Agosto, de Rubem Fonseca

Existe na escrita de Rubem Fonseca um lado negro, uma crítica social que se torna intemporal. O Brasil de todos os tempos retratado num ritmo forte, em histórias de miséria humana que atravessam todas as classes sociais. Uma lista interminável de personagens sem que o leitor se perca. Vidas que se entrecruzam, como se o Brasil fosse um espaço exíguo, como aquelas celas da delegacia que Mattos insiste em ir esvaziando. Talvez o seu erro tenha sido o de julgar encontrar na lei os limites para uma sociedade em degradação.

«Um policial não pode gostar de poesia. Ele tem outros cadáveres com que se preocupar.»

(ler mais no Acrítico – leituras dispersas)

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