‘Poesia, saudade da prosa’, por Guilherme d’Oliveira Martins, in DN, 23-07-2024

Luís Filipe Castro Mendes cita Manuel António Pina no início de Tentação da Prosa (Exclamação, 2024) – Poesia, saudade da prosa, e assim se compreende o ofício da escrita. E Francisco Seixas da Costa diz, na nota inicial: “Conhecia-lhe já a prosa, a sua limpidez, a riqueza vocabular, o fluir fácil e elegante no estilo, saído de alguém para quem a produção de textos constitui um óbvio ato de prazer.” E estas crónicas “espelham alguém (…), já sem algumas das ilusões geracionais, mas com notas permanentes de esperança e de otimismo”. E assim há “uma imensa e invejável felicidade” na busca dos acontecimentos e das leituras… “É das coisas miúdas que se fazem os grandes encontros”.

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‘Vale das ameixas’, um mergulho proustiano, por Adelto Gonçalves

Segundo romance do jornalista Hugo Almeida surpreende por sua engenhosa estrutura narrativa              

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                Um diálogo com a obra A rainha dos cárceres da Grécia (1976), de Osman Lins (1924-1978), é o que o leitor vai encontrar em Vale das ameixas (São Paulo, Editora Sinete, 2024), segundo romance para adultos do jornalista Hugo Almeida, que surpreende por sua engenhosa estrutura narrativa. Mas não só. A obra se parece um pouco na estrutura também com Avalovara (1973), outro livro do escritor pernambucano. A semelhança se dá ainda no enredo, pois, a exemplo do personagem Abel, de Avalovara, o protagonista Harley/Timo teria tido várias mulheres.

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Germany’s Big Surrender To Putin? After Russia’s Threat, Scholz Makes This Appeal To Moscow & NATO | A grande rendição da Alemanha a Putin? Após a ameaça da Rússia, Scholz faz este apelo a Moscovo e à NATO

18/07/2024 | German Chancellor Olaf Scholz has urged major powers to resume arms control talks amid escalating rhetoric that could lead to a new Cold War. Expressing concerns over potential arms races, Scholz emphasized the importance of dialogue to prevent further escalation.

Da rocha ao solo | Centro Ciência Viva Alviela

Está a chegar a Noite Europeia dos Investigadores (27.09). Até lá, vamos ter três atividades relacionadas com a temática deste ano: Solos. 

A 1ª atividade que propomos é já no dia 28 de julho. Acompanhamos a investigadora Mª Luísa Rodrigues [IGOT, UL] e o Óscar Pires [Engº Agrícola] numa saída de campo que nos mostra como se formam solos no Maciço Calcário Estremenho. Será que numa região caracterizada pela ausência de cursos de água à superfície e rocha desnuda, se formam solos? O ponto de encontro é no parque de estacionamento da gruta de Alvados e a saída de campo termina em Minde. A deslocação é em viatura própria, com 5 paragens ao longo do percurso. 

Esta atividade é gratuita mas a inscrição é obrigatória. Participe!

O Efeito Dunning-Kruger | A propósito de “análise políticas” nos “media” em Portugal

O Efeito Dunning-Kruger é um viés cognitivo que faz com que as pessoas julguem erroneamente os dados, pessoas e outros elementos do mundo que as cerca, tomando decisões igualmente equivocadas. O fenômeno foi descrito e estudado em 1999 pelos psicólogos Justin Kruger e David Dunning da Cornell University. O efeito diz respeito a pessoas que acreditam cegamente que possuem um preparo maior do que os outros para lidar com determinado assunto.

NIETZSCHE E “AS RAÍZES DA TRAGÉDIA”: DECODIFICANDO O UNIVERSO ATRAVÉS DA ARTE, in Facebook/Alta Cultura

Em “As Origens da Tragédia”, Nietzsche define o objetivo de corrigir a visão de Schopenhauer sobre a natureza da tragédia. Hegel, de um ponto de vista moral, assume que o universo opera com base na racionalidade, enquanto Schopenhauer substitui o moralismo pela ” ideia de sobrevivência”, afirmando a vida como uma piscina de miséria. No entanto, esta perspectiva levanta a questão: Como é que o universo existe?

Nietzsche admite que Schopenhauer tinha razão em descrever o mundo cheio de miséria e carma. No entanto, se visto de um ponto de vista moral, dificilmente se pode justificar a existência do universo. A razão desta existência só pode ser explicada através de lentes artísticas.

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