Entrevista: como David Attenborough mantém a esperança, in National Geographic Portugal

Ao longo de sete décadas, sir David Attenborough atravessou o globo para documentar a caleidoscópica diversidade dos ecossistemas da terra. Aos 99 anos, já narrou tantos programas de televisão que a sua voz se tornou sinónimo da maravilha do mundo natural. Mas na sua longa carreira cheia de encontros selvagens, há uma memória que ainda se destaca.

Em 1957, quando Attenborough estava na casa dos 30 anos, viajou para uma ilhota de águas quentes e pouco profundas na Grande Barreira de Coral australiana, onde, pela primeira vez na vida, usou equipamento de mergulho para ver de perto corais. “Foi uma espécie de sobrecarga sensorial”, lembra. “Os incontáveis peixes minúsculos a nadar por entre os ramos de coral e as diferenças entre as diversas estruturas dos corais abriram-me uma nova perspectiva sobre as complexidades da vida no oceano.”

Hoje, é provável que essa mesma visão pareça desastrosamente pior. A nível mundial, os corais sofreram uma perda tremenda devido ao aquecimento dos oceanos provocado pelo homem, um facto que não passou despercebido a Attenborough.

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