ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA | José Saramago | por Valdemar Cruz

Ainda a recuperar das ondas de choque e espanto desencadeadas pela estreia no Teatro Nacional de S. João de ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, a partir do romance de José Saramago. A encenação de Nuno Cardoso, com versão cénica de Cláudia Cedó, a par do espantoso trabalho dos actores, proporciona uma daquelas raras situações em que sentimos estar a viver um momento único. Porventura irrepetível. Romance poderoso sobre uma distopia, evolui em palco como um inquietante épico momento teatral.

Quando se pergunta para que serve um Teatro Nacional, aqui está a esmagadora resposta. Um espectáculo com esta grandeza só é possível graças a uma co-produção que envolve o TNSJ e o Teatre Nacional de Catalunya. Com actores portugueses e catalães (legendas em português e catalão) a peça, até pela sua duração, se surge como um desafio para os actores, não deixa de constituir um permanente desassossego para os espectadores. Até pela surpresa e inventividade de algumas opções cénicas.

Dali ninguém sai como entrou. Mas ninguém se devia furtar à experiência de ir ao TNSJ para, se puder olhar, ver. Se puder ver, reparar.

Duelo | o jogo viciado | Carlos Matos Gomes

Miyamoto Musashi e Sasaki Kojiro eram dois espadachins japoneses que se encontraram para um duelo final. Musashi fora escolhido para ganhar. Quando chegou foi rapidamente atacado por Kojiro, num movimento chamado Corte de Andorinha. No entanto, alguém de fora, antes de Kojiro atingir Musashi, desferiu-lhe um golpe sorrateiro que o matou. Os apoiantes de Kojiro indignaram-se, mas Musashi regressou ao seu barco e os organizadores recolheram o dinheiro das apostas. (História de um duelo no Japão sec XVII)

Os duelos são tão antigos como a humanidade e a nossa cultura, grega, assenta em duelos de deuses. Cada fação escolhia um deus/campeão e eles lutavam entre si. O vencedor matava o adversário e subjugava os seus apoiantes. Já existia a política espetáculo. O povo divertia-se, aplaudia o campeão, o imperador colocava-lhe uma coroa de louros e ia sentar-se, fortalecido, no trono! Ninguém lhe perguntava pelos atos do seu governo.

O que estamos a viver aqui em Portugal, como nos Estados Unidos, ou em França, ou no Brasil são adaptações viciadas do duelo e da política espetáculo. Agora, em vez da vitória ser a morte do adversário, (KO), foi criado o conceito de vitória por pontos. Esta tem várias vantagens, a menor é que os contendores derrotados podem ser reutilizados noutros espetáculos, a maior é que o organizador do duelo pode determinar o resultado, escolher o vencedor. Entretanto: o pagode entretém-se a discutir quem foi o vencedor e não vencedor de quê, ou porquê. 

É esta a principal caraterística dos atuais duelos espetáculo: o empresário escolhe o vencedor e leva o povo a esquecer-se do que lhes propõem com a vitória! Os empresários são os patrões das televisões e as empresas clientes para a publicidade.

O resultado de qualquer debate é decidido por eles à partida e segundo as conveniências dos organizadores. O povo discute os vencedores nas tabernas, nos templos, nos barbeiros e até na rua!

Num duelo televisivo (político, de talentos, ou de orgias) o segredo está em dar uma aparência de seriedade à “coisa”. É o papel dos jurados, no momento do duelo e dos comentadores e dos figurantes que fazem o pretenso contraditório nos tempos a seguir, do off side.

Retirado do Facebook | Mural de Carlos Matos Gomes

A actriz e o medo | Carlos Vale Ferraz

A propósito da distinção de Lisboa enquanto Capital Ibero-Americana da Cultura em 2017, o Centro Cultural de Belém apresentou de 7 a 9 de Junho as peças A Atriz e O Medo, da dramaturga argentina Griselda Gambaro, encenadas por São José Lapa.
A Actriz é uma peça curta. Um monólogo que não o é, um diálogo com o vídeo. Um exercício de atriz expõe-nos àquilo por que tantos cidadãos no Portugal de hoje passaram. Uma dívida ao banco, um prazo ultrapassado, onde a emoção primária do medo implode.
Em O Medo três homens esperam ansiosamente ser chamados por alguém, algures nos anos 1970. O humor corrosivo de Griselda Gambaro, cruel e violento, por vezes obriga-nos a enfrentar a memória da mais sangrenta ditadura da história da Argentina e da América do Sul., visitamos o universo de realismo fantástico de Gambaro, onde a emoção do corpo e o sentimento da mente e do medo coexistem através do humor.
A São José Lapa pediu-me um texto sobre o medo para o programa do espetáculo. Nunca escrevi tão livre e tão condicionadamente. Não queria escrever sobre o que a autora escrevera, nem contra. Principalmente não queria escrever fora do tom das peças. Mas eu não as vira, nem conhecia a leitura da encenadora, nem o ambiente que os actores criariam! Senti-me um funambulista. Um escritor em cima da corda bamba, sem medo, mas a falar do medo.
A peça é uma teia de palavras e gestos com várias interpretações. O meu texto sobre o medo é este que aqui deixo, um mês após a apresentação:

Medo

É o medo que faz os ditadores. Dos ditadores direi, antes de tudo, que são cobardes. Têm medo de si antes do medo dos outros. É o medo de revelarem a sua fraqueza, a sua cobardia, a sua ignorância que faz os ditadores violentos e perigosos.

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Programme de « la nuit des idées » à Alger

argelUn format de rencontres innovant débarque à Alger en janvier et promet une nuit blanche remplie d’activités culturelles.

« La Nuit des Idées« , c’est le nom de ces rencontres culturelles qui « circulent à travers le monde » et qui feront une halte à Alger du 25 au 27 janvier prochain, à l’initiative de l’Institut français de la ville.

Ouverte à tous les curieux, la Nuit des Idées débutera le 26 janvier à 17h pour se clôre le 27 janvier à 2h du matin, avec à chaque fois et dans chaque lieu, une activité culturelle différente placée sous le thème « un monde commun ».

La cinémathèque algérienne, l’Institut en lui-même, le Centre Diocésain des Glycines sont autant de lieux qui accueilleront la manifestation, et les expositions, conférences et autres projections de prévues pour l’occasion.

Programme de la Nuit des Idées d’Alger

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11 DEZ | MINDE | SHREK THE MUSICAL | O OGRE – Produção: BOCA DE CENA

shrek-200Será pelas 16h do próximo dia 18 de Dezembro (domingo) que o Grupo Boca de Cena vai levar a palco no Cine-Teatro Rogério Venâncio em Minde a peça musical:  SHREK THE MUSICAL – O OGRE

“Shrek the Musical é um espetáculo. com músicas de Jeanine Tesori, texto e letras de David Lindsay-Abaire. É baseado no filme SHREK, produzido pela Dreamworks em 2001, e no livro Shrek!, de William Steig, publicado em 1990.
Estreou na Broadway em dezembro de 2008 até janeiro de 2010. Em seguida, foi realizada uma turnee pelos Estados Unidos, que começou em 2010, e uma produção na West End de Londres, a partir de Junho de 2011. Desde o seu lançamento, os direitos do musical foram disponibilizados para produções internacionais independentes”

Atores
Shreck – António Lourenço Menezes
Burro – Catarina Almeida
Lord Faarquad – Ricardo Nogueira
Fiona Adulta – Elsa Nogueira
Fiona Ogre – Regina Branco
Fiona Jovem/ Dragão – Carolina Moringa
Fiona Criança – Leonor Farinha
Pinóquio – Ana Fresco
3 Porquinhos – Paulo Gomes, João Pedro Manha, Francisco Nogueira
Lobo Mau – Rui Capaz
Bruxa Má – Joana Capaz
Capuchinho Vermelho – Beatriz Paulo
Gato das Botas – Vitória Aguiar
Fada – Iara Santos
João Ratão – Xavier Ferreira
Guardas – Jaime Aguiar, Pedro Afonso, José Pedro Menezes, Vasco Aguiar, Tiago Capaz
Espelho Mágico/ Padre – Paulo Alves
Habitantes de Duloc – Raquel Branco, Helena Fresco, Carolina Deus, Rafaela Moreira, Alexandre Fresco, Beatriz Manata, Vitória Aguiar, Sofia Formiga

Ficha Técnica
Luz – Henrique Lobo, Pedro Ferreira, Inês Moreira
Sonoplastia – Rui Venâncio
Música – Helder Moreira
Imagem – Mário Rui Almeida
Contra-Regra – Gabriela Matias
Assistentes de Cena – Ana Maria Capaz, Clara Gameiro, Ana Almeida,
Emília Nogueira, Tiago Novais
Caracterização – Célia Marques, Regina Branco, Márcia Leal
Cenários e Adereços – Ricardo Nogueira, Catarina Almeida, Elsa Nogueira, Luis Saraiva, Agostinho Nogueira, Ana Almeida, Regina Branco
Guarda-roupa – Catarina Almeida, Elsa Nogueira
Carpinteiro de Cena – Júlio Tavares
Ponto – Isabel Almeida
Design Gráfico – Média Minde/CPM
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BILHETES : 5 € – Locais habituais de venda e bilheteira

O REGRESSO A CASA | Harold Pinter | Teatro D. Maria II

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crédito foto:  ©Jorge Gonçalves

Uma casa modesta de um bairro operário do Norte de Londres. É onde se passa a ação. Tudo começa quando Teddy, professor universitário nos EU regressa à casa do seu pai, Max, para lhe apresentar a mulher, Ruth. Não estamos entre intelectuais: Max foi talhante, o tio é taxista, o irmão mais novo quer ser boxeur, o do meio move-se no meio da prostituição. São vários homens, uma mulher. Mas o que se passa quando Ruth decide aceitar que o marido se vá embora sem ela? E, aceitando prostituir-se, integrar aquela família? Vence a submissão sexual? Ou estamos a ver o caminho da sua independência? Sexo, poder masculino, luta: uma família num dia banal que, como tantos, em Harold Pinter, começa com um homem sozinho lendo, de manhã, um jornal. Ameaças, jogos de animais predadores – ou de répteis venenosos? E o que é esta casa aparentemente banal, com escadas e móveis baratos? Um tempo em que passado e presente se misturam, uma casa de sonhos? Subentendidos, mal-entendidos, silêncios, poder e conquista de poder: é o mundo deslizante de Harold Pinter.

Escrita em 1964, esta foi a terceira peça longa de Harold Pinter e, para muitos, debaixo da aparentemente banalidade do visível, a sua obra mais complexa.

Sobre O Regresso a casa, diz Jorge Silva Melo: “Encanta-me trabalhar o teatro exacto de Harold Pinter, os silêncios, o humor, a crueldade, encanta-me a maneira que tem de fazer falar o mais simples objecto, como aqui faz com um copo de água, por exemplo. Encanta-me trabalhar com o João Perry, encantam-me estes atores, exactos.”

Maputo – Mozambique – malabarismo contemporâneo

Seis malabaristas moçambicanos levam a sua arte ao Festival de Teatro de Avignon.

Thomas GUERINEAU est un artiste formé en jonglage, danse, acrobatie et mime. Passionné par les arts d’Orient et d’Afrique, il a rencontré six jeunes mozambicains, à Maputo, la capitale. Avec eux, il a questionné les enjeux de certains rites et pratiques artistiques de ce pays. Le travail mis en place a permis à ces jeunes d’exprimer leur singularité.

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Festival DDD | Dias da Dança

DDD

FESTIVAL DDD – DIAS DA DANÇA
— 27 ABR — 7 MAI 2016 —

Programação — Line-up

DDD IN [Espetáculos / Performances] Né Barros • Bruno Senune • Quintas de Leitura • Dinis Machado • Balleteatro • Miguel Pereira • Aimar Pérez Galí (ES) • Ambra Senatore – CCNN (IT/FR) • Vera Mantero • Cristina Planas Leitão • Curtas de Dança • Mara Andrade • Joana Castro & Flávio Rodrigues • João Fiadeiro • Marlene Monteiro Freitas • Gonçalo C. Ferreira • Eldad Ben-Sasson (ISR) / Kale Companhia de Dança • André Mendes • Raimund Hoghe (DE)

DDD OUT [Espaço Público / Public Space Corpo + Cidade] Miguel Costa e Gabriela Vaz Pinheiro • Né Barros • Catarina Félix (Útero) • Ana Rita Teodoro • Charlotte Spencer (UK) • Gilles Verièpe (FR)

DDD EXTRA [Outras Atividades / Other Activities] Masterclasses • Encontros / Meetings • Conversa Pós-Espetáculo / Talks after performances • Cinema • Aquecimento Paralelo / Parallel Warm Up • Meeting Point – Festas / Parties

O programa completo será anunciado brevemente
The full line-up will be announced shortly

© “Songs for Takashi”, Raimund Hoghe (DE)

Programação e Direcção: Tiago Guedes

Brevemente aqui: FESTIVAL DDD

Instruções para Voar – Lídia Jorge

Instruções para Voar” é um texto inédito de Lídia Jorge, para Teatro, cuja estreia está marcada para a próxima sexta-feira, dia 18, no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Escrito a convite da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve – e concebida no âmbito do Programa Pegada Cultural – Artes e Educação/Cultural Footprint Program, a peça conta com encenação de Juni Dahr, actriz e encenadora da companhia norueguesa Visjoner Teater, e cenografia de Jean-Guy Lecat, e, também, com a colaboração do coro dos alunos do Curso de Artes e Espectáculos da Escola Secundária Tomás Caldeira.

Instruções para Voar” conta-nos a história de Emil e Laura, representados por Luís Vicente e Elisabete Martins, dois desconhecidos que se cruzam num espaço de ninguém, defendendo cada um em face do outro a razão limite que os conduziu àquele lugar. Duas vidas distintas, dois nómadas contemporâneos que se confrontam face ao mesmo destino, tendo permanentemente presente a figura maternal – elemento central no desenvolvimento da narrativa dramática.

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Boas Pessoas, de David Lindsay-Abaire

Boas PessoasMargarida vive sozinha com a filha e trabalha na Loja de Tudo a Um Euro. A sua vida é dura, como é para a maior parte das pessoas que lutam dia-a-dia para pagar as contas.

Boas Pessoas é uma peça de gente comum, que sonha, sofre e se diverte, vive e trabalha numa grande cidade. Há quem se esforce para chegar ao topo, quem viva de caridade, quem não deva nada a ninguém e quem procure encontrar a sorte num jogo de azar.

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A Vida da Morte – Teatrosfera

Teatroesfera

Um bufão morre, e com ele morre o riso que a dor do mundo lhe provocou.

A mala da sua vida ainda está cheia de “momentos”, que necessitam de “apanhar ar”, porque a morte necessita de
colocar tudo “no seu lugar”, para criar o equilibrio necessário e com ele, fazer nascer um palhaço!

M/12

Estreia dia 11 de Setembro, 21:30, na Casa Teatro de Sintra.

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Festival de Artes Performativas de Sintra – PERIFERIAS

Periferias

A programação dos espectáculos deste ano do Periferias estende-se por todo o dia, está vocacionada para todas as faixas etárias e é, como de costume, transversal quanto às áreas artísticas.

As tardes e as manhãs das TerçaS, QuintaS e SábadoS, serão dedicados a espectáculos vocacionados para a infância, em locais suRPREsa entre a Estefânea e a Vila; as noites, na CASa de TeATRO, sempre às 21,30h, serão apresentados os espectáculos e às qUartas e sextAs-feiRas, serão apresentados, respectivamente, no Café Legendary e no Restaurante Chefe Pinto´s novos criadores e espectáculos de música.

Para além dos espectáculos, a 4ª edição do Periferias incluirá, uma exposição de trajes do teatro tradicional de S. Tomé e Príncipe, o TcHiLoLi, em parceria com a Fundação Roçamundo/Cacau, de S. Tomé; uma Feira do Livro cuja maioria dos títulos é sobre ArteS do EspectáculO, iniciativa esta em parceria com uma das poucas livrarias que ainda resiste em Sintra, a Dharma e ainda uma OfiCiNa de DaNçAs AFRIcanas, orientada pelo actor moçambicano Santana Diaz Santana.

Saiba mais aqui.

As Criadas – Arte Viva – Barreiro

As criadas_AVDuas criadas oprimidas, pobres, invejosas. Querem os vestidos, querem a riqueza. A vontade é alimentada pelo desespero.

AS CRIADAS, de Jean Genet.
Encenação de Carina Silva. Em Cena de Novembro 2014 a Janeiro 2015 no Teatro Municipal do Barreiro.

Acompanhe o evento no Facebook.

Ficha técnica aqui no Das Culturas.

As Criadas – de Jean Genet por ArteViva

AS Criadas AV

AS CRIADAS, de Jean Genet.
Encenação de Carina Silva. Em Cena de Novembro 2014 a Janeiro 2015

Duas criadas, uma Senhora. Duas Senhoras, uma criada. Uma Senhora que é criada, uma criada que é Senhora, ou serão duas? Uma Senhora prestes a ser assassinada pelas criadas mascaradas de Senhora. Duas criadas oprimidas, pobres, invejosas. Querem os vestidos, querem a riqueza. A vontade é alimentada pelo desespero. Duas aspirantes a Senhora.
Uma Senhora que não sabe… não saberá? Entre o “silencioso arroto do lava-loiça” e a Senhora e “a sua estola, as suas pérolas, as suas lágrimas, os seus suspiros, a sua doçura”, há máscaras, mentiras, segredos e angústias.

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MixBrasil 2014

MixBrasil_macaquinhosAinda faz sentido definir gêneros em um mundo onde a fronteira entre o masculino e o feminino estão cada vez menos claras? 

Abriu em São Paulo o 22º Festival MixBrasil de Cultura e Diversidade que decorre até 23 de Novembro.

Na amostra de teatro, um dos destaques vai para a performance Macaquinhos que leva ao palco nove atores explorando o ânus um dos outros. As linhas de força da atuação: o desbunde: deboche: degredo: ingênuo: vulgar: arcaico: frágil: íntimo: comum: construir uma fisicalidade a partir do cu: brincar de epistemologia do cu: parodiando: Macaquinhos assenta em três orientações: aprender que existe cu: aprender a ir para o cu: aprender a partir do cu e com o cu.

A arte levada a novos limites, explorando novos conceitos, para ajudar a compreender e dar visibilidade à crescente multiplicidade de identidades sexuais.

macaquinho from Fernanda Vinhas on Vimeo.

No Limite da Dor – encenado por Lendias d’Encantar

Quatro histórias que se entrelaçam numa peça que traz aos espectadores de hoje, a experiência vivida por muitos portugueses às mãos da PIDE, durante os anos da ditadura. Uma profunda reflexão sobre a resistência, o medo, a humilhação, a dor e a dignidade do ser humano – esta é a proposta que fazemos ao espectador de hoje, às novas gerações que provavelmente terão dificuldade em compreender a sua real dimensão.

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Festival Materiais Diversos 2014 | Apresentação | 1 de Setembro – 18h00 – Fábrica de Cultura – Minde

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O Festival Materiais Diversos decorre de 18 a 27 de Setembro e temos muito gosto em convidá-lo/a para a conferência de imprensa do próximo dia 1 de Setembro, às 18h00, na Fábrica de Cultura, em Minde. Queremos partilhar consigo os pormenores desta programação de Dança, Teatro e Música que preencherá durante duas semanas Minde, Torres Novas, Alcanena e Cartaxo com uma nova vida.

A 6.ª edição do FMD\2014 será a mais internacional apresentada até hoje. Mas terá também dois espectáculos desenvolvidos com a comunidade e um conjunto de actividades paralelas como conferências, workshops, cinema e DJs.

A conferência terá a presença do director artístico do FMD\2014, Tiago Guedes, e de artistas do Festival.
Por favor, confirme a sua presença até 29 de Agosto através deste email ou contacte:
Assessoria de Imprensa – Tiago Mansilha
(+351) 91 558 66 35
tiago.mansilha@materiaisdiversos.com

Fernando, em Pessoa – com José Nobre

Pessoa02José Nobre recria Fernando Pessoa no Café das Artes, no próximo dia 29 pelas 23:30, na casa da Cultura de Setúbal. O Das Culturas quis saber mais.

Que Fernando, em Pessoa, é este? Um último heterónimo?

É o próprio, o ortónimo. Pensei primeiramente em ‘compor’ um Álvaro de Campos e dizer a ‘Tabacaria’, mas depois achei mais interessante ser o Fernando, ele mesmo, em Pessoa, a ler, não só a ‘Tabacaria’ como outros escritos de outros heterónimos. Torna a experiência mais rica.

A envolvência cénica do ‘Café das Artes’ convida à descontração, como concebeu este espetáculo?

Claro que é um espetáculo muito descontraído, contrariando um pouco a essência tímida e angustiada do poeta. Aqui o Sr. Fernando sai do armário, ou por outra, vasculha poemas no seu famoso baú e trá-los à luz do presente, compara-os, estabelece pontes entre alguns e conclui que andou dizendo as mesmas coisas durante toda a sua vida, usando diferentes vozes.

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Razia

Razia

Espécie de antologia do mal-dizer, Razia é um jogo de culpas disforme como um espelho de ver monstros. Para rir muito a sério.

«A culpa é dos autores desses textos que contaminam o pensar do homem-comum. Como se o homem-comum quisesse sempre algo mais, quisesse sempre ser mais do que é. Quem é que lhes disse, a esses intelectuais que escrevem esses textos idealistas, que eles são necessários? Eles que vão mas é trabalhar, que isso de escrever nunca foi trabalho, como toda a gente sabe. Criador que eu saiba só há um. Parem de inventar.»

 

TEATRO DA MALAPOSTA | THE MONKEY | encenação de John Mowat e interpretação de Maria de Vasconcelos

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 THE MONKEY
baseado n’Um Relatório a uma Academia de Franz Kafka
TEATRO DA MALAPOSTA
11 e 12 de Julho às 21:30

THE MONKEY é uma história cheia de humor sobre uma macaca que é capturada em África e que depois de baleada, acorda no porão do navio da empresa alemã Hagenback, dentro de uma pequena jaula. O desespero e a necessidade de encontrar uma saída para a sua situação cativa levam-na a observar e a imitar aqueles seres estranhos que a rodeiam e acaba ela própria por se transformar num ser humano… Essa é a sua saída.
THE MONKEY surge da vontade de criar um espectáculo trágico e cómico que nos faça sorrir e pensar sobre a nossa condição, através da história de uma macaca desesperada por encontrar uma saída e que para sobreviver se junta à Humanidade. Uma Macaca-Mulher que luta pela sua sobrevivência, mesmo que isso lhe custe a sua Liberdade. Esta Macaca-Mulher depois de uma extraordinária carreira nos Music Hall, dá conferências aos Humanos sobre o seu incrível processo de evolução.
O texto de Kafka, Relatório a uma Academia, foi escrito em 1917 e continua extremamente atual, cheio de humor, poesia e profundidade.
THE MONKEY fala-nos de Identidade, Integração, Liberdade e de Sobrevivência.
Uma história de ficção que retrata de uma forma realista o momento presente da Humanidade.
Escolhi o caminho da Humanidade. Eu não tive outra saída, a Liberdade não me estava destinada como escolha. | THE MONKEY

Encenação: John Mowat
Interpretação: Maria de Vasconcelos
Música Original: Pere Cabaret
Desenho de Luz: Jochen Pasternacki
Assistência coreográfica: Pere Cabaret e Ruy Malheiro
Figurino: Roseane Rocha
Cartaz: Luís Covas
Fotografias: Tânia Araújo (MEF – Movimento de Expressão Fotoráfica) e Roger Rossell
Com o Apoio de: Inimpetus – Escola de Atores
Agradecimentos: Anaísa Raquel, Andreya Silva, Aurora Morais, Carole Garton, Montse Bonet, Paulo Ferro, Pedro Barão e Sergio Fernandes

Depois de ter estreado em Lisboa em Junho de 2013, na Inimpetus, o espectáculo viajou em Novembro passado para Barcelona (Sala Fénix). Já em Janeiro de 2014 foi apresentado na Acker Stadt Palast em Berlim e regressou a Barcelona em Março (desta vez para se apresentar no Mercat Vell de Mollet del Vallès). E agora é a vez de Lisboa voltar a receber este espectáculo, para apenas duas apresentações do espectáculo no Teatro da Malaposta.

TEATRO DA MALAPOSTA
11 e 12 de Julho às 21:30
Rua Angola, Olival Basto

Duração: 60 minutos
Maiores de 12 anos

Mais informações em: http://mariavascoactriz.wix.com/maria-de-vasconcelos
http://www.malaposta.pt
Bilhetes: 7,5€ a 5€
Reservas: 219383100 – info@malaposta.pt

NOTA BIOGRÁFICA DE MARIA DE VASCONCELOS

Começou em 2000 com António Rama . Desde então trabalhou com diversos encenadores e companhias, entre eles, John Mowat, Nuno Pino Custódio e Filipe Crawford.
Fez o curso de interpretação para Teatro na Escuela Internacional Berty Tovyas – Estudis de Teatre, em Barcelona, com pedagogia de Jaques Lecoq, especializando-se na área do teatro do Gesto e do teatro Físico.
Na sua formação artística destaca Agnès Limbos, Jesús Jara, Ferrucio Soleri, Montserrat Bonet, Berty Tovías, John Mowat e Yoshi Oida.
Desde 2008 que se dedica a projetos de criação própria sendo co-autora de:
A Terra dos Imaginadores: http://www.youtube.com/watch?v=wdeRhwOMfnI
Onni – Objecto Náutico Não Identificado: http://www.youtube.com/watch?v=7BufAwHsbck&feature=related
Abundância: http://vimeo.com/79982351#
Garota Portuga Procura: http://www.youtube.com/watch?v=5TuyxbkZ_Qc
Die kleinen Lämmer, espetáculo para Bebés: http://www.youtube.com/watch?v=FWpQE5lEx-E&hd=1
THE MONKEY: http://www.youtube.com/watch?v=uBSSvSp5L4M&hd=1
Dinamizou projectos de intervenção social e de educação pela arte destacando parcerias com CCB, Culturgest, Pim Teatro, T.M. Maria Matos, Estabelecimento Prisional de Évora e foi Doutora Palhaça da Associação Remédios do Riso.
Foi professora de Teatro do Gesto e de Improvisação na Escola Inimpetus de 2008 a 2013 e de 2011 a 2013 dirigiu o Projeto “O Teatro vai à Escola”, em Lisboa.
Vive em Berlim desde Setembro de 2013 onde trabalha como actriz apresentando os espectáculos Die kleinen Lämmer e THE MONKEY.

link: https://dasculturas.files.wordpress.com/2014/06/monkeys.pdf

Razia, de Sarah Adamopoulos

raziaTrês doentes do espírito desfiam um rosário de maledicência, começando numa ponta (os artistas) e acabando noutra (os escritores de livros de auto-ajuda). Estranho mas banal exercício de condenação sumária do Outro diferente – de outra geração, de outra cultura, de outros costumes, ou tão simplesmente de outros sucessos, realizações a que os três arremessam sem pudor a arma de destruição maciça que constitui a inveja nacional, a que juntam uma também conhecida exaltação do passado, levando para a cena os nacionalismos da ordem do dia na Europa dos diferentes.

Espécie de antologia do mal-dizer, Razia é um jogo de culpas disforme como um espelho de ver monstros. Para rir muito a sério.

Interpretação: Ana Pinhal, António Jesus, João Monteiro, Tatiana Dias

Encenação: Joana Sabala

Produção: Teatro Areia Areia | Associação Cultural O Mundo do Espectáculo

Com o Apoio da Câmara Municipal de Almada

O REGRESSO A CASA de Harold Pinter

Noite de estreia no Dona Maria: O REGRESSO A CASA de Harold Pinter.

Tradução Pedro Marques Com João Perry, RúbenGomes, Maria João Pinho, Elmano Sancho, João Pedro Mamede e Jorge Silva MeloCenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro DomingosFotografias Jorge GonçalvesAssistência Leonor Carpinteiro e NunoGonçaloRodriguesProduçãoExecutiva João MeirelesEncenação Jorge Silva Melo

Uma ProduçãoTeatro Nacional D. Maria II/Teatro Nacional S. João/Artistas Unidos M16

saiba mais aqui

Dia Mundial do Teatro

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Só quando o ritual se separa do religioso e passa a assumir uma vertente autónoma e profana é que podemos falar das primeiras manifestações teatrais propriamente ditas. É então que os figurinos adquirem a sua importância como um dos componentes do espectáculo. Essa importância tem-no entanto, oscilado ao longo dos séculos, numa história marcada por muitos factores, como sejam a evolução do traje e as inovações tecnológicas associadas (matérias-primas; tingimentos; confecção; decoração e acessórios; etc.), a evolução do espaço de representação, os meios financeiros disponíveis para a sua execução e a própria importância que lhes é atribuída relativamente a outros componentes do espectáculo, como por exemplo o texto.

No Dia Mundial do Teatro, a Planeta lança este Manual de Teatro, um compêndio organizado por temas, desenvolvidos a partir de uma contextualização histórica inicial. Uma obra indispensável a quem se interesse por esta arte.

 

TAS – Camarim

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Os atores Carlos Alves e Ana Campaniço apresentam, nos dias 21 e 22 de março, às 21h30, no TAS – Teatro Animação de Setúbal, a peça “Camarim”. Esta é uma criação dos dois artistas que aborda os bastidores e as relações por detrás das câmaras de televisão e fora das luzes do palco. Depois do sucesso da temporada em Lisboa, no Teatro Turim, o espetáculo será agora apresentado em Setúbal.

“A ideia de trazer o camarim para a vista do público foi o ponto de partida para a conceção deste espetáculo. Fruto do nosso envolvimento no mundo da comédia, pensámos criar um texto que refletisse algumas das preocupações, ânsias e relações entre os artistas”, explicam os criadores.

O balanço entre a aparência e a verdade, entre a fama e a solidão, entre o drama e a comédia dão uma paradoxalidade ao espetáculo que pretende atenuar a linha entre o choro e o riso.

retirado da Gazeta de Artistas

Uma Ligeira Dor – Teatro Sem Fios – Antena 2

TeatroEsta manhã, a Maria João Pinho, o Nuno Gonçalo Rodrigues e eu estivemos no antigo estúdio da Emissora onde gravámos UMA LIGEIRA DOR, uma peça radiofónica (a primeira, escrita em 1958) de Harold Pinter. Passa no Teatro Sem Fios da Antena Dois no Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. Pelas 21h. É um texto bem estranho, escorregadio, deslizante. Uma obra de juventude onde já surge tanto do que veio a escrever depois. Ouçam, ouçam.
Jorge Silva Melo, encenador, cineasta e crítico. (retirado do Facebook)

Na foto a actriz Maria João Pinho.

Periferias – Festival de Artes Performativas

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A 3ª edição do Periferias – Festival de Artes Performativas em Sintra, abrirá no dia 4 de Março, às 17h, com a exposição “O secreto mundo das marionetas asiáticas”, na Vila Alda, Casa do Eléctrico de Sintra.

Esta exposição, que trará peças do futuro Museu de Marionetas de Macau, tem por objectivo dar a conhecer um pouco, todo o enquadramento histórico das marionetas no Oriente, assim como o seu processo evolutivo a nível cultural e social. Pretende ainda realçar a importância pedagógica do uso destas, não só a nível do ensino formal e académico mas principalmente ao nível da educação e sensibilização da população.

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TAS – A Estrela de Seis Pontas

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O TAS-Teatro Animação de Setúbal, vai estrear no próximo dia 10 de Janeiro às 22h a sua 122ª produção, “A Estrela de Seis Pontas” de Manuel Tiago.
A dimensão humana, do presidiário, foi sendo transformada através de vários personagens e episódios/situações pontuais, o relato de vida na prisão nos anos de 1940-50 e da resistência dos comunistas à ditadura de Salazar e Marcelo Caetano, das prisões políticas e das perseguições da PIDE/DGS.”

O Texto “Estrela de Seis Pontas” da autoria de Manuel Tiago (Álvaro Cunhal), tem adaptação de Carlos Curto, que o concebeu e dirigiu, e é interpretado pelo Ator José Nobre, contando igualmente com a  participação de Carlos Curto.

“A Estrela de Seis Pontas” estará em cena durante o mês de Janeiro às sextas e sábados às 22:00h e domingos às 16:00h. Após o Mês de Janeiro, ficará disponível para digressão.

TAS – Teatro de Animação de Setúbal

 

Os 3 Últimos Dias de Fernando Pessoa

OS TRÊS ÚLTIMOS DIAS DE FERNANDO PESSOA. UM DELÍRIO

Encenação de ANDRÉ GAGO
QUARTA A SÁBADO ÀS 21H de 27 a 30 Nov
Sala principal – Teatro Municipal SÃO LUÍS
M/12
Peça para Pessoa e heterónimos, adaptada da obra de Antonio Tabucchi Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa. Um delírio, vive do cruzamento entre a biografia e a ficção, entre a realidade e a literatura. Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares e António Mora, o menos conhecido heterónimo filósofo, visitam o poeta no seu leito de morte e discutem terna mas afincadamente as suas diferentes visões do mundo. Nos cento e vinte e cinco anos de Pessoa, uma dupla homenagem: ao poeta múltiplo e a um escritor que nasceu italiano e quis ser também português.

Interpretação Alberto Magassela, Carlos António, Carlos Marques, Eurico Lopes, José Neves, Maria João Falcão e Vitor D’Andrade.

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Bartoon II – Estreia no Teatro de Bolso de Setúbal

Bartoon TAS

O TAS, Teatro de Animação de Setúbal estreou ontem “Bartoon II”, inspirado nas tiras de Luís Afonso para o jornal Público e encenado por Carlos Curto.
“Após uma recolha e seleção de dez anos de publicações, foi estabelecida uma “trama” dramática, procurando respeitar em absoluto a essência e o espírito do autor.”

Os atores, caraterizados de forma particularmente feliz, contagiam a plateia com o humor típico do universo de Bartoon. Conversas dispersas, cheias de sarcasmo e com o particular sentido crítico português, onde uma ideia incompleta se pode sempre rematar com um definitivo: “Ah, pois!”.
A dinâmica em palco está bem conseguida e as representações colocam-nos, de forma convincente, perante os personagens das tiras criadas por Luís Afonso. Ficou-me apenas um reparo: a passagem entre quadros podia acompanhar melhor o ritmo do espetáculo.
Gostei particularmente da solução cénica encontrada para a abertura e fecho do espetáculo: brilhante.

Em cena no Teatro de Bolso de Setúbal.
Atores: Carlos Rodrigues, Duarte Vítor, José Nobre e Sónia Martins.

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Bartoon II, pelo TAS

1474620_10153475025030058_892240375_nO TAS-Teatro Animação de Setúbal, vai estrear na próxima sexta-feira dia 22 de Novembro às 22:00, a sua 122ª produção – Bartoon II, no renovado Teatro de Bolso. Bartoon II é um original de Carlos Curto, escrito sobre as tiras diárias de Luís Afonso publicadas no jornal Público.

O olhar de Bartoon sobre os dias que se abatem sobre nós. Com tanta tragédia no palco da vida que suba a cena uma comédia.

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Museu d’Aguarela Roque Gameiro | Minde | Certificação Herity

Decorreu, esta manhã, no Convento de Cristo em Tomar, a cerimónia da Certificação Interacional Herity de 26 bens culturais da Comunidade Intermunicipal do MédioTejo. O Museu de Aguarela Roque Gameiro obteve a mais alta classificação entre os bens culturais certificados.

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Sem Rede – Casa de Teatro de Sintra

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Sem Rede, é uma peça levada a cena pela Companhia de Teatro de Sintra, baseado num texto de Ana Saragoça com encenação de João Mello Alvim. Três atores emprestam a sua interpretação a um quadro familiar. Um homem, uma mulher e uma jovem no fim da adolescência. Seriam uma família. Mas nos dias de hoje, são estranhos com disfuncionais laços de aproximação.

Sem Rede – Casa de Teatro de Sintra

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Sem Rede, é uma peça levada a cena pela Companhia de Teatro de Sintra, baseado num texto de Ana Saragoça com encenação de João Mello Alvim. Três atores emprestam a sua interpretação a um quadro familiar. Um homem, uma mulher e uma jovem no fim da adolescência. Seriam uma família. Mas nos dias de hoje, são estranhos com disfuncionais laços de aproximação.

Os adultos reencontram-se ao fim de vinte anos de separação, através dessa fada mágica que é o Facebook. Mas a ilusão do face não sobrevive ao tempo, como também aquele quadro é vítima dos tempos atuais: divórcio, a crise, os filhos marcados pela partida de um dos progenitores e pela falta de futuro. A mesma falta de perspetiva que faz os jovens encararem os conselhos do mundo adulto como frases gastas e anacrónicas. O conflito de gerações marcado, não por uma visão diferente do futuro, mas pela diferente percepção da sua ausência. Um texto cru e duro que se presta a uma época onde as cerimónias já não fazem sentido. A toalha sobre a mesa será sempre marcada por uma nódoa.

Tudo isto servido com um refrescante sentido de humor que a interpretação dos atores, Susana Gaspar, Nuno Machado e Alexandra Diogo, emprestam uma eficaz convicção. Estreou ontem na Casa de Teatro de Sintra e foi uma grande noite de festa com casa cheia. Até ao dia 27 não percam. Depois a peça parte em digressão pelo país.

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O Guardador de Rebanhos – no TMG

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«O Guardador de rebanhos [um secreto teatro]» é a 20ª produção do Projéc~ e estreia no Teatro Municipal da Guarda (TMG) na próxima quinta-feira, dia 10 de Outubro. Trata-se de uma encenação de Fernando Marques a partir do texto de Alberto Caeiro com a interpretação do actor André Gago. A peça ficará em cena até dia 12 (sábado)com sessões no Pequeno Auditório às 21h30. Está também prevista uma sessão aberta às escolas marcada para sexta, dia 11, às 14h30.

Sobre o espectáculo, o encenador refere que «O que surpreende (…) é o fascínio que sobre o leitor atual exerce este longo monólogo de um “homem” que procura “não pensar-se como homem, mas sentir-se como ser”. Numa definição que parte dos elementos da natureza para nos revelar que o mundo que julgamos construir pelas palavras nos afasta irremediavelmente da essência das coisas aconselha-nos “a despir a natureza do disfarce antropomórfico com que a vestimos” e a abandonarmos toda a retórica, todas as metáforas, toda a pressuposta subtileza que mais não é que uma elaboração do espírito para a si mesmo se justificar. Mas, ao desfazer-se das palavras o poeta condena-se ao silêncio definitivo, e talvez seja por isso que Alberto Caeiro decidiu morrer cedo. (…)»

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Sem Rede, de Ana Saragoça em Sintra

Sem rede

A acção decorre em tempo real, numa noite de sexta-feira em casa de Alice e Isabel, mãe e filha. A mãe, há muito divorciada, resolve receber para jantar o namorado de há 25 anos, seu primeiro grande amor, mentor nas lutas estudantis, quem no fundo a moldou em termos intelectuais. A filha, totalmente desengajada em termos políticos, procura freneticamente uma saída no estrangeiro, de preferência sem ter de pensar muito. O jantar decorre num ambiente entre tenso e cómico, com a mãe a ajustar-se à nova imagem do velho amor e abandonando gradualmente todas as ideias de retomar o romance; a filha sentindo-se gradualmente mais atraída por aquele homem que pode quiçá salvá-la de ir limpar retretes para a Suíça; e Bruno jogando ambiguamente com ambas. Através das características das personagens e dos conflitos gerados, “sem rede” é uma reflexão sobre o Portugal actual, alimentado por um passado de sonhos frustrados e com as perspectivas de futuro ocultadas por um denso nevoeiro.

Teatro Rápido | Amanhã, 5ª damos inicio à Programação de Outubro no TR sob o tema EXCLUÍDOS!

teatro Arrancamos em força, ora espreite o que temos para si logo nos primeiros dias! SALA 1 – Burrocracia Horário das sessões: 18h00 | 18h30 | 19h00 | 19h30 | 20h00 Dramaturgia: Luís F Soares Encenação e Interpretação: Isabel Mões e João Ferrador

SALA 2 – O Arquivo Horário das sessões: 18h05 | 18h35 | 19h05 | 19h35 | 20h05 Autoria e Encenação: Hugo Barreiros Interpretação: Gonçalo Brandão e Soraia Tavares SALA 3 – Monólogo Sem Título Horário das sessões: 18h15 | 18h45 | 19h15 | 19h45 | 20h15 Texto: Daniel Keene Tradução: Pietro Romani Encenação: Mickaël Gaspar Interpretação: Marc Xavier SALA 4 – Morrer na Praia Horário das sessões: 18h20 | 18h50 | 19h20 | 19h50 | 20h25 Texto e Encenação: Filipa Leal Interpretação: Ana Lopes Gomes e Inês Veiga de Macedo Cenografia e Fotografia: Miguel Bonneville PROGRAMAÇÃO PARA A INFÂNCIA A partir de 5 de Outubro Sáb. e Dom. entre as 15h00 e as 16h00 SALA 4 – A Lua Que Queria Ser Quadrada Horário das sessões: 15h00 | 15h30 | 16h00 Texto e Encenação: Isa Silva Interpretação: Liliana Leite e Rita Santana TR BAR De 3 a 31 de Out’13 De 5ª a 2ª entre as 16h00 e as 22h00 HOMEM VELHO Exposição de Desenho de Rute Gonzalez Entrada Livre Todas as 6ªs feiras de Outubro “THE MARIA PARDA’S BOOZE BAND” – Palco Treze – Dias, 4, 11, 18 e 25 às 22h00 M/16 Entrada: 7,50€ com oferta de 1,50€ em consumo TR BAR aplicável a 1 única bebida (não reembolsável) A partir de Gil Vicente Encenação e Dramaturgia: Carlos Freixo Música: colectivo Interpretação: Bruno Bandeira, Carla Garcia, Romeu Vala, Tiago Garrinhas e Tomás Alves. Sáb. dia 5 PFShortsFest Grande Final 21h30 ENTRADA: 3,00€ com oferta de 1 imperial Final da primeira edição do PFShortsFest. Desde Junho passado que contámos com 2 sessões por mês desta primeira edição da mostra. Foram exibidas várias curtas-metragens nacionais no magnífico espaço do TR BAR do Teatro Rápido. Trailer das Curtas Finalistas: http://www.youtube.com/watch?v=nOGgUnQyoCw&feature=youtu.be

PARA ONDE O SOL ME LEVAR | Teatro Rápido

De 1 de Agosto às 18:00 até 31/8 às 20:25

TR

Agosto é sinónimo de praia, férias, sol e calor, também de viagens, emoções ao rubro, reencontros e revisitações. Viagens metafóricas; o sol como elemento de esperança. O Teatro Rápido não vai de férias, mantém-se de portas abertas, sendo uma boa opção cultural para o mês de Agosto.

Em Agosto assinalamos as estreias no TR de Alexandre Tavares, que encena Diogo Tavares, num texto de Armando Nascimento Rosa; Duarte Grilo, que já tem pisado o palco do TR BAR com Café Improv, faz a sua estreia em Sala com encenação de José Carlos Garcia. Anna Carvalho está de regresso ao TR ao lado de Marta Prieto e ainda a estreia absoluta no TR de Igor Sampaio ao lado de Isabel Damatta, pela mão de Fernarndo Gomes.
Pelo palco do TR Bar teremos o regresso de Eduardo Gaspar com o hilariante trabalho de “Elas Sou Eu” e ainda a continuidade do PFShortsFest.

Em Agosto o TR interrompe a Programação para a Infância, regressando em Setembro!

De 1 a 31 de Agosto – de 5ª a 2ª

SALA 1 – Cigano de Lisboa
Horário das sessões: 18h00 | 18h30 | 19h00 | 19h30 | 20h00
quinta a segunda | M/12 | 3€

Texto: Armando Nascimento Rosa
Encenação e Cenografia: Alexandre Tavares
Interpretação: Diogo Tavares
Produção: João Pires
SALA 2 – Belo, Feio e Assim Assim
Horário das sessões: 18h05 | 18h35 | 19h05 | 19h35 | 20h05
quinta a segunda | M/12 | 3€

Texto: Adriano Teixeira
Encenação: José Carlos Garcia
Interpretação: Duarte Grilo
Cenografia e Grafismo: Pedro Vercesi
Fotografia de Cena: Luciana Coelho
SALA 3 – Barbona
Horário das sessões: 18h15 | 18h45 | 19h15 | 19h45 | 20h15
quinta a segunda | M/16 | 3€

Texto: Marta Prieto
Encenação e Interpretação: Anna Carvalho e Marta Prieto
Imagem Gráfica, Cenografia e Produção: António Proença Azevedo
Assistência de Produção: Rita Borreccio e Ana Bicker
Espetáculo disponível em em Português; e Italiano (a partir de 17 de Agosto) mediante reserva antecipada para grupos através do 213 479 138 ou tr@teatrorapido.com
SALA 4 – Sol-Ida-Mente… Juntos!
Horário das sessões: 18h20 | 18h50 | 19h20 | 19h50 | 20h25
quinta a segunda | M/12 | 3€

Autor: Tom Lis
Encenação: Fernando Gomes
Interpretação: Igor Sampaio e Isabel Damatta
Produção: Luís de Freitas
Assistência de Produção: João Gouveia

“Um discurso para uma Academia” de Franz Kafka

 

Encenação de John Mowat, com Maria de Vasconcelos. A partir de “Um discurso para uma Academia” de Franz Kafka. Uma Macaca capturada em África que levada pelo desespero de encontrar uma saída para a sua situação cativa, não encontra outra solução senão a de imitar aqueles seres que a rodeiam, transformando-se num ser-humano. THE MONKEY, em Lisboa: O espetáculo será apresentado na InImpetus Teatro Formação, na Rua de Campolide nº27A.
Em Junho, dias 7 e 8; 14 e 15; 21 e 22 de Junho. Sextas e Sábados às 21:30. O preço do bilhete é de 5€ e as Reservas podem ser realizadas através do número 916818007 ou do email the.monkey.kafka@gmail.com

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Teatro Rápido | Comunicado

Por decisão do projeto, totalmente alheia ao Teatro Rápido, Sofia Sá da Bandeira será substituída por Cristina Areia no espetáculo “GOODBYE” de João Ricardo que estará em cena no TR durante todo o mês de Fevereiro.

SALA 3 – Goodbye
Horário das sessões: 18h15 | 18h45 | 19h15 | 19h45 | 20h15
quinta a segunda | M/16 | 3€

Texto: José Pinto Carneiro
Dramaturgia e Encenação: João Ricardo
Interpretação: Cristina Areia
Instalação Cenográfica: João Ricardo / SP Televisão
Design Gráfico: Inês Gois
Execução de Figurinos: José Graça

Uma mulher, mãe de dois filhos, que na sua última noite de férias no Algarve se deixa levar por um perspicaz jogo de sedução de um jovem rapaz, que a leva a reviver emoções adormecidas.

Bolas de Neve em Janeiro no Teatro Rápido

“Bolas de neve, Dalila. Bolas de neve. Toda a gente as causa vida fora. Atos particulares, aparentemente inocentes, que rebolam ladeira abaixo, arrastando um conjunto futuro de eventos. Às vezes, de crescente maléfico. E a Dalila, ao longo da vida, já causou muitas bolas de neve.”
Uma mulher presa num mundo imaginário sem fim, é confrontada com as suas ações, promessas, ou simples reações que afetam a vida de outros, mesmo sem ter noção disso.SALA 1 – Bolas de Neve
Horário das sessões: 18h00 / 18h25/ 18h50/ 19h15/ 19h40/ 20h05
de quinta a segunda | M/12 | 3€Texto Susana Romana
Encenação Bernardo Gomes de Almeida
Interpretação Ana Varela e Ricardo de Sá

Rua Serpa Pinto, 14, 1200-445 Lisboa
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Teatro Rápido – Antevisão Janeiro 2013

O Ano Novo começa. E com ele o Teatro Rápido só pode prometer mais e bom teatro. Com a expectativa de todas as novas possibilidades que um recomeço cria, o primeiro mês do ano vai ser dedicado às Promessas. Para nós, a de proporcionar a quem nos visita 15 minutos de teatro; para os espectadores, a de saírem com um sorriso na cara, esquecerem os problemas, ou pensarem na vida. Comece o ano cheio de promessas com o TR!

ver mais aqui:  http://teatrorapido.blogspot.pt/

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