SPINOZA | Deleuze & Guattari e os devires, por Marcos Bazmandegan

Tenho lido Deleuze & Guattari a falar dos devires: devir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível. E ao falarem dos indivíduos e da melhor maneira de os definir, trazem-nos Spinoza e a sua maneira de olhar para as coisas.

Um corpo não se define pela sua forma, nem por ser substância ou sujeito, nem pelos órgãos ou funções que o constituem, nem por categorias, géneros ou representações de qualquer espécie. Um corpo define-se, antes, pelo conjunto de elementos materiais que lhe pertence através das relações de movimento e repouso e pelo conjunto de afetos intensivos de que ele é capaz.

Resumindo: as coisas são o conjunto de relações que as constituem e aquilo de que são capazes (afetar e ser afetadas).

Continuar a ler