“Insubmissa” | documentário sobre a escritora Natália Correia, by Nanook – Joaquim Vieira e Filipa Martins.

A Nanook acabou de entregar à RTP2 a sua mais recente produção: o documentário “Insubmissa”, sobre a escritora Natália Correia (Fajã de Baixo, 1923-Lisboa, 1993), personalidade singular, ousada e irreverente no campo das letras portuguesas do século XX.

Ao longo do filme, dividido em duas partes (“Natália na Resistência” e “Natália na Liberdade”), a câmara vai acompanhando a escritora Filipa Martins na sua descoberta da personalidade de Natália Correia, de quem se encontra a escrever a biografia.

As gravações de “Insubmissa” decorreram entre os Açores (onde se situam as raízes da poetisa) e Paris (onde reside a sua íntima amiga Isabel Meyrelles, poetisa e escultora), detendo-se naturalmente em Lisboa (onde Natália viveu quase toda a vida), com incidência particular no bar Botequim, que ela criou e transformou durante décadas na sua sala de visitas.

Num regresso a esse passado, grande parte das entrevistas realizadas para o documentário foram gravadas no Botequim. Além de Meyrelles, recolhem-se os depoimentos de outros artistas plásticos, como Nikias Skapinakis, Cruzeiro Seixas, Manuel Cargaleiro e Gracinda Candeias, de escritores como João de Melo, Onésimo Teotónio de Almeida, Fernando Dacosta, José Manuel dos Santos, João Carlos Macedo e António Vilhena, e ainda de outras figuras que tiveram um relacionamento de amizade com Natália Correia ou estudaram a sua obra, caso dos músicos António Victorino de Almeida e Carlos Pereira, do encenador Carlos Avilez, do jurista (e também escritor) Álvaro Laborinho Lúcio, dos políticos João Bosco Mota Amaral e a arquiteta Helena Roseta, do antigo capitão de Abril Rodrigo Sousa Castro, de Manuela Ramalho Eanes (mulher do antigo Presidente da República António Ramalho Eanes), da professora Júlia Maranha, da psicóloga clínica Manuela Santos, do filósofo Manuel Gandra, do jornalista Manuel Murteira, do advogado Carlos Melo Bento, das investigadoras Ângela Almeida e Odília Gameiro ou até mesmo do principal empregado de mesa do Botequim, António Bandola Coelho.

Em diversas aparições, a própria Natália Correia recita a sua obra, intervém em programas televisivos ou presta depoimentos e entrevistas. Abordam-se neste trabalho não apenas os traços essenciais da sua multifacetada obra literária como diversos aspetos da sua vida privada (entre eles os quatro casamentos que teve), fazendo-se ainda referência a outras atividades (tanto culturais como políticas) em que foi igualmente pródiga.

A realização é de Joaquim Vieira, que assina também o guião em coautoria com Filipa Martins (na imagem, com um autorretrato de Natália, durante as gravações, no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada). Anunciaremos aqui, atempadamente, a data da estreia deste trabalho.

Nanook – Empresa Europeia De Produção De Documentários, Lda

Retirado do Facebook | Mural de Joaquim Vieira

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