Há 27 anos, no dia 8 de outubro de 1998, José Saramago conquistou o Prémio Nobel da Literatura, o mais celebrado prémio literário do mundo.

“Com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia”, destacou a Academia de Estocolmo. “Nasci numa família de gente muito pobre, camponesa e analfabeta, numa casa onde não havia livros e em circunstâncias económicas que não me teriam permitido entrar na universidade”, disse Saramago numa entrevista. “Nada prometia um prémio Nobel”. Até hoje, continua a ser o único escritor de língua portuguesa laureado com o Nobel.

Gouveia e Melo aponta “dívida de gratidão” de Portugal com o Brasil e pede que imigrantes sejam bem tratados. in LUSA 08-10-2025

Brasília, 07 out 2025 (Lusa) – O candidato presidencial Gouveia e Melo considerou hoje que existe “uma dívida de gratidão” de Portugal com o Brasil e que a comunidade brasileira no país deve ser bem tratada, tal como aconteceu com a comunidade portuguesa no Brasil.

“Este país foi criado por portugueses e depois por muitos outros estrangeiros”, começou por dizer, à agência Lusa, o candidato presidencial, que se encontra no Brasil, com uma extensa agenda com a comunidade portuguesa no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Henrique Gouveia e Melo, que viveu em São Paulo durante cerca de quatro anos, quando era adolescente, e que até hoje mantém familiares na cidade, recordou que “os portugueses foram sempre bem recebidos no Brasil”.

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Carlos Branco, Major-General, “Estamos Tramados”

A histeria sobre a ameaça russa à Europa permite à burocracia europeia destinar mais fundos à defesa e, em última análise, desenvolver uma narrativa que pode conduzir a um ponto sem retorno.

São imensos os casos na história de operações de falsa bandeira para justificar guerras. Ficaram célebres o afundamento do Maine (1898), o incêndio do Reichstag (1933), o incêndio da baía de Tonquim (1964), o bombardeamento do Mercado de Sarajevo (1995), o dito massacre de Račak (1999), entre outros. Eric Frattini escreveu em 2017 um livro sobre o tema com o título “Manipulação da Verdade”. Com estas operações procura-se culpar o adversário de algo inaceitável e ter assim um pretexto para o atacar preparando, simultaneamente, a opinião pública para apoiar a guerra. É, portanto, uma prática antiquíssima e frequente. Quando posteriormente se prova a falsidade dos factos é tarde, porque os efeitos pretendidos já foram atingidos. É impossível reverter a história.

O clima de insegurança que se vive na Europa provocado pelos alegados drones russos tem contornos que se assemelham aos de operações de falsa bandeira. Fazia sentido tentar confrontar diplomaticamente os russos com provas, o que infelizmente não tem acontecido. No seguimento dos 19 drones (19 setembro) que entraram e caíram ou foram abatidos em território polaco, Moscovo disponibilizou-se para falar com Varsóvia sobre essas ocorrências, mas as autoridades polacas recusaram fazê-lo, sem explicarem o motivo da recusa. O mesmo se aplica às aeronaves russas que terão violado o espaço aéreo da Estónia. As provas são exíguas ou mesmo inexistentes.

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