Os paladinos da guerra perfeita, por Viriato Soromenho-Marques, in DN

Não cessa de me surpreender a indiferença dos nossos eleitos políticos, do Governo e da oposição, mergulhados em trivialidades, perante a questão existencial da paz e da guerra.

A maior ameaça à nossa existência coletiva reside no silêncio e cumplicidade de quem nos governa e representa, perante aqueles, ao nosso lado, que alimentam o rastilho aceso à espera de explodir em todo o Velho Continente. O atentado contra Robert Fico – PM eslovaco e uma voz dissidente no consenso belicista da NATO -, ou a repetição na Geórgia dos protestos ao estilo de Kiev em 2013, são sintomas da catástrofe em marcha.

A Rússia domina o campo de batalha. Contudo, como sempre escrevi, num conflito em que estão envolvidas quatro potências nucleares, a paz só poderá nascer do primado da política sobre as armas. Em cima da mesa deveria estar a necessidade de travar a escalada, cessar os combates, e assinar tréguas duradouras.

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