Lisboa eleita a quarta cidade mais bela do mundo

Lisboa foi considerada a quarta cidade mais bonita do mundo. A capital portuguesa está no top 10 das cidades mais belas do planeta, elaborado pelo site de viagens “Urban City Guides”.

A liderar a tabela está Veneza, seguindo-se Paris e Praga. Lisboa surge no quarto posto, sendo destacada como uma das cidades mais cénicas do mundo, com os seus miradouros, colinas e ruas pitorescas. Uma cidade de “uma beleza sem esforço com detalhes cativantes”, define o site.

O Rio de Janeiro aparece em quinto lugar, seguido de Amesterdão, Florença e Roma. Os nono e décimo postos são ocupados por Budapeste e Bruges, respectivamente.

No mesmo site, Portugal também aparece no top dos 10 países mais bonitos, conquistando o sexto lugar, atrás da Itália, que lidera a lista, da Espanha, da Austrália e da Grécia. Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Alemanha completam os restantes cinco lugares do top.

2 Alfama, Lisboa

4 kms – distância entre a Rússia e os Estados Unidos da América

As remotas ilhas Diomedes, no estreito de Bering, são separadas por uma faixa de água que fica congelada durante boa parte do ano, permitindo a passagem a pé entre elas. A Grande Diomedes, ou Ratmanov, é o ponto mais oriental da Rússia, e a Diomedes Menor, ou Pequena Diomedes, é o território mais a oeste dos Estados Unidos. Como, durante a Guerra Fria, os nativos das ilhas não podiam circular entre elas, a área ficou conhecida como “Cortina de Gelo”.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, todos os nativos da ilha russa de Grande Diomedes foram transferidos para o continente, e somente na Pequena Diomedes se manteve um minúsculo povoado, que até hoje permanece e, com suas poucas dezenas de habitantes, é considerado um dos locais mais isolados do planeta.

No estreito de Bering, a oeste, a Grande Diomedes, ou Ratmanov; a leste, a Diomedes Menor. Entre Rússia e Estados Unidos, apenas 4 quilômetros

No estreito de Bering, a oeste, a Grande Diomedes, ou Ratmanov; a leste, a Diomedes Menor. Entre Rússia e Estados Unidos, apenas 4 quilômetros

O que torna as Diomedes ainda mais interessantes é que exatamente entre as duas ilhas passa a Linha Internacional de Mudança de Data, criando uma diferença de fusos horários de nada menos de 24 horas, numa distância de 4 quilômetros. Na Grande Diomedes é o dia seguinte à data da Diomedes Menor.

Existe há anos um projeto de construção de uma ponte intercontinental que passaria pelas duas ilhas e ligaria o Alasca ao Extremo Oriente russo.

 

And that’s the way it was: April 8, 1904 | Longacre Square is renamed Times Square after The New York Times

Ninety-nine years ago today, the city center in Midtown Manhattan, formerly known as Longacre Square, was officially redubbed “Times Square.”

In April 1904, The New York Times moved its operations to the newly constructed Times Building—then the second tallest building in the city—on 42nd Street at Longacre Square. Times publisher Adolph S. Ochs convinced Mayor George McClellan to build a subway station there and rename the area for his newspaper. (Three weeks later, as if carrying out some bit of genetic code, the first electrified ad appeared on the side of a bank at 46th Street and Broadway.)

The Times modestly published a story about the rededication the following day.

On December 31 of that year, Ochs began the tradition of celebrating New Year’s Eve at Times Square. And three years later, the famous Times Square Ball drop from the roof of the Times Building, known simply today as One Times Square, was added to the annual jamboree.

Here’s a picture of what Times Square looked like way back then:

timessquare1904

 

As chaminés de Santa Maria | Daniel de Sá

Por mero acaso li, nos últimos meses, várias publicações em que erradamente, sendo o erro grosseiro, se atribui a forma das chaminés cilíndricas de Santa Maria a hipotéticos povoadores algarvios. Uma fantasia nascida a meados do século XX. O erro é por demais grosseiro, até porque, para além de não ter fundamento histórico, as chaminés de Santa Maria raramente se assemelham às do Algarve, ou do Alentejo, como também há quem diga, chaminés estas em que a finalidade estética se sobrepõe normalmente à funcional. Em Santa Maria, porém, as chaminés cilíndricas generalizaram-se por ter sido provada a excelência do seu funcionamento. Uma razão é suficiente para se perceber que se trata de engano – ao contrário do que é comum dizer-se, do Algarve não vieram povoadores para esta ilha. Para a Madeira, sim, conforme registou Frutuoso. A este respeito, num dos mais bem documentados estudos sobre o descobrimento e povoamento dos Açores, Viriato Campos escreveu: “Tem-se admitido que os primeiros povoadores vieram do Algarve, mas não se conhece nenhum documento que o prove. Vemos aqui um caso dedutivo ou de imaginação, certamente porque o Infante D. Henrique vivia grandes épocas no Oeste algarvio, esquecendo-nos que ele era Duque de Viseu e Senhor da Covilhã, e que o Infante D. Pedro, Regente do Reino, tinha a sua casa em Coimbra. Veja-se que Gaspar Frutuoso, ao tratar da ilha de Santa Maria, nem uma só pessoa indica como vindo do Algarve. Vieram, sim, de Moura, Chamusca, Vila do Conde, Santarém, Santar, Tonda, Silgueiros, Besteiros, Guarda, Covilhã, Recardães, Estremoz, Trofa, Góis, Oliveira do Conde… e Viseu //”.
Mais ainda. A maior parte das casas rurais da época do povoamento não tinha chaminé. O fumo escoava-se por entre as telhas ou por um buraco feito no telhado. Isto acontecia não apenas em Portugal, mas por toda a Europa. No livro “Comme vivaient-ils?”, de Claude Quoniam e Étienne Sergery, é dito das casas dos camponeses prussianos do tempo de Frederico II: “A única lareira que há serve para a cozinha. Acesa no chão, é com grande dificuldade que faz ferver a água do caldeirão de ferro, que está permanentemente ao lume. O fumo e os cheiros escoam-se mal pela única janela, raramente aberta, pela porta baixa ou pelas tábuas do sótão//”. Em Portugal ainda subsistem muitas casas assim. Num estudo sobre o concelho de Nelas no final do século XX, José Manuel Sobral descreve-as do seguinte modo: “casas de dois e mesmo de três andares que utilizavam o granito e com paredes interiores de taipa, material por vezes usado nas paredes exteriores; casas sem chaminé ou com chaminé bastante primitiva, com o fumo a escoar-se pelas telhas; casas escuras, as mais pobres sem vidraças, com poucas divisões – a cozinha e um ou dois quartos”.
À abertura no telhado para a saída do fumo chama-se “bueira”, em Castelo Branco. O Dicionário da Porto Editora regista este termo como “furo no fundo da embarcação para escoar as águas, quando em seco”. E, para “bueiro”, o dicionário de Roquete, de 1848, regista o seguinte significado: “Cano de fornalha; respiradouro”.
Facilmente se percebe que as casas com chaminé cilíndrica são mais recentes do que as outras, com chaminé de “mãos-postas”. Ricardo Freitas, um mariense que tem estudado o assunto, atribui este tipo de chaminé cilíndrica à influência dos emigrantes de torna-viagem do Brasil, na passagem do século XIX para o XX, os quais se teriam inspirado nas chaminés dos navios a vapor. A semelhança é notória, sendo as marienses também ditas chaminés de vapor.
Daniel de Sá

Foto  de Fernando Resendes

Foto de Fernando Resendes

Palimpsesto de Arquimedes

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palimpsesto de Arquimedes é o nome pelo qual se conhece habitualmente um palimpsesto – texto antigo escrito sobre outro anterior empergaminho – formando um códice, que originariamente foi uma cópia em grego de diversas obras de Arquimedes, antigo matemáticofísico eengenheiro de Siracusa e de outros autores. Posteriormente foi apagado rudimentarmente e usado para escrever salmos e orações de um convento.

O Palimpsesto de Arquimedes inclui cópias de diversas obras do matemático grego:

  • ‘‘Sobre o equilíbrio dos planos’’
  • ‘‘Sobre as espirais’’
  • ‘‘Medida de um círculo’’
  • ‘‘Sobre a esfera e o cilindro’’
  • ‘‘Sobre os corpos aboiantes’’ (única cópia conhecida em grego)
  • ‘‘O método dos teoremas mecânicos’’ (única cópia conhecida)
  • ‘‘Stomachion’’ (a cópia mais completa de todas as conhecidas)

Arquimedes viveu no século III a.C., mas o palimpsesto não foi escrito até o século X por um escriba anônimo. Em algum momento do século XII o manuscrito foi desatado, rascado e lavado, com outros seis manuscritos em pergaminho, entre os que se incluía um com obras de Hipérides. As folhas de pergaminho foram dobradas pela metade e reutilizadas para copiar um texto de caráter litúrgico de 177 páginas, de maneira que cada página do escrito antigo se converteu em duas páginas do texto litúrgico. Contudo, o apagado não foi completo, e a obra de Arquimedes está agora acessível graças a que o trabalho científico e acadêmico realizado entre 1998 e 2008 usando métodos de processamento digital de imagens obtidas usando diversas frequências de radiação, incluindo radiação infravermelhaluz ultravioleta, e raios X.[2][3] O acadêmico Constantine Tischendorf visitou Constantinopla (a atual Istambul) na década de 1840, e intrigado pelo escrito matemático grego visível no palimpsesto, levou com ele uma das suas páginas. Esta página atualmente encontra-se na Biblioteca da Universidade de Cambridge. Contudo, seria o filólogodinamarquês Johan Ludvig Heiberg (1854-1928) que se daria conta, quando inspecionou o palimpsesto em 1906, que se tratava de um texto de Arquimedes, e que continha obras que se acreditavam perdidas.

’’Stomachion’’ é um quebra-cabeça de dissecção cuja descrição aparece no palimpsesto de Arquimedes.

Após realizar um tratamento das páginas do palimpsesto, o texto original de Arquimedes pode ser lido com claridade.

Johan Ludvig Heiberg tomou fotografias da obra, a partir das quais obteve transcrições que publicou entre 1910 e 1915. Contudo, o seu trabalho ficou interrompido pelo começo da primeira guerra mundial. Pouco depois, a obra foi traduzida para o inglês por Thomas Heath, momento em que começou a ser mais acessível e conhecida pelos coletivos de historiadores, físicos e matemáticos. O texto ficou em posse da biblioteca de Constantinopla e cedo desapareceu. Desconhece-se como reapareceu na França após a Primeira Guerra Mundial como propriedade de um colecionador particular que assegura que foi comprado em Istambul pelo seu avô.[4]

Desde a década de 1920 o manuscrito permaneceu em Paris, na posse de um colecionador de manuscritos e dos seus herdeiros. Em 1998 a discussão sobre a propriedade do manuscrito chegou à Corte Federal do Estado de Nova Iorque, no caso que enfrentava o Patriarcado de Jerusalémcontra Christie’s, Inc. Segundo o Patriarcado, o manuscrito pertencia à biblioteca do mosteiro de Mar Saba, que o adquirira em 1625, sendo roubado de um dos seus mosteiros na década de 1920. Porém, o juiz determinou em favor da casa Christie’s, considerando que a ação reivindicatória do Patriarcado de Jerusalém estava prescrita. Após a sentença, Christie’s subastou o palimpsesto, que se vendeu por dois milhões de dólares a um comprador anônimo. Simon Finch, o representante do comprador, indicou que se tratava de um americano que trabalhava na indústria da alta tecnologia, e matizou que não se tratava de Bill Gates.[5] A revista alemã ‘‘Der Spiegel’’ informou de que o comprador provavelmente poderia ser Jeff Bezos.[6]

O Palimpsesto de Arquimedes foi submetido entre 1999 e 2008 a um intenso estudo no Museu Walters, em BaltimoreMaryland, bem como a um processo de restauração (o pergaminho sofrera deterioro por efeito do mofo). Os trabalhos foram dirigidos pelo Dr. Will Noel, curador de manuscritos do Museu, e sob a gestão de Michael B. Toth, com a Dra. Abigail Quandt encarregue dos trabalhos de conservação do manuscrito.

Por outro lado, uma equipa de cientistas usou um sistema de processamento computacional das imagens digitais de várias faixas espectrais, entre as que se incluíam a luz ultravioleta e a visível, para revelar a maior parte do texto oculto, incluindo a obra de Arquimedes. Após processar e digitalizar o palimpsesto completo em três faixas espectrais até 2006, em 2007 redigitalizaram a imagem do palimpsesto em 12 faixas espectrais.[7] A equipa processou digitalmente as imagens para revelar a maior parte do texto oculto. Também digitalizaram as imagens originais de Heidberg. Finalmente, Reviel Netz, da Universidade de Stanford, e Nigel Wilson criaram uma transcrição do texto, recheando os vazios da transcrição de Heiberg com as novas imagens. [8].

Adicionalmente, em algum momento posterior a 1938, algum proprietário do manuscrito falsificou quatro imagens religiosas de estilo bizantino incluídas no manuscrito com a finalidade de incrementar o seu valor. Acreditava-se que estas imagens tornaram completamente ilegível o texto que havia debaixo, mas em maio de 2005 um sistema de raios X de alta definição foi empregue para tentar revelar aquelas partes do pergaminho. A fluorescência produzida com os raios X permitiu aceder também a essa parte do texto oculto.[9]

Em abril de 2007 foi anunciada a descoberta de um novo texto no palimpsesto, consistente num comentário à obra de Aristóteles atribuído a Alexandre de Afrodisias. Anteriormente tinha-se descoberto um texto de Hipérides, um político ateniense do século IV a.C.,[1] e em particular do seu discurso ‘‘Contra Diondas’’, que foi publicado em 2008 na revista acadêmica alemã ‘‘Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik’’, vol. 165.[10]

Em 29 de outubro de 2008, coincidindo com o décimo aniversário da aquisição do palimpsesto por leilão, toda a informação derivada do documento, incluindo imagens e transcrições, foram publicadas na Internet para o seu uso sob Licenças Creative Commons, e as imagens processadas do palimpsesto foram publicadas em Google Livros.[11]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Palimpsesto_de_Arquimedes … (FONTE)