1) As mulheres de Picasso | Retrato de Fernande Olivier + Retrato de Eva Gouel

Pablo Picasso (1881-1973) tinha 23 anos quando conheceu Fernande Olivier na cidade de Paris. Fernande era artista e modelo vivo, e posou para diversas obras da Fase Rosa do artista, inclusive na famosa obra “Les Demoiselles d’Avignon“. Picasso teria pintado cerca de 60 retratos de Fernande. Foi a única mulher de Picasso que o conheceu antes da fama. Ela esteve envolvida com Picasso por 7 anos e, mais tarde, escreveu um livro – “Loving Picasso” – sobre esse período afetivo, que só foi publicado em 1988.

Já rico e afamado, Picasso deixou Fernande por Marcelle Humbert, conhecida como Eva Gouel, a quem chamava de “Ma jolie“. Foi a segunda companheira e musa de Picasso, durante  sua época cubista, de 1911 a 1915. Eva faleceu precocemente aos 30 anos, em 1915, em decorrência de tuberculose e câncer, deixando o artista completamente devastado.

“Retrato de Fernande Olivier”, por Picasso. 1906.

“Retrato de Eva Gouel”, de Picasso

Miguel Esteves Cardoso e o SNS

Não é difícil chegar à conclusão, atingida desde os meus dezanove anos, de que as melhores ideias de todas são a social-democracia e o Estado-providência: não tanto no sentido ideológico, mas na prática.(MEC)

“Se não fosse o NHS – o sistema de saúde do Reino Unido, onde nasceram, muito prematuramente, as minhas filhas – elas não teriam sobrevivido. Elas devem a vida ao NHS. E eu devo-lhe o amor e a alegria de conhecer a Sara e a Tristana, para não falar no meu neto, António, igualmente devedor, mais as netas e netos que aí vêm.

Se não fosse o SNS (Serviço Nacional de Saúde) eu teria morrido em 2005, com uma hepatite alcoólica causada unicamente por culpa minha. Seria também coxo, quando me deram uma prótese para anca. E, sobretudo, teria morrido, se o SNS não me tivesse dado o antibiótico caríssimo (Linozelid) que me salvou do MRSA assassino que me infectou durante a operação.

Se não fosse o SNS, a Maria João, o meu amor, estaria morta. Se não fossem o IPO e o Hospital de Santa Maria, pagos pelo SNS, ela não estaria viva, por duas vezes.

Sem a NHS e o SNS, eu seria um morto, sem mulher, filhas ou netos. Estaríamos todos mortos ou condenados à inexistência.

Não é difícil chegar à conclusão, atingida desde os meus dezanove anos, de que as melhores ideias de todas são a social-democracia e o Estado-providência: não tanto no sentido ideológico, mas na prática.

A nossa família e as nossas famílias só existem e podem existir se não tiverem morrido. Damos graças aos serviços nacionais de saúde – a esse empenho ideológico e caríssimo – que nos tratam como se fizéssemos parte deles.

Devemos as nossas vidas a decisões políticas tomadas por outros.”

Miguel Esteves Cardoso

Retirado do Facebook | Mural de António Ribeiro

29 de Abril de 1945: II Guerra Mundial. O 7ºExército dos EUA liberta o campo de concentração de Dachau.

O campo de concentração de Dachau foi o primeiro criado pelo governo nazi. Heinrich Himmler, chefe da polícia de Munique, descreveu-o oficialmente como “o primeiro campo de concentração para prisioneiros políticos”. Foi construído nas dependências de uma fábrica de munições abandonada, a cerca de 15 quilómetros a noroeste de Munique, no sul da Alemanha.

Dachau serviu como protótipo e modelo para os outros campos. Tinha uma organização básica, com prédios desenhados pelo comandante Theodor Eicke. Dispunha de um campo distinto, perto do centro de comando, com salas de estar, administração e instalações para os soldados. Eicke tornou-se ainda o inspector-chefe para todos os campos de concentração.

Cerca de 200 mil prisioneiros de mais de 30 países foram “hospedados” em Dachau, dos quais aproximadamente um terço era judeu. Acredita-se que mais de 35.600 prisioneiros foram mortos no campo, principalmente por doenças, má nutrição e suicídio. No começo de 1945, houve uma epidemia de tifo no local, seguida de uma evacuação em massa, dizimando boa parte dos prisioneiros.

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The Russell-Einstein Manifesto | Issued in London, 9 July 1955

Retirado do facebook | Mural de Ana Filgueiras

“Apelamos enquanto seres humanos para seres humanos:

Lembrem-se da vossa humanidade e esqueçam o resto” ❤️

A Diana Andringa, em tempo infelizmente oportuno, tem vindo a lembrar o Manifesto Russell-Einstein, lançado em Londres , por Russell e Einstein, a 9 de julho de 1955, em plena Guerra Fria. Um apelo humanista ao fim da guerra, e do fabrico e uso de armas de destruição maciça, assinado por onze importantes cientistas e intelectuais . Alertavam então a comunidade internacional para os perigos da proliferação de armamento nuclear, e aos líderes das principais potencias nucleares para a urgência de soluções pacíficas para os conflitos internacionais. É hora de o relembrar…

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Albert Einstein e Bertrand Russel:

“Here, then, is the problem which we present to you, stark and dreadful and inescapable: Shall we put an end to the human race or shall mankind renounce war?”

In the tragic situation which confronts humanity, we feel that scientists should assemble in conference to appraise the perils that have arisen as a result of the development of weapons of mass destruction, and to discuss a resolution in the spirit of the appended draft.
We are speaking on this occasion, not as members of this or that nation, continent, or creed, but as human beings, members of the species Man, whose continued existence is in doubt. The world is full of conflicts; and, overshadowing all minor conflicts, the titanic struggle between Communism and anti- Communism.
Almost everybody who is politically conscious has strong feelings about one or more of these issues; but we want you, if you can, to set aside such feelings and consider yourselves only as members of a biological species which has had a remarkable history, and whose disappearance none of us can desire.
We shall try to say no single word which should appeal to one group rather than to another. All, equally, are in peril, and, if the peril is understood, there is hope that they may collectively avert it.

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Mestiçagem e desmitificação do discurso eurocêntrico | por Adelto Gonçalves

I 

Terceiro livro do professor Sebastião Marques Cardoso, Poéticas da mestiçagem – textos sobre culturas literárias e crítica cultural (Curitiba, Editora CRV, 2014) resume a clivagem que o autor fez em seus estudos a respeito da literatura brasileira a partir do conhecimento de textos de autores oriundos de países africanos de língua oficial portuguesa, o que se deu, em 2009, quando, já doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), atuou como leitor na Embaixada do Brasil na Guiné-Bissau com bolsa oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação. À época, auxiliou na docência e na administração da Universidade Amílcar Cabral (UAC) e tornou-se o primeiro assessor científico daquela instituição, na ocasião, partilhada com a Universidade Lusófona da Guiné (ULG). Hoje, a UAC, pública, e a ULG, particular, não estão mais interligadas. 

Se durante o período da graduação, do mestrado e do doutorado, Cardoso optou pelo estudo de personagens anônimos da literatura brasileira, considerando-os “figurinos” em João do Rio (1881-1921) e “anti-heróis”, em Oswald de Andrade (1890-1954), a partir da experiência africana ampliou suas reflexões críticas, estudando principalmente a obra do guineense Abdulai Sila (1958), autor de Eterna paixão (1994), que é considerado o primeiro romance de seu país. Como observa o professor Benjamin Abdala Junior, da USP, no prefácio que escreveu para a obra, nestes estudos sobre poéticas da mestiçagem há “reflexões atuais sobre as bases críticas da formação de nosso imaginário nacional e também sobre as que se desenharam nos países africanos de língua oficial portuguesa, na particularidade da Guiné-Bissau”. 

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Le Dieu de Spinoza | Willeime – philosophe du rationalisme intégral

00:00 I – Préambule sur le mot Dieu 06:52 II – Cerner le Dieu de Spinoza 22:00 II – Définitions du Dieu de Spinoza – L’immanence 29:15 II – Genre de Connaissance – la Partie et le Tout 36:04 III – La Finalité et l’Athéisme 48:27 IV – Matérialisme/Spiritualisme – Religiosité Cosmique 1:01:21 V – Rapport aux autres doctrines (Hegel, Bouddhisme, Hawkins, Enthoven, Luc Ferry) 1:14:35 VI – Conséquences Ethiques et Politiques

O Tempo, Esse Grande Escultor | Marguerite Yourcenar

«No dia em que uma estátua é acabada, começa, de certo modo, a sua vida. Fechou-se a primeira fase, em que, pela mão do escultor, ela passou de bloco a forma humana; numa outra fase, ao correr dos séculos, irão alternar-se a adoração, a admiração, o amor, o desprezo ou a indiferença, em graus sucessivos de erosão e desgaste, até chegar, pouco a pouco, ao estado de mineral informe a que o seu escultor a tinha arrancado.
Já não temos hoje, todos o sabemos, uma única estátua grega tal como a conheceram os seus contemporâneos.»


SOBRE A AUTORA:
Marguerite Yourcenar (quase um anagrama do seu apelido verdadeiro, Crayencour) nasceu a 8 de Junho de 1903 em Bruxelas. Escreveu romances como Memórias de Adriano e A Obra ao Negro, e várias novelas. Publicou poesia e traduziu Virginia Woolf, Kavafis, Henry James e espirituais negros. Foi ainda ensaísta e crítica.Primeira mulher eleita para a Academia Francesa, em 1980, afirmou não conceder importância a tal distinção. A sua infância foi invulgar. A mãe morreu quando ela tinha dez dias, sendo educada pela rígida avó paterna e pelo pai, ligado à aristocracia, um viajante inconformista que desempenhou um papel de relevo na sua formação pessoal e literária. Marguerite Yourcenar passava os Invernos em Lille e os Verões, até aos 11 anos, na propriedade familiar em Mont Noir. Estudou em casa e o seu pouco memorável livro de poemas, Le Jardin des chimères, saiu em edição de autor quando tinha 18 anos. Acompanhou o pai em viagens a Londres, durante a Primeira Guerra Mundial, à Suíça e a Itália, onde descobriram a Villa Adriana.

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Diário do Escritor | Fiódor Dostoievski

«A ideia do Diário do Escritor nasceu durante a estada de Dostoiévski no estrangeiro em 1867-1871. Sempre atento aos acontecimentos da vida corrente, o escritor sabia captar nos factos aparentemente insignificantes os indícios de fenómenos históricos globais, sabia discernir o lugar desses factos no processo histórico de desenvolvimento dos países, dos povos e das religiões. Os textos do seu “Diário”, enquanto análise e interpretação dos acontecimentos da sua época do ponto de vista da eternidade histórica, mantêm o seu carácter actual ainda hoje, passado quase um século e meio desde a sua criação.» [Da Nota Introdutória de Nina Guerra]

SOBRE O AUTOR:
Fiódor Dostoievski nasceu em Moscovo em outubro de 1821, o segundo de sete filhos. A mãe morreu em 1837, de tuberculose, e o pai, médico, saído da nobreza provinciana, foi assassinado dois anos depois, quando se instalara já como proprietário rural. Dostoievski estudou num colégio interno em Mos- covo e, entre 1838 e 1843, frequentou a Academia Militar de Engenharia, onde se interessou mais por Púchkin, Gógol e Lérmontov do que pelas disciplinas do curso. Nessa época, leu também Shakespeare, Byron e Balzac (traduziu Eugénie Grandet), Victor Hugo, Hoffmann, Goethe e Schiller. Publicou a sua primeira história, «Gente Pobre» (onde a influência de O Capote de Gógol é visível), aos vinte e cinco anos, obtendo um enorme sucesso.

Em 1849, quando escrevera já uma dúzia de contos, foi preso e condenado à morte por participar no Círculo Petrashevski. A pena foi substituída à última hora por cinco anos de trabalhos forçados numa prisão siberiana.

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28/04/2022 | GUERRA NO LESTE DA EUROPA | Nota do Coordenador, Vítor Coelho da Silva

Após a visita do Secretário Geral da ONU, Engº António Guterres, a Moscovo e Kiev, torna-se evidente que os diversos intervenientes neste lamentável e inaceitável conflito, se mostram muito pouco empenhados num cessar-fogo imediato com consequente negociação para um acordo de PAZ, definitivo e duradouro. Deixando um apelo público à Rússia, Ucrânia, USA, NATO, UE e ONU e demais políticos mundiais empenhados numa solução urgente, clara e definitiva, informo que não serão colocados mais artigos visando este tema no Blogue das Culturas. Haja Paz, Concórdia e Visão Humanista do Futuro da Humanidade. (vcs)

PINTURA | PICASSO E AS POMBAS DA PAZ

O pesadelo da Jugoslávia, 23 anos depois | por Lisa Portugal

O coro hipócrita de muitos dos que agora choram lágrimas de crocodilo pela Ucrânia inclui os agressores da Jugoslávia.  

Alguns que agora se sentem tão chocados por haver “guerra na Europa” operaram ou foram cúmplices na bárbara destruição e desmembramento de um país europeu.  

Um deles é o amnésico António Guterres, então primeiro-ministro do nosso país, responsável pelo envolvimento de tropas portuguesas na «coligação» que bombardeou a República da Jugoslávia. 

A 24 de Março de 1999 iniciaram-se os bombardeamentos da aviação da NATO à Jugoslávia. Durante 78 dias, cumpriram 38 mil missões, das quais 11 mil de bombardeamento, com mais de 23 mil bombas e mísseis. 

Os bombardeamentos da NATO, que se iniciaram sem o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, lançaram entre dez a 15 toneladas de urânio empobrecido, que provocaram um número indeterminado de mortos por cancros causados pelas radiações, e fizeram aumentar cinco vezes os casos relacionados com doenças oncológicas. 

Os ataques aéreos deixaram o país em ruínas, com milhares de mortos, incluindo civis, e dezenas de milhar de feridos, para além do desastre ambiental que provocou. 

Em 2019, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, teve a desfaçatez de afirmar, durante uma conferência com estudantes na Universidade de Belgrado, que os bombardeamentos da Jugoslávia em 1999 foram para «proteger os civis e travar o regime» do então presidente, Slobodan Milosevic. 

Neste ataque, ficou célebre a madrugada do dia 23 de Abril de 1999, quando a NATO bombardeou a sede da Rádio e Televisão da Sérvia (RTS), em Belgrado, transformado em alvo militar a abater pelo facto de revelar a agressão à Jugoslávia e uma realidade não conforme com a que foi fabricada pelo Ocidente, nomeadamente evidenciando as consequências dos ataques da Aliança Atlântica a pontes, comboios, mercados e fábricas. 

António Guterres, secretário-geral da ONU, que afirmou recentemente não fazer «qualquer sentido» a guerra na Ucrânia, sublinhando que a operação russa «viola a Carta das Nações Unidas e causará um nível de sofrimento que a Europa não conhece desde pelo menos a crise dos Balcãs dos anos 90», enquanto primeiro-ministro de Portugal foi responsável pelo envolvimento de tropas portuguesas na coligação que bombardeou a República da Jugoslávia, sob a hegemonia da NATO, dos EUA de Bill Clinton e do Reino Unido de Tony Blair. 

Foto: Guerra na Jugoslávia – invadida pelos EUA/NATO 

Retirado do Facebook | Murais de Lisa Portugal e José Luis Roquete

António Guterres, secretário-geral da ONU | “uma guerra no século XXI é um absurdo”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta quinta-feira que “uma guerra no século XXI é um absurdo”, durante uma visita a Borodianka, nos arredores da capital da Ucrânia, perante um cenário de casas em ruínas.

Borodianka é uma das localidades onde os ucranianos acusam os russos de terem cometido crimes durante a ocupação da região em março.

Na sua primeira visita à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, António Guterres tem encontro marcado para esta tarde com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tendo visitado também durante a manhã as localidades de Bucha e Irpin.

Em Bucha, o secretário-geral das Nações Unidas sublinhou a importância de uma investigação sobre a eventuais crimes de guerra.

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Can quantum physics explain consciousness? | Cristiane de Morais Smith


Studium Generale
| It is one of the most fundamental questions in science. How can we explain human consciousness? Cristiane de Morais Smith and her research group decided to investigate quantum transport in artificially designed fractal structures. They might be taking the first steps on a long journey that will be the unification of physics, mathematics and biology, to reach a deeper understanding of the human body and its functioning, as well as to inspire designs of more efficient quantum algorithms. Can consciousness be explained by quantum physics?

Registration of the Hendrik de Waard Lecture on April 4, 2022.

ONU assume o papel de juiz | por Miguel Castelo Branco

26/04/2022 | Na conferência conjunta com Lavrov realizada em Moscovo e há pouco terminada, retive a seguinte afirmação de António Guterres, talvez as mais importantes e surpreendentes produzidas nos últimos dois meses: «compreendo as preocupações russas» [a respeito do incumprimento pela Ucrânia dos acordos assumidos e não cumpridos por Kiev em Minsk].

Guterres toca no equilíbrio do sistema internacional, frisando que a paz no mundo multipolar depende do aprofundamento do multilateralismo, ou seja, reconhece que a instabilidade presente resulta do não reconhecimento [pelos EUA, outrora potência unipolar] da realidade de hoje.

Quanto às declarações de Lavrov a respeito da inquietante presença de grupos e elementos extremistas nas fileiras das forças ucranianas, Guterres nada disse, como que reconhecendo um fundo de razoabilidade em tais acusações russas.

Retirado do Facebook | Mural de Miguel Castelo Branco

A nossa perigosa aliança por causa do Donbass | por Doug Bandow* / in American Conservative | “As advertências de George Washington”

A classe diplomática (dos EUA) esqueceu completamente as advertências de “George Washington” sobre relações especiais com nações estrangeiras.

O governo Biden está apostando tudo na Ucrânia. As autoridades (americanas) estão abandonando cada vez mais a cautela necessária para evitar que os Estados Unidos se tornem co-beligerantes contra a Rússia.

Sucedem-se carregamentos de armas para Kiev e as entregas já se fazem abertamente. É importante ressaltar que o governo mudou seus objetivos de “ajudar a Ucrânia” para “enfraquecer a Rússia”.

Tanto o presidente George Washington quanto o secretário de Estado John Quincy Adams alertaram os americanos sobre este tipo de comportamento. No entanto, já não é a primeira vez nos últimos anos que isto acontece nos EUA. Os funcionários parece que se esquecem de qual o país que deveriam representar.

Em agosto de 2008, os EUA aproximaram-se do limite com a Rússia sobre a república da Geórgia. Depois de tirar vantagem da fraqueza de Moscovo no pós-Guerra Fria, empurrando a OTAN cada vez mais para o leste e desmantelando a Iugoslávia no conflito sobre Kosovo, o governo George W. Bush prometeu adicionar a Ucrânia e a Geórgia à aliança “transatlântica”.

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Blog: Ensinar História | Joelza Ester Domingues | Surge o nome “América” para o novo continente

Em 25 de abril de 1507, o mapa Universalis Cosmographia do cartógrafo alemão Martin Waldseemüller trazia, pela primeira vez, o nome “América” para designar as terras descobertas por Cristóvão Colombo quinze anos antes. O mapa publicado em mil cópias revolucionou a percepção das pessoas mostrando que as terras descobertas pelo navegador genovês era um Novo Mundo e não um apêndice da Ásia.

O mapa fazia parte do livro Cosmographiae Introductio (“Introdução à Cosmografia”) cujo título completo era: “Introdução à Cosmografia com certos princípios necessários de Geometria e Astronomia aos quais são adicionadas as quatro viagens de Américo Vespúcio e uma representação de todo mundo, como projeção esférica e superfície plana, incluindo terras que eram desconhecidas de Ptolomeu, e foram recentemente descobertas. De acordo com o título do livro, o autor utilizou como referência os relatos de Américo Vespúcio sobre suas viagens de exploração às novas terras. No capítulo IX da “Introdução à Cosmografia”, Martin Waldseemülle comentou a respeito das terras descobertas: “Hoje, essas partes do mundo – Europa, África e Ásia – foram mais plenamente exploradas, e uma quarta parte foi descoberta por Américo Vespúcio, como se pode ver nos mapas anexos. E, como Europa e Ásia receberam nomes de mulheres, não vejo razão para não chamar esta outra parte de Amerige, isto é, a terra de Amérigo, ou América, em honra do sábio que a descobriu”.

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Porque saiu o Reino Unido da União Europeia? | Carlos Matos Gomes

O regresso da querela trinitária

Uma das mais conhecidas e absurdas separações políticas foi a que separou o império romano cristão do Ocidente (Roma) do império romano cristão do Oriente (Constantinopla) no século IV por causa da célebre e decisiva questão que ficou conhecida como a “Querela Trinitária”. Discutida no concílio de Niceia.

Os cristãos dividiram-se, em termos muito simples, por causa de uns duvidarem da divindade do Espirito Santo e considerarem o Pai superior ao Filho, e outros considerarem a unidade da Trindade.

A pergunta de sempre e até hoje é: Afinal separaram-se porquê se eram iguais e tinham a mesma visão do mundo com início numa semana de sete dias, no mesmo Deus que mandara Abraão sacrificar o filho só para lhe testar a obediência, entre tantos outros factos extraordinários, aos quais pouco alterava haver um Deus em três ou três num Deus?

Hoje, perante o comportamento do Reino Unido e da União Europeia quanto ao decisivo e de consequências não imaginadas conflito que tem lugar na Ucrânia, a pergunta, a minha pergunta, é, porque saiu do Reino Unido da União Europeia, ou: porque não aceitou a União Europeia as condições do Reino Unido para este permanecer no clube?

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Classe média e Ucrânia! | Carlos Matos Gomes

O termo “classes médias” não tem uma definição universal, mas sabemos que nas modernas sociedades são elas que pagam as contas. São os explorados de boa vontade e animados com a fé de serem colaboradores dos ricos.

A classe média é um grupo social em que o trabalho foi substituído pela colaboração. A doutrina do neoliberalismo separou os seus elementos dos trabalhadores (assalariados) ao convencê-los que o seu bem-estar futuro se deve à sua iniciativa individual, à sua agressividade, à sua disposição para fazerem tudo, à certeza de que os fins justificam os meios, da inutilidade de ações coletivas, de políticas sociais, da solidariedade.

O medo que o comunismo conquistasse os trabalhadores e as classes médias europeias fora a razão da criação do estado de social na Europa, conduzido pelas sociais-democracias e pelas democracias cristãs. Uma das causas da II Guerra Mundial, da ascensão do nazismo e da complacência da Inglaterra e dos EUA foi o medo que o comunismo destronasse o regime de domínio dos patrões. O fim da URSS ditou o fim desse medo e abriu caminho ao neoliberalismo, ao fim do Estado social a que estamos a assistir, juntamente com o fim dos partidos tradicionais na Europa continental.

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UM JUDEU EM LISBOA | JOSHUA RUAH

SINOPSE

Um dos grandes méritos desta autobiografia, Joshua Ruah. Um Judeu de Lisboa, reside na ausência de literatura. É uma descida às raízes, sem quaisquer limitações convencionais, para nos transmitir o que se acumulara nos espaços invisíveis do universo mais íntimo. Faz um balanço à vida. Apresenta nos a realidade quotidiana, nos seus múltiplos aspetos, através de uma comunicação frontal, numa linguagem direta, persuasiva e imediata com os leitores.

SOBRE O AUTOR

Joshua Ruah

Por exemplo, eu provavelmente sou berbere. Não se tem a certeza porque o meu apelido em hebraico pode ler-se de duas maneiras diferentes, ou aquela que eu uso, e que quer dizer «espírito ao vento», ou um nome que existia no Médio Oriente, que se escreve com as mesmas letras e se pronuncia «Revah». Sempre que lá vou dizem que sou (…)

O LADO ESCONDIDO DESTA GUERRA | por António Ribeiro

A ida de Boris Johnson a Kiev, ao encontro de Zelensky, põe a nu alguns factos que não nos podem escapar.

A versão oficial é a de que Boris foi à Ucrânia num avião britânico, tendo provavelmente aterrado num aeroporto militar polaco próximo de Lublin. E que depois tomou um comboio normal ucraniano até Kiev.

E ninguém soube antes de nada. Nem mesmo uma das toupeiras de Moscovo infiltradas nos altos meios britânicos, coisa que tem imensa tradição. E por que foi às escondidas, enquanto Ursula von ser Leyen foi esta semana às claras? E tudo correu bem.

Além destes casos, há ainda o de Zelensky. A inteligência militar russa também sabe onde ele está e podia acabar com ele, caso quisesse.

Ora nada disso acontece. Porque há uma espécie de entendimento secreto entre as várias potências envolvidas para se conterem nos seus limites. Só pode.

É importante não acreditar em tudo o que se vê e se relata. Nada disto bate certo. E há quem saiba já como este drama vai acabar, embora faltem os pormenores.

Retirado do Facebook | Mural de António Ribeiro

A loucura de Biden na Ucrânia | por Douglas Macgregor – The American Conservative

“O presidente Biden e o partido único da política externa, estão restaurando a condição estratégica que Washington temia em 1940.

Os americanos acham difícil determinar se as decisões políticas do governo Biden em relação à Ucrânia são produto de uma estratégia deliberada, incompetência extraordinária ou alguma combinação de ambos. Ameaçar a Rússia, uma potência com armas nucleares, com mudança de regime e, em seguida, anunciar uma política de armas nucleares que permite o uso de armas nucleares nos Estados Unidos sob “circunstâncias extremas” – respondendo a uma invasão por forças convencionais, ataques com armas químicas ou biológicas  – sugere que o presidente Biden e seu governo realmente estão fora de contato com a realidade.

Os eleitores americanos compreendem instintivamente a verdade de que os americanos não têm nada a ganhar com uma guerra com a Rússia, declarada ou não. Uma curta viagem a quase qualquer supermercado ou posto de gasolina nos Estados Unidos explica o porquê. Na semana passada, a inflação atingiu seu ponto mais alto em quase 40 anos e os preços da gasolina dispararam desde o início do conflito na Ucrânia.

Graças à disseminação ininterrupta da mídia ocidental de imagens desfavoráveis ​​dos líderes russos e seus militares, parece que o presidente Biden é capaz de adotar qualquer narrativa que se adeque ao seu propósito. No entanto, obscurecer as verdadeiras origens desse trágico conflito – a expansão da OTAN para o leste para incluir a Ucrânia – não pode alterar a realidade estratégica. Moscovo não pode perder a guerra com a Ucrânia mais do que Washington poderia perder uma guerra com o México.

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NINGUÉM GANHA COM UMA GUERRA PROLONGADA | por Patrick J. Buchanan, The American Conservative.

A guerra de anos prevista pelo general Mark Milley é uma Segunda Guerra Fria que arrisca a Terceira Guerra Mundial. Não é do interesse da América prolongar este conflito.

Falando da guerra de sete semanas na Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto, está nos alertando para esperar uma guerra que dure anos.

“Acho que este é um conflito muito prolongado… medido em anos”, disse Milley ao Congresso. “Eu não sei se uma década, mas pelo menos anos, com certeza.”

Como nossa primeira resposta, disse Milley, devemos construir mais bases militares na Europa Oriental e começar a girar as tropas dos EUA dentro e fora.

No entanto, isso soa como uma receita para uma Segunda Guerra Fria que a América deveria evitar, não lutar. Pois a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, embora um objetivo declarado da política dos EUA, não é um interesse vital dos EUA para justificar o risco de uma guerra calamitosa com a Rússia.

A prova dessa realidade política está nos fatos políticos.

Durante 40 anos da Guerra Fria, a Ucrânia foi parte integrante da União Soviética. Em 1991, Bush I advertiu os secessionistas ucranianos, que queriam romper os laços com a Rússia, a não se entregarem a tal “nacionalismo suicida”.

E embora tenhamos trazido 14 novas nações para a OTAN depois de 1991, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama nunca trouxeram a Ucrânia.

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Ucrânia | analistas já sabem o fim! Zelensky quer enfrentamento mundial! Europa aplaude mas abandona!

25/03/22 – Ucrânia completou um mês de seu território invadido pela Rússia. Analistas do mundo inteiro convergem em pontos fundamentais: não há milagres em guerras. Se a OTAN não pode ajudar a Ucrânia, simplesmente os ucranianos estão jogados à própria sorte.

O TRIUNFO DA MORTE | por Miguel Sousa Tavares / Expresso

Imagem:

O Triunfo da Morte (c.1562) de Bruegel, o Velho (1525-1569). Óleo sobre madeira, 117 x 162 cm, Madrid, Museu do Prado, Sala 025.

“Alguma coisa de estranho se deve estar a passar comigo: eu olho para as notícias e as imagens de Bucha e a minha primeira e única reacção é pensar: “É preciso evitar a todo o custo que isto se volte a repetir. É preciso parar imediatamente com esta guerra sem sentido, com a destruição de cidades e casas, com a morte de civis e crianças, em nome de nada que o justifique. Como é possível, estarmos a assistir a isto, dia após dia, sem que os dirigentes mundiais façam o possível e o impossível para acabar com este pesadelo?”

Mas parece que só eu e uma minoria de ‘pacifistas’ — que agora é um termo pejorativo — pensamos assim. Logo após a difusão das imagens mostradas pelos ucranianos à imprensa ocidental, os principais dirigentes dos países da NATO reagiram imediatamente com a promessa de enviar mais armas para a Ucrânia e decretar mais sanções à Rússia, enquanto que o secretário-geral da NATO, Stoltenberg, dizia anteontem duas coisas reveladoras:

uma, que há vários anos que a NATO vem dotando a Ucrânia de armamento sofisticado e treinando as suas Forças Armadas, o que quer dizer que já a tratava como membro de facto e já esperava a guerra; e

outra, que as opiniões públicas deveriam estar preparadas para uma guerra longa de meses ou até mesmo de anos — música para os ouvidos dos fabricantes de armas, já sobrecarregados com encomendas para que cada país membro cumpra os 2% do PIB em despesas militares.

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Victor Hugo / écrivain, dramaturge, poète, politicien, 1802 – 1885

Victor-Marie Hugo, né le 26 février 1802 à Besançon et mort le 22 mai 1885 à Paris, est un écrivain, dramaturge, poète, homme politique, académicien et intellectuel engagé français, considéré comme l’un des plus importants écrivains romantiques de langue française. Victor Hugo occupe une place importante dans l’histoire des lettres françaises et celle du XIXe siècle, dans des genres et des domaines d’une remarquable variété,.

Il est à la fois poète lyrique avec des recueils comme Odes et Ballades (1826), Les Feuilles d’automne (1832) ou Les Contemplations (1856), mais il est aussi poète engagé contre Napoléon III dans Les Châtiments (1853) ou encore poète épique avec La Légende des siècles (1859 et 1877). Il est également un romancier du peuple qui rencontre un grand succès populaire avec Notre-Dame de Paris (1831) ou Les Misérables (1862). Au théâtre, il expose sa théorie du drame romantique dans sa préface de Cromwell en 1827 et l’illustre principalement avec Hernani en 1830 et Ruy Blas en 1838.

Son oeuvre multiple comprend aussi des discours politiques à la Chambre des pairs, notamment sur la peine de mort, l’école ou l’Europe, des récits de voyages (Le Rhin, 1842, ou Choses vues, posthumes, 1887 et 1890), et une correspondance abondante. Victor Hugo a fortement contribué au renouvellement de la poésie et du théâtre ; il a été admiré par ses contemporains et l’est encore, mais il a été aussi contesté par certains auteurs modernes.

Il a aussi permis à de nombreuses générations de développer une réflexion sur l’engagement de l’écrivain dans la vie politique et sociale grâce à ses multiples prises de position qui le condamneront à l’exil pendant les vingt ans du Second Empire. Ses choix, à la fois moraux et politiques, durant la deuxième partie de sa vie, et son oeuvre hors du commun ont fait de lui un personnage emblématique que la Troisième République a honoré à sa mort le 22 mai 1885 par des funérailles nationales qui ont accompagné le transfert de sa dépouille au Panthéon de Paris, le 31 mai 1885.

Sair do labirinto | Viriato Soromenho Marques | Opinião / DN

Com a brutalidade da guerra em crescendo, aumenta a constatação de vivermos num sistema internacional espectral. As Nações Unidas, construídas no culminar da experiência dolorosa da II Guerra Mundial, têm manifestamente vindo a perder força e crédito, muito embora a sua permanência, mesmo frágil, seja infinitamente preferível ao vazio de uma anarquia nua, sem uma ágora onde, pelo menos, o direito à lamentação pública seja contemplado. Dito de outro modo, as relações internacionais efectivas – tendo como protagonistas os Estados e outros actores globais não-estaduais – não têm hoje um sistema eficaz de regulação que lhes preste o serviço fundamental de gerar equilíbrio, gerir conflitos, preservar e fomentar a paz sob todas as suas formas.

Construir o edifício de um sistema internacional não é coisa nem fácil nem banal. Nos últimos quatro séculos apenas foram construídos três. O sistema de Vestfália (1648); o sistema de Viena (1815); e o actual sistema das Nações Unidas (1945). Em todos os casos, o padrão é semelhante: as regras de uma nova ordem só ocorrem depois de um longo e sangrento lavrar do caos: a Guerra dos Trinta Anos, para nascer Vestfália; quase duas décadas de campanhas napoleónicas, até que Metternich pudesse desenhar uma nova geografia política da Europa e arredores; a Segunda Guerra dos Trinta Anos- designação popularizada por Winston Churchill para designar uma leitura conjunta das violentas décadas entre 1914 e 1945 – até às Nações Unidas e a sua Carta. As analogias, por mais que fascinem a nossa natural sede de compreensão, não nos podem levar a esquecer as diferenças. Quem considere ser de esperar que esta guerra tenha de seguir o seu curso de destruição até que uma nova ordem se possa reerguer, está a esquecer que uma guerra central entre potências nucleares apenas trará consigo a paz eterna dos cemitérios.

Por isso tenho defendido a prioridade de travar diplomaticamente a guerra. Pois é aí que está o rastilho aceso que pode incendiar o mundo e deitar tudo a perder. Sem a morte à solta, haverá mais condições para discutir tudo. Apesar das suas limitações, o actual sistema das Nações Unidas parece-me ainda possuir virtualidades para acomodar a realidade do mutante mundo de hoje, que se define por dois desafios: aceitar o facto da multipolaridade; perceber que a ameaça existencial da crise ambiental e climática exige uma cooperação compulsória das grandes e das pequenas potências, sob pena de sucumbirmos juntos sob o peso do fracasso. O miraculoso e pacífico final da Guerra Fria, ofereceu o momento ideal para operar as reformas do sistema internacional. No fundo, tratar-se-ia de retomar o espírito de F.D. Roosevelt, que, quando os EUA eram a superpotência sem rival, representando 50% da economia mundial e tendo o monopólio das armas atómicas, preferiu partilhar institucionalmente o poder – através do sistema das Nações Unidas – em vez de o exercer unilateralmente. Infelizmente, não foi esse o caminho que o mundo seguiu. A agressão russa da Ucrânia, eticamente repugnante e politicamente condenável, não pode ser separada do saldo negativo resultante da desastrada quimera unipolar perseguida pelos EUA nos últimos 25 anos. Pensar que aquilo que consideramos ser o nosso interesse pode ser a medida da ordem mundial não é só egoísmo. É um erro grosseiro. Na Terra, que tornámos tão frágil, só a aliança entre poder e generosidade estratégica é realista. Dela depende a possibilidade de um futuro habitável.

Ética e guerra | por Carlos Matos Gomes

Mudam-se os tempos mudam-se as bondades da UE — O sócio Zelenski vem atrasado

A presidente da Comissão Europeia foi de Bruxelas a Kiev entregar uma proposta de sócio da União Europeia ao regime da Ucrânia representado por Zelenski. Vem atrasado, segundo se conclui.

Há cerca de dois meses a União Europeia ameaçava de expulsão dois Estados, a Hungria e a Polónia, a por não cumprirem os critérios mínimos de transparência económica, independência do poder judicial, corrupção, perseguição de minorias.

A hipótese da Ucrânia cumprir os critérios de adesão motivava há dois meses risada geral na União Europeia, de tal modo o regime da oligarquia local estava muitos furos abaixo deles, com violência sobre minorias, desrespeito pelos valores elementares de um Estado de Direito. Há dois meses a Ucrânia de Zelenski era um Estado mais mafioso do que a Polónia e a Hungria e do que os Estados Bálticos. Um Estado na categoria de iliberal, em que uma democracia formal justificava o poder de uma minoria oligarca. Era uma Rússia em ponto mais pequeno.

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Who armed Ukraine and decided to expand NATO? Prof John Mearsheimer | 8/04/2022

The Causes and Consequences of the Ukraine Crisis Professor John Mearsheimer, Distinguished Service Professor in Political Science and Co-director of the Program on International Security Policy at the University of Chicago. He assesses the causes of the present Ukraine crisis, the best way to end it, and its consequences for all of the main actors.

00:00 UK, Germany and France do they have a role in Ukraine vs Russia war? 01:42 Does the EU or Nato have a role in Ukraine vs Russia war? 04:57 Who decided to expand NATO? 07:39 Are we moving from an US Unipole to Multipolar world? 10:28 Is China a threat to Russia? 12:14 Can Ukraine, as a buffer state, lead to peace? 17:06 Did Nato promise not to expand to the east? 19:40 Who decided to arm Ukraine? 23:49 Why do Europeans and Americans hate Russians so much? 26:40 Can libral international order with USA on top survive? 30:14 Does Putin suffer from a personality disorder? 32:02 Nato needs Russia and its threats to continue its existance? 36:30 Does having nuclear weapons lessen wars?

Solitude | Ines Hayouni

 Ne compte sur personne 

Tu es seul

Du matin à la nuit 

Des voisins aux amis

Ne compte sur personne

Tu es seul

Tu es né seul et tu mourras seul

Du sein nourrissant à l’inévitable linceul

Ne compte sur personne

Tu es seul 

Profite des présents de la vie 

Ne donne pas d’importance aux moments un peu moins jolis

Tu es le seul responsable de ta survie

No 49.º aniversário da morte de Picasso | por Carlos Esperança

Hoje é dia de recordar Picasso.

Faleceu em 8 de abril de 1973 o maior pintor do século XX e o que mais revolucionou as artes plásticas onde competiu com outros criadores geniais, como Matisse, Duchamp ou Braque.

Picasso foi um gigante da pintura e da escultura, notável na gravura e como ceramista, e o génio criador do artista malaguenho estendeu-se à cenografia, poesia e dramaturgia. Se tivesse de o apreciar por padrões morais teria de o proscrever, e não poderia disfrutar do génio que me fascina, da atração que todas e de cada uma das fases do artista.

Há hoje uma inquietante tentativa de constrangimento social destinada a associar a arte aos defeitos dos artistas, da música à pintura, da literatura ao cinema, da ciência à filosofia, da política ao desporto, para proscrever os autores e silenciar a sua obra. É o regresso manso da censura sob a capa da moral.

Permita-se-me ler Ezra Pound, admirar Einstein e deliciar-me com os filmes de Woody Allen sem ser obrigado a escrutinar a ideologia ou/e os seus comportamentos.

Retirado do Facebook | Mural de Carlos Esperança

The truth about Neo-Nazis in Ukraine | Aris Roussinos % Freddie Sayers

When Putin launched his invasion of Ukraine it was under the guise of ‘denazifying’ the country. But are there really any Nazis in Ukraine? Or is this just a story spun by the Kremlin? Aris Roussinos joins Freddie Sayers to unpick this contentious topic and seek some insight into Ukraine’s far-Right factions.

// Timecodes // 00:0000:40 – Introduction 00:4002:18 – Does Ukraine have a Nazi problem? 02:1809:39 – The Azov movement & Ukraine’s Far Right 09:3912:28 – Is Ukraine’s hard Right different to other countries? 12:2815:37 – Could Ukraine’s Far Right pose a threat once the war with Russia ends? 15:3716:58 – What is the scale of the problem? 16:5817:13 – Concluding thoughts

Costa Silva: “Podemos ter em Sines não uma mas duas ‘Autoeuropas'” | in msn.com

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, defendeu hoje que o porto de Sines pode vir a ser um dos grandes polos de desenvolvimento do país para o futuro, representando “não uma, mas duas Autoeuropas”.

“Sines pode ser um dos grandes polos de desenvolvimento do país para o futuro, podemos ter em Sines não uma, mas duas ‘Autoreuropas’ no futuro”, realçou António Costa Silva, na sua primeira intervenção na Assembleia da República enquanto novo ministro da Economia e do Mar, durante o debate sobre o programa do XXIII Governo Constitucional, que continua hoje.

Para o governante, o porto de Sines pode tornar-se um centro de tecnologias ‘verdes’ e biocombustíveis para “a marinha e todas as forças que se movimentam no mar”, bem como um centro de importação de gás natural liquefeito (GNL).

António Costa Silva realçou que a economia portuguesa está a atravessar um “momento difícil”, “duramente fustigada” pela pandemia e pela guerra da Ucrânia e, por isso, é necessário colocar o “mais rapidamente possível no terreno” um pacote de medidas para fazer face ao “quadro muito difícil” que enfrentam as famílias portugueses.

Simultaneamente, apontou Costa Silva, é necessário “pensar a longo prazo” e fazer um “esforço extraordinário” na aplicação dos fundos europeus, com uma estratégia económica que assenta em seis pilares fundamentais: qualificação e competências dos trabalhadores, capitalização das empresas, inovação tecnológica, literacia financeira e digital, ecossistema de inovação e exportações/importações.

“Temos de ter estratégia inteligente para substituição das exportações que fazemos. Se nós trabalharmos exportações e importações de forma articulada, vamos ter o caminho para o futuro”, afirmou o ministro da Economia e do Mar.

O debate do Programa do XXIII Governo Constitucional termina hoje na Assembleia da República com a votação da moção de rejeição apresentada pelo Chega, que deverá contar unicamente com os votos a favor dos deputados do partido proponente.

O primeiro dos dois dias de debate ficou marcado pela garantia dada pelo primeiro-ministro, António Costa, de que cumprirá o mandato até ao fim, quebrando assim o silêncio sobre a sua hipotética saída para um cargo europeu daqui a dois anos e meio.

O chefe do executivo anunciou que a proposta de Orçamento de Estado de 2022 será apresentada na próxima semana e antecipou que o crescimento económico será “um dos desafios centrais” da governação nos próximos quatro anos.

O Programa do XXIII Governo Constitucional corresponde basicamente ao programa eleitoral que o PS apresentou para as legislativas de 30 de janeiro, que venceu com maioria absoluta, elegendo 120 dos 230 deputados da Assembleia da República.

Este programa identifica quatro “desafios estratégicos” de médio e longo prazo: resposta à emergência climática, transição digital, interrupção da atual crise demográfica e combate às desigualdades.

DANIEL PROENÇA DE CARVALHO | por Francisco Seixas da Costa

Ontem, juntaram-se na Fundação Champalimaud muitos amigos e conhecidos de Daniel Proença de Carvalho, por ocasião do lançamento do seu livro de memórias “Justiça, política e comunicação social – memórias do advogado”.

Manuel Alegre, seu amigo desde Coimbra, fez um retrato sentimental da sua relação com o autor, o que foi complementado por uma bela peça de Miguel Sousa Tavares, que aproveitou para “desancar” na justiça portuguesa e nos seus agentes – tema que, aliás, é central ao livro.

Faço parte de quantos – e alguns, como eu, estavam naquela sala -, em momentos diversos do passado, nas últimas décadas, estiveram em “barricadas” opostas a Daniel Proença de Carvalho. No meu caso, sempre e só no plano político, onde creio que, desde sempre, nunca tivemos a felicidade de ver as nossas escolhas coincidirem. Coisa que a nenhum de nós minimamente interessa.

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Realpolitik | um conceito fora do discurso atual | por Carlos Matos Gomes

Hoje, a propósito da guerra na Ucrânia e perante a ditadura do pensamento único e da opinião instantânea, da técnica do dispare uma condenação antes de pensar, lembrei-me de ir a uma Enciclopédia Britânica que anda aqui por casa e ler o que ali se diz sobre um conceito que desapareceu do discurso da comunicação social: Realpolitik.

Reza a Enciclopédia Britânica (tradução minha): Realpolitik, política baseada em objetivos práticos e não em ideais. A palavra não significa “real” no sentido inglês, mas sim que conota “coisas” — daí uma política de adaptação às “coisas” como elas são. A Realpolitik sugere, assim, uma visão pragmática e objetiva e um desrespeito pelas considerações éticas . Na diplomacia, a Realpolitik é frequentemente associada à busca implacável, embora realista, do interesse nacional.

Pensadores conceituados como Maquiavel e Nietzsche defendem a Realpolitik como um tipo de realismo político segundo o qual as relações de poder tendem a abafar todas as pretensões de fundamentação moral, num tipo de ceticismo moral análogo ao do argumento de Trasímaco na República de Platão. (Trasímaco, personagem de a República, para quem a justiça não é nada mais do que a “conveniência do mais forte”).

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O que há de novo nesta guerra? | por Carlos Matos Gomes

Todas as guerras começam onde a última acabou. Esta invasão da Ucrânia começou com a implosão da URSS e a sua redução a uma potência militarmente vencível e estrategicamente dominável pelos Estados Unidos.

Esta guerra começou quando os Estados Unidos entenderam que chegara a ocasião de fechar o cerco à Rússia e fazer da Ucrânia a sua base avançada no centro da Europa, o mesmo papel que atribuíram a Israel a Sul e aos estados bálticos a norte (agora estendido à Finlândia e à Suécia com uma rápida integração na NATO, a sua aliança militar para a Europa).

A Rússia respondeu com uma ação militar clássica e convencional de objetivos limitados. Uma invasão por 3 eixos, um dirigido do Norte à capital, Kiev, outro no Leste para integrar os territórios fronteiriços e um a Sul para dominar os mares de Azov e Negro.

Até aqui tudo como nos livros da última guerra. Como aconteceu na I Grande Guerra que se previa ser de curta duração, com introdução de um novo fator, a metralhadora, os planos deixaram de ser válidos, as tropas fixaram-se no terreno, em trincheiras. Na II Guerra Mundial o fator novo foi uma má avaliação alemã das capacidades da conjugação de blindados e aviação na planície europeia, que inclui a Ucrânia, e alterou os planos alemães de conquistar a Rússia. Também nesta presente guerra da Ucrânia surgiram fatores novos que a transformaram numa guerra de novo tipo, de resultados imprevisíveis, exceto o de que os povos sofrerão mais e empobrecerão e os ricos enriquecerão.

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EM DEFESA DA INTELIGÊNCIA | Guilherme d’ Oliveira Martins | Opinião/DN

“Perante um mundo ameaçado de desintegração, onde os novos inquisidores arriscam edificar para sempre os reinos da morte, esta geração sabe que deveria, numa espécie de corrida contrarrelógio, restaurar entre as nações uma paz que não seja a da servidão, reconciliar de novo trabalho e cultura e reconstituir com todos os seres humanos uma arca da aliança”. Estas foram as palavras de Albert Camus quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura a 10 de dezembro de 1957.

Afirmando que a sua geração não estaria destinada a refazer o mundo, o escritor preferia os homens empenhados às literaturas comprometidas. Mais do que pregador da virtude, o intelectual deveria compreender que a verdade é misteriosa e fugaz e que a liberdade é perigosa “tão dura de viver, quanto empolgante”. Conferências e Discursos (Livros do Brasil, 2022) reúne trinta e quatro textos de Camus, que constituem reflexões que ganham, nos dias que correm, uma atualidade premente.

Quando a guerra regressa ao nosso quotidiano, com argumentos que julgaríamos banidos, compreendemos que Camus pôde ver para além das ilusões alimentadas por amanhãs que cantam. Por isso, foi incompreendido, ao recusar o conformismo das ideias adquiridas. E, ao relermos, o que disse em março de 1945, na associação “Amitié Française”, quando na frente europeia começavam a calar-se as armas do conflito, voltamos a entender como a humanidade nunca pode considerar-se definitivamente conciliada… “De facto, nada faremos pela amizade se não nos livrarmos da mentira e do ódio. E, em certo sentido, é bem verdade que não nos livrámos. Há muito que frequentamos essa escola. E talvez seja essa a última e mais persistente vitória do hitlerismo, e das marcas odiosas deixadas no coração até daqueles que as combateram com todas as suas forças (…)

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Ucrânia: Líder da Sérvia diz a Putin que pretende aderir à UE e manter estreita relação com a Rússia | in msn.com/Pedro Caldeira Rodrigues

Belgrado, 06 abr 2022 (Lusa) – O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, que no domingo foi reeleito com uma ampla vitória eleitoral, assegurou hoje em conversa telefónica com o homólogo russo, Vladimir Putin, que a Sérvia quer aderir à UE e manter a estreita relação com Moscovo.

“A República da Sérvia prosseguirá a política do caminho europeu e também a preservação das suas tradicionais relações sinceras e amistosas com a Federação Russa”, disse Vucic no decurso do contacto, no qual agradeceu a Putin as felicitações que emitiu pelo triunfo eleitoral, informou o seu gabinete em comunicado.

No decurso da conversa, Vucic “manifestou a sua esperança de que o conflito na Ucrânia termine o mais brevemente possível”.

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O capitalismo privatista a ir-se ! Ir-se-á também este mínimo que é a Democracia Liberal!? | por Joffre António Justino

Deixou de existir a economia privatista capitalista,  e passamos a viver numa economia de capitalismo sob o poder do Estado,  provavelmente a caminho do capitalismo de Estado, nos EUA também

Sabíamos que havia a margem do complexo militar industrial,  que era dominantemente capitalista de estado, sob gestão privatista tal qual a RPChina um país dois sistemas ( lá sob poder comunista cá sob poder privatista por ora), mas agora tudo parece estar a mudar

A presidência Bideniana alargou as  sanções contra duas filhas adultas de Vladimir Putin, dada a nvasão da Ucrânia pela Rússia, argumentando,  sem provas,  sem ação da Justiça,   que estas  familiares escondem a riqueza do Presidente russo,  e mais que em  um comunicado estatal,   também a mulher e a filha do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e membros o Conselho de Segurança da Rússia, incluindo os antigos líderes russos Dmitry Medvedev e Mikhail Mishustin, serão alvo de sanções.

Assim, os EUA decidiram entrar alargadamente em sanções impostas pelo poder de estado,   também com um  “bloqueio total” às principais instituições financeiras públicas e privadas russas, o Sberbank, que representa quase um terço do espólio bancário do país, e o Alfa Bank, o maior banco privado da Rússia, e informaram que todos os novos investimentos americanos na Rússia estão proibidos.

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Catarina Martins: “A União Europeia e Portugal continuam a proteger” a oligarquia russa | in msn.com

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, criticou a União Europeia e Portugal por continuarem “a proteger” oligarquia russa, um dia depois de Portugal ter expulsado dez diplomatas russos.

“A União Europeia e Portugal continuam a proteger todos os regimes que permitem esconder estas fortunas em offshores e outros. Portanto, há aqui um problema de sanções é que as sanções são afirmadas de voz grossa, mas depois na prática a oligarquia russa continua a ver intocado o seu poder e a sua fortuna à conta de offshores”, sublinhou Catarina Martins na sede do Bloco de Esquerda.

Segundo a líder do BE, o partido está preocupado “que em Portugal o Governo português não seja capaz de dizer quais são os interesses e os bens de oligarcas russos que ficam retidos”. “Todos os relatórios apontam que Portugal tenha também os interesses económicos desses oligarcas”, frisou.

Ministro alemão preocupado com “forte dependência” económica da China | in Lusa e msn.com

O ministro das Finanças alemão manifestou hoje preocupação com a “forte dependência” económica do seu país da China, apelando à diversificação dos parceiros comerciais da Alemanha, num contexto de tensão internacional exacerbada pela guerra na Ucrânia.

“A minha preocupação em relação à situação alemã é que (…) temos uma forte dependência económica da China”, declarou Christian Lindner, dirigente do partido liberal FDP, falando ao jornal Die Zeit.

“Temos de diversificar as nossas relações internacionais, incluindo para as nossas exportações”, acrescentou.

A guerra na Ucrânia expôs também a dependência da Alemanha da Rússia, a quem compra mais de metade do seu gás e uma parte do carvão e do petróleo.

Pequim é, no entanto, o principal parceiro económico da Alemanha, com mais de 245 mil milhões de euros em trocas comerciais entre os dois países em 2021, um número que representa um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior.

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Spinoza | Philosophie Pratique | Poche, 10 avril 2003

La Philosophie Théorique de Spinoza est une des tentatives les plus radicales pour constituer une ontologie pure : une seule substance absolument infinie, avec tous les attributs, les êtres n’étant que des manières d’être de cette substance.

Mais pourquoi une telle ontologie s’appelle-t-elle Éthique ? Quel rapport y a-t-il entre la grande proposition spéculative et les propositions pratiques qui ont fait le scandale du spinozisme ?

L’éthique est la science pratique des manières d’être. C’est une éthologie, non pas une morale. L’opposition de l’éthique avec la morale, le lien des propositions éthiques avec la proposition ontologique, sont l’objet de ce livre qui présente, de ce point de vue, un dictionnaire des principales notions de Spinoza.

D’où vient la place très particulière de Spinoza, la façon dont il concerne immédiatement le non-philosophe autant que le philosophe ? « Il suffit d’entrer dans ces pages vives, nerveuses, lumineuses, pour se retrouver, comme à chaque fois avec Deleuze, emporté par un tourbillon d’intelligence. Les dernières lignes évoquent, à propos de Spinoza, un vent-rafale, un vent de sorcière. »

Il se pourrait que Deleuze parle de lui-même. L’unité de ce volume multiple repose sur l’affirmation que les registres de la vie et de la pensée spinozistes ne se séparent pas.

Vivre en philosophe, polir des lentilles pour microscope, user de la méthode géométrique, c’est finalement une seule et même activité. Elle vise à augmenter la puissance d’agir, donc la joie.

Au lieu d’être seulement théoricien, architecte de système, grand maître du rationalisme, Spinoza apparaît ainsi, indissociablement, comme un penseur pratique, engagé dans une transformation permanente de soi et du monde. »

(Roger-Pol Droit, Le Monde) Cet ouvrage est paru en 1981.

Polge de Mira-Minde | a Mata de Minde

O Polge de Mira-Minde, a Mata de Minde como é localmente conhecido, constitui um património natural de execional importância integrado no Parque Natural Serra de Aire e Candeeiros.

Numa altura em que associações e grupos locais tentam levar a cabo uma melhor gestão deste espaço, Rui Gonçalves e Saúl Roque Gameiro, apresentam na CASA DA MEMÓRIA em Minde, uma exposição de fotografias e pinturas no sentido de valorizar e lembrar as potencialidades paisagisticas e lúdicas do Polge. | Imagens do passado e do presente a não perder. | Agradecemos a sua visita.

Lições antigas para salvar a paz global | por Viriato Soromenho Marques | Opinião/ DN

Entre 1983 e 1985 estudei obsessivamente a possibilidade de uma guerra nuclear na Europa. A crise dos euromísseis – opondo os SS 20 soviéticos aos mísseis de cruzeiro e aos Pershing 2 norte-americanos – reflectia a escalada agressiva dos dois lados da Guerra Fria, podendo resvalar para uma guerra nuclear limitada a um teatro centro-europeu. No Verão de 1983, o tema mais popular nas discotecas alemãs – da autoria de um grupo de rock de Bochum, Geier Sturzflug – intitulava-se “Visite a Europa enquanto ela ainda está de pé”… A recusa da guerra levava milhões de alemães, e outros europeus, à rua, e mesmo em partidos de governo existiam vozes, como a do presidente do estado federado do Sarre, Oskar Lafontaine (do SPD), que colocavam em causa a pertença de Bona à NATO. Em 1985, poucos antes da subida de Gorbachev ao poder, publiquei um livro sobre o que aprendera nessa viagem sobre o universo da guerra no tempo das armas atómicas. A mais importante lição foi a de perceber que a guerra nuclear é uma forma extrema de desmesura. Ela é o modo final e distópico da razão instrumental. Os estrategistas, durante os 40 anos da Guerra Fria, tentaram, em vão, racionalizar aquilo que está no plano da desrazão. A conclusão a que se chegou, a leste e a oeste, foi a de que para evitar a guerra nuclear seria necessário manter canais de diálogo e cooperação com o potencial inimigo, para evitar aquela que seria a última das guerras, pois traria, com a destruição mútua assegurada, o fim da própria civilização. Os sobreviventes amaldiçoariam a sua própria sobrevivência.

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DE QUE MATÉRIA SE FAZ UMA GUERRA? | por Raquel Varela | in Jornal i

A prazo creio que iremos olhar esta guerra como uma tentativa dos Governos ocidentais de socorrerem as suas empresas para tentarem sair da crise estrutural de acumulação.

A grande maioria dos historiadores é suficientemente virtuoso para esquecer os motivos frívolos que os fautores das guerras apresentam. Discursos dramáticos, propaganda de valores morais auto atribuídos, tudo com os anos se enche de pó em caixas que acabam, quando muito, num livro de curiosidades à venda num aeroporto. O assassinato do arquiduque Francisco Fernando é o facto menos relevante da Primeira Grande Guerra, ninguém ensina que é a causa da guerra. Mas afinal qual é a razão da guerra em curso?

Durante a Primeira Guerra Mundial, o jornalista John Reed, convidado a discursar num clube das classes dirigentes dos EUA, deu uma resposta contundente à pergunta que os seus anfitriões lhe fizeram: “Quais as motivações desta guerra?” “Profits”, respondeu ele. Lucros. A grande motivação dessa como de outras guerras.

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Noticias da A25A | A Biografia de Salgueiro Maia e as Circunstâncias | por Carlos Matos Gomes | Vasco Lourenço

Caros associados

Estamos em plena evocação dos 50 Anos do 25 de Abril.

Nessas comemorações – iniciadas em 23.03.2022, dia em que o tempo de vivência em Liberdade igualou o tempo que durou a tenebrosa e negra ditadura, com a condecoração de alguns dos Capitães de Abril (30) – irão desenvolver-se um conjunto de actividades que o acontecimento em causa plenamente justifica. 

Como afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não devendo, nem podendo esquecer o passado, temos de aproveitar esse passado e o presente, para projectarmos o futuro.

Nós, Capitães de Abril, nunca renegando a nossa acção que provocou o derrube da ditadura e a abertura das portas à Liberdade, à Paz, à Democracia, à Justiça Social, à Solidariedade, valores que assumimos como Valores de Abril, logo, os valores porque nos batemos e continuamos a bater, temos muita honra e algum orgulho em termos cumprido todas as promessas feitas aos portugueses e ao mundo, termos entregue o poder ao povo português, democraticamente organizado, termos exigido apenas a qualidade de cidadão comum, igual aos demais.

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O FUTURO DA UCRÂNIA | por António Ribeiro

Repudio totalmente os ataques das forças armadas russas a complexos residenciais ucranianos e a inúmeras nfraestruturas e bairros residenciais civis, sobretudo no Centro e Ocidente da Ucrânia.

Quem iniciou a invasão em nome da recuperação do Donbass e Lugansk, no Leste, etno-russofilos, não tinha que destruir a maior parte do país. Essa  estratégia de amachucar os civis para impor o medo e a submissão eu pensava estar acabada, pelo menos na Europa.

Tal não significa que a Federação Russa não tenha algumas razões legítimas para a ofensiva de 24 de Fevereiro.

A Ucrânia pode ser UE mas não pode, nem precisa, de ser NATO. A isso parece que já acedeu.

Vivemos melhor sem a Ucrânia na NATO, porque o imenso país é um vespeiro. É legitimo que não sejamos arrastados para um confronto nuclear por qualquer incidente na Ucrânia. O próprio poder de Zelenskyi é fruto de um golpe de Estado congeminado pelos neocons americanos. Não temos que tramar a Europa inteira por causa de lutas políticas e ideológicas que acontecem nos EUA.

Os americanos não podem fazer uma guerra por procuração na Europa, sendo que eles vão faturar em todas as frentes. Vendem armamento sofisticado e caro. Passam a alimentar a Europa de gás e petróleo a preços hiper-inflacionados. No final, entrarão com as suas empresas no processo de reconstrução da Ucrânia destruída. Portanto, vão ganhar bastante e sem risco.

Quem vai pagar a bilionária conta final? A Europa, pois claro, mais a Ucrânia, com os seus cereais.

Mas a Ucrânia tem de conservar Odessa, pelo menos, e bater-se pela internacionalização de Mariupol. Tem de ter acesso ao Mar de Azov e ao Mar Negro.

Quanto à Crimeia, esqueçam. Aquilo foi russo durante séculos e os habitantes falam russo

António Ribeiro | in Facebook

Conferência com José Pepe Mujica | 24 de set. de 2014

O presidente uruguaio, José Pepe Mujica, participou da conferência de abertura do Seminário Internacional Universidade, Sociedade, Estado, que aconteceu na UFRGS nos dias 10 e 11 de setembro. Na conferência, Mujica fala sobre paz, liberdade, solidariedade e felicidade, temas abordados em seus discursos, quando ataca a cultura consumista e a civilização do desperdício, e defende o respeito à vida.

Mujica sobre a guerra na Ucrânia e o “colonialismo intelectual” | Pepe Mujica

Em sua videocoluna para a DW, Pepe Mujica fala sobre a guerra na Ucrânia e acusa o Ocidente de colonialismo intelectual devido à repercussão desigual do conflito em solo europeu em detrimento de guerras em regiões periféricas. “O que acontece na Europa é muito mais humano do que o que acontece em outros lugares. Por isso segue existindo um colonialismo intelectual que nos subordina.”

Mujica aponta para o impacto global causado pela guerra na Ucrânia e como países que estão muito distantes e não têm ingerência nenhuma sobre o conflito devem sofrer baques econômicos e falências. “A Europa, o mundo, os EUA, não pensaram nas medidas que tomam, nas consequências que têm para muitas pessoas”, disse Mujica. “Quando poderão a Europa e o mundo olhar para o mundo inteiro pelo qual são responsáveis?”

Como a Nato venceu a guerra sem um tiro | por Francisco Louçã | in Jornal Expresso 2/04/2022

No verão passado, terminou em desastre a única operação militar da Nato deste século, a primeira evocação do temido artigo 5º do seu tratado. As forças norte-americanas retiraram-se e os 300 mil soldados que tinham armado, um dos maiores exércitos do mundo, debandaram em poucos dias e entregaram o poder aos talibãs.

Centenas de cidadãos norte-americanos foram deixados para trás na precipitação da fuga. A Nato atingiu o seu ponto mais baixo. Poucos meses depois, a organização é já a vencedora da guerra da Ucrânia, como quer que prossiga a destruição do país. A sua vitória é total. É política e comunicacional, como é militar e estratégica, dominando adversários e aliados, pois a Nato passou a ser vista como a única garantia da Europa, enquanto Putin, que desencadeou a invasão para trucidar um país soberano em nome da saudade do império czarista, se tornou o homem mais detestado do mundo.

 Tem sido analisada a estratégia do Kremlin, que procura afirmar uma potência global, embora sem recursos para tal. A Rússia tem um PIB dez vezes inferior ao da China (há vinte anos era equivalente) e, se dispõe do segundo exército do mundo, falta-lhe capacidade para determinar o mapa europeu. Em contraste, a estratégia da Casa Branca não tem sido discutida, excepto nos próprios EUA, e talvez seja Thomas Friedman, um editorialista conservador do New York Times, quem tem estado mais atento a esse percurso, em que não há inocentes.

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A coragem está na paz, não nos falsos heroísmos | por Miguel Sousa Tavares in Jornal Expresso de 11/03/2022

A pergunta que se coloca, então, é esta: porque não aceitou Zelensky negociar antes, quando era isto justamente que a Rússia propunha? Porque não o fez para evitar a invasão do seu país e não ter de assistir a tantos mortos, tanta destruição, tantas famílias em fuga?

O herói não é, não pode ser nunca, quem invade o vizinho mais fraco à míngua de outros argumentos e leva a morte, a destruição e o terror a terra alheia. Não pode ser, pois, Vladimir Putin, que diz que russos e ucranianos são um mesmo povo e que, todavia, bombardeia e põe em fuga esse “mesmo povo”.

As razões que tinha ou que julgava ter por força da história ou do direito perdeu-as por força dos canhões e dos tanques. E o resto fazem-no as imagens que todos os dias chegam às casas do mundo inteiro: porque se qualquer guerra tem como consequência cidades bombardeadas, crianças e velhos mortos ou em fuga, esta tem a diferença de ser filmada de perto e a cores, dia a dia e à medida que vai acontecendo.

Mas o herói também não é o celebrado Volodymyr Zelensky, com a sua T-shirt militar e os seus discursos “patrióticos”, usando com mestria os seus dotes de actor e com indisfarçada vaidade (e sucesso, dos Comuns ao Facebook) a sua veleidade de ser tomado pelo Churchill do século XXI. Até agora, enquanto as mulheres e crianças fogem e os homens, civis e militares, tentam deter as tropas russas, ele, entrincheirado no seu bunker, a fazer tweets e vídeos e a apelar à terceira guerra mundial, tem sido um herói à medida destes tempos sem heróis verdadeiros e com heróis instantâneos. Mas, a menos que muito me engane, não me espantaria que, se a guerra for para continuar e os russos entrarem em Kiev, o herói Zelensky será capaz de desiludir muitos corações. Não é Churchill quem quer.

Zelensky parece agora finalmente disposto a negociar com Putin e a negociação, se não foi entretanto cancelada, irá já a nível de ministros dos Estrangeiros.

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O Refém — o oráculo de Delfos — e o velório da UE | por Carlos Matos Gomes

A figura do refém faz parte da história de Portugal. O mais conhecido será o infante santo, D. Fernando, que ficou preso em Fez, como penhor da entrega de Ceuta aos mouros, após o desastre de Tanger.

Em 2022, o Presidente da República recupera essa figura, agora a do refém do povo, com o primeiro-ministro. Devemos levar Marcelo Rebelo de Sousa a sério.

Uma das curiosidades do nosso presente político é a figura do atual Presidente da República. Eu tenho por Marcelo Rebelo de Sousa a mesma admiração, afeto e até simpatia que dedico aos grandes músicos de Jazz. Eles simplesmente tocam, não interessa a pauta da música, nem as regras da composição. O importante é o swing, a improvisação, os ritmos não lineares. Em Marcelo Rebelo de Sousa nada é linear. E o improviso, como no Jazz, é uma técnica muito bem ensaiada e pensada.

No caso da imposição a António Costa que fique refém por quatro anos e seis meses em São Bento a Marcelo Rebelo de Sousa não interessa nada a Constituição, que o governo dependa da Assembleia. Ele está a ver mais além. Não há resgate, não há Ceuta, isto é, não há Europa que lhe valha. Dali não sai. Mas, ao contrário do que alguns analistas mais apressados afirmam, não se trata de vingança de Marcelo, nem maquiavelismo. A imposição é por boas razões. A sério.

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Três personalidades, três discursos e um percurso sinuoso | por Carlos Esperança

Três personalidades, três discursos e um percurso sinuoso.

Coube às três personalidades que ocupam os primeiros lugares na hierarquia do Estado fazerem os discursos que marcaram o início da nova legislatura.

O presidente da AR fez um excelente discurso de Estado, impoluto na forma e cuidado na substância, à altura das funções e do órgão de eleição dos regimes democráticos que, em Portugal, república parlamentar, é perante quem responde o PM. Foi o coroar da sua longa carreira política em simultâneo com a brilhante carreira académica. O seu trajeto está, como o de todas as figuras públicas, sujeito ao escrutínio da opinião pública.

O PR, na tomada de posse do Governo, onde as funções são essencialmente litúrgicas, fez um discurso bonito na forma e intolerável na substância. O PR não é o treinador do Governo nem este responde perante ele. Não é o carcereiro do PM nem o intérprete da vontade popular expressa nas eleições, que só aos partidos representados na AR cabe interpretar. Marcelo julga ter um qualquer direto de pernada que, a existir, terminou na Idade Média. Não está em Moçambique onde, na qualidade de filho de um Ex Grande Régulo, se permitiu recentemente um discurso paternalista. Não estava na Ilha de S. Jorge, como vulcanólogo, a prever a benignidade dos abalos telúricos ou, em frente aos microfones, a comentar o jogo de futebol da Seleção Nacional. O discurso da tomada de posse do Governo teria sido excelente se fosse feito por Rui Rio, se pudesse discursar. O mestre de cerimónias escolheu o sítio errado e o momento inadequado para se empossar como líder da oposição.

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Fraternidade rastejante | por José Goulão in AbrilAbril

A geração actual dos dirigentes europeus, sem qualquer excepção, é a mais acéfala de sempre perante Washington, a ponto de deixar as populações do continente à mercê de uma estratégia aventureirista.

QUINTA, 31 DE MARÇO DE 2022

Comecemos com algumas citações.

Petro Poroshenko, ex-presidente da Ucrânia (2014-2019): «Nós teremos trabalho, eles não; teremos pensões, eles não, teremos apoio para as pessoas, crianças e pensionistas, eles não; as nossas crianças irão para escolas e jardins de infância, as crianças deles irão para os abrigos».

Discurso em Odessa, Maio de 2015. «Eles» são os habitantes da região ucraniana do Donbass e o quadro traçado «é o que acontecerá quando ganharmos esta guerra», ou seja, a operação de punição e genocídio lançada pelas tropas do regime ucraniano e os seus destacamentos nazis contra a população do Leste do país, de maioria russófona – que provocou pelo menos 14 mil mortos entre 2014 e 2021.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia: «Existem heróis indiscutíveis: Stepan Bandera é um herói para certa parte dos ucranianos, o que é uma coisa normal e legal. Ele foi um dos que defenderam a liberdade da Ucrânia».

Stepan Bandera, agora consagrado oficialmente como «herói da Ucrânia», foi o chefe da organização nazi OUN/UPA, constituída segundo o modelo das SS e que colaborou com as tropas invasoras de Hitler nos massacres de milhares de polacos, judeus e resistentes soviéticos; aconteceu em 1941, ano em que o avô da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, foi um dos oficiais alemães que conduziu essas chacinas na Ucrânia soviética. Bandera igual a liberdade, eis o conceito que o Ocidente apoia desde 2014 na Ucrânia.

Josh Cohen em publicação do Atlantic Council, think tank associado à NATO: «A Ucrânia tem um problema real com a violência de extrema-direita (e não, isto não é uma manchete do RT). Parece coisa de propaganda do Kremlin mas não é».

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Sobre a China | Em resposta ao António Ribeiro, in Facebook | por Vítor Coelho da Silva

António, vem tarde. A China já domina o Mundo. Repare, hoje houve uma reunião UE/CHINA onde foi declaradamente pedido a este País que ajudasse a conseguir um acordo para a Intervenção Militar Especial da Rússia na Ucrânia. Ou seja, acagaçámo-nos com Vladimir Putin (como refere e muito bem o Zelensky), estamos aflitos sem saber qual a estratégia dele, já todos percebemos que Putin é o melhor estratego de todos, até porque consegue apavorar os 30 líderes da NATO.

Quer queiramos quer não, e apesar de as Fake News divulgarem que ele estará doente, mesmo assim o cagaço persiste. Joe Biden, coitado, anda apavorado, até porque alguém anda a falar em “coisas” esquisitas que a sua família andou e anda a fazer lá pela Ucrânia.

A Rota da Seda é já uma realidade, tem sido muito bem implantada, os países tradicionalmente mais explorados e colonizados por nós (europeus) inclinam-se todos para uma colaboração aberta com a China. A Rússia, com 160 milhões de habitantes e a maior extensão territorial do Mundo, com a sua poderosa cultura, a sua eficácia tecnológica (o primeiro homem no Espaço foi um russo), a sua longa experiência ao longo de séculos e o seu sofrimento nas invasões Napoleónicas e Hitlerianas, junto à própria experiência sofrida do seu marxismo erradamente “implantado” e perdedor, deu-lhe uma resiliência que se tornou em sabedoria para atravessar os maus momentos. Sem nunca desistir, levantando sempre a cabeça.

Tudo isto faz com que a Russia faça parte por direito próprio da Estratégia da Rota da Seda liderada pela China. Como Europeu, não gosto de ver esta doentia divisão entre Europa do Oeste e Europa do Leste, e muito menos gosto de ver o Mundo dividido em três grandes impérios. É errado, do meu ponto de vista, levará a constantes confrontos entre os três Impérios, quando o caminho certo seria um objetivo comum.

Repare que Portugal situado na ponta oeste da Europa, e com o apoio dos dois arquipélagos que tem – Madeira e Açores, será, quer queiramos, quer não, um País vital para a Rota da Seda, com a extraordinária abertura que tem para o Atlântico a Ocidente.

Convinha todos analisarmos o Mundo tal como ele é e, como De Gaulle, termos uma visão global do Destino da Humanidade. Repare como a China há 400 anos já teve uma visão do futuro. Foi capaz de fazer uma concessão de um pequeno terreno a Portugal. Com acordo escrito. Macau foi nossa colónia com o acordo do milenar Império Chinês.

E hoje encontra-se já bem implantado em Portugal, de Norte a Sul, e em empresas e sectores poderosos. Não creio que a solução e o futuro seja entrarmos em choque com este Império. Sugiro que tenhamos a sabedoria de com ele abrir caminhos de futuro para toda a Humanidade.

Um abraço com estima, 🙋

Vítor Coelho da Silva | 1/04/2022