A Ucrânia pode estar a ficar sem munições. E os seus aliados também | João Guerreiro Rodrigues | 18-06-2023 | in TVI

“O Ocidente não estava preparado em termos de produção militar para este conflito. A Rússia vai à frente e é preciso uma mudança radical política. A base industrial do ocidente é incomparavelmente superior à Rússia, mas é preciso uma decisão. As empresas têm de receber contratos a longo prazo para estimular a produção”, destaca o major-general Agostinho Costa.

Depois da Coreia do Sul ou Israel, os Estados Unidos estão a virar-se para o Japão para tentar garantir o fornecimento de centenas de milhares das tão necessárias munições de 155 milímetros, utilizadas para apoiar a ofensiva ucraniana. Para os especialistas, este gesto, que passou quase despercebido, pode ser indicador de que a indústria militar ocidental pode não ter capacidade de produção necessária e os aliados precisam de procurar cada vez mais fundo em depósitos de terceiros para colmatar essa urgência.

“Corremos o risco de ficar sem munições a curto prazo. O ocidente está a ser lento a reagir e o tempo está a favorecer os russos. A base industrial do ocidente é incomparavelmente superior à Rússia, mas esta preparou-se durante anos. As reservas aliadas não estão bem”, afirma o major-general Agostinho Costa, especialista em assuntos de Segurança.

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