O Anjo Negro, de Antonio Tabucchi

O Anjo Negro

Um admirável conjunto de seis contos, que de algum modo retractam o lado negro da alma humana: a cobardia, a traição, a prepotência, a vaidade.

Um dos contos, «Noite, mar ou distância» passa-se em Lisboa, em 1969, e remete, sem o dizer, para um célebre poema de Alexandre O’Neill «Sigamos o Cherne» e para uma Lisboa sombria nos anos finais da ditadura.

Na sua nota introdutória, Antonio Tabucchi define assim os anjos que lhe inspiraram estes contos: «Os anjos são seres difíceis, principalmente os da espécie de que se fala neste livro. Não têm penas macias, têm um pelame ralo, que pica.»

Nas livrarias a 16 de Setembro

Para Isabel, de Antonio Tabucchi

Para Isabel

Como definir uma história como esta? À primeira vista poderia parecer um romance fantástico, mas talvez fuja a todas as definições possíveis. Tabucchi deu-lhe um subtítulo: “um mandala”, mas na realidade, segundo critérios ocidentais, trata-se afinal de uma investigação, uma busca que parece conduzida por um Philip Marlowe metafísico.

Mas nesta investigação espasmódica e peregrina, à metafísica vem juntar-se um conceito muito terreno na vida: sabores, lugares, cidades, imagens que estão ligadas ao nosso imaginário, aos nossos sonhos, mas também à nossa experiência quotidiana.

O leitor português reconhece neste livro uma geografia familiar (Lisboa, Barcelos, Cascais e a Arrábida), mas a acção desloca-se também para o Extremo Oriente (Macau), para a Suíça e para a Itália. E esses mesmos lugares surgem-nos então, através do olhar de Antonio Tabucchi, surpreendentemente transfigurados.

Nas livrarias a 25 de Março

Os 3 Últimos Dias de Fernando Pessoa

OS TRÊS ÚLTIMOS DIAS DE FERNANDO PESSOA. UM DELÍRIO

Encenação de ANDRÉ GAGO
QUARTA A SÁBADO ÀS 21H de 27 a 30 Nov
Sala principal – Teatro Municipal SÃO LUÍS
M/12
Peça para Pessoa e heterónimos, adaptada da obra de Antonio Tabucchi Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa. Um delírio, vive do cruzamento entre a biografia e a ficção, entre a realidade e a literatura. Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares e António Mora, o menos conhecido heterónimo filósofo, visitam o poeta no seu leito de morte e discutem terna mas afincadamente as suas diferentes visões do mundo. Nos cento e vinte e cinco anos de Pessoa, uma dupla homenagem: ao poeta múltiplo e a um escritor que nasceu italiano e quis ser também português.

Interpretação Alberto Magassela, Carlos António, Carlos Marques, Eurico Lopes, José Neves, Maria João Falcão e Vitor D’Andrade.

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