Pela reintrodução do Princípio da Incerteza nos parlamentos | por Carlos Matos Gomes

O princípio da incerteza é um dos aspetos mais conhecidos da física do século XX. Foi formulado pelo físico alemão Werner Heisenberg, em 1927 e tem sido muito utilizado para exemplificar a diferença entre a mecânica quântica das teorias físicas clássicas. Nesta, quando conhecemos as condições iniciais, conseguimos determinar o movimento e a posição dos corpos ao fim de um certo espaço de tempo, enquanto, segundo o princípio da incerteza da física quântica, não podemos medir a posição e o momentum de uma partícula com total precisão e quanto mais preciso for o conhecimento de um dos valores, menos sabemos do outro.

Ainda que o princípio da incerteza tenha a sua validade restrita ao nível da física, ao inserir valores como indeterminação e probabilidade no campo da análise de fenómenos físicos podemos aproveitá-lo para o estudo dos comportamentos das sociedades. Existe uma aceitação muito generalizada de que a História da humanidade tem um devir e uma racionalidade.

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Marcelo no IDL: “Situação desoladora” nos partidos e no Estado | in Expresso

“Chegou-se ao ponto de para fazer o PRR o Estado ter que recorrer a um gestor privado”. Faltam gabinetes de estudos e produção de pensamento, também nos partidos, alerta o Presidente da República, numa entrevista a Manuel Monteiro para a nova revista do IDL. Marcelo resume o ar dos tempos: “O que interessa é a sensação imediata”

“Os partidos deixaram de ter gabinetes (de estudo) internos e o Estado deixou de ter gabinetes de planeamento ativos”, lamenta o Presidente da República, que classifica a situação de produção de pensamento nos partidos de “desoladora”.