Da Guerra | Carlos Matos Gomes, 15-09-24

Historicamente as guerras terminam ou por rendição – uma das partes entrega-se à outra, ou por acordo. A guerra dos Estados Unidos com a Rússia na Ucrânia tem alguma outra saída? Os Estados Unidos esperam obrigar a Rússia a render-se? E o que pensam fazer depois, atacar a China e obrigá-la a render-se?

E o objetivo dos Estados Unidos é transformar o grande continente que vai dos Urais ao Pacífico numa imensa Gaza?  Os argumentos morais, do género a Ucrânia tem direito a fornecer bases para os Estados Unidos atacarem a Rússia, que é a causa desta guerra, devem responder à questão, ou os Estados Unidos conseguem obrigar a Rússia a render-se, ou têm de estabelecer um acordo. O resto é aspergir lepra com água benta.  É esta a resposta que os cidadãos têm de exigir aos políticos.

Entre o aberrante e a vulgaridade, por Carlos Matos Gomes, 15-09-2024

A relação entre os comentadores públicos europeus e as eleições americanas lembram-me os comentários que numa noite de insónia num hotel em Londres ouvi a propósito de um jogo de cricket. Desconhecia e desconheço as regras do cricket. O meu interesse residia em descobrir o que levava os ingleses a interessarem-se pelo jogo. 

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OLIVENÇA | Nuno Melo acusa líder do PS de negar legitimidade de Portugal, in DN, 14-9-24, por Artur Cassiano, foto de Nuno Veiga/Lusa

Ministro da Defesa alega que opinião manifestada foi repetida “como presidente do CDS” e lembra que PS, em 2012, pediu ao MNE que fosse travada “megaprodução” que festejava a anexação de Olivença.

O que diz a história diplomática? Que “em 20 de novembro de 1815  foi  assinado o Tratado de Paz entre a Áustria, Grã-Bretanha, Prússia e Rússia com a França, em que se estipulou que Portugal receberia dois milhões de francos como indemnização pela guerra sustentada contra a França. Pelo artigo 105 do acto final, ficou consagrado o direito da Coroa Portuguesa ao território de Olivença e outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz. Apesar da resistência inicial a Espanha acabaria por ratificar o tratado  em 7 de maio de 1817”. 

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