A visão social-democrata de Francisco Sá Carneiro para Portugal | in Comunidade Cultura e Arte

Este artigo faz parte de uma série de textos sobre figuras políticas relevantes da sociedade portuguesa. Álvaro Cunhal, Diogo Freitas do AmaralFrancisco Sá CarneiroMário Soares, Miguel Portas e Ramalho Eanes foram as figuras escolhidas.

Uma das figuras políticas malogradas de Portugal é a de Francisco Sá Carneiro. Um dos principais rostos da oposição ao Estado Novo já nas vésperas da sua queda, tornou-se um dos fundadores do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata (PPD/PSD) e, em 1980, foi nomeado Primeiro-Ministro. Nesse mesmo ano, morre no desastre aéreo de Camarate, no dia 4 de dezembro, aos 46 anos. Nascido a 19 de julho de 1934 na cidade do Porto, foi um dos principais bastiões da social-democracia como uma ideologia capaz de assegurar a transição de um regime autoritário e ditatorial para uma democracia plural e parlamentar.

Hoje em dia, o Partido Social Democrata é visto como um partido conotado com a centro-direita, naquilo que é o esquadro político das forças partidárias portuguesas. Alguns foram os rostos que ajudaram a que se transformasse, gradualmente, nesses moldes. Francisco Pinto Balsemão, Aníbal Cavaco Silva, Durão Barroso ou Pedro Passos Coelho são quatro exemplos de primeiros-ministros que defenderam premissas ligadas à centro-direita, nomeadamente os dois primeiros, mais responsáveis por essa reconfiguração. Na raiz, o Partido Social Democrata só se torna conhecido como tal em 1976, após algumas outras tentativas de partidarização com a designação de Social Democrata.

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A história dos povos originários resgatada, por Adelto Gonçalves

Com 25 capítulos ricos em pesquisas, obra reconstitui trajetória das populações indígenas no território do Centro-Oeste 

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            Um resgate da história de violência e dizimação das populações que já viviam no atual território brasileiro à chegada dos invasores portugueses, em 1500, é o que o leitor vai encontrar em Goiás + 300 – Reflexão e Ressignificação – Povos Originários, volume VI, editado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (Icebe) e Sociedade Goiana de História da Agricultura (SGHA). Trata-se de obra composta por 25 capítulos escritos p or 38 autores, alguns deles indígenas, que contou com a organização das professoras Poliene Bicalho, doutora em História Social pela Universidade do Brasil (UnB), Marlene Ossami de Moura, doutora em Antropologia pela Université Marc Bloch, de Strasbourg, França, e Vanessa Iny-Karajá, pedagoga pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

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