À beira do abismo: o alerta sóbrio de um general para uma guerra prestes a alastrar, por Tita Alvarez

Na sequência dos desenvolvimentos mais recentes no palco de guerra Leste-Europeu, a análise do Major-General Agostinho Costa, especialista em segurança e defesa, não podia ser mais clara: o conflito entrou numa fase de perigosidade extrema. A sua leitura da situação actual desenha um panorama de tensão máxima, onde um único evento poderá ditar a escalada.

Agostinho Costa emite um aviso solene: a Europa navega em águas perigosíssimas. A possibilidade de um incidente de grandes proporções, com um poder de contaminação capaz de expandir dramaticamente as frentes de batalha, é agora uma ameaça credível. “Estamos perigosamente próximos do precipício”, confirma, “onde um único episódio pode funcionar como o rastilho para alastrar as chamas da guerra”.

Esta atmosfera de volatilidade é, na sua opinião, alimentada pela estratégia do Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky estará a adoptar uma postura que fragmenta e neutraliza de forma activa as capacidades da inteligência ocidental, semeando a confusão e dificultando uma avaliação clara do terreno.

Em contraponto, e a nível doméstico, Agostinho Costa observa uma evolução na postura do primeiro-ministro português. António Costa parece ter, finalmente, acordado para a realidade incontornável das ameaças à segurança, depois de um período onde estes assuntos poderão não ter merecido a devida prioridade.

A sua análise vai mais longe, sublinhando que o próprio conceito de defesa do continente se tornou um problema de complexidade intimidante. “A proteção da Europa é hoje um quebra-cabeças estratégico de uma dificuldade imensa”, afirma, deixando claro que os modelos do passado já não se aplicam. A guerra, tal como o mundo, sofreu uma mutação profunda.

Para finalizar, o Major-General aborda a questão dos armamentos sofisticados, deixando um ponto crucial: a Ucrânia não possui, por si só, a expertise ou infraestruturas para lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk. A sua eventual aparição no campo de batalha só poderá significar uma coisa: que são as mãos norte-americanas a guiar o seu curso, um cenário que atiraria gasolina para uma fogueira já bem acesa.

One thought on “À beira do abismo: o alerta sóbrio de um general para uma guerra prestes a alastrar, por Tita Alvarez

  1. Penso que muitos cidadãos comuns da Europa nem imaginam o que será caso haja uma III Guerra Mundial, as armas de hoje não são as da I e II Guerra, são muito superiores em todos os sentidos caso a haja não e duvido que fique cá alguém para contar a historia.

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