ISIDRO, O TAVEIRA DO SÉC.  XXI | Autor Desconhecido | Retirado do Facebook, mural de Sófia Puschinka

Não sou grande coisa para dormir.  Tenho ido aos treinos e tal, mas sou fraquinho.  Isso me traz dois tipos de dissabores na vida.  Desde logo, olheiras imensas que me valem, a cada passagem por Lisboa, uns 3 ou 4 agradáveis ​​”estás com péssimo aspecto”.  É o tipo de gratificação que me aquece a espinha.  O outro dissabor é o de apanhar com 30 minutos da homilia do Isidro logo pela fresca.

 Não sou diretor de informação da CNN mas se tivesse que apostar, diria que o Isidro vai a esta hora porque tem o cachet mais barato e 1h de conversa faz-se por um bolycao e um bongo.  Era o nosso prémio de jogo no Paio Pires FC … bons tempos.

 Por outro lado, em princípio a esta hora ninguém ouve o homem e por isso a propaganda da Nato dissolve-se nos ressonos lusos.

 Sim, ressonantes.  Não me digam que enfardam aqueles fritos todos com meio jarro de tinto e depois emitem sons de harpa na cama.  Mais depressivo acredito no “bloqueio” ao Coates.

 Não suporto este Isidro.  O homem anda há ano e meio a repetir esta lenga-lenga: “Se o ocidente der [escolher um número maior do que 100] [colocar o nome do tanque/avião/míssil] à Ucrânia, então eles terão todas as condições de liberdade  a [introduzir nome de cidade/área]”

 A entrega a seguir é sempre o “game changer” e mudará o curso da guerra.  Entretanto os países europeus já esgotaram o stock de ferro-velho, já enviaram o que estava em condições, boa parte já declararam que não tem mais nada e, mesmo os americanos, desde a entrega dos mísseis xpto (não tenho paciência para procurar o nome  ) já disse que não há limite de reserva para o seu próprio exército.  Como se sabe, os EUA/Nato, nunca deixe o paiol vazio porque nunca se sabe quando é que há um novo poço de petróleo para libertar ou umas minas de lítio a quem levar a democracia.

 A pergunta de hoje era: “ó Isidro, agora que Bahkmut já foi, o que é que os ucranianos precisam para libertar a Crimeia na contraofensiva?”

 150 caças da quarta geração e a coisa faz-se.  Limpam a Crimeia enquanto o Galamba responde a 128 perguntas.  Agora é que é, diz o Isidro.  Tal como 200 tanques leopard que iam rebentar com os 1000 que os russos por lá tinham, os valentes 150 caças F16 vão arrasar a segunda maior força aérea do mundo com quase 4000 aviões.  entre eles pouco mais de 700 caças de combate.

 Continuamos nisto e daqui não saímos.  O Isidro e todos os defensores do “as long as it takes” vendem, há 18 meses, o direito à integridade territorial como se isso fosse um exclusivo europeu.

 Nunca vi tamanha preocupação com tantos e tantos povos invadidos.  E mesmo neste caso, certamente não serão os ucranianos que ficarão na mente dos falcões de guerra.  Enquanto eles estão morrendo, tudo bem com o “as long as it takes”.

 Todos os dias a realidade desmente o Isidro mas ele lá segue, semanalmente, a vender a cantinela do “agora é que vai”.  O vendedor da Nato, com assento na CNN, parece uma cópia rasca do Taveira na arte da fraca argumentação.  Isto para quem viveu nos tempos do VHS e percebe quão fracas são as cantigas do bandido no mundo queque.

 Até a Nato/Eua meterem as botas no chão tudo, mas mesmo tudo o que o Isidro diz, é para meter na borda do prato.

 Portanto, decidam-se camaradas.  Ou fazem o que o Lula diz, vergam a giga e sentam-se com os russos a decidir que territórios vão a Ucrânia perder.  Ou chamam o mano mais velho e começam a partir de tudo entre Bahkmut e Moscovo.

 Agora, andar todos os dias a dizer que um penso rápido cura uma perna partida, tem lá paciência ó Isidro, mas já não há cú para te ouvir.  Estás só a gozar com o pagode e a receber por isso.  E gozo por gozo, já que se fala em cú e argumentos de merda, ainda assim, prefiro a cantilena do vendedor original.  Esse, ao que consta, lá chegava onde queria.”

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