Economistas consideram cauteloso alerta de Centeno sobre mercado de trabalho, mas afastam alarmismo, in LUSA e EXPRESSO.

A destruição líquida de postos de trabalho nos últimos meses “deve ser tida em conta”, dado que os reflexos no mercado laboral dependem da evolução económica, apontam economistas ouvidos pela Lusa, que consideram este um alerta cauteloso de Centeno, que o Governo tem ignorado.

Na apresentação do Boletim Económico de junho, o governador do Banco de Portugal (BdP) alertou para a “destruição líquida de postos de trabalho” que se tem vindo a verificar consecutivamente entre outubro de 2024 e março de 2025, o que, segundo Mário Centeno, não se observava desde o primeiro trimestre de 2013.

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Um olhar crítico sobre Portugal, by Kenneth Maxwell, and Adelto Gonçalves

Obra reúne estudos do historiador inglês Kenneth Maxwell sobre a situação política no país desde a sua primeira visita em 1964.

I

Uma visão de como estava Portugal nos anos que antecederam o golpe militar que derrubou o regime do Estado Novo, herança do salazarismo, no dia 25 de abril de 1974, abre o livro Perspectives on Portuguese History – The 2024 Lectures by Professor Kenneth Maxwell (Grã Bretanha, Robbin Laird, editor, edição em inglês e português, 2025), que reúne também as últimas conferências do autor realizadas em 2024 em São Paulo, Lisboa e na cidade histórica de São Cristóvão, em Sergipe, a propósito das comemorações dos 50 anos do movimento que derrubou a mais antiga das ditaduras na Europa.

O relato inicial Maxwell o escreveu em seus verdes anos, quando viveu alguns meses em Portugal, em 1964, logo depois de sua chegada à Universidade de Princeton, em Nova Jersey/EUA, e mostra a Lisboa daquele tempo em que a PIDE, a polícia política, exercia um grande poder sobre os corações e mentes dos portugueses sob a liderança do primeiro-ministro António de Oliveira Salazar (1889-1970), à época já um “caudilho envelhecido” e atarantado como o destino do país em meio a guerras que duraram treze anos (1961-1974) na África na tentativa de manter as possessões lusitanas (Guiné-Bissau, Moçambique e Angola) que faziam parte daquilo que ele chamava de “bocados de Portugal espalhados pelo mundo”.

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