A Vida Adorada de Dom Perdigote | Paulo Moreiras

Paulo Moreiras regressa ao género pícaro, em que é mestre, para nos oferecer uma obra-prima de rigor e divertimento que já fazia falta à nossa literatura. Sublime.

«A Vida Airada de Dom Perdigote» é um retrato muito divertido, passado no período histórico do domínio filipino e cujas aventuras e desgraças vão certamente cativar os leitores.

O livro já está disponível nas livrarias e em leyaonline.com

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto 2015 | Vozes Solistas – Celina da Piedade, Paulo Ribeiro e Bernardo Espinho Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa. Acompanhados por: Antonio Bexiga – Viola do Alentejo a Viola Campaniça. Carlos Menezes – Contrabaixo Filipa Ribeiro – Percussões portuguesas Armando Carvalhêda – Voz Off Luis Filipe Gaspar – Fotografias projectadas João Paulo Nogueira – Som frente Nuno Rebocho – Som de palco Miguel Ramos/Tela Negra – Luzes Alex Gaspar / Uguru – Produção apoios: RDP Antena1, Associação Mutuaria Montepio, Casa da Musica e Câmara Municipal de Serpa. Realização – Jorge Meneses / zoomvideo

O que está a acontecer no Congo? | João Melo, 21 Fevereiro 2023 | in DN

Oleste do Congo Democrático é palco há trinta anos de um conflito alimentado por milícias rebeldes (atuam na região mais de uma centena de grupos armados), o que já causou mais de 10 milhões de mortos, além de um sem número de atrocidades de que os cidadãos são alvo todos os dias. A ONU destacou para a região uma missão de paz com cerca de 14 mil efetivos, a qual, entretanto, se tem mostrado absolutamente ineficaz.

O Papa Francisco esteve recentemente na região e, num dos seus encontros, esteve com alguns dos sobreviventes desse trágico conflito, alguns dos quais exibindo as marcas das sevícias de que foram alvo. O líder máximo da Igreja Católica não poupou nas palavras para acusar os interesses estrangeiros que tentam dividir o referido país, a fim de continuar a explorar criminosamente as suas enormes riquezas. “Há uma noção — que sai do inconsciente de tantas culturas e pessoas — que África deve ser explorada. Isso é terrível. A exploração política deu lugar a um ‘colonialismo económico’ e igualmente escravizador”, disse ele.

“O veneno da ganância manchou os diamantes [da RDC] com sangue”, afirmou o Papa Francisco, para depois fazer um apelo que deverá calar fundo no coração e na mente de todos: — “Parem de sufocar África: não é uma mina a ser explorada, nem uma terra a ser saqueada.” O Sumo Pontífice não tem dúvidas: o que se passa na República Democrática do Congo é “um genocídio esquecido”.

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Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni | Rui Simplício

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni faleceu em Roma a 18 de fevereiro de 1564, mais conhecido simplesmente como Michelangelo ou Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta, anatomista e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.

Desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. A sua carreira desenvolveu-se na transição do Renascimento para o maneirismo, e o seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do humanismo e do neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança.

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Preocupada com conflitos na Ucrânia, China convoca diálogo entre comunidade internacional

A China está “profundamente preocupada” com os conflitos na Ucrânia, que estão “escalando e até ficando fora de controle”, disse o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, em Pequim nesta terça-feira (21).

Tendo isso em vista, o país vai buscar “trabalhar com a comunidade internacional para promover o diálogo e as consultas, responder às preocupações dos envolvidos e buscar uma segurança comum”, discursou o ministro em uma conferência de segurança global.

Às vésperas do aniversário de um ano da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, Qin comunicou que a China vai “continuar promovendo negociações de paz”.

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Rússia suspende participação no tratado de desarmamento nuclear | in DN/AFP, 21 Fevereiro 2023

O Novo START, assinado pelo então presidente Barack Obama em 2010, restringiu a Rússia e os Estados Unidos a um máximo de 1.550 ogivas nucleares estratégicas implantadas cada um – uma redução de quase 30% em relação ao limite anterior estabelecido em 2002.

Vladimir Putin anunciou esta terça-feira que Moscovo vai suspender a sua participação no último tratado de controlo de armas entre as duas principais potências nucleares do mundo, a Rússia e os Estados Unidos.

Este anúncio deverá ser visto por analistas como uma grande tentativa de aumentar as apostas no confronto da Rússia com o Ocidente. “Tenho a anunciar que a Rússia está a suspender a sua participação no novo tratado START”, disse Putin no seu discurso sobre o Estado da Nação. “Não está a retirar-se do tratado, mas está a suspender a sua participação”, disse o presidente russo. “Ninguém deve ter a ilusão de que a paridade estratégica global pode ser violada”, disse Putin.

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Qual é a opinião dos europeus face à guerra? Primeiro as pessoas pensam com o coração, mas depois com os bolsos e com a boca | Sofia Marvão | in TVI, 20-02-2023

Há precisamente um ano, a agenda mediática deu lugar àquele que seria considerado o maior confronto militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. “Uma operação militar especial na Ucrânia”, chamou-lhe o governo russo. Outros países foram mais diretos no termo utilizado: é uma invasão.

“Houve uma simpatia geral em relação à Ucrânia, essencialmente porque defendia os valores europeus e ocidentais”, observa o historiador António José Telo. Além disso, “era uma situação típica de um país grande que ataca o país pequeno”.

As forças de Volodymyr Zelensky acabariam por mostrar uma inesperada e eficaz capacidade de defesa, contrariando as previsões da Rússia. Numa primeira fase, a sua tática foi elogiada, sem que este tivesse logo em conta as consequências que o arrastamento do conflito lhe traria: uma gigante onda migratória, a crise alimentar, o aumento do preço dos combustíveis e a inflação.

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