“Nem só de pão vive o homem. Se eu estivesse faminto e perdido nas ruas, não pediria só um pão — pediria meio pão e um livro.”, Federico García Lorca

Retirado do Facebook | Mural de “Eu Já Te Contei”?

A frase mais bonita que já li sobre Lorca é esta.

Lorca não falava só de barriga cheia, falava de alma alimentada. Atacava com coragem os que defendem apenas as necessidades do corpo, esquecendo que a fome mais cruel é a do espírito. É fácil matar a fome com pão, mas quem sacia a fome de saber?

Ele sabia que um povo sem cultura é um povo acorrentado. Sem livros, o homem é reduzido a uma máquina, escravo de engrenagens que não sente, não pensa, não sonha.

A dor do estômago dura pouco. A dor da ignorância dura a vida inteira.

Dostoiévski, isolado na Sibéria, cercado de neve e sofrimento, não pediu calor, nem água, nem comida. Pedia livros. Livros para não deixar sua alma morrer de frio. Livros para construir escadas até o topo do espírito.

‘Livros! Livros!’ — Lorca gritou como quem grita ‘Amor! Amor!’. Porque quem tem fome pede pão, mas quem quer ser livre pede livros.

E isso é o que mantém um homem vivo de verdade.

(Federico García Lorca)

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.