Nos EUA, mais de 40 milhões vivem na pobreza enquanto o 1 % mais rico concentra quase toda a riqueza – um retrato brutal da desigualdade.

Mais de 94 milhões de pessoas na União Europeia – cerca de 21,4 % da população – vivem sob risco de pobreza ou exclusão social.

A China afirma ter erradicado a pobreza extrema em 2020; mesmo assim, ~ 3,9 % da população (≈ 55 milhões) vive em pobreza multidimensional, com outros ~ 17,4 % classificados como vulneráveis.

A taxa de pobreza na Rússia caiu para 7,2 % em 2024, com cerca de 10,5 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de subsistência.

Na América do Sul + Central) cerca de 27,3 % da população vive na pobreza (≈ 172 milhões de pessoas), e 10,6 % (~ 66 milhões) em pobreza extrema.

Em 2024, cerca de 464 milhões de africanos viviam em pobreza extrema – mais de 70 % da população mundial em extrema pobreza está na África Subsaariana.

Em 2024, cerca de 1,76 milhões de portugueses (16,6 % da população) estavam em risco de pobreza, e 10,4 % viviam com menos de 300 € por mês – menos de metade do rendimento mediano nacional.

Grande parte das taxas de pobreza elevadas e da concentração extrema de riqueza nos EUA, União Europeia e outras regiões está ligada a políticas associadas ao neoliberalismo, como:

– Desregulamentação financeira e concentração de capital em grandes corporações.

– Privatizações de serviços públicos essenciais (saúde, educação, transporte).

– Redução da tributação sobre os mais ricos e enfraquecimento de impostos progressivos.

– Enfraquecimento da proteção social e de sindicatos, diminuindo a capacidade de negociação dos trabalhadores.

Essas políticas tendem a gerar crescimento económico desigual, concentrando riqueza nas mãos de poucos enquanto aumentam a vulnerabilidade dos grupos mais pobres. Por outro lado, há fatores históricos, culturais e geopolíticos que também influenciam a pobreza, como conflitos, desigualdade histórica, crises económicas globais, e decisões internas de política fiscal.

João Gomes