Albert Einstein e o “engano”. Fonte: “The ABC’s of Science”, Giuseppe Mussardo, 2020, Springer.

Em 1930, na conferência da Sociedade Alemã de Física, em Leipzig, Einstein acabava de apresentar uma equação sob aplausos estrondosos. Quando perguntaram se alguém tinha dúvidas, o salão permaneceu em silêncio. Quem ousaria questioná-lo?

Então, uma voz juvenil ecoou da última fileira:

“O que o Professor Einstein disse não é absurdo, mas a segunda equação que ele escreveu não decorre da primeira. Na verdade, requer outras suposições que não foram feitas e, o que é pior, não satisfaz um critério de invariância, como deveria.”

O público ficou atônito. O próprio Einstein, ao invés de se irritar, ficou imóvel, examinando sua equação enquanto coçava o bigode, perdido em pensamentos. O silêncio durou um minuto.

Então, ele se virou para a plateia e disse, com humildade:

“A observação daquele jovem está perfeitamente correta. Portanto, peço que esqueçam tudo o que eu disse hoje.”

Aquele jovem de 22 anos era Lev Davidovich Landau, que, a partir daquele dia, emergiria da obscuridade para se tornar um dos maiores físicos teóricos da União Soviética.

Mas aquela conferência não apenas revelou um gênio: ela mostrou a humildade de Einstein. Um dos maiores intelectos da história, ele não hesitou em reconhecer seu erro publicamente, provando que o verdadeiro conhecimento não alimenta o orgulho, mas fortalece a grandeza da humildade.

Seja como Landau, com a ousadia de questionar.

Seja como Einstein, com a nobreza de admitir um erro.

Que história bacana, né?

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📚 Fonte: “The ABC’s of Science”, Giuseppe Mussardo, 2020, Springer.

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