Contos Pelotenses, de Lourenço Cazarré, por Adelto Gonçalves

Contos marcados pela melancolia
Novo livro de Lourenço Cazarré reúne trabalhos publicados entre 1984 e 2022

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            Forjado no dia a dia do jornalismo, em estilo direto, permeado por imagens poéticas e, às vezes, bem-humoradas, embora um tanto niilistas, mas quase sempre marcadas pela melancolia, o livro Contos pelotenses (Florianópolis, Editora Insular, 2025), do gaúcho Lourenço Cazarré (1953), nascido em Pelotas, reúne 16 trabalhos publicados em obras anteriores do autor, entre 1984 e 2022.  Para o crítico e ensaísta André Seffrin, igualmente gaúcho, mas de Júlio de Castilhos, a obra reúne “histórias de solidão, melancolia, medo, morte; de perseguições e cercos, de encontros e desencontros, de desesperos e crimes de paixão, crimes bárbaros e demais encrencas da humana liça. E nelas o suspense campeia sob o teto de uma áspera poesia”, diz no prefácio.

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