”Um desejo coletivo de morte para o mundo”, por Viriato Soromenho-Marques, in DN, 6/7/24

O título deste artigo foi retirado do mais importante discurso de John F. Kennedy (JFK), proferido em 10 de junho de 1963. Nele, o presidente dos EUA enunciou um conjunto de medidas conducentes ao desanuviamento das relações entre Washington e Moscovo, de modo a evitar a III Guerra Mundial. Em outubro de 1962, os dois Estados estiveram à beira de um confronto nuclear direto, numa situação limite que ficou conhecida como a Crise dos Mísseis de Cuba.

Durante duas semanas, o planeta baloiçou no precipício do holocausto nuclear. Não surpreende que JFK, depois de ter superado essa crise existencial, tenha procurado extrair lições do acontecido, visando prevenir a repetição de uma situação semelhante.

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À atenção da Assembleia da República, por Carlos Esperança

Recentemente o futebolista Manuel Fernandes e o artista plástico Cargaleiro tiveram na AR um voto de pesar pela sua morte. Foi justo e merecido, mas faleceram na mesma data dois capitães de Abril, o coronel Rui Guimarães e o general Franco Charais que tiveram participação importante no 25 de Abril, e foram esquecidos.

É na vergonhosa amnésia parlamentar que a reescrita da História está a ser feita sem um sobressalto cívico. Foi, aliás, o lamento do capitão de Abril, Rodrigo Sousa Castro, no Twitter que me levou a deplorar o esquecimento dos deputados. Aqui fica o testemunho da minha indignação.

França – Portugal, por Fernando Couto e Santos

Portugal pode melhorar em alguns aspectos, mas, apesar de tudo,  jogou globalmente bem na segunda parte e esteve por cima no prolongamento contra uma França que, embora a jogar muito abaixo do que é capaz de produzir, tem alguns dos melhores jogadores do mundo e é a selecção europeia com melhor palmarés  da última década, a saber um título de campeão do mundo em 2018, uma Liga das Nações em 2021, finalista vencido do Euro 2016(que perdeu no prolongamento contra Portugal) e finalista vencido do último Mundial em 2022(que perdeu nos penalties contra a Argentina).

Portugal não merecia ter perdido, mas os treinadores de bancada já andam por aí a botar faladura. E o treinador isto e o jogador “A” aquilo. É evidente que todos têm direito à sua opinião e a fazer as críticas que entendem, mas se Portugal tivesse noutros domínios a qualidade da nossa selecção de futebol, viveríamos muito melhor e sem os problemas económicos e sociais que nos atormentam. Talvez fosse melhor moderar os ímpetos, não se fazer o arraial que se faz sempre no dia dos jogos, como se ganhássemos antecipadamente, e ser-se mais desapaixonado nas análises. Viva Portugal!