O REGRESSO A CASA | Harold Pinter | Teatro D. Maria II

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crédito foto:  ©Jorge Gonçalves

Uma casa modesta de um bairro operário do Norte de Londres. É onde se passa a ação. Tudo começa quando Teddy, professor universitário nos EU regressa à casa do seu pai, Max, para lhe apresentar a mulher, Ruth. Não estamos entre intelectuais: Max foi talhante, o tio é taxista, o irmão mais novo quer ser boxeur, o do meio move-se no meio da prostituição. São vários homens, uma mulher. Mas o que se passa quando Ruth decide aceitar que o marido se vá embora sem ela? E, aceitando prostituir-se, integrar aquela família? Vence a submissão sexual? Ou estamos a ver o caminho da sua independência? Sexo, poder masculino, luta: uma família num dia banal que, como tantos, em Harold Pinter, começa com um homem sozinho lendo, de manhã, um jornal. Ameaças, jogos de animais predadores – ou de répteis venenosos? E o que é esta casa aparentemente banal, com escadas e móveis baratos? Um tempo em que passado e presente se misturam, uma casa de sonhos? Subentendidos, mal-entendidos, silêncios, poder e conquista de poder: é o mundo deslizante de Harold Pinter.

Escrita em 1964, esta foi a terceira peça longa de Harold Pinter e, para muitos, debaixo da aparentemente banalidade do visível, a sua obra mais complexa.

Sobre O Regresso a casa, diz Jorge Silva Melo: “Encanta-me trabalhar o teatro exacto de Harold Pinter, os silêncios, o humor, a crueldade, encanta-me a maneira que tem de fazer falar o mais simples objecto, como aqui faz com um copo de água, por exemplo. Encanta-me trabalhar com o João Perry, encantam-me estes atores, exactos.”

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