(Da página do Drauzio Milagres) in Facebook

Os mísseis Tomahawk americanos não são armas comuns. São instrumentos de guerra de longo alcance e alta precisão, capazes de atingir alvos a mais de 1.500 milhas (2.500 quilômetros) de distância.

Os Tomahawks podem carregar uma ogiva convencional ou nuclear. E aqui está a parte assustadora: uma vez lançados, ninguém pode dizer que tipo de ogiva estão carregando. Para o radar, um Tomahawk nuclear parece idêntico a um convencional.

Os Tomahawks não são mísseis “plug-and-play”. A Ucrânia não possui a infraestrutura, sistemas avançados de mira e pessoal altamente treinado para operá-los. Usar Tomahawks exigiria envolvimento profundo e direto dos EUA em todas as etapas — desde a coordenação do alvo e lançamento até o controle em tempo real.

Em outras palavras, se a Ucrânia disparar um Tomahawk, a Rússia saberá que os Estados Unidos desempenharam um papel direto.

Do ponto de vista da Rússia, qualquer míssil Tomahawk que se aproxime pode ser nuclear. Segundo sua doutrina nuclear, detectar um míssil com capacidade nuclear ligado a uma potência nuclear como os EUA justifica uma resposta nuclear. Essa abordagem não é diferente da americana.

Portanto, se os russos virem um míssil Tomahawk se aproximando, presumirão o pior — assim como os americanos fariam — e retaliarão de acordo, mirando os Estados Unidos e a Ucrânia com milhares de mísseis nucleares.

Não é segredo que submarinos russos armados com armas nucleares patrulham constantemente o Atlântico. Mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) poderiam atingir Washington, Nova York, Chicago e dezenas de outras cidades em menos de 30 minutos. Um confronto nuclear em larga escala poderia matar dezenas, até centenas de milhões de americanos em minutos. Isso não é uma hipótese distante; tal erro quase acabou com o mundo durante a Guerra Fria — e estamos mais próximos agora do que mesmo naquela época.

Em termos simples: dar mísseis Tomahawk para a Ucrânia colocará os Estados Unidos na mira de uma guerra nuclear. Um erro. Uma leitura errada do radar. Uma suposição equivocada. Isso seria suficiente para transformar um conflito indireto distante na Ucrânia em um pesadelo nuclear para cada cidade, família e vida americana.

Essa decisão não é apenas arriscada. É potencialmente uma sentença de morte para milhões.

Por favor, encaminhe esta explicação para qualquer americano que você conheça. Não estamos convencidos de que eles compreendam totalmente a situação — e, por mais pretensioso que pareça, não temos certeza se Trump também entende.”