me concedeu. O Monteiro Valente foi o único (julgo) capitão que teve de disparar a sua arma para impor o 25 de Abril numa unidade militar!
A História concedeu a Portugal, aos portugueses que não sabem quem eles foram, o privilégio de ter os capitães dos seus exércitos de terra, mar e ar no local certo, no tempo certo, para realizarem a 25 de Abril de 1974 aquilo que era necessário fazer e foi feito da forma exemplar que a História reconhece como a “revolução dos cravos”.
O Diamantino pertenceu a essa gesta de anónimos capitães que Portugal e os portugueses tiveram a sorte histórica de encontrar generosamente disponíveis e culturalmente preparados para assumirem os riscos de lhes traduzirem os anseios de liberdade e de paz. Ele escreveria ensaios e fições sobre a sua geração.
A morte do Diamantino, capitão de Abril, ocorre no tempo em que emerge do lado de lá do Atlântico, no Brasil a quem tanto nos une, um capitão de negrume, de nome Bolsanaro…um fantasma da História. Figura recorrente de abutre militar…
O capitão Diamantino, que morreu em Viseu, era a face luminosa dos militares de qualquer parte do mundo que estão do lado da História e dos seus povos…
Será enterrado singelamente. Como um militar digno. Com as “sem honras” que a sua vida merece.
Que a semente do seu exemplo frutifique…

Carlos Matos Gomes

Retirado do Facebook | Mural de Carlos Matos Gomes

Germano Almeida: “Não me peçam desculpa pelos meus antepassados, tratem-me a mim como gente” | por Joana Emídio Marques in Jornal “Observador”

Germano de Almeida, 73 anos, escritor cabo-verdiano, recebeu este ano o prémio Camões. É publicado em Portugal há 30 anos mas os seus livros vendem pouco mais de 100 exemplares. Este ano o prémio Camões veio dizer que há África para lá de Agualusa e Mia Couto.

Chama a si mesmo “contador de histórias”, herdeiro daqueles homens que nas noites infinitas da ilha da Boavista, Cabo Verde, sem luz elétrica, sem televisão, sem telefones, sem Internet, se sentavam à porta das casas para contar histórias. Eram noites de lua cheia, as crianças pagavam-lhes em cigarros e eles tiravam da memória essas histórias onde se fundia a ancestralidade de Europa e África, de colonos e escravos, de romances de cavalaria e mitos, de gente que na sua passagem pelas Ilhas deixava para trás peripécias, tragicomédias ou tragédias, morte e vida. Mas sobretudo onde o crioulo e o português se misturavam para que todos, contador e ouvintes, se transmudassem em heróis de mundos por achar. É este tempo mágico onde a palavra tinha a força da magia e da honra que Germano Almeida, prémio Camões 2018, reclama para si.

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José Manuel Tengarrinha (1932-2018), uma vida à procura da geringonça | por Nuno Ribeiro in Jornal “Público”

“Ou saímos todos ou nenhum”. Esta frase foi mais uma dificuldade, inesperada, para o Movimento dos Capitães, nas horas imediatas ao 25 de Abril de 1974. As vozes vinham do Forte de Caxias e, entre esse coro de solidariedade reivindicativa que punha em causa a libertação por fases dos presos políticos defendida pelo General António de Spínola, estava José Manuel Tengarrinha (1932-2018), a cumprir a sua sexta pena de prisão de uma luta incessante contra a ditadura. O corpo de Tengarrinha, que morreu sexta-feira na sua residência do Estoril, está a partir das 18 horas deste domingo na Basílica da Estrela, de onde sairá na segunda-feira para cremação, numa cerimónia reservada à família.

“Hoje, os partidos de esquerda não são suficientemente credíveis para mobilizarem, limitam-se aos rituais das campanhas eleitorais”, dizia Tengarrinha, em Abril de 2012 ao PÚBLICO, na véspera de uma homenagem pelos seus 80 anos: “[os partidos] não têm capacidade de flexibilizar posições, de encontrarem pontos de encontro, quem está na linha dura pensa que será mal compreendida uma aliança com o outro sector.”

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16 de Abril de 1889 | Nasce Charlie Chaplin

Realizador, actor e compositor inglês nascido a 16 de Abril de 1889, em Londres, e falecido a 25 de Dezembro de 1977, em Vevey, na Suíça. Filho de artistas do vaudeville, viveu uma infância humilde, marcada pelo abandono do lar por parte do pai alcoólico. Aos 5 anos, já participava em espetáculos, cantando e dançando nas ruas da capital inglesa ao lado do seu irmão Sydney. Depois duma breve passagem por um orfanato, junta-se a uma companhia infantil de teatro. Mais tarde, por influência de seu irmão Sidney, é contratado pela Companhia Teatral de Fred Karno, onde permaneceu até 1912, alcançando algum prestígio a nível interno. Em 1912, durante uma digressão aos Estados Unidos, onde atuou ao lado de Stan Laurel, chamou a atenção do produtor cinematográfico Mack Sennett, patrão do Keystone Studios. Após uma difícil negociação, estrear-se-ia- em 1914 com uma prestação secundária em Making a Living (1914). Neste mesmo ano, participou em 35 filmes da Keystone e cada participação fez crescer a sua cotação como atcor. Em Mabel’s Strange Predicament (A Estranha Aventura de Mabel, 1914), desempenhou pela primeira vez a personagem que o imortalizaria aos olhos de milhões de cinéfilos: Charlot, o vagabundo com o chapéu de coco, calças largas e bengala em constante movimento que numa sucessão de gags cómicos procura libertar-se de forma pouco ortodoxa de inúmeras situações desfavoráveis, ora pontapeando agentes da lei, ora cortejando belas mulheres. O facto de os espectadores se identificarem com as peripécias de Charlot ajudou ao retumbante êxito da personagem que surgiria novamente em The Masquerader (Charlot Faz de Vedeta, 1914), Laughing Gas (Charlot Dentista, 1914),The Rounders (Que Noite!, 1914) e Mabel’s Busy Day (Charlot e as Salsichas, 1914). Começou também a dirigir as suas próprias curtas-metragens, iniciando essa nova faceta com Making a Living (1914). Após mais um sucesso com The Tramp (Charlot Vagabundo, 1915), Chaplin recebeu um contrato milionário da First National Studios com uma cláusula irrecusável: a de manter o controlo absoluto da criação artística dos filmes que interpretava e dirigia.

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Biographie de Jürgen Habermas réalisée par Stefan Müller-Doohm

[Hors série Connaissance] Découvrez la biographie de Jürgen Habermas  réalisée par Stefan Müller-Doohm

Sans conteste, Jürgen Habermas est l’un des derniers intellectuels majeurs au niveau international. «Défenseur de la modernité» et conscience publique de la République fédérale», il est aussi un éminent penseur de l’Europe.

Par ses monographies et nombreux articles, recueillis en volumes, traduits dans plus de quarante langues, il s’est acquis, en tant que philosophe, uneréputation mondiale et, en tant qu’auteur, il a reçu un écho qui excède de loin le monde académique. Un tel constat conduirait aisément à en inférer que sa biographie devrait au fond être celle de son œuvre. Mais si cette vie fascine, c’est qu’elle ne peut aucunement se résumer à une pile de livres savants.
En effet, Habermas a toujours plus quitté l’espace protégé de l’univers académique pour endosser le rôle du polémiste pugnace, et peser de cette façon sur l’histoire des mentalités de l’Allemagne et de l’Europe. Aussi l’ouvrage de Stefan Müller-Doohm, à qui l’on doit déjà une biographie d’Adorno, noue-t-il deux trames : d’une part la description des allers-retours sinueux entre activité professionnelle principale et activité seconde, et d’autre part l’interdépendance entre les évolutions de la pensée du philosophe et les interventions de l’intellectuel public dans le contexte de son temps.

L’action conjuguée de la réflexion philosophique et de l’intervention intellectuelle, qui caractérise l’activité de Jürgen Habermas, explique que cette biographie soit celle tant d’une vie que d’une œuvre en devenir perpétuel.

Traduit de l’allemand par Frédéric Joly

Feuilletez les premières pages de ce livre ici : http://bit.ly/2FsWxGX

 Retirado do Facebook | Mural de Gallimard

Ajda Nahai, combattante kurde | René Leucart

Il y a un an, elle mourrait aux combats contre Daech. Elle avait à peine 18 ans : Ajda Nahai, combattante kurde, symbole de la liberté et de la dignité des femmes contre l’esclavage sexuel. Elle se battait contre les djihadistes de Daech aux côtés de milliers d’autres jeunes filles Kurdes. Elle est tombée au combat à Manbij où près de 2.000 terroristes, dont de nombreux en provenance d’Europe, sont toujours encerclés par les forces Kurdes en ce moment. En regardant ce visage souriant, on peut avoir honte parce qu’elle nous renvoie à quelque chose qui nous dépasse, souvent par égoïsme, parfois par racisme, ou tout simplement par indifférence : l’héroïsme ! Elle s’est battue pour sauver le droit de nous regarder en nous souriant, avec ses yeux sombres et profonds.
Comme je l’avais mis au moment de sa mort, il y a un an, pour elle seule, ce poème de Victor Hugo :

“demain, dès l’aube, à l’heure où blanchit la campagne,
je partirai. Vois-tu, je sais que tu m’attends.
J’irai par la forêt, j’irai par la montagne.
Je ne puis demeurer loin de toi plus longtemps.

Je marcherai les yeux fixés sur mes pensées,
Sans rien voir au dehors, sans entendre aucun bruit,
Seul inconnu, le dos courbé, les mains croisées,
Triste, et le jour pour moi sera comme la nuit.

Je ne regarderai ni l’or du soir qui tombe,
Ni les voiles au loin descendant vers Harfleur,
Et quand j’arriverai, je mettrai sur ta tombe
Un bouquet de houx vert et de bruyère en fleur.”

*Victor Hugo “demain, dès l’aube”

René Leucart

Retirado do Facebook | Mural de René Leucart

O Ti Aurélio | Joaquim António Ramos

O Tio Aurélio representa a antítese daquela frase feita de que marinheiro tem uma mulher em cada porto por onde costuma atracar. Muitas vezes até uma família, porque quando se passa muitos dias no mar sem fêmea à vista – nos tempos em que marinheiro não era profissão também de mulher – a urgência da carne na chegada a terra firme, por cujas docas se rebolavam mulheres apetitosas e disponíveis, não se compadecia com precauções nem meias tintas. Brancas, pretas, mulatas, cabritas, de olhos pretos como a noite ou dum azul dinamarquês. Não havia marujo português que não tivesse a fama de ter mulher e filhos em Vigo, Roterdão e Hamburgo, se a rota era para norte, ou no Funchal, no Mindelo e na Cidade do Cabo, se a rotina da navegação aproava para a costa leste de África ou para as Índias.
O Tio Aurélio cozia redes de xávega, sentado nos areais da Nazaré, fosse Inverno ou Verão, camisa de xadrez e barrete preto, calças pela canela apertadas com atilhos, sempre de beata ao canto da boca. Já há anos que não ia ao mar, que isso é tarefa para gente nova e destemida, como ele fora em tempo. Sim, o tio Aurélio já fora uma estampa de homem, forte e desempenado e, nos seus tempos áureos, fizera rebolar por baixo de si, na clandestinidade duma barraca de pano corrido ou no quarto dum hotel tolerante, mulheres suecas, francesas, dinamarquesas, inglesas ou doutras nacionalidades menos vulgares, que visitavam a Nazaré atraídas pela propaganda oficial das agências turísticas. Mas também excitadas por aquela lenda que se espalhara em surdina, da boca para o ouvido, por entre as turistas dessa Europa inteira : “ Ah, les hommes de Nazaré…, “, “Oh, dear, the men from Nazaré!”, suspiravam francesas e inglesas, de olhos saudosos e peito arfante, para as amigas, quando regressavam a casa. As suecas e dinamarquesas não imagino como suspiram, nunca lhes aprendi a fala! Mas imagino que diriam a mesma coisa, que a linguagem da paixão é universal.

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Mário Soares | Wikipédia


Lisboa, 07/12/2014 – 90.º Aniversário de Mário Soares assinalado com almoço, no Espaço Tejo na antiga FIL. Mário Soares.
(Carlos Manuel Martins/Global Imagens)

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTE • GCC • GColL (LisboaCamões7 de dezembro de 1924 – LisboaSão Domingos de Benfica7 de janeiro de 2017) foi um advogado e político português que ocupou os cargos de Primeiro-Ministro de Portugal de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985 e de Presidente da República Portuguesa de 1986 até 1996.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro como militante de base do Partido Comunista Português e membro de outras estruturas ligadas ao PCP, o MUNAF e o MUD, tendo sido cofundador do MUD Juvenil — e depois na oposição não comunista — Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE — cumprindo cerca de três anos de cadeia (AljubeCaxias e Penitenciária) — e, posteriormente, deportado para São Tomé.[1] Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 — nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa — forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.[2]

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se de forma intransigente pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios — destaca-se sobretudo o facto de ter sido Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, associando-se ao processo de descolonização, qualidade em que dirigiu o processo de rápida independência e autodeterminação das províncias ultramarinas, processo esse que ficou para sempre como o ponto menos consensual do seu percurso político.[3]

Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, Soares foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática — nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República — Conselho da Revolução — pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD e o CDS (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.

Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal, e pela formalização da adesão de Portugal à CEE.

Depois destas experiências governativas, Mário Soares viria a ser Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 — venceu de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, contra Diogo Freitas do Amaral, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).[2]

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https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares

Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes in “Os Anos da Guerra Colonial” | Continuação

fotocarlosmatosgomesAinda a propósito das efervescências patrioteiras a despropósito das responsabilidades do dr Mário Soares na descolonização.
Em primeiro lugar não foi o doutor Mário Soares que decidiu derrubar o a ditadura, nem terminar com o sistema colonial que após 13 anos de guerra não tinha outra solução que não fosse continuar a guerra.
Não foi o dr Mario Soares que decidiu o cessar fogo na Guiné, nem o estabelecimento de conversações com o PAIGC.
Não foi o dri Mário Soares que decidiu estabelecer ligações com a Frelimo, nem com os 3 movimentos em Angola. Foram alguns militares, entre os quais me orgulho de estar incluído.
Antes desses militares, os do 25 de Abril, já o professor Marcelo Caetano estabelecera conversações com o PAIGC em Londres, com o MPLA através de Paris e Roma, com a Frelimo através do engenheiro Jardim e de Keneth Kaunda.da Zambia (planos Lusaka).
Já vários generais conspiravam para derrubar Marcelo Caetano, Spinola, Kaulza de Arriaga, entre outros.
Mas, antes de tudo, já o doutor Salazar se tinha comportado com a estranha inação perante os massacres de Março de 1961, para se manter no poder e mais tarde, em Dezembro, deixaria os militares portugueses . abandonados na Índia.
Isto é, quanto a “traidores”, traidores a sério, chefes que traem os seus militares estamos conversados.

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O Zalberto Catarino faz anos | hoje, 08 de Dezembro | Relembrando uma crónica em jeito de “Parabéns a Você” | Autor: Rudolfo Miguez Garcia

Em 27/10/2012 travou-se em Abrantes uma dura batalha contra uns lautos tachos de favas. Um dos valentes guerreiros foi o nosso amigo Zalberto Catarino, que hoje celebra o seu aniversário. Aqui fica a recordação com os desejos de muitos tachos na futura longa vida.

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Nova crónica não anunciada de um almoço anunciado. “Ataque ao Tacho”

27/10/2012 – Parque de São Lourenço – Abantes, por Rudolph Miguezz

“Estamos no ano da desgraça 02, depois de PPC. Toda a Lusitânia foi há muito tempo ocupada pelo invasor oportunista e bárbaro, cujo único desiderato é possuir um tacho.

Um grupo de irredutíveis Lusitanos, oriundos da Aldeia Gaulesa de La Salle, parte para a luta. Deixam o conforto e segurança das suas paliçadas e reúnem-se na região interior da Lusitânia, em AbraAntes. A palavra de ordem é resistir ao invasor, decidida e bravamente convencidos que o modo mais radical de acabar com os tachos, é comê-los e …obrá-los!

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Ludwig van Beethoven | Beethoven’s Grandfather

vanLudwig van Beethoven the Elder, also Ludovicus van Beethoven (January 5, 1712 – December 24, 1773) was a professional singer and music director, best known as the grandfather of the composer Ludwig van Beethoven.

Ludwig van Beethoven was born in Mechelen as the second son of master baker Michael van Beethoven (baptized February 15, 1684 in Mechelen, died June 28, 1749 in Bonn) and his wife Maria Louise Stuyckers (April 24, 1685, Mechelen – December 8, 1749, Bonn). Michael van Beethoven, besides the bakery trade, participated also in the local real estate market and in the purchase and sale of antique furniture and paintings.

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Fidel Castro | Francisco Louçã in Jornal “Público”

francisco louca02 - 200Com a morte de Fidel Castro, desaparece uma das últimas grandes figuras que marcaram o século XX. Dirigente da única revolução socialista vitoriosa no Ocidente, enfrentou o maior poder da nossa era, o de Washington, e resistiu a invasões e agressões militares, a inúmeras tentativas de assassinato, ao bloqueio permanente e a todas as pressões. Fidel sai da vida como um vencedor.

À frente de um pequeno exército guerrilheiro, de apenas cinco mil homens e mulheres (só tinha sobrevivido uma dúzia quando desembarcaram do Gramna para iniciar a luta), conquistou Havana porque o povo não tolerava mais aquela combinação de ditadura e máfia dos casinos, a subserviência e a miséria que alimentava a corte de Fulgêncio Batista. A revolução cubana tinha essas raízes na esperança de uma vida digna e é por isso que, ao contrário de outros regimes, manteve uma base popular tão expressiva e se tornou um exemplo continental.

Fidel nunca dependeu estritamente de Moscovo: tentou criar a Tricontinental para desenvolver uma acção internacionalista autónoma, desencadeou sem autorização do Kremlin a operação militar para salvar Angola da invasão sul-africana – e venceu o mais poderoso exército de África, contribuindo assim para a futura derrota do apartheid – e prosseguiu uma política latino-americana baseada na estratégia de criação de um ciclo anti-imperialista. Também é certo que, noutros casos, se submeteu a razões de conveniência (Havana, como Moscovo e Pequim, opôs-se à independência de Timor). Em qualquer caso, a sua independência reforçou a posição de Cuba.

Durante estas décadas, Cuba sofreu de tudo: um bloqueio destruidor, uma vinculação económica aos interesses da URSS que lhe impôs a monocultura do açúcar e, depois, uma transição difícil, sem petróleo e sem indústria. Sobreviveu, com grande custo, mas constituindo uma notável excepção na América Latina, com níveis de desenvolvimento distantes de outros países e com resultados notáveis, sobretudo na medicina e educação. Internamente, manteve um regime de partido único, o que se impôs sempre contra a capacidade de expressão popular e de mobilização democrática, mas, ao contrário da história trágica da URSS e da mortandade de comunistas e opositores que foi a marca de Estaline, permitiu e até estimulou formas de diversidade cultural de que são exemplo a publicação dos livros de Leonardo Padura (leu “O Homem que Gostava de Cães” ou os seus romances policiais?) ou o cinema crítico (por exemplo, “Morango e Chocolate”, de Tomas Alea em 1994, no auge do período mais difícil da economia cubana). Foi portanto uma liderança popular e marcante.

Marcelo Rebelo de Sousa, homem de direita, resumiu tudo ao dedicar a sua visita a Cuba ao esforço de conseguir um encontro com Fidel. Agora, terminou esta história que nunca absolve, mas que compreende e que luta pela memória.

Público

KATEB YACINE | 929-1989 | Dictionnaire amoureux de l’Algérie | Malek Chebel

Kateb - 200Il est le seul algérien à s’être constitué un nom qui demeure indissociable de la culture de son pays, un patronyme que nul ne peut ignorer car, que l’on dise Kateb, ou Yacine, et à fortiori Kateb Yacine, chacun sait de qui on parle.

Son livre le plus célèbre, est un livre testament, dont le titre emblématique est Nejma ,parut au seuil en 1956. C’est un livre différent de ses autres ouvrages, à la foi en raison de sa structure complexe, en miroir, de ses fulgurances et de sa progression décalée. Livre utérin par excellence, livre de pensées complexes et de projection collectives livre d’encre et de sang. Nejma, dont le nom renvoie à une éventuelle cousine, ne cessera d’interroger l’Algérie à laquelle il s’identifie par le genre et dont il transposera le projet existentiel au plan de l’esthétique romanesque.
Dans ce capharnaüm du lendemain de la seconde guerre mondial, là bas, dans la colonie encore docile, Kateb sera durement affecté par les émeutes du 8 mai 1945, à Sétif, là même où la révolution algérienne allait prendre son envol.
D’un côté, la joie des indigènes apprenant la libération de la France valait adhésion explicite : de l’autre les tirailleurs rentrés au Bled commirent un pêcher de lèse-majesté en réclamant avec véhémence que l’on tint au plus haut niveau de l’Etat, les promesses faites au moment où on les enrolait en vue de sauver la patrie menacée par les allemands.

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Frida Kahlo

kahlo - 200Frida Kahlo est une artiste peintre mexicaine. A l’âge de 6 ans, elle souffre de poliomyélite (sa jambe droite s’atrophie et son pied ne grandit plus) puis elle souffre de “spina bifida” (malformation congénitale) et enfin, en 1925, elle est victime d’un grave accident de bus (son abdomen et sa cavité pelvienne sont transpercés par une barre de métal + 11 fractures à sa jambe droite, pied droit cassé, bassin, côtes et colonne vertébrale brisés). Elle devra subir de nombreuses interventions chirurgicales et de nombreux séjours à l’hôpital. Après son accident, elle se forme elle-même à la peinture. Tout cela est l’élément déclencheur de la longue série d’autoportraits qu’elle réalisera. En effet, sur 143 tableaux, 55 relèvent de ce genre. En 1929, elle épouse Diego Rivera, de 21 ans son aîné, mondialement connu pour ses peintures murales. Elle a de nombreuses relations extraconjugales, notamment avec des femmes. Des liaisons avec des hommes sont connues comme Léon Trosky, liaison courte mais passionnée. La fin de sa vie sera difficile : on lui ampute la jambe droite puis elle est affaiblie par une grave pneumonie et décède en 1954, à 47 ans. Les derniers mots dans son journal seront ” “j’espère que la sortie sera joyeuse… et j’espère bien ne jamais revenir.” Elle a été incinérée car elle ne souhaitait pas être enterrée couchée, ayant trop souffert dans cette position au cours de ses nombreux séjours à l’hôpital. Le nouveau billet de 500 pesos mexicains en circulation depuis le 30 août 2010 est à son effigie car elle est devenue une icône.
“Ils pensaient que j’étais une surréaliste, mais je ne l’étais pas. Je n’ai jamais peint de rêves, j’ai peint ma réalité.” (Frida Khalo)

Nastassja Kinski

Nastassja Kinski (1960)

The daughter of a maniac cinema legend, Klaus Kinski, the German actress obtained her début (non-speaking) role in Wim Wender’s film, The Wrong Move, in 1974 after the director’s wife had discovered the precocious beautiful 12 year old girl in a nightclub. She then appeared in a number of other films such as To the Devil, a Daughter, in 1976, in which she could be seen nude despite being a minor. It was Roman Polanski with his film Tess, in 1979 that turned the sensual ingénue into a recognised and admired star. She moved on to American films such as Francis Ford Coppola’s One from the Heart and the erotic horror cult film, Cat People, in 1982 – both films turned the actress into a strong object of desire along a popular Richard Avedon shoot for which she posed nude with a snake. In 1984, she reunited with Wim Wenders for one of art house cinema’s favourites, Paris, Texas, a film in which her beauty and subtle emotions were deeply emphasized. The actress soon returned to quite forgettable European films, mostly scrutinized for her relationship with legendary music producer, Quincy Jones. Fleeing the limelight to concentrate on her personal life, Nastassja Kinski then only appeared in supporting roles on television and a little number of films such as Father’s Day, in 1997. Is it because of her melancholic childhood facing a terrifying tyrannical father and a fragile hippie-like mother did the actress turn into a delicate and evanescent figure? With her mysterious and secret personality, Nastassja Kinski incarnates the image of an artist more than a film star. A poetic muse enliven by an iconic crimson red mohair sweater…

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Alexandre Herculano | Aniversário do seu Nascimento | 28-03-2016

aelxandre herculanoNo dia em que passa mais um aniversário sobre o nascimento de Alexandre Herculano, saúdo-vos com o magnífico busto do historiador, romancista e poeta, que me acompanha na livraria alfarrabista.
O seu olhar sábio, segreda-me dia a dia, uma vida plena de dedicação pelo estudo e pela investigação, pelas causas que abraçou, por tanto que nos legou.
Herculano não foi só o introdutor da elaboração científica da história ou um dos fundadores do romantismo em Portugal. Não foi apenas um lutador da causa liberal contra o regime miguelista, nem se limitou a ser Bibliotecário-Mor das Bibliotecas da Ajuda e das Necessidades, ou um notável historiador e romancista do seu tempo.
Alexandre Herculano foi, acima de tudo, um homem probo e honrado, que soube retirar-se a tempo e no tempo certo, recolhendo-se na sua Quinta de Vale de Lobos, aqui, em pleno Ribatejo, longe das intrigas palacianas e dos políticos de pacotilha.

Como ele, aprendi a ser “mais monge que missionário”.
Sem necessidade de mosteiro ou de convento. Bastando-me o mundo dos livros.

Um abraço do,
Adelino Correia-Pires 

ORIGINAL AQUI:  BLOG DOUTRO TEMPO

O ÚLTIMO GRANDE PENSADOR PORTUGUÊS | Agostinho da Silva

agostinho-da-silvaFaria hoje 110 anos um dos últimos grandes pensadores portugueses. Nascido no Porto em 1906, George Agostinho Baptista da Silva foi filósofo, foi poeta, foi ensaísta e pedagogo; os seus pensamentos são de tal modo marcantes que ainda hoje se mantêm bem vivos nos círculos intelectuais portugueses.

Uma mistura de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, com forte afirmação da Liberdade no seu máximo esplendor e da realização do Ser Humano. Com grandes preocupações – e conselhos – sobre a vida em sociedade e sobre as mudanças necessárias para uma vida, quer individual, quer coletiva, com muito mais significado e tolerância pelo próximo.

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Francisco Pinto da Cunha Leal (1888-1970)

Francisco Pinto da Cunha LealComeça a vida política como militante do partido centrista de Egas Moniz em 1917. Deputado do parlamento sidonista em 1918, chegando a exercer, durante esse período, o cargo de diretor-geral dos transportes terrestres. Alinha na conspiração republicana contra Tamagnini Barbosa em 1919. Fundador do grupo popular, com Júlio Martins, assumindo a direção do jornal O Popular. Como membro dos populares é ministro das finanças dos governos de Álvaro de Castro e Liberato Pinto, de 20 de novembro de 1920 a 22 de janeiro de 1921. Chefe do governo de 16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922, acumulando a pasta do interior. Reitor da Universidade de Coimbra em 1924-1925 (demitido, por ter apoiado o 18 de abril de 1925). Vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, a partir de 1925. Fundador da União Liberal Republicana em 1926. Em 1930, como presidente do Banco de Angola, critica os efeitos nesse território da política financeira de Salazar. Foi demitido. Será preso em julho desse ano, acusado de promover um golpe de Estado. Deportado para os Açores, evade-se e vai para o exílio, em Espanha. Regressa em 1932. Conspira com Rolão Preto em 1934. Passa a dirigir A Noite, em 1934-1935. Volta a ser preso em 1935. Candidato pela oposição em Castelo Branco, em novembro de 1949 e em 1953. Em 1961 assume-se como defensor da autodeterminação com brancos e pretos…

Retirado do Facebook | Mural de José Maltez | 2016-02-14

https://www.facebook.com/jose.adelino.maltez?fref=nf

AS GRANDES DIVAS DO SÉCULO XX, de Luciano Reis

Grandes Divas LRNomes como Amália Rodrigues, Laura Alves, Milú, Beatriz Costa, Maria Matos ou Amélia Rey Colaço, entre muitas outras, marcaram definitivamente o mundo do espectáculo português ao longo do século XX.

Os rostos destas divas são-nos familiares desde sempre, algumas das suas míticas interpretações em filmes ou peças de teatro são ainda recordadas, as suas canções pertencem já ao património colectivo.

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O Candidato Improvável – Sampaio da Nóvoa

Nóvoa«As palavras que procurei ao longo da minha vida, do meu trabalho e que agora compartilho convosco: liberdade, futuro e compromisso.»

ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA, O Candidato Improvável, de Filipe S. Fernandes.

António Sampaio da Nóvoa foi reitor da Universidade Clássica de Lisboa entre 2006 e 2013, tendo sido o grande obreiro da fusão entre esta universidade e a Universidade Técnica de Lisboa.
A capacidade de dar uma dimensão maior aos cargos que ocupa fez dele uma voz contra a austeridade e a falta de alternativas, que teve o momento alto no discurso oficial do Dia de Portugal, das Comunidades e de Camões a 10 de Junho de 2012 em Lisboa.
Nesse mesmo dia nasceu um candidato à Presidência da República.

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VÍTOR ALVES: O Homem, o Militar, o Político

K_VitorAlves_altaA biografia daquele que é considerado por muitos como o homem mais importante do 25 de Abril. Escrito por Carlos Ademar com prefácio de António Ramalho Eanes.

Depois de ingressar na Escola do Exército, partiu para África, onde o contacto com a Guerra Colonial fez germinar no jovem alferes a consciência da incapacidade de o Estado Novo encontrar uma solução para o problema ultramarino, preocupação que o levará a ser investigado pela PIDE e que o levará a aderir ao MFA, de que será um dos líderes mais destacados. Em Democracia, Vítor Alves integrará o Conselho da Revolução, o Conselho de Estado e o Conselho dos Vinte.

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O Estranhíssimo Colosso – Biografia de Agostinho da Silva

frentek_estranhissimo_colosso_ACFAgostinho da Silva foi um dos maiores filósofos portugueses e uma figura singular e interveniente na sociedade e na cultura do século XX. A sua obra centra-se na ideia de liberdade como atributo supremo da condição humana.

«Quem foi George Agostinho Baptista da Silva? A resposta é infinita, tantos os ângulos esquinados desta vida: prosador de altíssimos dons, narrador inventivo, cronista subtil, biógrafo monumental, pedagogo de largo esforço, monitor de fina manha, professor de sucesso, pensador destemido, poeta bissexto, gramático de muita língua, estóico severo, homem de desleixada túnica, entomologista, tradutor, criador do Centro de Estudos Afro-Orientais, escândalo bíblico, trickster, ogã de terreiro baiano, patriarca de larga tribo, povoador, amante, perrexil, poliglota, sonhador, farsante, polígamo, explicador, joaquimita, gato, galo, sábio, escuteiro, pop-star, colosso, bandeirante, franciscano anormal, homem do tá-tá-tá, aprendiz de valsa, cidadão do mundo, aldeão antigo, monstro, vadio truculento, marau divino, criança eterna, biógrafo de Miguel Ângelo, homem de cinco cabeças e dez instrumentos (…), o optimista, o entusiasta, sem a mais pequena mancha de desânimo no futuro.»

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Cristiano Ronaldo CR30, de Luís Aguilar

CR_final30 Anos, 30 grandes momentos na carreira de Cristiano.

Poucos dias após Cristiano Ronaldo ter conquistado a sua terceira Bola de Ouro e quase a celebrar o trigésimo aniversário, chega às livrarias CR30, o livro em que o jornalista Luís Aguilar revisita os momentos mais marcantes de uma carreira que parece não ter limites.

A 5 de fevereiro de 1985 nascia em Santo António, freguesia do Funchal, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, um dos mais reconhecidos futebolistas da atualidade, uma figura de alcance planetário e uma das marcas mais poderosas do mundo.

Em 30 episódios, este livro oferece-nos uma retrospetiva do percurso ascendente daquele que já é considerado um dos melhores jogadores da história do futebol. Profusamente ilustrado e rico em informação, permite ao leitor ficar a conhecer melhor o percurso de um jogador que com a terceira distinção da FIFA viu reforçado o seu lugar entre as maiores lendas do desporto.

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De Corpo Inteiro

DeCorpoInteiro_RRNo próximo dia 3 de dezembro, quarta-feira, pelas 18:30, realiza-se na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, a sessão de lançamento do livro Rui Rio – de corpo inteiro, da autoria de Mário Jorge Carvalho. Com a presença de Rui Rio, a apresentação do livro ficará a cargo de Daniel Bessa.
Prefaciado por Nuno Morais Sarmento e com posfácio de Fernando Neves de Almeida, Rui Rio – de corpo inteiro apresenta o retrato do homem e as ideias do político através de inúmeras conversas que Mário Jorge Carvalho manteve com Rui Rio ao longo do ano de 2014 e de testemunhos de quase meia centena de pessoas (desde amigos, colegas e apoiantes a críticos e opositores políticos), procurando o autor responder às muitas perguntas que se colocam sobre Rui Rio e as suas ideias.

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Marcello Caetano – Um destino, de Luís Menezes Leitão

PrintQuarenta anos depois da sua partida para o exílio, na sequência do 25 de Abril, o que recordamos ainda do legado de Marcello Caetano?
Os partidários do Estado Novo nunca lhe perdoaram ter sido incapaz de evitar a queda do regime; os opositores ao Estado Novo culparam-no por não ter sido capaz de reformar o regime no sentido da democracia.

Os defensores de Marcello Caetano mostraram-se incapazes de defender o seu consulado – por isso ele é visto pela opinião pública como um parêntese entre o regime salazarista e o PREC iniciado com o 25 de Abril.
Esta é uma perspectiva injusta, pois esquece a extraordinária obra do governo de Marcello Caetano nos planos económico, social e laboral.

Sven-Göran Eriksson – A Minha História

Sven-Göran Eriksson - A Minha História

Poucos treinadores terão sido tão seguidos e escrutinados. De tal modo que qualquer pessoa, onde quer que se encontre, parece ter uma opinião sobre Sven-Göran Eriksson, ou o Senhor Futebol,como também é conhecido. Aqui, neste livro, ele conta-nos tudo sobre a sua vida dentro e fora dos relvados. Não só são revelados vários conflitos entre os atletas das equipas por onde passou como, também, o inacreditável comportamento de alguns jogadores da Roma que, perante a possibilidade de se sagrarem campeões, preferiram aceitar dinheiro e terminar o campeonato em segundo lugar. Ou, ainda, o escândalo em que se viu envolvido com uma mulher, em Inglaterra, que por pouco não o fez abandonar o futebol pela porta pequena.

A passagem pelo Benfica, clube que, depois de Eriksson, não mais voltou a ser bicampeão nacional, também merece destaque neste livro. “Encontrei um futebol português muito mais sujo.” São suas estas palavras, proferidas depois da sua segunda passagem pelo clube da Luz, entre 1989 e 1992.

Primeiro seleccionador estrangeiro a orientar a Inglaterra, viveu em Londres o inferno dos paparazzi e dos escândalos.

A Mística de Putin, de Anna Arutunyan

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A Mística de Putin – O culto do poder na Rússia leva o leitor numa jornada através da Rússia de Vladimir Putin, designado pela revista Forbes, em 2013, como o homem mais poderoso do mundo. Este é um país neofeudal em que iPads, a filiação na OMC e os fatos de luxo escondem uma estrutura de poder saída diretamente da Idade Média, em que o soberano é visto ao mesmo tempo como divino e demoníaco, em que a riqueza de um homem é determinada pela sua proximidade com o Kremlin, e em que grandes camadas da população vivem numa complacência interrompida por acessos de revolta.

De onde vem este tipo de poder? A resposta não reside no líder, mas no povo: no trabalhador empobrecido que recorre diretamente a Putin para pedir ajuda, no empresário, nos agentes de segurança e nos altos-funcionários do Governo de Putin – muitas vezes disfuncional – que se viram para o seu líder à procura de instruções e de proteção.

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O Puto – Autópsia dos Ventos da Liberdade

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Nos anos da Revolução, este homem participou em atentados que puseram o país a ferro e fogo. A voz do comandante Paulo, «o Puto», ouve-se agora pela primeira vez. E conta tudo.

Aos 17 anos foi bater à porta da tropa para ser comando, e o lendário capitão Jaime Neves chamou-lhe «Puto». E «Puto» ficou. Depois participou no 7 de Setembro de 1974; prenderam-no, e evadiu-se da penitenciária. Voltaram a prendê-lo, e fugiu da Tanzânia antes de ser fuzilado. De refugiado na África do Sul seguiu para Angola; assaltou quartéis para obter armas, formou o esquadrão Chipenda, conquistou cidades após cidades para a FNLA. Aí deixou de ser «Puto» para ser Paulo, comandante Paulo. Colaborou na evacuação de Moçâmedes e ia morrendo à sede no deserto. A seguir, o Puto e os outros vieram para Portugal. Queriam apresentar a factura – foi a altura dos atentados bombistas (na Associação Portugal-Moçambique, na torre do radar do aeroporto, em duas torres de alta tensão na Vialonga), uns atrás dos outros, até voltar a ser preso e condenado, primeiro a 16 e no final a 34 anos de cadeia. Mas nem o comandante Paulo nem os seus camaradas eram de ficar presos; cavaram um túnel na segunda mais segura cadeia da Europa, em Alcoentre, e dali escaparam 131 prisioneiros, na maior fuga de que no Ocidente há notícia.

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Diários

Diários

Os diários de George Orwell (1931-1949) dão a conhecer a vida do escritor que marcou o pensamento político do século xx. Escritos ao longo da sua carreira, os onze diários que sobreviveram – sabe-se que haverá outros dois da sua permanência em Espanha guardados nos arquivos da NKVD em Moscovo – registam as suas viagens de juventude entre os mineiros e os trabalhadores migrantes, a ascensão dos regimes totalitários, o horrível drama da Segunda Guerra Mundial, bem como os acontecimentos que inspiraram as suas obras-primas: O Triunfo dos Porcos e 1984.

As entradas de carácter pessoal reportam um dia-a-dia muitas vezes precário, a trágica morte da sua primeira mulher, e o declínio de Orwell, vítima de tuberculose.

Um volume tão importante para conhecer Orwell como a autobiografia que nunca viria a escrever.

Eusébio Como Nunca se Viu

Eusébio Como Nunca se Viu

Aqui está Eusébio como não se imagina. Em imagens nunca antes vista de intimidade e cumplicidade. E em histórias que são espantos: as sovas da mãe; o cauteleiro maneta que lhe mudou o destino; a camisola de Chico Buarque a fugir da ditadura; o trompetista que sonhara ser presidente dos EUA e que exigiu vê-lo; a PIDE aos tiros no lar onde vivia; a mala com 500 contos em notas que o pôs numa praia com os sapatos escondidos; a ideia de o raptarem antes do Mundial de 1966; os guarda-costas que não o largaram depois de mulheres se atirarem a uma piscina; o curto-circuito que não o matou no banho, mas matou um companheiro; os vistos que lhe negaram para levar o coração a Moscovo e a Maputo; o Benfica a desculpar-se por ele escapar, sorrateiro, à inauguração da Ponte sobre o Tejo. E em tanto, tanto mais… Eis Eusébio na fotobiografia que faltava!

Edward Snowden – Sem Esconderijo

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O dia-a-dia de Edward Snowden após as revelações bombásticas que o obrigaram a esconder-se das autoridades norte-americanas.

Uma semana após a publicação internacional, chega a Portugal Sem Esconderijo, um novo olhar sobre o escândalo de vigilância da NSA, do repórter que trouxe a história a público.

O jornalista de investigação do The Guardian e autor best-seller Glenn Greenwald fornece um olhar aprofundado sobre o escândalo NSA, que provocou um debate nos EUA sobre a segurança e a privacidade das informações nacionais. Com novas revelações contidas nos documentos confiados a Glenn Greenwald pelo próprio Edward Snowden, este livro explora a extraordinária cooperação entre a indústria privada e a NSA, e as inumeráveis consequências do programa de vigilância do Governo norte-americano, tanto a nível nacional como mundial.

Leia aqui uma entrevista com o autor.
Leia aqui a recensão.

Livra-te do Medo – Zeca Afonso

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A biografia mais completa sobre uma voz maior do 25 de Abril

A obra mais completa até hoje publicada sobre José Afonso chega às livrarias no dia 17 de abril, numa edição Porto Editora. Zeca Afonso – Livra-te do Medo, de José A. Salvador, é uma biografia largamente ilustrada com fotografias, fac-símiles de manuscritos e vários documentos inéditos dos arquivos da PIDE e da censura.

Prefaciado por Adelino Gomes, este livro apresenta uma longa entrevista ao cantautor, bem como depoimentos de familiares e amigos. Permite ainda conhecer a sua relação com a literatura, a sua biblioteca (com 829 livros numerados e assinados), o início da carreira, os tempos de perseguição e prisão, e a doença que lhe foi fatal.

José Afonso foi indiscutivelmente uma das grandes vozes da Revolução de Abril. «Grândola, Vila Morena» é um tema que, ainda hoje, procura ser instrumento de intervenção, e este ano, para além dos 40 anos do 25 de Abril, comemoram-se também os 50 anos de vida desta canção.

Rómulo de Carvalho e Seu Amigo António Gedeão

Documentário realizado em 1996 sobre o professor de química e também poeta – Rómulo de Carvalho / António Gedeão – realizado por altura do seu 90º aniversário.

Nascido em Lisboa, no Bairro da Sé, Rómulo de Carvalho fez o curso de Físico-Químicas na Faculdade de Ciências do Porto e foi depois professor do ensino secundário nos Liceus Camões e Pedro Nunes.

Divulgador da ciência, só tardiamente publicou o seu primeiro livro de poesia, mas alguns poemas atingiram grande notoriedade, nomeadamente “Pedra Filosofal”, “Lágrima de Preta” e “Calçada de Carriche”.

Quarta-feira, 19 de fevereiro, às 21:30, na RTP Memória ou quando quiser no RTP Play

Poesia – considerações de Cristina Carvalho

Que não é estado de espírito; que não é necessidade; nem intempérie de amor, nem rumor ou piedade, nem doença nem saudade.

Não é, certamente, um acumular de palavras num esforço patético de dar voz aos amores e dar voz a coisa nenhuma.

A poesia, o texto poético nasce da vida e acompanha a vida numa união imperceptível que se adensa na progressão infinita, que se espraia e se entende e purifica e anima e constrói. É uma arte. E como toda a arte tem uma linguagem que permite tudo, sempre. As obras e os atos do homem ou se condenam ou se purificam e a poesia ou os eleva ou os atinge.
Um livro de poemas não é algo que se devore instantaneamente. O leitor recebe a poesia preparado para a receber. Não porque um poeta seja uma pessoa diferente das outras. A poesia é que é uma arte distinta, é uma arte de palavras e nada tão difícil de saborear como uma palavra nascida e escrita e alinhada que pretende dizer sobre a alma, sobre a vida, sobre os Homens. A poesia pode dizer tudo o que quiser. Pode ser lamacenta ou transparente, vertigem ou luz do luar.

(Este texto está incluído no livro Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Biografia)

Leia a recensão no Acrítico – leituras dispersas.

A morte de Mandela: Portugal à solta | Vasco Pulido Valente in “Público”

A morte de Mandela mostrou a indigência do jornalismo português. Com um arzinho de circunstância, a televisão e os jornais repetiram os lugares-comuns que se esperavam; e meia dúzia de personalidades contaram histórias sem significado ou relevância sobre encontros que teriam tido com Mandela.

No meio desta desgraça, muito pouca gente se salvou (José Cutileiro e Daniel de Oliveira) e a generalidade do público ficou sem saber quem fora o homem e o que fizera. Para começar, ficou sem saber que nascera na família real da nação xhosa (sobrinho do soba), que estudara numa escola metodista inglesa e na Universidade de Witwatersrand, que se formara em direito e que abrira um escritório de advogado em Joanesburgo. Parecendo que não, estas trivialidades são e continuaram sempre a ser parte do político e explicam em parte a sua carreira.

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Mandela – O Rebelde Exemplar

Mandela

Mandela contado aos jovens, porque é importante não esquecer.

A primeira biografia completa de Nelson Mandela, especialmente pensada para jovens, escrita pelo jornalista António Mateus, o maior especialista português na vida e obra deste grande homem que inspira o mundo.

Mandela, criança e adolescente rebelde, Mandela, incansável trabalhador na luta pelo seu próprio futuro e pelo dos seus concidadãos, nas luta pelos direitos básicos, Mandela, o sedutor, o marido ausente, o pai. Mandela, o guerrilheiro, Mandela, o preso político mais famoso do mundo. Mandela, o sofredor que ninguém quebrou. Mandela, o ser humano que cresceu toda a vida em sabedoria e transmitiu ao mundo o conceito mais rico da filosofia africana: Ubuntu. Mandela, o Nobel da Paz que soube ultrapassar cor, raça, religião e diferenças culturais ou políticas para ser um exemplo para o mundo.

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