Marcelo considera que SNS precisa de soluções inovadoras para garantir sustentabilidade, in DN 15-9-24

O Presidente da República descreveu o Serviço Nacional de Saúde como um “pilar fundamental para a promoção da saúde, com significativos ganhos para o país”.

O Presidente da República assinalou este domingo os 45 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que melhorou a vida de milhões de pessoas, mas precisa de soluções inovadoras para garantir eficácia e sustentabilidade a longo prazo.

Estas posições do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, constam de uma nota que foi este domingo publicada no portal da Presidência da República.

“O Presidente da República assinala os 45 anos do SNS, pilar fundamental para a promoção da saúde, com significativos ganhos para o país. Através de sua missão de cuidar e proteger, o SNS melhorou de forma significativa a vida de milhões de pessoas, e sua importância para a sociedade continua a ser inestimável”, lê-se na nota.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este domingo , enquanto se celebra “essas conquistas” para a saúde dos portugueses, “é crucial olhar para o futuro, reconhecer os desafios que o SNS enfrenta e procurar soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade e a eficácia do SNS a longo prazo”.

“Parabéns a todos que constituem o Serviço Nacional de Saúde pelos seus êxitos e pelo impacto positivo que tem causado ao longo destas quatro décadas e meia”, acrescenta-se. 

À Agência Lusa, o Presidente da República defende que “todas as soluções na saúde supõem, sempre, um Serviço Nacional de Saúde (SNS) muito forte”, recordando “o salto” que se deu em Portugal após a sua criação.

“Quando se pensa no SNS, é bom que se tenha memória e que se seja justo e lúcido no presente”, afirmou.

Em relação ao passado, o chefe de Estado considerou importante que “se tenha memória, recordando o que era Portugal em termos de saúde em 1974 e o salto que se deu só por causa do SNS”. “E que foi crucial naquelas primeiras três décadas para passarmos de indicadores de subdesenvolvimento para condições próximas da Europa em que tínhamos decidido integrar-nos”, acrescentou.

Segundo o Presidente da República, “no presente, importa, por um lado, lembrar o papel único que teve durante a pandemia e como é essencial num país com dois milhões em situação de pobreza e mais portugueses em risco de nela caírem, sendo que uma parte considerável dessa pobreza coincide com o envelhecimento da população”.

“Neste quadro, todas as soluções na saúde supõem, sempre, um SNS muito forte, porque se o não for ninguém o poderá cabalmente substituir”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, nas declarações que fez à agência Lusa.

O atual SNS foi formalmente criado em 15 de setembro de 1979, quando foi publicada a lei que criou o sistema universal de saúde em Portugal.

Em junho deste ano, este serviço público tinha ao seu serviço um total de 150.333 trabalhadores, quando em junho de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, eram 130.752, de acordo com o portal da transparência do SNS.

Com o seu financiamento assegurado pelo Orçamento do Estado, o SNS custou em 2023 cerca de 14 mil milhões de euros, mais 6,8% do que no ano anterior (+ 892,3 milhões de euros), segundo dados do Conselho das Finanças Públicas.

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