Ética e guerra | por Carlos Matos Gomes

Mudam-se os tempos mudam-se as bondades da UE — O sócio Zelenski vem atrasado

A presidente da Comissão Europeia foi de Bruxelas a Kiev entregar uma proposta de sócio da União Europeia ao regime da Ucrânia representado por Zelenski. Vem atrasado, segundo se conclui.

Há cerca de dois meses a União Europeia ameaçava de expulsão dois Estados, a Hungria e a Polónia, a por não cumprirem os critérios mínimos de transparência económica, independência do poder judicial, corrupção, perseguição de minorias.

A hipótese da Ucrânia cumprir os critérios de adesão motivava há dois meses risada geral na União Europeia, de tal modo o regime da oligarquia local estava muitos furos abaixo deles, com violência sobre minorias, desrespeito pelos valores elementares de um Estado de Direito. Há dois meses a Ucrânia de Zelenski era um Estado mais mafioso do que a Polónia e a Hungria e do que os Estados Bálticos. Um Estado na categoria de iliberal, em que uma democracia formal justificava o poder de uma minoria oligarca. Era uma Rússia em ponto mais pequeno.

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