Três grandes cidades reconstruídas, Londres, Lisboa e Paris, por Kenneth Maxwell, Adelto Gonçalves

 Três grandes cidades reconstruídas
Obra recente do historiador inglês Kenneth Maxwell recupera a história da reconstrução por que passaram Londres, Lisboa e Paris. Adelto Gonçalves.

          I

               Examinar os esforços de reconstrução de três grandes cidades europeias foi a ingente tarefa a que se dedicou o historiador inglês Kenneth Maxwell ao escrever The Tale of Three CitiesThe Rebuilding of London, Paris, and Lisbon (Robbin Laird, editor, Second Line of Defense, 2025), obra que acaba de ser lançada na Inglaterra e nos Estados Unidos com textos em inglês, português e francês. É o resultado da leitura que o autor fez na abertura de um colóquio internacional sobre Arte e Literatura Luso-Brasileira, realizado na Universidade de Harvard, em setembro de 2024.

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CITANDO | José Vítor Malheiros, 19 Maio 2025

É tempo de repensar tudo. Principalmente o que pensávamos estabelecido. De rediscutir tudo. Principalmente o que pensávamos consensualizado. De mobilizar todos. Principalmente os que pensávamos que estavam empenhados. De ouvir todos. Principalmente os que pensávamos que já sabíamos o que iam dizer. E de construir colectivamente a resposta.

Por José Vítor Malheiros | AQUI: https://emcausa.org/recomecar-como-sempre/

“Nem só de pão vive o homem. Se eu estivesse faminto e perdido nas ruas, não pediria só um pão — pediria meio pão e um livro.”, Federico García Lorca

Retirado do Facebook | Mural de “Eu Já Te Contei”?

A frase mais bonita que já li sobre Lorca é esta.

Lorca não falava só de barriga cheia, falava de alma alimentada. Atacava com coragem os que defendem apenas as necessidades do corpo, esquecendo que a fome mais cruel é a do espírito. É fácil matar a fome com pão, mas quem sacia a fome de saber?

Ele sabia que um povo sem cultura é um povo acorrentado. Sem livros, o homem é reduzido a uma máquina, escravo de engrenagens que não sente, não pensa, não sonha.

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Eleições parlamentares 2025: E agora, PS?, por Vital Moreira, 19 Maio 2025

1. Depois deste desastre eleitoral, numas eleições que podia e devia ter evitado, e que só supreendeu pelos números, o que deve fazer o PS, além de lamber as feridas e preparar o processo de seleção de nova liderança?

Ocorre-me recordar o que escrevi num post há tempos:

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«(…) estando excluída entre nós, pelo menos por agora, a hipótese de governos de grande coligação ao centro (à alemã), não é impossível, porém, equacionar um pacto estável entre os dois tradicionais partidos de governo , no sentido de, em caso de vitória eleitoral sem maioria absoluta, cada um deles deixar governar o outro – salvo coligação governamental maioritária alternativa -, viabilizando a constituição do Governo e prescindindo de votar moções de censura, a troco da negociação dos orçamentos (…).

Parecendo-me excluída a repetição de maiorias absolutas monopartidárias – por causar fragmentação da representação parlamentar – e também pouco provável a hipótese de coligações maioritárias, quer do PSD com a sua direita (excluindo obviamente o Chega) quer do PS com a sua esquerda (excluindo o Bloco e o PCP), este acordo entre os dois partidos de governo faz todo o sentido, para ambos, agora e no futuro.

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“Menos impostos”. AD ganhou, mas o que prometeu com impacto na carteira?, in Notícias ao Minuto, 19 Maio 2025

“O Programa eleitoral da AD para a legislatura 2025-2029 combina continuidade e novidade, o aprofundamento deste exercício de um ano de governação, a resposta a problemas preexistentes mas que tinham sido omitidos ou subestimados e a adequação ao agravamento das tensões, conflitos e estabilidade internacional”, pode ler-se no documento

Das várias “medidas emblemáticas”, como lhes chama a coligação, o Notícias ao Minuto destaca as seguintes 10: 

  1. “Menos impostos sobre o trabalho, especialmente para a classe média: Reduzir IRS em 2.000 milhões €, dos quais 500 milhões já em 2025, baixando a carga fiscal sobre os rendimentos, em especial para a classe média. Estimular também a poupança;
  2. Mais rendimentos: Salário Mínimo de 1.100€ e salário médio 2.000€, e nenhum pensionista com rendimento abaixo de 870€;
  3. Melhorar a vida dos mais velhos: Continuar a valorizar as pensões. Aumentar o Complemento Solidário para Idosos para garantir que nenhum pensionista tem rendimento abaixo de 870€, e que há isenção total na compra de medicamentos. Programa de Envelhecimento Ativo.
  4. Um país para jovens: Garantir a continuidade das novas medidas para fixação dos jovens: IRS Jovem reduzido, Isenção de IMT e de Imposto de Selo e garantia pública na compra da primeira casa;
  5. Garantimos boas contas públicas: Continuar a assegurar saldos orçamentais ligeiramente positivos e redução do peso da divida pública, de forma saudável e equilibrada, baixando impostos e valorizando os trabalhadores e investimento públicos;
  6. Construir mais casas: Aumentar a construção, reabilitação e arrendamento de casas, flexibilizando regras e licenciamento da construção e reduzindo a tributação para aumentar a oferta. Executar as 59 mil casas públicas a preços acessíveis e disponibilizar financiamento para mais projetos municipais;
  7. Garantir creches e pré-escolar para todas as crianças: Contratualizar até 12 mil vagas no Pré-Escolar para os territórios com necessidades identificadas;
  8. Valorizar os trabalhadores públicos: Concluir revisão de carreiras até 2027, reconhecer o mérito e qualificação, e apostar em prémios de desempenho;
  9. Trabalhar compensa: Garantir que os regimes de apoios sociais e tributação são benéficos para quem trabalha;
  10. Apostar nas empresas para acelerar o crescimento económico: Redução transversal de IRC sobre as Empresas, com diminuição gradual até 17% (e 15% para PMEs). Simplificação fiscal e aceleração da justiça tributária. Estímulo às exportações, reforçando os apoios às empresas no contexto das tensões internacionais. Valorizar a atividade e investimento nos territórios do Interior.”

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Blog “emCausa” | As Nossas Causas: propostas para uma economia mais forte e uma sociedade mais justa

Ao longo do último ano e meio, a Causa Pública dinamizou estudos e debates em torno dos principais desafios que se colocam à democracia portuguesa e às suas políticas públicas.

Procurámos olhar para diferentes setores. E, em cada um deles, analisámos as escolhas políticas que ditaram a sua configuração atual, diagnosticámos entraves e potencialidades presentes e avançámos com propostas que qualifiquem a provisão social de bem-estar em Portugal, promovendo a cidadania inclusiva numa sociedade democrática.

O documento que agora apresentamos sumariza os resultados desse trabalho.

Nos campos da atividade económica, do perfil salarial em Portugal, da fiscalidade, da habitação, da saúde e da imigração – sistematizamos uma leitura que apresenta um diagnóstico, reflete sobre as políticas recentes em cada uma destas áreas e apresenta orientações políticas para o futuro.

Conhecer, refletir e propor mais e melhor democracia – é esse o nosso contributo para o debate cívico em Portugal.

https://emcausa.org