Antigo secretário-geral do Partido Socialista avança mesmo sem apoio.

António José Seguro vai avançar com uma candidatura à Presidência da República.

O antigo secretário-geral do PS acaba de anunciar em exclusivo à TVI e à CNN Portugal que é candidato a Belém, mesmo sem o apoio do Partido Socialista (PS).

Num vídeo que vai ser difundido pelas redes sociais, António José Seguro anuncia que a sua candidatura surge porque “o nosso país precisa de mudança e esperança numa vida melhor”.

Uma decisão confirmada no dia em que se iniciou uma nova legislatura, a mais à direita de sempre, e que o socialista entende que “vai exigir muito de todos nós”.

“Sou candidato a Presidente da República”, afirma António José Seguro, que quer mostrar-se como o rosto da estabilidade, mas, sobretudo, confiança.

“O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, é confiança, confiança nas instituições, confiança de que quem está no poder serve e não se serve, confiança que deixaremos aos nossos filhos mais do que recebemos dos nossos pais”, diz.

E isso é, para o agora candidato, uma “democracia de confiança”, na qual as pessoas possam acreditar que o seu voto conta e que a Justiça é para todos. “As pessoas estão fartas de promessas vazias, de jogos partidários e discursos que nada resolvem. Eu não venho da política internacional. Venho com vontade de servir Portugal, com seriedade, independência e ação”, diz.

“Sou livre, vivo sem amarras”, continua, num vídeo com cerca de cinco minutos em que se apresenta como alguém com as caraterísticas necessárias ao próximo Presidente da República: “Sei ouvir, sei respeitar todas as opiniões, sei unir, sei decidir, sem agir e sou exigente com a ética no exercício de cargos públicos”.

Tudo isto parte de uma “nova cultura política” que se baseia em diálogo e compromisso. Tudo com o objetivo de mudar Portugal, que “precisa de mudar e muito”. E António José Seguro quer essa mudança com uma lógica progressista, “diferente das candidaturas conservadoras já anunciadas”.

“Sou candidato porque Portugal ganha quando há equilíbrio entre quem governa e quem vigia, ganha quando não coloca todos os ovos no mesmo cesto”, reitera, lembrando que nasceu no Interior e vive no Centro e que, por isso, conhece o “País real”, mas também a Europa.

António José Seguro junta-se a Luís Marques Mendes e a Henrique Gouveia e Melo, que já tinham oficializado as suas candidaturas a Belém.