Ansiedade Americana | Joseph E. Stiglitz | DN

As eleições presidenciais dos Estados Unidos serão, quase de certeza, o acontecimento dominante do próximo ano. Salvo algo inesperado, é provável que vejamos uma reedição da competição entre Joe Biden e Donald Trump, com o resultado perigosamente incerto. Um ano depois, as sondagens nos principais estados indecisos dão vantagem a Trump.

As eleições serão importantes não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo. O resultado poderá depender das perspetivas económicas para 2024, que por sua vez dependerão em parte da evolução da última conflagração no Médio Oriente. O meu melhor palpite (e o pior pesadelo) é que Israel continuará a ignorar os apelos internacionais para um cessar-fogo em Gaza, onde 2,3 milhões de palestinos estão desamparados há décadas. O que vi durante uma visita no final da década de 1990, como economista-chefe do Banco Mundial, foi suficientemente doloroso, e a situação só piorou desde que Israel e o Egito impuseram um bloqueio total, há 16 anos, em resposta à tomada do enclave pelo Hamas.

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