Portugueses são dos mais preocupados com uso de armas nucleares e eventual terceira guerra mundial, in LUSA e SIC Notícias, 23/6

Um estudo de opinião abrangeu 12 países (Portugal, Dinamarca, Estónia, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polónia, Roménia, Espanha, Suíça e Reino Unido) e 16.440 inquiridos com mais de 18 anos.

Os inquiridos portugueses foram os que demonstraram, num estudo de opinião realizado em 12 países europeus, ter mais receio sobre o uso de armas nucleares, uma eventual terceira guerra mundial e uma guerra europeia além da Ucrânia.

“A maioria dos europeus está a acordar para a realidade de que vive num mundo muito diferente. Embora o receio de um ataque russo ao território da NATO seja menos generalizado do que alguns analistas sugerem – embora seja sentido com intensidade em certos Estados fronteiriços, como a Polónia, a Estónia e a Roménia, bem como em Portugal – é o medo crescente de um conflito nuclear que capta mais claramente a nova ansiedade europeia“, indica o Conselho Europeu das Relações Externas (ECFR, na sigla inglesa) num estudo publicado esta segunda-feira.

Um dia antes do início da cimeira de dois dias da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) marcada por fortes tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Ucrânia e pela necessidade de aumentar o investimento em defesa, o ECFR divulga um estudo de opinião que abrange 12 países (Portugal, Dinamarca, Estónia, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polónia, Roménia, Espanha, Suíça e Reino Unido) e 16.440 inquiridos com mais de 18 anos.

Questionados sobre se estariam preocupados com potenciais acontecimentos, os inquiridos portugueses indicaram ter maior preocupação relativamente ao uso de armas nucleares (85%), a uma terceira guerra mundial (82%) e a uma guerra ainda maior em solo europeu além da Ucrânia (77%). Foram as percentagens mais altas entre os países ouvidos.

Em sentido inverso, os questionados portugueses demonstraram-se menos preocupados sobre uma eventual invasão russa do país (54%) e o desmembramento da União Europeia (UE) ou da NATO (65% e 66%, respetivamente).

Os inquiridos portugueses (que foram 1.010, ouvidos entre 16 e 28 de maio) também disseram estar mais inquietos que o Estado invista demasiado em defesa e descure outras políticas do que não invista o suficiente e isso ponha em causa a segurança do país.

Quando ao Presidente norte-americano, Donald Trump, a maioria dos questionados em Portugal (54%) considera que o republicado afetou a relação entre a Europa e os Estados Unidos, mas tal ligação melhorará quando ele sair.

Os 12 países selecionados pelo ECFR para este estudo de opinião têm por base critérios como equilíbrio geográfico e a dimensão.

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