O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura, de José Eduardo Franco e Luiz Eduardo Oliveira

Lisboa, 04 de janeiro de 2024 – Dificilmente haverá, na história portuguesa e brasileira, uma figura política tão sujeita a processos de reinterpretação e construção de imagens ambivalentes, contrastadas ou mitificadas – com os mais diversos propósitos – como Sebastião José de Carvalho e Melo. Contudo, e inequivocamente, o contributo da ação reformativa do primeiro-ministro para o processo de unificação e construção de uma nação imensa na América do Sul é inegável. José Eduardo Franco e Luiz Eduardo Oliveira demonstram-no com rigor na primeira novidade da Temas e Debates para este novo ano de 2024: O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura chega às livrarias a 11 de janeiro.o.

Sinopse

O Marquês de Pombal é uma chave importante para compreendermos dimensões relevantes do Portugal e do Brasil de hoje e até de outros países que a sua ação política influenciou. A sua política reformista é fundamental para o processo de unificação do Brasil e das condições estruturantes para a futura independência deste que é um dos maiores países do mundo. A reforma administrativa civil que visava garantir a soberania do Estado em todo o território, a reforma linguística que impôs o português como língua única, a mudança da capital da Bahia para o Rio de Janeiro, a lei da liberdade dos ameríndios, a expulsão dos Jesuítas e o fim dos aldeamentos missionários autónomos administrados por religiosos, o estabelecimento das bases do ensino público, a criação da companhia monopolista para o Grão-Pará e Maranhão, a continuação do impedimento de criação de universidades nas colónias, que inibiu a constituição de elites diferenciadas nos diferentes pontos do território, são algumas das medidas políticas josefino-pombalinas que impediram a fragmentação política do imenso território que passou a designar-se como brasileiro, conferindo-lhe uma coerência e unidade maior. Esta política colonial dirigida sob a batuta do rei D. José I e do seu primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo foi fundamental para a construção do Brasil que hoje conhecemos, sendo precursora do sucesso da sua autodeterminação proclamada no século seguinte, no ano de 1822, com o simbólico grito do Ipiranga de D. Pedro.

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