QUEM TEM MEDO DE FRANCISCO LOUÇÃ?, por Francisco Seixas da Costa

Sinto por aí um certo mal-estar com a proeminência pública de Francisco Louçã, seja pela presença regular na comunicação social (imprensa, rádio e televisão), seja pelos lugares que ocupa no Banco de Portugal e no Conselho de Estado. Pena é que não se destaque, com igual nota, a sua atividade académica, em que, por um indiscutível mérito próprio, chegou ao topo da carreira letiva, com amplo reconhecimento dos seus pares. Louçã é, além disso, autor de uma bibliografia muito assinalável, também publicada no estrangeiro.

Esta atitude anti-Louçã – chamemos as coisas pelos nomes – apoia-se num pouco subliminar juízo de “ilegitimidade”. Porque as ideias políticas de Louçã são minoritárias, dar-lhes relevo não tem o menor sentido e representa uma injustificável cedência de espaço ao Bloco de Esquerda – é esta a “lógica” do raciocínio.

Ora Louçã tem todo o direito de pensar o que pensa. Não concordo com muitas coisas que ele defende, sentir-me-ia mesmo pouco confortável se algumas das suas ideias fossem levadas à prática, nomeadamente nos temas europeus. Mas reconheço que o seu pensamento tem uma indiscutível racionalidade e coerência, mesmo quando ataca aquilo que eu próprio penso. E fá-lo com uma inteligência e uma preparação intelectual muito raras.

Num país em que o pensamento económico dominante é um ecoado por um “coro” que papagueia uma linha quase uniforme, difundindo um “template” que surge vendido como verdade indiscutível nas salas das nossas universidades (isto sabe-se?), de que algum “jornalismo” económico é apenas um subproduto para “dummies”, fico muito feliz pelo facto de poder existir, com visibilidade nacional, um contraditório, mediático e não só, feito por alguém com a estatura de Francisco Louçã.

Retirado do Facebook | Mural de Francisco Seixas da Costa

O que Fernando Pessoa não escreveu Consultar o site da Casa Fernando Pessoa

Circulam na Internet inúmeros apócrifos de Fernando Pessoa. Ou seja, textos que não foram escritos por Pessoa, apesar de lhe ser atribuída a autoria.

São exemplos disso o texto que refere um castelo a construir com as pedras encontradas no caminho ou a transcrição incorrecta do Guardador de Rebanhos que remete para altura do que os olhos podem ver.

A estrutura da rede faz com se multipliquem incontrolavelmente as referências e que se prolongue o equívoco.

Salvaguardando a obra de Fernando Pessoa, a equipa da Casa está disponível para confirmar a autenticidade de citações ou poemas, sugerindo as clarificações necessárias para evitar a perpetuação de erros. Em caso de dúvida, não deixe de nos contactar através do email info@casafernandopessoa.pt

https://www.casafernandopessoa.pt/pt/cfp/info/noticias-publicacoes/o-que-fernando-pessoa-nao-escreveu?eID=