Maria Magalhães | A independência às nossas ex-colónias e com elas o fim do Império Português

Só para lembrar todos aqueles que teimam em dizer que os portugueses foram generosos ao dar a independência às nossas ex-colónias e com elas o fim do Império Português.

Eu detesto a mentira e tal como nos dias atuais, a futura história da Ucrânia será contada como um pequeno povo conseguiu fazer frente à gigante Rússia. Nunca se irá falar da NAT0, nunca se irá falar dos presidentes dos EUA, nunca se irá falar de 50 países contra a Rússia. A história será contada como mais uma vez os diabos russos atacaram  um pobre povo.

Assim aconteceu com Portugal e o ficarmos sem as ex-colónias, algumas na nossa posse há mais de 500 anos. A pergunta que me impus:- Sendo nós membros fundadores da NAT0 em 1949, qual a razão de não nos ajudarem nessa altura nos territórios ultramarinos?

Muita matéria de análise que tive que fazer, ao qual faço um simples resumo.

— Logo após tomar posse, a administração Kennedy (foto esquerda) enviou, através do secretário de Estado Dean Rusk, instruções para o embaixador Elbrick informar Salazar : Deveria realizar uma série de reformas consideradas imperativas para o progresso político, económico e social das províncias africanas portuguesas em direção à sua completa independência dentro de um prazo realista.

— Um dos pontos de fricção entre o Governo português e o Governo americano ao longo de 1961 foram os contactos frequentes entre os Estados Unidos e as organizações e líderes nacionalistas da África portuguesa, especialmente de Angola. Esses contactos foram particularmente intensos com a UPA, liderada por Holden Roberto. Este foi recebido no Departamento de Estado ainda antes do início da guerra, em Dezembro de 1960, e, posteriormente, em Dezembro de 1961. Foi igualmente recebido na embaixada dos Estados Unidos em Leopoldville (Fevereiro de 1961), e na delegação norte-americana junto das Nações Unidas (Março e Abril de 1961 e em Janeiro de 1962).

— O apoio dos EUA a Holden Roberto foi também efectivado através de Israel,  um aliado sempre fiel. A 19 de Maio de 1962 o jornal Evening Post noticiava o convite feito ao chefe da FNLA para visitar Israel e informava que se encontravam no país alguns dirigentes angolanos a receberem instrução militar.

Fico-me por aqui, existe muita matéria, poder-se-ia dizer que Portugal levou sanções fortes até vergar, melhor dizendo, até Salazar cair da cadeira!!!

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