António Vitorino pede “debate nacional” após chumbo da lei de estrangeiros, in LUSA, 02/09/2025

Lisboa, 01 set 2025 (Lusa) – O presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo (CNMA), António Vitorino, defendeu hoje um “debate nacional” para discutir o chumbo do diploma que quer regular o reagrupamento familiar de imigrantes pelo Tribunal Constitucional.

“É evidente que temos de ter um debate nacional que pondere as consequências das decisões do Tribunal Constitucional e que introduza as alterações necessárias que torne o reagrupamento familiar como um instrumento essencial das políticas de integração, em linha com a Constituição”, afirmou hoje António Vitorino, durante um colóquio, organizado pelo grupo de trabalho Conselho Imigração.

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Inimigos em Xangai e aqui tão perto, 02/09/2025, por Henrique Burnay, in Jornal Expresso

A ordem internacional das últimas décadas tinha, na nossa perspectiva europeia e ocidental, três grandes virtudes: assentava em regras, instituições e valores (todos frequentemente desrespeitados, mas considerados o padrão); promovia o crescimento económico global; e era dominada por nós, os ocidentais, e pelo capitalismo democrático, o nosso modelo económico e político. A próxima, não sabemos qual será, mas todos os sinais apontam para outra, dominada por outros valores e por outros actores.

O encontro desta semana de alguns líderes do mundo não (e em alguns casos mesmo anti) Ocidental é um momento com simbolismo que foi facilmente sentido. Como no passado aconteceu a outros, vemos líderes globais reunirem-se sem nos incluírem nem nos terem em conta. E partilharem interesses opostos aos nossos.

 

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Uma poeta interpretada por outra, por Adelto Gonçalves, 02/09/2025

Novo livro de Maria Estela Guedes reúne ensaios sobre as obras de Maria Azenha

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Aprofundados estudos sobre livros que fazem parte da extensa obra de Maria Azenha, talvez a mais significativa poeta portuguesa contemporânea, é o que o leitor vai encontrar em Na CasadeMariaAzenha (Lisboa, Edições Esgotadas, 2025), de Maria Estela Guedes, poeta e ensaísta. De início, a autora deixa claro que a maior parte dos poemas de Maria Azenha revela sinais muito fortes de misticismo, de que o seu livro Oúltimo rei de Portugal (Lisboa, Fundação Lusíada, 1992) é um dos mais marcantes exemplos.

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