Poema | Maria Isabel Fidalgo

Não te escondas do amor quando ele vem

que amanhã, quando vier, é sempre tarde

e nunca nada haverá que te resguarde

do mal que te fizeste ao não veres bem

para tudo há um bem maior no tempo certo

e mais cedo ou mais tarde pagarás

o teu descuido de deixares ficar para trás

o que deixaste de cuidar quando era perto

será sempre um mal o bem, se for tardio

que águas passadas não mais serão do rio

e não há maré que as vá trazer de volta

pois deixam funda uma chaga que sempre arde

e uma guerra é muito mais que uma revolta

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