TARRAFAL, 89 anos, 23.04.1936/23.04.2025

A Colónia Penal do Tarrafal foi criada pelo Governo de Salazar ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26. 539, de 23 de Abril de 1936.

Seis meses depois, em 18 de Outubro, os primeiros presos saíram de Lisboa, no paquete Luanda, com destino ao que viria a ser o «Campo da Morte Lenta», na ilha de Santiago, em Cabo Verde. Aquele navio era normalmente usado para transporte de gado proveniente das colónias e os porões utilizados para esse efeito foram transformados em camaratas. Depois de uma escala no Funchal e de uma outra em Angra do Heroísmo, para recolher mais alguns detidos e / ou largar os menos perigosos, e no fim de uma viagem em condições degradantes, foram 152 os que desembarcaram, no dia 29, em fila indiana, antes de percorrerem os 2,5 quilómetros que os separavam do destino final.

Depois, foi o que se sabe: histórias de terror, 32 pessoas por lá morreram e o Campo durou até 1954. Foi reactivado em 1961 quando começou a Guerra Colonial, como «Campo de Trabalho do Chão Bom», para receber prisioneiros oriundos das colónias. Durou até 1974.

Uma carta para a minha professora, Deborah Hopkinson (texto) e Nancy Carpenter (ilustrações), Nas livrarias a 28 de abril

Um álbum emotivo, que assume a forma epistolar, numa narrativa repleta de memórias preciosas e um sentimento de enorme gratidão. No final, descobrimos que a influência da antiga mestra foi ainda mais marcante. A jovem escreve na véspera de iniciar, ela própria, o seu trabalho como professora. Uma homenagem brilhante a todos os professores que continuam a abraçar a sua missão e a mudar a vida dos seus alunos, mesmo os mais desafiantes.

23 de Abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, Fundação José Saramago

Hoje, 23 de abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a Fundação José Saramago apresenta, em parceria com o Plano Nacional de Leitura e a Porto Editora, a edição electrónica de «O livro nosso de cada dia», transcrição de uma conferência proferida por José Saramago na Feira do Livro de Granada, em 1999.
26 anos depois, um texto muito actual sobre a importância do livro e da leitura, sobre o papel de ambos na sociedade, um retrato do leitor José Saramago na primeira pessoa.

Lobby lusófono no Conclave?, por Leonídio Paulo Ferreira, in DN, 23-04-2025

Portugal desempenhou um papel de grande importância na História do catolicismo, basta pensar que o país hoje com maior número de católicos é o Brasil e que aquele percentualmente mais católico é Timor-Leste. Some-se a isto, se ainda houver dúvidas, que metade dos 30 milhões de cristãos da Índia são católicos e muitos têm nomes de família como Fernandes, Dias, Pinto, D’Silva ou D’Souza ou sublinhe-se o uso do português na liturgia dos “cristãos ocultos” japoneses. A par dos espanhóis, foram os portugueses os grandes responsáveis pela expansão global da influência dos papas, e isto num momento em que na Europa Ocidental o seu tradicional domínio era desafiado pelas teses de Lutero.

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Cronyism, Capitulation and Utter Chaos, by Paul Krugman, Apr 23

And what the hell was Scott Bessent doing briefing Morgan clients?

Hitting the road today, but I have time for a note on the news that moved markets yesterday. Bloomberg reports:

US Treasury Secretary Scott Bessent told a closed-door investor summit Tuesday that the tariff standoff with China cannot be sustained by both sides and that the world’s two largest economies will have to find ways to de-escalate.

That de-escalation will come in the very near future, Bessent said during an event hosted by J.P. Morgan Chase in Washington, which wasn’t open to the public or media. He characterized the current situation as essentially a trade embargo, according to people who attended the session.

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Opinião pessoal (LXVIII) sobre Almeida Santos, por Francisco George, in DN, 23-04-2025

Tal como escrevi em crónicas anteriores, os desenhos de Álvaro Cunhal, aqui publicados, foram oferecidos, por ele mesmo, ao seu conterrâneo António Almeida Santos (1926-2016), no final das reuniões do Governo que os dois integraram em 1974 e 1975.

Mais do que o valor artístico que exibem, é o simbolismo que esses traços representam que justificou a sua divulgação. Foi a filha mais velha de Almeida Santos, cuidadora do património documental deixado por seu pai, que me fez chegar cópias digitalizadas dos originais que cuidadosamente preserva. Ainda bem que assim calhou pelo indiscutível interesse público em proporcionar a sua difusão mais ampla, nestas páginas.

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